segunda-feira, janeiro 05, 2009

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

À boleia, Lisboa

IMAGEM DO DIA

[Reuters]

«A masked member of the Lebanese Islamist group "al-Gama'a al Islamiya" takes part in a protest in front of the U.N headquarters in Beirut against Israel's attacks on Gaza January 4, 2009. The wording on the man's headdress reads: "There is no god but Allah, Mohammad is Allah's messenger". » [daylife]

JUMENTO DO DIA

Alberto João Jardim, presidente do Governo Regional da Madeira

Era de esperar que os recentes elogios de Alberto João ao Senhor Silva tinham seu preço, o Alberto João não perdeu muito tempo para "cobrar" o favor, pediu ao Presidente da República para o ajudar a minimizar as consequências da acção do Governo, com o argumento de que estas medidas se inserem numa estratégia político-partidária. Este Alberto não se enxerga.

AVES DE LISBOA

Borrelho-grande-de-coleira [Charadrius hiaticula]

MAL DE SAÚDE

«O problema é que, apesar do elevado rácio de médicos/habitantes, não atende. O SNS gratuito e universal que temos não é gratuito e, a julgar pelas "cunhas" que regulamentam a rapidez no atendimento, está longe de ser universal. Se considerarmos os resultados obtidos, talvez nem garanta grande saúde. Num mundo perfeito, haveria de se discutir a reforma de tamanha monstruosidade em prol de uma alternativa que servisse de facto os pobres e respeitasse de facto a vontade dos restantes. Em Portugal, salvo Correia de Campos, varrido num ápice, o SNS não se discute: a Constituição ainda sonha com o socialismo, os partidos de poder não arriscam a indignação popular, os profissionais do ramo não admitem afrontas e, de qualquer modo, as fraudes disseminadas tornaram o conceito de pobreza um tanto vago.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Por Alberto Gonçalves.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

CAVACO E SÓCRATES

«A "cooperação estratégica" acabou e hoje existe um conflito entre o primeiro-ministro e o Presidente da República? E, se por acaso existe, quem o provocou e quem ganha com isso? Para começar, uma observação: num regime semipresidencialista como o nosso, quando por qualquer razão o poder do primeiro-ministro diminui, aumenta o poder do Presidente. Foi o que sucedeu desde o princípio e, aparentemente, continua a suceder. Sócrates perdeu autoridade e prestígio, com reformas falhadas, querelas sem sentido e um grande saco de promessas por cumprir. Nada mais natural que, numa situação de crise, o país procure no dr. Cavaco alguma segurança e uma espécie de influência "correctiva". Ainda por cima, quando Sócrates não passa por um imoderado amante da verdade e o Presidente tem uma velha reputação de virtude.

Posto isto, na véspera de eleições, convém ao PS não parecer demasiado próximo de Belém. Por um lado, Sócrates está farto de saber que o dr. Cavaco - pelo menos, daqui até Outubro - será sempre um inimigo perigoso e convém que ele não goze de uma implícita presunção de neutralidade (um Presidente em pé de guerra não o prejudica tanto como o paternal parceiro da "cooperação estratégica). E, por outro lado, a intimidade com Cavaco não o beneficia à esquerda, de quem ele precisa para renovar, se renovar, a maioria absoluta. Mas Sócrates com certeza não quer transformar a eleição de Outubro num confronto directo entre ele e o Presidente, que inevitavelmente perderia. O que ele quer é manter um estado de tensão - com uma ocasional escaramuça - sem nunca chegar a uma ruptura grave.

De resto, neste ponto essencial, Cavaco também oscila. Gostaria, é claro, que da eleição de Outubro saísse um PSD mais forte, com Ferreira Leite à frente. Só que percebe - e já escreveu - que um parlamento dividido lhe complicaria a vida. De tutor do governo e consciência do país, cairia imediatamente no corpo a corpo da política "politiqueira", fazendo e desfazendo coligações, com pouco futuro e nenhum destino: coisa que ele detesta e, além disso, acha pouco patriótica e moralmente desprezível. Imagino que não se importaria que Sócrates tornasse a ganhar a maioria absoluta, se a ganhasse com o programa dele - que ele considera nacional - e Ferreira Leite se conseguisse aguentar no PSD. O que lhe exige agora uma certa aspereza com Sócrates (mas não excessiva) para marcar a sua superioridade e garantir o seu ascendente no futuro. O interesse do Presidente da República e o interesse do primeiro-ministro não são por enquanto incompatíveis, são concorrentes.» [Público assinantes]

Parecer:

Por Vasco Pulido Valente.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

MOBILIDADE DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA CHEGOU À HERDDE DA CONTENDA

«No início de Dezembro, a Autoridade Geral das Florestas (AGF) reuniu-se com os trabalhadores da Herdade da Contenda para lhes comunicar que 11 dos 13 funcionários que ali prestam serviço iriam integrar o quadro de mobilidade especial.

