sexta-feira, julho 31, 2009

De nobre a pobre povo

O país tem problemas graves cuja solução obriga a reflexão, debate e escolhas, a sus superação impõe a adopção de medidas, fazer opções, assumir os custos. Temos um mundo rural que se vai afundando no subdesenvolvimento, temos um problema energético que pões em causa o progresso num horizonte temporal de médio prazo, temos graves problemas ambientais, tudo isto para além dos problemas que habitualmente ocupam o debate político, como, por exemplo, o défice público.

As eleições são um momento de debate e reflexão ou, melhor, deveriam sê-lo, aquilo a que assistimos é a uma boa parte da classe política mais preocupada com o tacho ou com vinganças ideológicas do que com em encontrar soluções.

Chega-se ao cúmulo de termos uma política de qualidade duvidosa que ambiciona chegar ao poder praticando o silêncio ou intervindo apenas em reuniões de amigos, onde pode dizer os disparates que entender pois ninguém lhe leva a mal.

À esquerda salva-se o PCP, concorde-se ou não com as suas propostas defende um projecto coerente, ainda que alguns defendam a sua exclusão da vida política insistem nas suas propostas. O Bloco de Esquerda não tem projecto, não tem soluções, não tem propostas credíveis, limita-se a propor aos portugueses falsas soluções, diz o que a ignorância quer ouvir.

A caça ao voto faz-se sem sequer se manter as aparências, fala-se em função do voto, assistimos a uma vaga do populismo mais oportunista de que tenho memória. A caça ao voto chegou ao ponto de se tentar intimidar os que pretendem votar no outro partido, tenta-se, em particular, condenar que tencione votar no partido do governo. Já não basta criticar os adversários políticos, agora intimida-se o eleitor.