segunda-feira, novembro 19, 2007

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Navio atracado no Porto de Lisboa

IMAGEM DO DIA

[Reuters]

«Decenas de miles de personas han salido a la calle para pedir la formación de un Gobierno después de cinco meses sin Ejecutivo fijo.» [El Pais]

A MENTIRA DO DIA

António Costa, presidente da câmara de Lisboa apesar de não se notar muito, propôs-se para ajudar Amado no problema da escolha do local para instalar a tenda de Kadafi. António Costa sugeriu que um dos melhores locais é o Terreiro do Paço, tendo adiantado algumas vantagens.

O local é um deserto a não ser nas horas em que há barcos da margem sul e se Kadafi quiser aliviar a bexiga fora da tenda pode dirigir-se à estátua do D. José um dos locais preferidos pelos admiradores de fazer o serviço ao ar livre. Só é pena que os tapumes das obras do Metro não permitam ver a paisagem, senão Kadafi ainda se poderia lembrar da sua Líbia natal vendo os camelos da margem sul.

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JUMENTO DO DIA

Durão Barroso leu os documentos errados

Durão Barroso, que parece estar a preparar o seu regresso a Lisboa, justificou a sua invasão com base na desculpa do costume, que decidiu com base em informações erradas. Só que d»Durão Barroso não tem a coragem de assumir que entre as informações certas prestadas por Hans Blix e as erradas fornecidas por George Bush preferiu estas últimas.

Durão Barroso esqueceu-se de muito o que sucedeu, esqueceu-se por exemplo da justificação do envolvimento de Portugal pelos interesses envolvidos na reconstrução.

O ESPAÇO T PRECISA DE UMA SEDE

Do Espaço T recebi um apelo:

«O Espaço t – Associação para Apoio à Integração Social e Comunitária, é uma instituição de solidariedade social que promove a integração de um grupo muito heterogéneo de pessoas através da arte, de forma a que a auto–estima e o auto– conceito dos nossos alunos seja uma realidade.

Um grupo de profissionais das áreas da saúde e das artes mobilizaram conhecimentos e sobretudo vontades para a criação de uma realidade sustentada por um objectivo primordial: o combate à exclusão social adoptando a arte, linguagem das emoções, como um instrumento privilegiado de comunicação.

Neste momento o Espaço t procura angariar fundos para a reconstrução de um edifício na rua do Vilar nº54, Porto, ao abrigo do Feder através do Programa Operacional Emprego, Formação e Desenvolvimento Social; Eixo 5 – Promoção do Desenvolvimento Social – Medida 5.6.

De acordo com esta situação, a candidatura a este projecto foi aprovada, através da atribuição de 962.591.63€ (novecentos e sessenta e dois mil, quinhentos e noventa e um euros e sessenta e três cêntimos), 54% deste valor será garantido pelo Feder, 36%pelo Instituto da Segurança Social, no entanto, o Espaço t tem de comparticipar com 10% deste valor, o que perfaz 96.259.16€ (noventa e seis mil, duzentos e cinquenta e nove euros e dezasseis cêntimos), acresceu a este valor todos as custos inerentes com a escritura pública e registo de propriedade e erros e omissões do projecto. Prevemos assim, um custo total para o Espaço t, na ordem dos 300000.00€ (trezentos mil euros), faltando neste momento angariar ainda perto de 150.000.00€.

Assim e de forma a conseguirmos fazer face às nossas necessidades financeiras, pedimos a todos que façam um donativo de no mínimo 2€ (dedutível no IRS) para o NIB 03501960000697973005 da Caixa Geral de Depósitos , ou se façam sócios preenchendo a ficha em anexo. Juntem o vosso nome à lista dos que contribuem para que o Espaço t auxilie para a construção de um futuro onde os mais carenciados não sejam excluídos.»

