domingo, janeiro 25, 2009

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Fragata D. Fernando II e Glória, Lisboa

IMAGEM DO DIA

[Moises Saman for The New York Times]

«A group of Palestinian men worked to repair a tunnel used to smuggle goods from Egypt into the Gaza Strip. The tunnel was being repaired after being bombed by Israeli jets during the military offensive in Gaza.» [The New York Times]

JUMENTO DO DIA

António Cluny, "porta-voz" não oficial do PGR

Não me recordo de ter ouvido de António Cluny, sindicalistas dos magistrados do Ministério Público, uma única intervenção versando sobre temas que interessem a um sindicalista, a regra é fazer intervenções em nome da classe sobre questões que nada têm que ver com a sua relação laborar com o Estado, mas sim como se tivesse sido mandatado por Pinto Monteiro para o representar. Isso sucedeu mais uma vez a propósito do caso Freeport, respondendo a críticas de Sócrates como se tivesse sido mandatado para o fazer pela Procuradoria-Geral da República.

António Cluny gosta de aproveitar o seu estatuto de líder sindical para se armar em porta-voz não oficial de Pinto Monteiro, principalmente quando está em causa o PS e os casos da justiça poderão ter impacto eleitoral. Isso revela pouca inteligência pois desvia os assuntos do espaço da justiça para o do debate político reforçando as dúvidas dos que suspeitam da existência de intenções políticas por parte de alguns processos que se arrastam no segredo de justiça até quie a proximidade de eleições dá lugar a violações desse mesmo segredo de justiça.

O FIM DE UM PESADELO

«George Walker Bush começou a governar há oito anos, quando o Supremo Tribunal dos Estados Unidos, controlado por uma maioria republicana, pôs fim a um enxovalhante impasse de um mês de batalha jurídica à roda da contagem dos votos da Florida e oficializou a batota eleitoral. Não sabemos como seria o mundo hoje, se a chapelada encabeçada pelo governador da Florida e irmão do candidato, Jeb Bush, não tivesse impedido a vitória de quem, de facto, tinha ganho as eleições: Al Gore. Mas sabemos como ficaram o mundo e a América, após este longo pesadelo dos oito anos de Bush na Casa Branca.

Terça-feira passada, com dois milhões de americanos a seguirem ao vivo a posse de Barack Obama sob uma temperatura de 13º graus negativos, a América voltou a mostrar que consegue ser, por vezes, a nação mais surpreendente do mundo. Depois de Clinton, que foi o melhor Presidente desde o pós-guerra, quase metade dos americanos escolheram o mais explícito idiota que alguma vez foi eleito para um cargo político numa democracia. Após o que, mais de 70% dos americanos, segundo as sondagens, soltaram um imenso suspiro de alívio, partilhado em todos os cantos do mundo, com excepção de Israel, ao ver partir finalmente aquele triste fantoche, pleno de vazio e cheio de si mesmo. E Bush partiu como tinha chegado, como um actor de segunda imitando o papel de um Presidente, eternamente ocupado a fazer continências para a esquerda e para a direita, como tinha visto fazer nos filmes do Texas e que ele tomava como ritual de autoridade e leadership.

No palanque do Capitólio, num discurso curto, incisivo e por vezes brilhante, Obama desfez, sem pudor, a trágica herança deixado pelo filho do papá do Texas, a quem ninguém tinha augurado jamais qualquer futuro, fosse no que fosse. Sem meias-palavras, Obama apontou os erros cometidos, não como resultado de falta de sorte ou políticas erradas, mas como desfecho inevitável de uma liderança onde a absoluta incompetência se aliou tragicamente ao primarismo ideológico e à ausência de valores morais próprios de uma democracia. Por isso, insistiu tanto no regresso aos valores dos founding fathers e teve mesmo a coragem de dizer claramente que recusava o conflito entre a necessidade de garantir a segurança da América ou de preservar os princípios em que se funda a sua democracia. Por isso, disse, sem subterfúgios, que a crise económica cozinhada pela quadrilha de Bush não acontecera porque os americanos tivessem começado a trabalhar menos ou pior, mas por força da “ganância” de alguns e do abandono do dever do Estado em servir a todos e não apenas a uma elite de privilegiados.

Sentado no seu lugar protocolar, continuando a sorrir e a fazer continências a propósito e a despropósito, Bush deve ter escutado, mas nada deve ter percebido do que o seu sucessor estava a dizer. E ele estava a dizer, simplesmente que agora vai ser preciso reconstruir de cima a baixo a América que Bush deixou em escombros, em todas as frentes.

