domingo, janeiro 18, 2009

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Feira da Ladra, Lisboa

IMAGEM DO DIA

[Color China Photo/Associated Press]

«A half-built office tower caught on fire on Friday in Foshan, a city in Guangdong Province of South China. The fire on the 26-story building lasted for four hours, and its cause was under investigation. » [The New York Times]

JUMENTO DO DIA

Manuela Ferreira Leite

Nos termos em que se referiu ao projecto TGV e independentemente da opinião que se possa ter sobre o mesmo Manuela Ferreira Leite revelou incompetência, irresponsabilidade e incoerência. Incompetência porque não fundamentou o que disse, irresponsabilidade porque não teve em consideração que o projecto TGV envolve dois países ibérios e dinheiros de Bruxelas, incoerência porque foi um governo de que foi ministra das Finanças que lançou o programa numa cimeira Ibérica.

Atrapalhada com as consequências políticas do que disse acusou a Lusa de, a mando do Governo, ir a Espanha ouvir o PSOE, o que revela tacanhez e ignorância, tacanhez porque não percebe a importância do projecto para a rede de transportes da península e ignorância porque desconhece que a Lusa tem um correspondente em Espanha cuja obrigação era ouvir a opinião dos espanhóis, incluindo o PP, sobre esta questão.

Mais uma vez Manuela Ferreira Leite demonstrou que não tem classe nem capacidade intelectual para desempenhar o cargo de primeiro-ministro. Com ela a governar o país parecer-se-ia com uma mercearia de aldeia.

AVES DE LISBOA

Toutinegra-de-barrete-preto (fêmea) [Sylvia atricapilla]

O FACTOR VARA

«Ultimamente tenho sido industriado num conceito novo sobre a vida que é também uma filosofia de vida: ser “leve”. Ser “leve” é o contrário de ser “pesado”, é, parece, a capacidade de levar as coisas sempre de uma forma ligeira, de não se preocupar demasiadamente com nada nem dar demasiada importância a coisa alguma. Aconteça o que acontecer, façam o que fizerem, as pessoas “leves” levam tudo na despreocupada: nada deve ser suficientemente grave ou importante para que deixem de rir e de sorrir a todo o tempo e em todas as circunstâncias. Trata-se de um conceito moderno e urbano, que a mim me deixa um pouco baralhado, até porque nos últimos anos tenho aprendido a preferir cada vez mais a chuva no campo do que os dias cinzentos na cidade. É verdade que os portugueses sorriem pouco e que sorrir faz bem à saúde e torna as pessoas mais bonitas. Mas lembro-me de a minha mãe dizer que os que vivem eternamente felizes e despreocupados, sempre a rir ou a sorrir, ou são parvos ou são inconscientes. Sim, porque é difícil distinguir onde acabam as virtudes de ser “leve” e começa a estupidez de ser leviano. A fronteira não é clara e há-de ser estreita.

Mas de uma coisa estou certo: só se pode levar as coisas numa “leve” quando se tem condições para tal. Quem vive em quadros de miséria e carência, quem tem da vida urbana uma paisagem de subúrbios desumanizados, quem tem problemas sérios de saúde, quem viu morrer um filho ou alguém muito próximo e amado, quem viu morrer uma após outra todas as ilusões, ou não é “leve” ou anda a Prozac. Poder ser “leve” é um privilégio, não toca a todos. Mas tenho andado a pensar seriamente no assunto — tentando, claro, pensar de uma forma “leve”, para que faça sentido. Muita gente, e leitores meus, acham que eu me indigno vezes de mais com coisas de mais. Não valeria a pena, julgam eles. Há um tipo que escreve sobre mim num blogue e que se irrita sobremaneira com o que ele acha ser a minha indignação permanente e traça de mim um retrato, até físico, que me deixa abalado. Preocupam-me, então, duas coisas: a minha recorrente indignação, tal como ele a descreve, e o facto de a minha indignação acarretar a indignação dele. Vou tentar mudar, a bem dos dois.

Em vez de dizer que as coisas me indignam ou revoltam, vou passar a dizer suavemente que elas me deprimem. Por exemplo: a história de Armando Vara, promovido ao nível máximo de vencimento na Caixa Geral de Depósitos e para efeitos de reforma futura, depois de já estar a trabalhar na concorrência do BCP, é uma história que me deprime. Não, não, acreditem que, apesar de isto envolver o dinheiro que pago em impostos, esta história não me revolta nem me indigna, apenas me deprime. E de forma leve. Eu explico.