Esta decisão do Governo provocou alvoroço na população de Santo Aleixo da Restauração, freguesia onde a herdade está integrada. Isabel Balancho, presidente da junta, criticou a AGF pela decisão tomada depois de esta entidade se ter comprometido "a zelar pela vigilância, bom funcionamento e protecção da Herdade da Contenda".» [Público assinantes]

Parecer:

Isto é aquilo a que se chama poupar no farelo e evidencia o total desprezo do ministério da Agricultura pela dimensão ambiental do sector.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se a tacanhez governamental.»

BPN AJUDOU EPUL A FINANCIAR SPORTING E BENFICA

«A EPUL financiou o adiantamento de 19,95 milhões de euros ao Benfica e ao Sporting, em Dezembro de 2004, com um empréstimo do Grupo BPN. Sem liquidez para tamanho compromisso, resultante do contrato-programa celebrado em Julho de 2002 para a construção dos estádios do Euro’2004, a EPUL pediu um crédito intercalar de 45 milhões de euros ao Banco Efisa e ao BPN.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Recorde que nessa altura o primeiro-ministro era Santana Lopes, o homem que tinha convencido o mundo do futebol a apoiar publicamente Durão Barroso.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Manuela Ferreira Leite se teve conhecimento disto quando era ministra das Finanças de Durão Barroso.»

ALEGRE VIRA-SE PARA CAVACO SILVA

«Manuel Alegre considera que, na origem da crise financeira nacional, está o modelo económico apoiado por Cavaco Silva enquanto primeiro-ministro, e do qual o actual Presidente da República "ainda não se demarcou". Pela segunda vez, o socialista aponta assim as baterias contra ao Chefe de Estado.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Afinal de contas foi Cavaco que o derrotou nas presidenciais.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprovem-se as críticas de Manuel Alegre.»

SAMPAIO E MELLO DIZ QUE O PSD NÃO TEM ESTRATÉGIA

«Convidado a comentar a mensagem de Ano Novo do Presidente da República na SIC Notícias, o ex-director do Gabinete de Estudos do PSD, António Sampaio e Mello, aproveitou para reiterar todas as críticas que tinha feito à direcção de Manuela Ferreira Leite, sobretudo a de falta de estratégia. E que, reafirmou, conduziram à sua demissão no final de Novembro de 2008.

O economista e professor universitário, que trabalhou com a equipa que preparou a campanha presidencial de Barack Obama, foi ainda mais contudente para a liderança de Manuela Ferreira Leite, embora nunca tenha nomeado a líder do PSD: "Quando se aposta em ganhar o poder apenas porque o poder que está apodrece, então não se tem legitimidade para governar e nem se conseguem mobilizar as pessoas para as reformas que o País necessita."» [Diário de Notícias]

Parecer:

Que grande novidade!

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento a Manuela Ferreira Leite.»

O ÍNDICE DO BÂTON

«Este índice, baptizado pelo presidente da Estée Lauder, baseia-se na evidência estatística de que as vendas de cosméticos sobem em razão proporcional à queda do poder de compra dos consumidores, e mede a percepção que a metade mais instintiva da humanidade (as mulheres) tem da profundidade da crise.

Em tempos de incerteza, por prudência ou absoluta falta de fundos, em vez de comprarem umas botas ou um vestido novo, as mulheres refugiam-se em artigos mais baratos, os cosméticos, que lhes permitem sentirem-se bonitas e atraentes. Pintar as unhas e os lábios fica muito mais barato do que comprar um casaco Max Mara - e não deixa de produzir o seu efeito.

A seguir ao 11 de Setembro de 2001, as vendas de cosméticos duplicaram. Foi a definitiva prova dos nove da fiabilidade do Índice do Bâton, que passou ser usado por jornais como o Financial Times, que acaba de agravar o pânico ao revelar que as vendas de cosméticos dispararam 40% nos últimos meses. » [Diário de Notícias]

Parecer:

Já percebi como é que o nosso ministro das Finanças avalia a evolução da economia, nem precisa de ir à rua ou à internet através do seu "Magalhães", basta inquirir as meninas do secretariado.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao ministro das Finanças como vão as coisas.»

THE TEN MOST MEMORABLE SCENES OF 2008 [Link]

"BODY ART" DE EMMA HACK [Link]

ALLA CHERNOVA

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