domingo, novembro 05, 2006

A Semanada

O regresso das carpideiras arrependidas

Todos os partidos têm os seus excluídos quando chegam ao poder e a principal características destes excluídos é transformarem-se rapidamente em carpideiras arrependidas, e quando se trata do PS basta uma inflexão nas sondagens para que estas personagens apareçam logo.

Durante mais de um ano estiveram quase em silêncio, a suportar as mágoas por não terem sido contemplados com o poder, limitaram-se a fazer críticas pouco ousadas junto dos mais íntimos. Agora que um barómetros anunciaram as dificuldades sentiram-se impelidos a aparecer, as dificuldades estimulou-lhes a coragem.

Marques Mendes copia Louçã

Ao longo de mais de um ano Marques Mendes tem definido a sua estratégia de oposição por tentativas, de um quase silêncio passou a andar pelos caixotes de São Bento em busca de lixo político. Com as sondagens não reagiam a este esforço ecológico deixou de andar “ao papel” e graças à ajuda de Cavaco que o levou a assinar o pacto e passou a sentir-se um co-primeiro-ministro, passou a transformar cada capítulo do seu programa político numa proposta de pacto secreto, todos os dias havia um pacto novo. Com as primeiras sondagens realizadas depois do pacto secreto Mendes percebeu que não era com pactos que lá iam e adoptou a sua mais recente estratégia política, imitar o Louça, agora que o líder do Bloco de Esquerda se deixou de anedotas, para disputar a liderança da vanguarda do proletariado ao Jerónimo de Sousa.
Agora Marques Mendes situa-se politicamente algures entre o PCP e o Bloco de Esquerda, ou entre a CGTP e a UGT. Se a greve vai ser no ensino no dia seguinte visita uma escola e pede uma atitude dialogante, a mesma postura que tanto criticou em Guterres, se o Governo adopta uma medida para a Administração Pública lá aparece aquela alma num serviço público a dizer que nada se faz sem os funcionários (não deve conhecer a Manuela Ferreira Leite…), e se o ministro fala em taxas moderadores vai a correr a um hospital.

Até à próxima sondagem.

Concelhia do PS de Lisboa imita o PCP

Ficámos a saber que no PS quem se mete com o Carrilho leva. Foi uma barbaridade o que sucedeu, um vereador diz que Carrilho não faz nada, o que todos os portugueses sabem, e acabou saneado por uma concelhia reunida em ambiente de Revolução Cultural. O homem foi banido e enxovalhado em público pelos guardas vermelhos do PS de Lisboa.

O Purgatório do Espírito Santo

O Grupo Espírito Santo tem mesmo azar, como assegura nos seus comunicados cumpre tudo quanto é lei, mas sabe-se lá porquê, não há investigação a negócios menos claros em que o seu nome não apareça. O seu azar já se tinha transferido para o Brasil, e agora chegou a vez da Espanha.

Renasceu o independentismo na Madeira

Que se saiba a Flama nada fez, os madeirenses não fizeram nenhuma manifestação a exigir a independência, o tema regressou pela mão do PSD Madeira que num momento de elevados nacionalismo alertaram para o perigo. A causa foi um corte nos dinheiros públicos em que têm nadado e, ao que se diz por lá, tem permitido o florescimento do negócio dos sifões, faltou o dinheiro para os sifões e os esgotos foram logo lançados para a praça pública.

Uma semana sem asneiras do Governo

O Manuel Pinho não falou em público.

Coelho retirou-se da Assembleia da República

Para ficarmos aliviados já só falta que se retire da Quadratura do Círculo.