A BIRRA DEONTOLÓGICA

«Os cândidos terão pensado que, em 1974, o corporativismo descia à cova com o Estado que se dizia corporativo. Mas só mesmo os cândidos. Porque a vontade, indisputada e arbitrária, de Salazar nunca permitiu às corporações serem mais do que um álibi doutrinário para substituição da democracia representativa. Uma Câmara Corporativa de "notáveis" de nomeação nunca foi engulho que se visse. O juízo pessoal do ditador - beato, paternalista e campónio - sempre se impôs aos pareceres dela (que, de resto, as mais das vezes, já provinham de encomendas do poder). Por isso, o corporativismo, que então não chegou a existir, só viu a luz com as liberdades democráticas. Bem nos podemos orgulhar desta nossa abertura de espírito.

A Ordem dos Médicos já não era excepção. Mas, com um senhor encontrado em pesquisas do "procurem o Wally", o qual se arroga o nome - Pedro Nunes - do inventor do nónio e do liceu por onde passei sete anos, tornou-se exemplar. Pelo menos a partir do dia em que, confrontado por jornalistas com casos de atestados falsos ou passados sem a presença física dos alegados doentes, declarou, impante: "Os médicos não são polícias." (E não eram. A pergunta pressupunha até a hipótese de os médicos que passaram os atestados serem cúmplices de ladrões.) Um momento que pedia uma legião de paparazzi, só para memória futura. Depois, foi só ver a canhestra tentativa de empenhar o prestígio da classe no referendo à interrupção voluntária da gravidez, passando do indiscutível direito de qualquer médico a ter opinião na matéria ao nosso dever de sujeição a uma suposta opinião médica (aliás, já só invocável em dois casos aberrantes na União Europeia), para adivinhar uma parte da sequência.

Só não era adivinhável até onde iria ainda a sobranceria corporativa. Ao ponto de recusar acolher, no Código Deontológico, as alterações que a lei geral vai registando, mesmo que por vontade testada em referendo e imposta por lei da Assembleia. O primado da lei esbarra assim num curioso entendimento. O de que, por um lado, uma norma, por contrária que seja a outra que lhe é superior, pode até ser reafirmada, desde que quem a deve aplicar jure, por uma saudinha qualquer, que não a aplicará; e, por outro, o de que o código é dos médicos, pelo que só por vontade deles - ou mesmo só a dos objectores de consciência que a lei respeitou - se fará a conformação dos seus preceitos à legalidade (ainda que as prerrogativas da associação profissional lhe sejam conferidas por lei e tenham a natureza de um mandato colectivo). E se assim o não entende a Procuradoria-Geral da República, tanto pior para ela. Que sabem os procuradores de Hipócrates, se eles são formados em Direito» [Diário de Notícias]

Parecer:

Nuno Brederode dos Santos atira-se ao "bestanário" da Ordem dos Médicos

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

HÁ ALTURAS ASSIM

«Há alturas assim, parece que se vive naqueles sonhos em que se quer correr e não se sai do sítio. Freud explica, qualquer manual dos sonhos explica, mas a gente continua a sonhar o mesmo. Tudo é pastoso, parece um barco que entra no lodo e não avança mais no meio de um grande e enorme rio. Toda a agitação é vã, sabe-se que algures há um perigo indefinido, uma escuridão que avança, um movimento profundo nas águas. Não é por acaso que esta é um das "sete tramas fundamentais" na literatura. Está no Beowulf, está na lenda de S. Jorge e o Dragão, está nos livros de Stephen King, está no Portugal de 2007. O barco está bem encalhado no meio do rio e não se consegue fugir para fora do perigo.

