terça-feira, maio 27, 2008

Umas no cravo e outras tantas na ferradura

SONDAGEM JUMENTO

Os consumidores têm-se comportado como cordeiros sacrificados no altar de empresas que seguindo estratégias manhosas condicionam o seu comportamento, estabelecem relações de dependência, seguem estratégias oligopolistas que eliminam a concorrência e transformam os consumidores em parte passiva do mercado.

Devem os consumidores reagir, devem boicotar selectivamente as empresas de forma a forçá-las a reagir com preços mais baixos? Nos últimos dias alguns consumidores manifestam a sua revolta e decidiram boicotar a GALP. O que sucederá?

A GALP vai fazer de conta que nada está a acontecer, vai mobilizar as suas agências de comunicação para manipular jornais e jornalistas, vai impor o silêncio na comunicação social usando o poder dos seus orçamentos publicitários, vai aumentar o volume de spots publicitários e a publicidade nos jornais para amaciar os nossos independentes directores de redacção. Não é por acaso que a comunicação quase não fala, os políticos evitam o assunto e alguns alinham com a GALP na exigência da redução do ISP.

Vai ser uma luta de David contra Golias, de gente que luta com o que lhe resta contra gente poderosa que compra a comunicação social e o poder. Qual será o resultado?

FOTO JUMENTO

Torre de Belém com um colar de Ana Vasconcelos, Lisboa (imagem de A.C.)

IMAGEM DO DIA

[P. Richards/AFP]

«Un commerçant de Washington propose le merchandising Hillary Clinton à -50%, le 25 mai 2008. » [20 Minutes]

JUMENTO DO DIA

Santana já promoveu Sócrates

Mais uma grande evolução de Santana Lopes desde os tempos em que esteve à frente do Prec da direita, uma mistura entre Prec das gajas e Prec da deslocalização, agora já não alinha nas insinuações sobre a vida íntima de Sócrates, arranjou uma deixa melhor apanhada, agora Sócrates é socialista de meia-tigela, aliás, já promovido a socialista de ficção. Nada mau para um político que andou na pré-primária da extrema-direita, agora arma-se em certificador do socialismo dos outros.

GALP: CRISE, QUAL CRISE?

Podemos estar descansados, a GALP, que detém o monopólio da refinação e quase monopólio da distribuição, pode continuar a velar pela nossa tranquilidade no sector dos combustíveis, apesar da crise dos preços do crude os seus resultado vão de vento em popa:

«O resultado líquido do primeiro trimestre de 2008 foi de €175 milhões, superior em €33 milhões, ou 22,9% em relação ao período homólogo. Este aumento deveu-se à valorização de inventários reflectida no efeito stock, mais de duas vezes superior ao valor verificado em 2007, principalmente devido à subida acentuada do preço do crude e dos produtos petrolíferos.

Em termos ajustados os resultados atingiram os €109 milhões, menos 8,4% do que no período homólogo. O desempenho operacional positivo dos segmentos de negócio de Gas & Power e de Exploração & Produção foi suficiente para compensar o resultado desfavorável do segmento de negócio de Refinação & Distribuição.

O EBITDA replacement cost ajustado do primeiro trimestre de 2008 aumentou 3,3% em relação ao período homólogo para os €234 milhões e quando comparado com o último trimestre de 2007, esse aumento situou-se nos 30,1%. De salientar que o factor penalizador do resultado líquido replacement cost ajustado foi o aumento de €29 milhões no valor total do imposto pago, derivado maioritariamente de um aumento das vendas de crude com origem em Angola.

É de notar uma recuperação de 160,6% dos resultados líquidos replacement cost ajustados relativamente ao último trimestre de 2007, que resultou da melhoria do desempenho dos três segmentos de negócio da Galp Energia, nomeadamente do segmento de Refinação & Distribuição.» [GALP - Resultados do primeiro Trimestre de 2008 (PDF)]

Como é lógico os aumentos do crude até dão lucro à GALP já que revalorizam os stocks, os "replacements custs" são suportados pelos consumidores pois logo que o crude aumenta nas bolsas os combustíveis aumentam nas estações de serviço da GALP.