Toda a ‘carreira’, se assim lhe podemos chamar, de Armando Vara, é uma história que, quando não possa ser explicada pelo mérito (o que, aparentemente, é regra) tem de ser levada à conta da sorte. Uma sorte extraordinária. Teve a sorte de, ainda bem novo, ter sentido uma irresistível vocação de militante socialista, que para sempre lhe mudaria o destino traçado de humilde empregado bancário da CGD lá na terra. Teve o mérito de ter dedicado vinte anos da sua vida ao exaltante trabalho político no PS, cimentando um currículo de que, todavia, a nação não conhece, em tantos anos de deputado ou dirigente político, acto, ideia ou obra que fique na memória. Culminou tão profícua carreira com o prestigiado cargo de ministro da Juventude e Desporto, depois de ter sido secretário de Estado da Administração Interna — em cuja pasta congeminou a genial ideia de transformar as directorias e as próprias funções do Ministério em Fundações de direito privado e dinheiros públicos. Um ovo de Colombo que, como seria fácil de prever, conduziria à multiplicação de despesa e de “tachos” a distribuir pela “gente de bem” do costume. Injustamente, a ideia causou escândalo público, motivou a irritação de Jorge Sampaio e forçou Guterres a dispensar os seus dedicados serviços. E assim acabou — “voluntariamente”, como diz o próprio — a sua fase de dedicação à causa pública.

Emergiu, vinte anos depois, no seu guardado lugar de funcionário da CGD, mas logo promovido, por antiguidade in absentia, ao lugar de director, com a misteriosa pasta da “segurança”. E assim se manteve um par de anos, até aparecer também subitamente licenciado em Relações Qualquer Coisa por uma também súbita Universidade, entretanto fechada por ostensiva fraude académica. Poucos dias após a obtenção do “canudo”, o agora dr. Armado Vara viu-se promovido — por mérito, certamente, e por nomeação política, inevitavelmente — ao lugar de administrador da CGD: assim nasceu um banqueiro. Mas a sua sorte não acabou aí: ainda não tinha aquecido o lugar no banco público, e rebentava a barraca do BCP, proporcionando ao Governo socialista a extraordinária oportunidade de domesticar o maior banco privado do país, sem sequer ter de o nacionalizar, limitando-se a nomear os seus escolhidos para a administração, em lugar dos desacreditados administradores de “sucesso”. A escolha caiu em Santos Ferreira, presidente da CGD, que para lá levou dois homens de confiança sua, entre os quais o sortudo dr. Vara. E, para que o PSD acalmasse a sua fúria, Sócrates deu-lhes a presidência da CGD, e assim a meteórica ascensão do dr. Vara na banca nacional acabou por ser assumida com um sorriso e um tom “leve”.

Podia ter acabado aí a sorte do homem, mas não. E, desta vez, sem que ele tenha sido tido ou achado, por pura sorte, descobriu-se que, mesmo depois de ter saído da CGD, conseguiu ser promovido ao escalão máximo de vencimento, no qual vencerá a sua tão merecida reforma, a seu tempo. Porque, como explicou fonte da “instituição” ao jornal “Público”, é prática comum do “grupo” promover todos os seus administradores-quadros ao escalão máximo, quando deixam de lá trabalhar. Fico feliz por saber que o banco público, onde os contribuintes injectaram nos últimos seis meses mil milhões de euros para, entre outros coisas, cobrir os riscos do dinheiro emprestado ao comendador Berardo para ele lançar um raide sobre o BCP (e terá A. Vara participado na decisão?), tem uma política tão generosa de recompensa aos seus administradores — mesmo que por lá não tenham passado mais do que um par de anos. Ah, se todas as empresas, públicas e privadas, fossem assim para todos os quadros, isto seria verdadeiramente o paraíso dos trabalhadores!

Eu bem tento sorrir apenas e encarar estas coisas de forma leve. Mas o ‘factor Vara’ deixa-me vagamente deprimido. Penso em tantos e tantos jovens com carreiras académicas de mérito e esforço, cujos pais se mataram a trabalhar para lhes pagar estudos e que hoje concorrem a lugares de carteiros nos CTT ou de vendedores porta-a-porta e, não sei porquê, sinto-me deprimido. Este país não é para todos.