A gente olha para o Correio da Manhã, aquilo que os anglo-saxónicos chamam uma "fatia de realidade", e vê bem o sonho do quero andar, mas não ando. ""Marta" (nome fictício), de 24 anos, confessou ontem às autoridades que deitou o seu filho num contentor do lixo", atrás de muitas outras "martas" que desde tempos imemoriais mataram os seus filhos, ou os deixaram na roda, ou na estrada para serem encontrados com um fiozinho e uma medalha para, dizem os leitores de Dickens e os espectadores de telenovelas, um dia mais tarde se dar o improvável rencontro, ou se confirmar qualquer tragédia incestuosa. Destinos. "Marta" não leu a intelectual Prospect, que coloca o dilema ético-social sobre se há direito a ter filhos que não se podem alimentar, ou dito de outro modo, se é moralmente legítimo e socialmente aceitável os pobres terem filhos que depois vão viver dos impostos dos ricos que não os procriaram. Amanhã haverá outras "martas". O barco decididamente não anda.

A "assassina do ácido voltou a ser posta em liberdade" escreve, perturbado, o jornal perante mais uma saga judiciária. Escrevendo em "juridiquês", uma linguagem que hoje se tornou popular de tão usada que é, vê-se que a "assassina do ácido", que estava detida em Tires para cumprir sete anos e nove meses de pena, "recebeu a ordem de libertação imediata, emanada pelos juízes desembargadores", após recurso do advogado.

Continua o jornal: "Nessa altura, o colectivo de juízes considerou que o acórdão condenatório tinha transitado em julgado e, por consequência, estava esgotado o prazo para um eventual recurso.

Para chegar a esta deliberação, os juízes guiaram-se pelos prazos dos processos urgentes, mas (o advogado) contestou. Primeiro, entrou com um pedido de habeas corpus (libertação imediata) da sua cliente, que foi indeferido. Depois, alegou que a decisão dos juízes da primeira instância teria efeitos suspensivos sobre a eficácia dos mandados de captura (...) o que foi aceite pelos juízes desembargadores." Corre Kafka, busca Kafka, bom cão Kafka!

A "assassina do ácido" anda nesta saga desde Maio de 2001, há mais de seis anos. O crime de amor, ciúme e raiva, que a levou a matar o namorado, crime do "coração" (o mesmo "coração" com que o povo se enleva no "pai de coração") já não suscita sequer atenção de per si, a não ser no epíteto de "assassina do ácido", são agora as peripécias jurídicas, o outro pântano, a outra areia que está debaixo do barco. Antes o mundo parecia simples: julgada, condenada, presa, libertada no fim da pena. Agora não, há advogados, juízes, polícias, desembargadores, um nome tão arcaico que se percebe bem encaixar na coisa. De que é que tens medo Kafka, não está nada aí, é só uma sombra...

Mantendo-nos nos crimes, temos mais um acto da saga mediática da "pequena Maddie", opondo os defensores da tese do rapto aos defensores da tese do assassinato, hoje uma matéria patriótica. Cada revelação, num ou noutro sentido, faz parte da também pequena guerra civil que os portugueses travam contra John Bull, contra a pérfida Albion, que insiste em nos tratar como comedores de sardinhas, insulta o nosso embaixador, goza com os nossos polícias, e suspeita que, se algum louro britânico, algum cidadão civilizado dos países frios, cai nas malhas desses brutos (nós) é como no tempo da Inquisição. E nós, nessa altura, ficamos todos índios venezuelanos diante do Borbón que nos manda calar, nós explorados desde o Tratado de Methuen, vítimas dos vexames de Beresford, espoliados pelo Ultimato e que temos agora que aturar a sobranceria desses "bifes" que acham que podem vir cometer crimes ao nosso Algarve e voltaram para casa a dizer mal do senhor inspector de Portimão. Nós que até lhes ganhamos, de vez em quando, no futebol. Agarrem-me senão eu faço e aconteço, ouve-se no barco encalhado pelo medo.