É evidente que a GALP segue boas práticas contabilísticas e de gestão, não precisa de as alterar enquanto a crise lhe passar ao lado e serem os consumidores a suportar os seus custos. Para a GALP o aumento dos preços do crude significa lucros adicionais, se os consumidores querem a gasolina mais cara que exijam ao governo que baixe o ISP:

«O valor do stock estratégico alcançou os €679 milhões face aos €566 milhões a 31 de Dezembro de 2007. Esta valorização de 19,9% traduz o impacto que as fortes valorizações dos produtos nos mercados internacionais tiveram na valorização unitária das obrigações estratégicas, nomeadamente na componente de gasolinas e destilados médios, que variaram, entre trimestres, 9,2% e 3,2%, respectivamente. As obrigações estratégicas em quantidade tiveram uma redução de 1%.» [GALP - Resultados do primeiro Trimestre de 2008 (PDF)]

DEMOCRACIA NOTÁVEL

Apesar dos problemas que a Birmânia está a passar o referendo promovido pelos canhalhas militares contou com 90% de votos. Começo a compreender a admiração do PCP pela democracia birmanesa.

DESONESTIDADE

«E podemos perguntar-nos como é que os honestos, aqueles que têm a bússola da integridade, podem funcionar num mundo em que há tantos poderosos corruptos e tanta gente sem escrúpulos? Não serão sempre derrotados? Nem sempre. Porque quem optou pela rectidão e renunciou a ludibriar, é levado a desenvolver outras capacidades. É um pouco como o cego que, por não ver, adquire uma extraordinária capacidade auditiva táctil e cenestésica. O honesto desenvolve muito mais a inteligência, a criatividade, a eficiência. Inventa, organiza, constrói, inspira confiança, consegue que lhe dêem crédito. Quando temos de confiar realmente em alguém, ver as coisas bem feitas, somos obrigados a virar-nos para ele. Ninguém, nem sequer o político com menos escrúpulos, pode viver sem isso. Esta é a sua força e, por essa razão, afirma-se e faz com que seja possível viver na nossa sociedade. » [Diário Económico]

Parecer:

Por Francesco Alberoni.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

GLOBALIZAÇÃO DO DISPARATE

«A globalização da informação induz a globalização do disparate. Frente à subida de preço dos bens alimentares, em parte por desvio de interesse dos especuladores da bolsa de Wall Street para a bolsa de mercadorias de Chicago, responsáveis da maior potência do globo, não hesitaram em culpabilizar a União Indiana por a sua classe média estar agora a comer mais e melhor. Não foi comentário de humorista. Teria sido uma declaração do presidente Bush, numa conferência de imprensa no Missouri, em 2 de Maio passado. Segundo Heather Timmons, no NYT de 14 de Maio, o presidente da mais poderosa nação, acerca da classe média indiana, teria afirmado que quando se começa a ficar rico, passa-se a exigir melhor alimentação e melhor comida, o que aumenta a procura e faz subir os preços. As respostas a esta pérola opinativa oscilaram entre o diplomático comentário de um membro do governo indiano, de que o presidente Bush jamais foi reconhecido pelos seus conhecimentos de economia, até à crua verdade dos números como as estatísticas da FAO que comparam as 2440 calorias de consumo diário na Índia com as 3770 nos EUA. Ou a declaração de um responsável do Banco Mundial que chamou a atenção para o facto de a Índia ter vindo a crescer economicamente desde há dez anos, com os preços dos produtos agrícolas variando em sentido muito diferente durante esse longo período, não havendo razão atribuível a esse País, para um disparo repentino dos preços. A querela, de tão primário lamento, irá extinguir-se à velocidade da perda de protagonismo do presidente em fim de mandato.» [Diário Económico]

Parecer:

Por António Correia de Campos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

PETRÓLEO E POPULISMO

«Em Novembro de 1973 o preço da gasolina quase duplicou em Portugal. Era o primeiro choque petrolífero, com o crude a subir brutalmente. O segundo choque aconteceu em 1979-80 e o terceiro estamos a vivê-lo agora.