P.S. — Para que as coisas fiquem claras, informo que o sr. (ou dr.) Armando Vara tem a correr contra mim uma acção cível em que me pede 250.000 euros de indemnização por “ofensas ao seu bom nome”. Porque, algures, eu disse o seguinte: “Quando entra em cena Armando Vara, eu fico logo desconfiado por princípio, porque há muitas coisas no passado político dele de que sou altamente crítico”. Aparentemente, o queixoso pensa que por “passado político” eu quis insinuar outras coisas, que a sua consciência ou o seu invocado “bom nome” lhe sugerem. Eu sei que o Código Civil diz que todos têm direito ao bom nome e que o bom nome se presume. Mas eu cá continuo a acreditar noutros valores: o bom nome, para mim, não se presume, não se apregoa, não se compra, nem se fabrica em série — ou se tem ou não se tem. O tribunal dirá, mas, até lá e mesmo depois disso, não estou cativo do “bom nome” do sr. Armando Vara nem silenciado pelas suas tentativas de intimidação financeira (de que o director deste jornal é outro dos alvos). Era o que faltava! » [Expresso assinantes]

Parecer:

Por Miguel Sousa Tavares.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

CONVITE AO COMPADRIO

«O indisfarçado entusiasmo com que os autarcas receberam a notícia diz aquilo que todos sabemos: aumentar de 150 mil para 5,15 milhões de euros o limite de obras por ajuste directo, em ano de eleições locais, é um convite ao despesismo inútil. E é mais uma porta que se escancara ao tráfico de influências e à corrupção. Trata-se de uma daquelas medidas que talvez funcionem sem problemas nas velhas democracias do norte da Europa, com uma cultura instalada de rigor e exigência, a par de uma Justiça que pune em devido tempo os eventuais prevaricadores. Em Portugal, pelo contrário, sabemos que compadrio e caciquismo andam de mãos dadas há séculos. A impunidade é a regra, muitas vezes descarada e quase sempre perante uma Justiça inoperante, como se tem visto nos últimos anos. Por isso a decisão do Executivo, ainda que fundada nas orientações da UE para o combate à crise, é imprudente e contraria toda a lógica governativa dos últimos quatro anos.

Dir-se-ia, aliás, que, estando o pior para vir, a ideia que se passa é a de que a crise encontra um país rico, com um Governo a distribuir milhares de milhões que não se imaginava que existissem. E com as Câmaras à vontade para gastarem o que têm e o que não têm com mais facilidade ainda do que o faziam anteriormente — em alguns casos certamente com os empreiteiros e construtores mais amigos dos senhores autarcas e/ou dos seus respectivos partidos. Não foi o Governo nem o PS quem, por sua conveniência, fez deflagrar a crise neste ano de quase todas as eleições. Mas, para que a imagem do regime não se degrade ainda mais aceleradamente, é importante que o poder político nacional e local não se prevaleçam da situação. E que não disponham dos recursos do Estado para um combate à crise feito à medida das suas ambições e interesses eleitorais. » [Expresso assinantes]

Parecer:

Por Fernando Madrinha.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

PORTAS NÃO QUER COLIGAÇÕES

«O líder do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu este sábado “um CDS-PP independente, autónomo, com personalidade” face ao PSD e ao PS nas eleições legislativas e afirmou que o objectivo do partido é “libertar Portugal do socialismo”.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Enfim, agarrem-me senão bato-lhes.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Portas se tenciona governar sozinho.»

SANTANA APAIXONADO PELA MANELA

«Pedro Santana Lopes mostrava-se ontem um homem perfeitamente rendido à líder do PSD. "Gostei da entrevista e registei os elogios que fez à minha candidatura", garantiu ao DN o cabeça de lista do PSD à Câmara de Lisboa. Na Grande Entrevista de Judite de Sousa a Manuela Ferreira Leite, quinta-feira à noite na RTP-1, a líder social- -democrata afirmou, entre outras coisas, que Santana "é o melhor candidato do PSD à Câmara de Lisboa" e que o "apoia incondicionalmente". Palavras que até surpreenderam aquele que foi um dos opositores de Ferreira Leite nas últimas directas: "Foi bastante mais longe do que eu esperava". Talvez seja, por este motivo, que relevou o facto da presidente do seu partido ter dito que é um bom candidato a autarca, mas que não o seria a primeiro-ministro. "É opinião da dra. Manuela Ferreira Leite, já a conhecia e, por isso, não fiquei surpreendido". Tal como não ficou melindrado por não a ter ouvido comprometer-se a acompanhar de perto a sua futura campanha eleitoral em Lisboa. "Disse que o fará conforme a agenda e isso é normal."» [Diário de Notícias]

Parecer:

Enfim, uma paixão entre a má moeda e os trocos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Manela que vá já pensando na pensão de alimentos que vai exigir a Santana Lopes.»