Horas mais tarde, ao discursar perante a sua gente do cowboy country (um curtíssimo discurso, mesmo assim lido no teleponto), Bush reclamou o privilégio de ser julgado apenas pela História e jurou que não se arrependia de nada nestes oito anos. Milhões de americanos perderam o emprego e milhões de famílias, nos Estados Unidos e no mundo inteiro, perderam todas as suas poupanças graças à ganância de alguns de que falava Obama e que os quadrilheiros de Bush consentiram e promoveram, mil e trezentos soldados americanos perderam a vida no Iraque, numa guerra fabricada pela Administração Bush com provas falsas e apenas para resolver os conflitos psicológicos que o filho tinha com o pai e permitir-lhe proclamar-se “um Presidente em guerra” (ele, que usou as influências paternas para fugir ao Vietname), e, mesmo assim, George Bush proclama que não se arrepende de nada. Milhares de soldados americanos e aliados arriscam e jogam a vida na guerra quase perdida do Afeganistão, onde ele não soube criar as condições para ganhar uma guerra que era urgente ganhar, preferindo ficar, como de costume, pelas proclamações ao estilo de filmes Série B (“Bin Laden, vou-te apanhar, vivo ou morto!”), e o pateta não se arrepende de nada! Mandou falsificar relatórios científicos sobre o estado alarmante do clima e da poluição à escala planetária, para melhor seguir uma política ambiental e energética de predador, em benefício dos seus amigos do petróleo, e o homem está orgulhoso do que deixou! Desprezou os relatórios sobre uma ameaça terrorista aos Estados Unidos, sendo apanhado de calças na mão pelo 11 de Setembro (em que passou misteriosas horas fugido de tudo e todos), inventou o campo de concentração de Guantánamo, à margem de qualquer lei civilizada e, depois de tantos milhões gastos, tantas violações da lei, tantas proclamações grandiloquentes, perdeu a guerra contra o terrorismo, desprestigiou a América em todo o mundo, deixou deliberadamente apodrecer a situação no Médio Oriente e perdeu, de facto, a guerra contra o terrorismo, em que a CIA depende hoje da ajuda externa: e está tão orgulhoso que até ameaça “escrever” umas memórias a gabar-se da obra levada a cabo!

A história da ascensão do notório incompetente George W. Bush ao mais alto cargo de poder no planeta e do inevitavelmente desastroso resultado do seu exercício do poder, é uma lição sobre os limites substanciais da democracia que não deve e não pode ser esquecida. Bush provou que é possível a um idiota carregado de dólares chegar ao poder sem que ninguém perceba como e para quê — nem ele próprio. Felizmente, Obama provou que também é possível o reverso da medalha. Mas foi preciso que o governo de Bush fosse de tal maneira calamitoso aos olhos de todos, para que a grande nação americana, feitas de brancos, de negros, de latinos, de asiáticos, percebesse que o que agora estava em causa era a própria sobrevivência dos Estados Unidos. E, por isso, a mensagem e a imagem de radical mudança de paradigma protagonizada por Obama foi crescendo aos poucos, como uma bola de neve, até ele próprio adquirir quase uma dimensão de Messias, para o que, obviamente, não pode estar preparado. Como se tantos e tantos anos de malfeitorias pudessem ser redimidos e reparados por um simples acto de contrição colectivo! Não podem: o que Bush destruiu paulatinamente demorará anos e anos a reconstruir.

Mas que fique a lição e a memória, para que nunca mais aconteça um Bush aos Estados Unidos. » [Expresso assinantes]

Parecer:

Por Miguel Sousa Tavares.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

EM MEMÓRIA DA STELLA

«Muitas vezes digo aos meus amigos que as peripécias que passei e passo para escrever a biografia de Álvaro Cunhal davam um livro à parte, com todos os ingredientes de um romance entre o LeCarré e uma coisa mais pícara, ou seja, uma combinação quase impossível e muito improvável. Desde início que sabia que a iniciativa seria dificultada pelo próprio Álvaro Cunhal e que este colocaria todos os obstáculos possíveis, ele e o PCP. Sabia também que escrevia no fio de uma navalha muito especial, a de estar a biografar alguém que estava vivo, que era muito hostil à iniciativa (e ao autor) e que podia com muita facilidade desclassificar a seriedade do trabalho. No fundo, a vida era dele e bastava Cunhal dizer que meia dúzia de afirmações eram erradas ou "falsas" para criar uma imagem de falta de rigor. Esta possibilidade era tanto mais real quanto eu escrevia sobre uma história em grande parte por contar, sem fontes secundárias, com fontes primárias de muito complexa interpretação (como as fontes de polícia, ou os arquivos soviéticos), mas em muitos casos sem fontes nenhumas e com escassíssimos testemunhos. Cunhal nunca o fez e soube mais tarde por testemunhos de pessoas que o contactaram nos últimos anos da sua vida, que ele elogiou a biografia que nunca desejara que fosse escrita.