O Japão não produz uma gota de petróleo. A resposta japonesa a esse primeiro choque foi repercutir nos consumidores, pessoas e empresas, o custo acrescido do petróleo. Pelo contrário, na maioria dos países europeus os governos recearam desagradar aos consumidores. Como no preço final dos combustíveis há uma grande parcela de impostos, esses governos abdicaram então de alguma receita fiscal para aliviarem o consumidor. Passados anos, verificou-se que o Japão se tinha ajustado aos novos preços do petróleo, superando a crise. Como? Reduzindo consumos de combustíveis, exactamente por estarem caros, e aumentando a eficácia na sua utilização, desde logo nos automóveis.

Ao invés, na Europa e nos Estados Unidos a resposta foi mais débil e lenta, o que prolongou a "estagflação" (estagnação económica com alta de preços). Mas no segundo choque, em 79-80, europeus e americanos recorreram menos às almofadas fiscais para mascarar o aumento do custo do petróleo. Deixaram funcionar o mercado. Nos EUA, porém, depois de se fazerem alguns progressos na redução do consumo nos automóveis, com o preço do crude em baixa insistiu-se na gasolina e gasóleo baratos (pagam menos impostos do que na Europa ou no Japão).

Hoje, o aumento do consumo de petróleo na China (12% no ano passado) e na Índia é um dos factores da alta do crude. Mas existem 37 milhões de carros na China e 250 milhões nos EUA. Este país é responsável por quase um quarto do consumo petrolífero mundial, enquanto a China se fica, por enquanto, nos 10%. O elevado consumo dos automóveis americanos (porque o combustível, sendo menos taxado, é barato nos EUA) também é um factor da presente alta. Mas dele pouco se fala.

Por cá, tivemos a má experiência do congelamento do preço dos combustíveis no tempo de Guterres, que pôs o contribuinte - gastasse ou não combustível - a financiar os consumidores. Por isso, e para além da injustiça social daí decorrente, continuámos a desperdiçar energia. Temos mais carros por habitante do que a Dinamarca. Portugal é um dos países europeus com mais baixa eficácia no uso de produtos petrolíferos e de bens com eles produzidos (como a maior parte da electricidade que consumimos).

Foi o resultado de não deixar funcionar o mercado, impedindo que fossem transmitidos os sinais para as pessoas alterarem hábitos de consumo, poupando, e para as empresas procurarem maneiras mais eficientes de usar a energia. Esses sinais são os preços. O actual Governo parece ter aprendido a lição, recusando-se a ceder a populismos, como seria descer impostos sobre os produtos petrolíferos, subsidiar consumos, etc. A mesma atitude, aliás, tomou em relação à crise económica e à consolidação das contas públicas. Ainda bem.

É obrigação de um governo responsável fazer da subida do custo do petróleo um incentivo para travar consumos, com benefícios para o ambiente, e promover a eficiência energética e o transporte colectivo. O encarecimento do petróleo também reforça a aposta em curso nas energias renováveis. Mas não haja ilusões: o essencial está na redução do escandaloso desperdício neste país pobre de recursos energéticos.

Claro que não se devem estrangular as empresas, impedindo-as de repercutir nos seus consumidores o acréscimo de custos com o gasóleo. E algum dinheiro dos contribuintes terá de ser desviado para ajudar grupos mais vulneráveis à subida dos combustíveis e dos alimentos.

É, assim, de aplaudir que alguns passes sociais não subam até ao fim do ano, porque se trata, em geral, de pessoas de menores rendimentos. E cabe ao Estado reduzir as dramáticas desigualdades existentes em Portugal. Mas as empresas de transportes terão de ser compensadas com dinheiro do Estado - ou seja, dos contribuintes - por aquele congelamento.
Já um gasóleo profissional, mais barato, é hipótese a afastar, até porque não foi famosa a experiência com o "gasóleo verde" para os agricultores. Seria abrir uma permanente fonte de fraudes.