QUEM NÃO TIVER BI OU CC NÃO VOTA

«Filas intermináveis, senhas de atendimento esgotadas pela manhã - isto durante a semana, porque ao sábado acabam antes de abrirem os serviços. E quando se consegue fazer o pedido, nunca se sabe quando será entregue. É este o cenário de quem quer tirar o Cartão do Cidadão. E quem não conhece ou não tem o número de eleitor não o conseguirá obter sem um destes documentos. Para votar basta o número de inscrição, o que pode ser visto em http/www.recenseamento-eleitoral.stape.pt, através do s números do BI ou CC. Uma informação fundamental e que as juntas de freguesia parecem desconhecer.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Isto é a Administração Pública à portuguesa.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao ministro da Justiça o que é feito do Simplex.»

SEGUNDA-FEIRA HÁ GREVE DOS PROFESSORES

«Menos de dois meses depois da última paralisação, os professores realizam segunda-feira uma nova greve. Os sindicatos esperam uma adesão semelhante à registada em Dezembro, de 94 por cento segundo os sindicatos e 66,7 por cento segundo números do Ministério da Educação, e prometem luta até ao Governo ceder na avaliação e na revisão do Estatuto.» [Jornal de Notícias]

Parecer:

Dá jeito, é um fim-de-semana prolongado.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Mário Nogueira se vai prescindir o dia de vencimento ou se vai ficar calado e receber o dinheirito.»

ALEGRE VAI OU NÃO PARIR UM PARTIDO

«Anteontem reuniu, sim, a comissão coordenadora do Movimento Independente de Cidadãos, um grupo de Viseu criado a partir da candidatura presidencial de Manuel Alegre. Objectivo: a discussão da criação de “um novo sujeito político em Portugal a partir das candidaturas pioneiras e emancipadoras de Manuel Alegre à Presidência da República e de Helena Roseta às autárquicas de Lisboa”. Com efeito, um novo partido, ainda que criado a pretexto das autárquicas, poderia bem vir a funcionar como ‘barriga de aluguer’ para o espaço de esquerda que se abriu com a candidatura de Manuel Alegre às eleições presidenciais de 2006 e que evoluiu depois para o Fórum das Esquerdas (para o que concorrem também militantes do Bloco de Esquerda, da renovação comunista e independentes). Alegre, que não esconde as suas reservas quanto à possibilidade de constituir um partido em tempo útil das próximas legislativas — logisticamente falando —, ficaria com a vida facilitada. Mas essa é uma possibilidade que o deputado se recusa a considerar: “Uma coisa são as autárquicas, outra as legislativas”, afirma, com a consciência de que, nomeadamente em Lisboa, o espaço da candidatura de Helena Roseta abrange parte de um eleitorado mais à direita que, porventura, não se reveria num eventual partido que juntasse as muitas esquerdas presentes no Fórum.» [Expresso assinantes]

Parecer:

É evidente que Alegre não quer testar o seu milhão de admiradores nas legislativa, até porque poderia cair no ridículo. A solução passa por concorrer às autárquicas e impor a Sócrates o seu mini grupo parlamentar que mais tarde se transferiria para o novo partido pondo fim ao governo de Manuel Alegre.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»

A ANEDOTA DO DIA

«"Para além daquele ministro que responde a tudo o que dizemos, aconteceu algo muito grave: um jornalista de uma agência pública deslocou-se a Espanha, o que significa que foi lá pago por todos nós. Foi falar com os socialistas espanhós para dizer que tinha havido alguém, neste caso eu, que tinha afirmado que, com o nosso Governo, suspenderíamos de imediato essa decisão", atirou Ferreira Leite, perante mais de dois mil militantes que ontem se reuniram no Europarque de Santa Maria da Feira, no primeiro jantar-comício desde que chegou à liderança. » [Público assinantes]

Parecer:

Parece que Manuela Ferreira Leite pensava que estava a falar apenas para o país.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Manuela se sabe da existência de telefones.»

PAPA VAI LANÇAR O SEU CANAL YOUTUBE

«El Vaticano ha firmado un acuerdo con Google para lanzar su propio canal en YouTube que contendrá noticias, imágenes, vídeos y discursos del papa Benedicto XVI, según informaron hoy los medios de comunicación italianos.

El proyecto será presentado el próximo 23 de enero en la sala de prensa del Vaticano por el portavoz del Papa y director de Radio vaticana y el Centro televisivo vaticano, Federico Lombardi, y el responsable de comunicaciones de Google, Henrique de Castro.» [20 Minutos]

PADRE ESPANHOL AMEAÇA AFIXAR LISTA DOS QUE NÃO AJUDAM A REPARAR A IGREJA

«Los vecinos de la localidad de Naraío no dan crédito. El cura de la localidad gallega, José Ladra, pide a través de una carta 50.000 euros a los lugareños para pagar la rehabilitación de la iglesia, un edificio del siglo IX —según informa El Correo Gallego—.