Quando comecei a recolher elementos sobre a sua infância, família, adolescência, e anos de jovem comunista, a matéria do primeiro volume, as pessoas com quem podia falar eram na sua maioria septuagenários e octogenários, com idades próximas ou mais velhos que Cunhal. Tratava-se de seus familiares, companheiros de escola e universidade, amigos pessoais, membros do PCP e da FJCP nos anos 30, amigos e conhecidos da sua família, em particular de seu pai. Cunhal fez o que eu esperava: contactou alguns deles, em particular aqueles que sabiam e podiam contar factos relevantes, pedindo-lhes que não colaborassem. Na maioria dos casos teve sucesso. Ludgero Pinto Basto, que aceitara prestar um testemunho, marcou um encontro em sua casa e quando lá cheguei e toquei à porta ninguém respondeu. Vim mais tarde a saber que Cunhal lhe telefonara. Carolina Loff recusou-se a falar de imediato. E a Stella Piteira Santos Cunhal telefonara a propor-lhe "tomar um chá", apesar de não se falarem há muitos anos. Mas Stella recusou e aceitou falar sobre a sua vida, e testemunhar sobre Cunhal, a sua família, em particular sua mãe, sobre a qual muito pouco se sabia com excepção de um notável episódio relatado por Mário Soares, e sobre todos os factos da sua vida que se interligavam com a de Cunhal, sobre Inácio Fiadeiro, sobre Piteira Santos, sobre Pável, e sobre muitas e muitas histórias, nem todas muito agradáveis, a começar para ela própria. E sabia muito, muito mesmo, da "maledicência" da oposição, histórias e anedotas, aventuras e amores, fidelidades e infidelidades.

Muito disso ficou de fora da biografia de Cunhal, mas ficou registado para que as pessoas dessas décadas de história escondida possam ser mais pessoas, seres humanos com as fragilidades de nós todos e não "heróis" e "traidores" a preto e branco de uma história "oficial". Assim, foi ela a primeira a quebrar com grande coragem e sem temer as críticas que lhe foram feitas uma absurda omertà que protegia a história real do PCP, para manter a ficção da história oficial.

Stella vivera a vida atribulada comum na parte da oposição portuguesa ligada ao PCP, muitas vezes do lado torto, ou seja, de fora mas demasiado perto. Stella acompanhara alguns jovens da sua geração na militância comunista, fazia parte daquelas pessoas de estrita confiança das frágeis direcções dos anos 30, dera "apoio" na dactilografia de actas e sínteses de reuniões do topo do partido, fizera transportes e entregara originais para a imprensa clandestina, participou na fuga de Pável, esteve presa várias vezes, transportou Delgado e, no exílio argelino, foi uma das vozes da Rádio Voz da Liberdade, junto com Manuel Alegre.

Numa altura em que as relações pessoais e familiares acompanhavam de muito próximo o núcleo dirigente do PCP, Stella vivia perto do centro do poder comunista e, como acontece muitas vezes no universo dos partidos comunistas, isso significava uma vida grupal e muita endogamia. O seu primeiro filho era afilhado de Álvaro Cunhal e o seu segundo marido, com quem viveu a maior parte da sua vida e que acompanhou para o exílio, teve uma das biografias mais complicadas na história comunista portuguesa. Quadro intelectual ascendente, dirigente juvenil, membro do comité central, "especialista" dos militares, caiu em desgraça quando tentou aplicar a Portugal as ideias do dirigente americano Browder, fruto das alianças da guerra de 1939-45 e das esperanças de democratização que tinham trazido. Afastado dos seus cargos, depois expulso, mais tarde tratado de "traidor" e hostilizado e isolado pelo PCP em todas as iniciativas político-culturais que fazia, como o jornal Ler, teve direito a alguns dos mais vitriólicos e caluniosos textos dos anos de chumbo do PCP. Stella também não escapou aos anátemas e foi também insultada em idêntica linguagem, que nunca perdoou ao PCP. O mesmo ataque repetiu-se quando do chamado "golpe de Argel", a que se somou o duro conflito com Humberto Delgado. Cunhal veio mais tarde a demarcar-se desses documentos, mas até aos dias de hoje o PCP nunca reparou a memória de Piteira Santos, nem agora a de Stella.