São tempos difíceis. Mas as crises abrem perspectivas de mudar. Assim haja capacidade de liderança.» [Público assinantes]

Parecer:

Por Sarsfield Cabral.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

SOCIALISTA DE FICÇÃO

«Pedro Santana Lopes mostrou-se ontem surpreendido com a reacção de responsáveis do PS à expressão, dirigida no dia anterior a José Sócrates, de "socialista de meia-tigela", garantindo que nunca quis ofender ninguém, mas reforçando a ideia num ataque cerrado ao líder do Governo.» [Diário de Notícias]

Parecer:

É caso para dizer que é uma tirada à Quim Barreiros, que o acompanhava quando fez a declaração.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Santana se também cantou "o bacalhau quer alho"»

E JERÓNIMO DIZ QUE SÓCRATES QUER RASGAR A CONSTITUIÇÃO

«O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou ontem o Governo de querer "aplicar um golpe" nos direitos dos trabalhadores e "rasgar" a Constituição da República Portuguesa com as propostas de revisão do Código de Trabalho.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Enfim, palavras do líder do proletariado, em Baleizão, onde foi visitar o túmulo de Catarina Eufémia postumamente transformada em militante do PCP.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Diga-se a Jerónimo que guarde a Constituição bem guardadinha pois deu muito trabalho a fazer, até cercaram a Assembleia da República quando estava a ser redigida.»

OS AGRICULTORES REGRESSAM À TRACÇÃO ANIMAL

«Muitos agricultores de Trás-os-Montes estão a pôr de parte o recurso as máquinas, devido ao aumento constante do preço do gasóleo agrícola, e a ponderar o regresso ao uso de animais. Desde o ano passado que o combustível verde sofreu aumentos de 70 cêntimos para um euro, "numa proporção duas vezes superior aos aumentos do gasóleo normal", adiantou, ao JN, Abreu Lima, vice-presidente da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP).» [Jornal de Notícias]

Parecer:

É um efeito inesperado da crise do crude, este modesto burro acabou por se valorizar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao jornalista se é ele que vai fornecer os burros, animal que está em extinção.»

ALBERTO JOÃO NÃO QUER VIVER PARA O DÉFICE

«Alberto João Jardim afirmou ontem, que o seu Executico não vive aprisionado pelo défice público e que este é que deve submeter-se às necessidades e realidades da região.» [Jornal de Notícias]

Parecer:

Pudera, está mais habituado a viver à conta do défice.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se um garrafão de água de malvas ao Alberto.»

MAIS UMA DO CHERNE-VOADOR?

«Na pergunta escrita enviada hoje ao executivo comunitário, a eurodeputada socialista, citando um artigo do "Diário de Notícias", segundo o qual Bemba foi aceite em Portugal, sem requerer asilo político, "por intercessão (directa) do Presidente da Comissão Europeia", pede ao executivo comunitário para "confirmar ou desmentir" que José Manuel Durão Barroso "interveio neste caso". » [Público]

Parecer:

Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Solicite-se a Durão e Sócrates que esclareçam o assunto.»

OS PORTUGUESES NÃO PODEM DEIXAR O CARRO

«Apesar da escalada de preços do petróleo do último ano e do seu efeito sobre o rendimento das famílias, os portugueses hesitam em deixar o carro em casa e a optar por transportes públicos. É a conclusão global que se retira ao confrontar os dados do último ano fornecidos ao PÚBLICO pelas maiores empresas de transporte público urbano, mesmo que se notem algumas diferenças entre as duas maiores áreas metropolitanas do país, com o Porto a dar sinais de um crescimento que não se verifica em Lisboa. » [Público assinantes]

Parecer:

Talvez não possam ainda que isso não seja inteiramente verdade, mas podem ter uma condução menos agressiva evitando o consumo excessivo de combustível.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Adoptem-se medidas.»

LIDL ESTÁ A RACIONAR O ARROZ

«A cadeia de supermercados Lidl está a racionar a venda de arroz nas suas lojas em Portugal. Cada cliente não pode comprar mais do que 10 quilos daquele cereal, numa medida justificada com a "escassez de matéria-prima", conforme se lê num aviso colocado nas lojas deste grupo de origem alemã.» [Público assinantes]

Parecer:

Isso já sucede nalguns países, a par dos preços altos há um problema de abastecimento.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Evite-se o pânico.»