Depois o Correio da Manhã explica-nos que há portas e portas. Umas servem para abrir, outras para snifar e ganhar muito, muito dinheiro. São "portas da percepção" diria Huxley, cheias de felicidade terrestre, contendo a módica quantia de 301 quilos (o quilo a mais dos trezentos seria para pagar o transporte?) de cocaína metida numas portas vindas do Brasil, cerca de três milhões e cem mil doses individuais com valor de cerca de 15 milhões de euros. No mesmo dia, mostrando a diferença entre o poderoso cartel latino-americano e a pobreza dos PALOP, um infeliz guineense identificado como Isolmané trazia três quilos numa mala de viagem vindo de Caracas e foi direitinho parar à prisão, porque só lhe devia faltar ter escrito na T-shirt ao que vinha e com que vinha. Nas casas de banho da noite chique de Lisboa, onde os famosos da Nova Gente riscam umas linhas de neve, não vai faltar produto, nem que seja a consumir a porta. Se no barco encalhado se tem medo e se quer fazer de conta que não se passa nada, há sempre maneira de o fazer, no nariz, na veia, na garganta.

O resto? Nem no Correio da Manhã sobra alguma coisa como resto: uma greve na Valorsul, uma empresa que dá "valor" ao lixo do Sul; uma mãe que quer que a filha ouça e arranjou o dinheiro para a operação e diz, sábia, que "as mães não devem ficar à espera do Estado"; uma senhora professora que nem três cancros diferentes chegavam para ser aposentada e que só conseguiu "ter justiça"; a ASAE, mostrando como se leva a sério a gestão política das polícias, deixou por um dia de funcionar como braço armado do fisco, para apreender numa humilde loja das Portas de Santo Antão umas aparelhagens de quinta categoria que servem para escutas, obtendo assim um bom título no jornal para o senhor ministro da Administração Interna. O barco está mesmo encalhado e afunda-se pouco a pouco. Haverá piranhas, crocodilos neste rio? Há sempre.

A culpa é do Correio da Manhã? Longe disso, aquilo é o Portugal de 2007, tal como ele é, irrelevâncias antigas, infelicidades de sempre, vidas miúdas, perdidas num mundo que cada vez menos se controla, de que cada vez menos se descola. Não é obra de cínicos intelectuais que só querem dizer mal e não partilham do glorioso optimismo dos governantes, é o retrato do pântano do nosso lento empobrecimento a que nos condena o "modelo social" vigente, da desorganização atávica das nossas instituições, do salve-se quem puder, de uma mediania muito perto da pobreza e do atraso. É o que o espelho da verdade nos mostra.

É como nos sonhos, bem se quer correr, mas é difícil correr no meio de gelatina, da pasta viscosa da nossa anomia, quando uma a uma se perdem as raríssimas oportunidades de fazer diferente. Até o Papa percebeu isso e fez o que fez aos bispos, só que nós, se o tivéssemos à civil, atirávamos pedras ao homem. Não se é feliz no país do Correio da Manhã, mas o país do Correio da Manhã é o nosso país.» [Público assinantes]

Parecer:

Pacheco Pereira leu o Correio da Manhã do princípio ao fim.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

MORTE MANSA

«José Sócrates foi quarta-feira à comissão "política" do PS prestar contas de mais de metade do seu mandato. Falou uma hora e meia. Toda a gente calcula o que ele disse: que o Governo é espantoso e nunca visto; que "venceu" a crise financeira; que a economia está florescente; que reformou a segurança social, a educação e saúde; que a oposição não vale nada; que tudo depende dele e que sem ele a Pátria e o PS irão inevitavelmente ao fundo. A comissão, como lhe compete, ouviu isto em silêncio. Não houve uma crítica ou uma pergunta. No fim, o dr. Almeida Santos, o presidente do partido, contra o costume, elogiou o chefe e dois dos circunstantes (não se percebe porquê) também lhe ofereceram o seu imorredouro apoio. Os jornais não dizem quem esteve nesta cerimónia estalinista.

Do outro lado, Luís Filipe Menezes, provavelmente com medo que lhe chamem populista, anda mudo e quedo como um penedo. É verdade que denunciou o "pacto de regime" sobre a justiça. Mas parece que se arrependeu, ou que só denunciou uma parte pequenina do "pacto", ou que ainda vai pensar com mais tempo no caso, se - evidentemente - tiver tempo de pensar no caso. Sobre Paulo Portas caiu um novo "escândalo", o "escândalo dos papéis", que em parte alguma da "Europa" ou da América seria considerado um escândalo, mas que chega e sobra para provocar a patetice indígena e a nunca desmentida virtude do amável prof. Amaral. O PC deixou de se ver na rua e na televisão. E não se sabe ao certo se o Bloco persiste em existir ou já se aposentou no PS.