A minha admiração, estima e amizade com Stella Piteira Santos, que faleceu anteontem, começou nas conversas em sua casa, num canto junto de um pequeno jardim, diante de um quadro de Avelino Cunhal. Eu levava-lhe figos e limões, livros sobre a Argélia e papéis, alguns sobre ela ou sobre Piteira Santos, que entretanto perdera ou nunca vira, e conversávamos durante horas. Stella era então quase desconhecida do grande público, cheia de história e de estórias, e, embora tivesse uma preciosa agenda com os nomes e números de telefone de tudo o que era gente da oposição até ao MFA, sentia-se muitas vezes sozinha e esquecida. Sentia que o interesse que lhe manifestava e a amizade que se construía lhe fazia uma companhia que lhe faltava.

Nos seus últimos anos, Stella cuidou da memória do seu companheiro Piteira Santos, oferecendo os seus papéis ao Centro 25 de Abril da Universidade de Coimbra e, depois de se conhecer o seu papel na história do PCP através da biografia de Cunhal, deu várias entrevistas e depoimentos, inclusive para a televisão, sobre a sua vida e experiência, saindo do esquecimento a que tinha sido votada. Como todas as pessoas que tinha alguma coisa para dizer, apreciava essa fugaz fama e tinha nisso uma certa vaidade e ainda bem.

Na injustiça que fazemos todos aos velhos, quanto mais doente ficou e passou a viver num lar, menos a vi, talvez quando mais precisava que eu a visitasse. Mas a sua memória perdura, porque a sua vida tinha vida, ou seja, toca na vida dos outros.» [Público assinantes]

Parecer:

POor José Pacheco Pereira.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

OPORTUNISMO

«Para além das piedades do costume, a moção que Sócrates vai apresentar ao próximo Congresso do PS traz duas novidades: o casamento de homossexuais e um novo referendo sobre a regionalização. Comecemos pelo casamento de homossexuais. Não há muito tempo - em Outubro do ano passado -, Sócrates mandou o PS votar contra uma proposta semelhante do PC e do Bloco, a pretexto de que a sociedade ainda não discutira suficientemente o assunto. Não dei - ninguém deu - por que entretanto o discutisse. Mas Sócrates quer agora avançar com a coisa sem "tibieza" e "sem meias soluções". Porquê? Porque em 2008 tinha mais medo da direita do que da esquerda e em 2009 tem mais medo da esquerda do que da direita. E porque, sem dinheiro para nada de substantivo, está reduzido, dentro e fora do partido, a oferecer um símbolo ao eleitorado "radical".

Quanto à "regionalização", não passa de uma maneira pouco subtil de contrabalançar a influência autárquica do PSD e de meter Manuela Ferreira Leite num enorme sarilho. Se os candidatos do PS tanto às câmaras como ao Parlamento aparecerem com a "regionalização" no bolso, talvez sejam julgados com mais benevolência do que se aparecerem só com o cadastro do Governo às costas. Fora que Sócrates sabe muito bem que Ferreira Leite não quer a "regionalização" e que para muitos "notáveis" do PSD, sobretudo no Norte e no interior (como por exemplo Rui Rio), ela é desde sempre a primeira prioridade. Misturar a "regionalização" à polémica eleitoral, qualquer que ela seja, divide o PSD e o CDS e beneficia Sócrates. Se convém ou não transformar as CCDR em outro patamar de intriga e corrupção, não preocupa evidentemente o inventor do Simplex.

Mas, como se constata por alguns comentários, certos círculos do PS estão preocupados com a reacção da Igreja ao casamento de homossexuais. Esperavam uma guerra, veio uma crítica moderada e tranquila. Sócrates não percebeu que a Igreja, como o Papa mil vezes lhe recomendou, já vive sem o Estado e mesmo contra o Estado. Preferia que o Estado respeitasse a moral católica; não a tenta, como antigamente, impor. Sócrates contava com um escândalo para se reabilitar à esquerda. Não lhe fizeram o favor. Era bom que também o PSD conseguisse esquecer a "regionalização" até Dezembro. O oportunismo não merece mais.» [Público assinantes]

Parecer:

Por Vasco Pulido Valente.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

COM UM TIO DESTES NÃO SÃO NECESSÁRIOS INIMIGOS

«"Foi através de mim que ele conseguiu a reunião", contou Júlio Monteiro, referindo-se a Charles Smith. Contactado pelo DN, o empresário inglês não quis prestar qualquer esclarecimento, nem confirmar ou desmentir o encontro com José Sócrates. Ontem, ao final da noite, o primeiro--ministro emitiu um comunicado, em nome pessoal, no qual, pela primeira vez, admitiu ter tido conhecimento do projecto. Mas, afirmou tratar-se de uma reunião alargada: "Houve, de facto, uma reunião alargada, no Ministério do Ambiente, que contou com a presença de várias pessoas, entre os quais eu próprio, o secretário de Estado do Ambiente e responsáveis de diversos serviços do Ministério, a Câmara Municipal de Alcochete e os promotores do empreendimento Freeport."» [Diário de Notícias]

Parecer:

Ou estou muito enganado ou daqui não vai resultar nada.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se.»