PASSOS COELHO REINCIDE NA PARVOÍCE

«Pedro Passos Coelho voltou esta segunda-feira a insistir na redução do IVA nos combustíveis e do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP). Apesar de o primeiro-ministro, José Sócrates, já ter recusado essa descida, o candidato à liderança do PSD considera que o Governo poderá tomar essa decisão “nos próximos meses”.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Esta é a pior forma de mexer na estrutura dos impostos, indo atrás das circunstâncias.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a PPC que desista da ideia ou que a apresente com mais credibilidade.»

QUEM QUER ISENTAR GRANDES FORTUNAS

«O Centro de Estudos Fiscais (CEF) do Ministério das Finanças, um dos serviços centrais da Direcção-Geral dos Impostos (DGCI), está analisar a proposta de lei patrocinada pelo Ministério da Justiça sobre o fundo fiduciário, cuja existência o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, declarou no Parlamento desconhecer e com a qual estaria em desacordo, por não ser "consistente" com a "prioridade do Governo" de combater a fraude e evasões fiscais.» [Público assinantes]

Parecer:

Algo está errado quando é o ministro da Justiça a ter iniciativas com impacto fiscal

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao ministro Alberto Costa o que pretende.»

O JUMENTO NA BLOGOSFERA

  1. O "Pensamentos" também protesta contra o esquecimento das Tânias.
  2. O "Mala-Aviada" apreciou a solução de Ferreira Leite para arranjar dinheiro.
  3. O "Alcatruz" também acha que a solução está em poupar combustível.
  4. O "Agora Blogo Eu" não gostou da defesa envergonhada dos canalhas da Birmânia feita pelo PCP.
  5. O "Câmara de Comuns" também apela a que assumamos os direitos enquanto consumidores.
  6. O "Vento Quente da Mudança" reproduziu uma troca de mails a propósito da questão dos preços dos combustíveis.

NÃO ABASTEÇO NA GALP, NEM QUE A MENINA DA BILHA ME LEVE AO COLO!

Aproveito para fazer minhas as palavras do Senhor Luís da Barbearia, se tivesse medo comprava um cão em vez dum burro:

«1. Não estou a liderar qualquer movimento para abater a GALP, estou a defender individualmente os meus interesses enquanto consumidor.

2. Não me deixo amedrontar pelo gigantismo de quem tenho de me defender, mesmo tendo plena consciência da minha pequenez.

3. Não ignoro que as soluções de futuro têm a ver com o ambiente, hábitos de consumo e outros rituais que urgem ser alterados e, embora concorde que já se vá tarde na busca dessas soluções, há a questão presente que tem de ser encarada.

4. Não desconheço totalmente as razões que estão por detrás da crise especulativa que tem feito disparar este carrossel de carestia.

5. Não pretendo fazer esquecer que a questão da escalada dos preços dos combustíveis, que muitos mascaram só com os inconvenientes privados de circulação automóvel (o mal menor), afecta toda a linha de produção e vai agravar as condições de vida de toda a população.»

Já referiram, aderiam ou apoiaram:

2 Dedos de Prosa e Poesia,
a Barbearia do Senhor Luís,
a Minha Matilde & Cª,
A minha T-shirt,
A sombra do Convento,
Absorto,
Anamarta,
Anjo Demónio,
Apdeites V2,
Arrochadas (2.0),
Art & Design de Isabel Filipe,
Branco no Branco,
Carlos Alberto,
Ceolino's, Cicuta,
Colheita 63,
Confessionário do Dilbert,
Cópia Perfeita,
Fil Antes Tropo,
Fliscorno,
Forum Cidadania,
http://www.tdias.pt.vu/,
Ideal Social,
João...zinho! in the UK,
Kitanda,
Kousas e Louzas,
Mataternos,
Mi Bloga Mucho,
Nem Paz Nem Guerra,
Notas ,
Notícias d'Aldeia,
o Jumento,
o Melhor e o Pior,
O Sítio dos Desenhos,
O Viseu,
Óbidos made in-2510,
Os Amigos de Alex ,
Outra Margem,
Palavras de Ursa,
Papa Açordas,
Papiro,
Ponto por Ponto,
Pontos Soltos,
Sarrabiscos - GP,
Sem Ordem,
Sentido Único,
Suspeitix,
Vento Quente de Mudança,