Entretanto, o país discute o hipotético aeroporto de Alcochete, a putativa fusão do BCP e do BPI, a presuntiva demissão de José Rodrigues dos Santos, Maddie McCann, a Casa Pia (essa praga), o aborto e, a pedido do sr. Presidente da República, o mar. Por outras palavras, Sócrates (com a voluntária ajuda de Cavaco) despolitizou Portugal. Vivemos numa sociedade apolítica, que obedece à autoridade, sofre calada e aceita com resignação o seu destino. Sócrates conseguiu, de facto, impor a toda a gente a obediência servil do PS. Pouco a pouco, o essencial desapareceu de cena: a liberdade e a justiça, o Governo e o Estado. E voltaram, como sempre, o "imperativo nacional" e a competência técnica, que Sócrates naturalmente encarna. A democracia vai morrendo sem ninguém dar por isso.» [Público assinantes]

Parecer:

Vasco Pulido Valente acha que Portugal está a ficar apolítico.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

ESPANHÓIS COMPRAM CASA EM BADAJOZ

«Cerca de 200 famílias espanholas adquiriram primeira residência em Elvas nos últimos dois anos. A drástica subida do preço da habitação em Espanha, que valorizou 9% só no último ano, impulsionada pela fortíssima expansão do crédito num contexto de baixas taxas de juro, justifica o fenómeno, que já representa entre 30% a 40% dos negócios imobiliários naquela cidade alentejana.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Trata-se de mais uma faceta dos negócios de fronteira que muitos querem limitar à gasolina.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao ministro da Economia.»

PEDRO NAMORA QUER DEMITIR A PROVEDORA DA CASA PIA

«O mais mediático ex-aluno da Casa Pia de Lisboa quer a demissão da actual responsável pela instituição de ensino. Pedro Namora considera que Joaquina Madeira perdeu credibilidade quando afirmou que Catalina Pestana não a tinha informada sobre a existência de alunos abusados, para depois vir reconhecer que, afinal, tinha.» [Diário de Notícias]

Parecer:

A questão está em saber quem é Pedro Namora para querer o que quer que seja.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Pedro Namora se não quer uma praia na Messejana.»

COMO CARREGAR A BATERIA DE UM iPOD COM UMA CEBOLA

ATAQUE DE ROCKETS NO IRAQUE

COMPUTADORES DE OUTROS TEMPOS [imagens]

MANUEL ABELLA

LYNXAN FOX

KAREL VOJKOVSKÝ

HATAIIIA HATA!!!A

ROLAND KARLSSON

THE BEAT MUSEUM

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Advertising Agency: Grey, San Francisco, USA
Executive Creative Director: Roger Bentley
Creative Director: Brian Clevenger
Associate Creative Director: Chaco Daniel
Senior Art Director: Juan Contreras
Art Director: Marc Oliver
Copywriters: Chaco Daniel, Brian Clevenger
Print Producers: Andy Brown, Tom Haughom
Account Executive: Sarah Kavanaugh
Media Planners: Eden Gorcey, Megan Woods

ROYAL AIR MAROC

Advertising Agency: Nouveau Monde DDB, France
Creative Director: Patrick Parquet
Art Director: Arik Schwartz
Copywriters: Nicolas Bonvalet, Arik Schwartz
Other additional credits: Vincent Thevenon / Graphist

AUSTRALIAN FINCIAL REVIEW

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Advertising Agency: Love Communications, Sydney, Australia
Photographer: Sean Izzard
Retoucher: Marcus Thyer
Creative Director / Copywriter: Scot Waterhouse
Art Director: Mike Lind