COMEÇA A SER EVIDENTE A ESTRATÉGIA

«"O PS não faz coligações consigo mesmo." Com esta frase, Augusto Santos Silva recusa que o direito de tendência no PS, estatutariamente reconhecido, possa vir a implicar no futuro que os deputados eleitos em representação dessas tendências não estejam sujeitos, como os outros, à regra geral da disciplina de voto na bancada socialista. » [Diário de Notícias]

Parecer:

Para um Manuel Alegre preguiçoso é bem mais cómodo e barato constituir o seu próprio grupo parlamentar à custa do PS.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Manuel Alegre que avance para o seu partideco.»

PROFESSORES TENTAM ENVOLVER CAVACO SILVA

«Os movimentos independentes de professores criticaram o "silêncio conivente" do Presidente da República, Cavaco Silva, com as políticas educativas e prometeram continuar "determinados e firmes" a combater as medidas do Ministério da Educação.

"Queremos estar perto de um local onde tem morado muito silêncio. O Presidente de República não pode esquecer os professores como fez na mensagem de Ano Novo", afirmou Ilídio Trindade, do Movimento Mobilização e Unidade dos Professores (MUP).» [Jornal de Notícias]

Parecer:

A manifestação demonstrou que estes movimentos estão longe de representar os professores, são muito activos na blogosfera, fazem muito barulho e pouco.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Explique-se aos professores que foram a Belém que foi Cavaco Silva que promulgou os diplomas.»

BLOGGER SUL-COREANO JULGADO POR FAZER PREVISÕES ECONÓMICAS NEGATIVAS

«El polémico autor de un blog en el que presuntamente surgieron rumores falsos sobre la economía surcoreana, conocido como 'Minerva', será juzgado en Seúl por un tribunal especializado en disputas financieras, informó este domingo la agencia Yonhap.

El blogger de 31 años, apellidado Park, se hizo famoso en Corea del Sur tras realizar varias predicciones muy precisas sobre la crisis económica global, entre los que se incluía la bancarrota del gigante de inversión estadounidense Lehman Brothers. » [20 Minutos]

O BUTÃO BANIU O TABACO

«If you're indignant that your boss just shut the smoking room and outraged that you have to leave the bar to light up, take heart. Life could be worse. You could be Bhutanese.

The tiny, trendy Himalayan kingdom recently became the world's first nonsmoking nation. Since Dec. 17, it has been illegal to smoke in public or sell tobacco. Violators are fined the equivalent of $232—more than two months' salary in Bhutan. Authorities heralded the ban by igniting a bonfire of cigarette cartons in the capital, Thimphu, and stringing banners across the main thoroughfare, exhorting people to kick the habit. As if they have a choice.» [Slate]

A CASA BRANCA ESTÁ A PRECISAR DE UNS MAGALHÃES

«Después de una campaña electoral sustentada en una sofisticada red informática, construida en torno a redes sociales como Facebook y Myspace, y meticulosamente diseñada por jóvenes nacidos bajo la burbuja tecnológica de EE UU, el equipo de Barack Obama se ha mudado a la Casa Blanca para descubrir que la infraestructura tecnológica en la sede de la Presidencia está suspendida en el tiempo, 10 años atrás.

Una multitud de jóvenes acostumbrados al uso de ordenadores Macintosh ha ido llegando desde el martes a sus oficinas para descubrir que muchas computadoras todavía funcionan con Windows XP o, lo que es peor, Windows 2000. Los cortafuegos impiden consultar cuentas de correo que no sean oficiales. Portales de redes sociales están vetados en otros terminales. Adiós Gmail, Facebook o Yahoo. No más Messenger, Hotmail o Twitter. Este equipo, que en la campaña electoral lideró el fundador de Facebook y mano derecha de Obama en Internet, Chris Hughes, se ha topado con la burocracia federal.» [El Pais]

JOGANDO TÉNIS NO PARAÍSO

RELÂMPAGO NA NORUEGA [imagem]

ALEXANDER SAFONOV

PEUGEOT