NEM SÓ DE GASOLINA VIVE O HOMEM

O meu amigo fumaças decidiu colocar um post com os dados relativos a alguns impostos cobrados nalguns europeus para assim explicar a diferença entre os preços dos combustíveis pagos em Espanha e em Portugal. Não deixa de ser curiosa esta nossa fixação em Espanha, ainda por cima só nalgumas coisas. Mas vejamos:

Haveriam muito mais a comparar, se, por exemplo, tivessem sido acrescentados os salários mínimos dos dois países a situação seria mais escandalosa, na perspectiva de quemos recebe, claro, porque na dos que pagama diferença dá para pagarem os impostos em vez de fazerem greves à pesca ou buzinões. Mas voltemos ao que nos trás.

No pressuposto de que os Estado têm despesas e as pagam com impostos somos levados a questionar se há algum milagre. Tanto quanto sei o Estado espanhol, que até tem um orçamento com superavit, suporta despesas, o seus sistema de saúde é igualmente caro, da mesma forma que o são as escolas ou as forças de segurança, para não falar das autonomias ou de umas forças armadas que estão entre as mais modernas e melhor equipadas do mundo. Pelo quadro percebe-se que não é com o ISP e o IVA que pagam as despesas todas.

Teríamos que concluir que interessante mesmo era conhecer todos os impostos, não se pode querer ter sol na eira e água no nabal, se nos escapamos ao IVA, ao IRS e ao IRC, resta aumentar as taxas dos impostos e cobrar onde é possível. A alternativa é a falência do estado.

Mas também seria interessante comparar os preços com países como a Bélgica, a Finlândia. E porque não com a Irlanda onde apesar de os impostos serem próximos dos nossos a gasolina é bem mais barata, é mesmo a segunda mais barata. Ora aqui está uma dúvida interessante para colocar à GALP.

Apetece-me dizer "coitados dos holandeses", pelos preços que lá praticam e por aquilo que por cá se ouve imagino que a oposição de lá anda a fazer grande berreiro nas aldeias belgas da fronteira, já devem andar a lavrar os campos das tulipas com burros, a tirar a águas dos polders com baldes.

Sejamos honestos, não é assim que se fazem as contas ou comparam sistemas fiscais, para o Paulo Portas talvez, mas para quem não precisa de votos para manter a imunidade parlamentar há formas mais sérias.

NO ÁGUA LISA

É caracterizado o novo narco-traficante que lidera as FARC:

«Alfonso Cano (pseudónimo de Guillermo Sáenz), o bandido da foto, que foi estudante de Antropologia antes de se dedicar ao terrorismo,sucedeu a Tirofijo como novo chefe máximo das FARC.

No emaranhado complexo em que se cruzam o progressivo decapitar da direcção das FARC, o desgaste pela decadência da guerrilha, onde as deserções têm subido em flecha, as tensões entre “militaristas” e “políticos”, entre os que apostam no suicídio do irredentismo do fogo das armas e os que se dispõem a uma saída política, entre a estratégia político-militar versus os poderosos interesses do narcotráfico que hoje sustentam a guerrilha e lhe dão enorme poder financeiro pela venda de cocaína, mais o fardo do peso do repúdio internacional pelas dezenas de sequestrados, são mais as dúvidas que as certezas quanto ao que vai resultar da débil liderança de Alfonso Cano. »

MARTE: AS PRIMEIRAS IMAGENS DA SONDA PHOENIX [Link]

O QUE PODE SER FEITO COM COMIDA [imagens]

SETEFAN GESELL

NOVO SÍMBOLO DAS ESTAÇÕES DE SERVIÇO

NA PISCINA COM COBRAS

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