Pero el sacerdote no se conforma con la voluntad de los vecinos. Ladra avisa que publicará una lista de pagadores y morosos.» [Publico.es]

O OBAMA BRASILEIRO

«Blanco oscuro, mulato claro, negro pálido. Cualquier cosa menos blanco. El color de la piel de Nilo Peçanha, el político brasileño que alcanzó la presidencia del país tras una larga carrera de luchas, se ha oscurecido con el paso del tiempo. Si hace un siglo los retratistas le pintaban con rasgos blancos, el Brasil de Lula está reivindicando su negritud.

El prestigioso semanal Época publicó recientemente un reportaje especial: Brasil ya tuvo a su Obama. El texto repasa la figura de Nilo Peçanha y la de otros políticos brasileños que en su época adoptaron el color de la élite blanca que gobernaba el país. "No eran considerados mulatos o negros. Eran tratados como blancos, por tener una posición social elevada. Hacían parte del mundo de los blancos, y no del de una minoría", aseguraba en dicha publicación el diplomático y escritor brasileño Alberto Costa. » [Publico.es]

VBATICANO DIZ QUE HOMOSSEXUALIDADE NÃO FAZ FALTA À SOCIEDADE

«El Pontificio Consejo para la Familia del Vaticano ha declarado en México que "la homosexualidad no es un componente necesario de la sociedad, como lo es la familia".

En un comunicado difundido en el VI Encuentro Mundial de Familias, el organismo se declaró además contrario al matrimonio homosexual y sostuvo que los legisladores que quieren "organizar socialmente la sexualidad" cometen "un error antropológico" que puede provocar "confusión intelectual, de identidad y relacional".

"La relación entre dos personas del mismo sexo no es equivalente a una relación de pareja que se basa en la diferencia sexual. Estas dos situaciones dependen de estructuras que no son de la misma naturaleza. La relación homosexual no entra en este campo social", apuntó el Consejo.» [Publico.es]

OBAMA SEMPRE ACHOU QUE BUSH É UMA BOA PESSOA

«El presidente electo de Estados Unidos, Barack Obama, afirmó el viernes que siempre creyó que el actual inquilino de la Casa Blanca, George W. Bush era "una buena persona".

"Creo, a título personal, que es un buen hombre que adora a su familia y a su país", dijo Obama en una entrevista exclusiva a la cadena de televisión CNN, cuyo contenido adelanta en su página web.

Obama criticó con frecuencia durante la campaña, las que describió como "políticas fallidas" de Bush y prometió una "ruptura total" con los últimos ocho años. El entrevistador John King preguntó al próximo mandatario si había algo de lo que quisiera retractarse ahora que ha pasado más tiempo con Bush.» [Publico.es]

WINDOWS 7: UM BOM COMEÇO

«Windows 7 ya ha llegado a los usuarios gracias a una versión "beta pública" que Microsoft ha ofrecido para su descargada en Internet. El producto definitivo no añadirá nuevas funciones a las que ya tiene y se parecerá a lo que se puede ver hoy en día. El objetivo original de Microsoft es que Windows 7 esté listo para enero de 2010 e incluso podría adelantarse a finales de 2009.

Aunque el nombre elegido ha sido Windows 7, bien podría haberse llamado Windows 6.1 o Windows Vista «mejorado», que haría más honor al gran parecido que conservan. Las críticas a Vista, que se lanzó justamente hace dos años, han sido tantas que muchos usuarios no dieron el salto desde Windows XP y otros incluso volvieron a la versión anterior. La lentitud de arranque o en las copias de ficheros a través de USB, el alto consumo de RAM, la complejidad en la detección de redes y los problemas de compatibilidad fueron muchas de las quejas de los usuarios que han sido especialmente atendidas en Windows 7.» [Publico.es]

INGLÊS RECEBE FACTURA TELEFÓNICO ONDE É TRATADO POR "GRANDE GAY"

«Una compañía telefónica inglesa se ha disculpado después de que un cliente recibiera una factura de gastos donde se le llamaba literalmente "gran gay", según informa la cadena BBC.

Muddasser Ishaq había llevado su teléfono a una tienda de la marca para que lo arreglaran.

uando se lo devolvieron, junto al aparato había un recibo donde se podía leer "gran gay".» [20 Minutos]

VICTOR VASILIEV

LOL

PARIBAS