domingo, julho 19, 2009

Semanada

Esta semana ficou marcada pelo início de mais um debate nacional, desta vez em trono dos poderes presidenciais. Como de costume, os debates nacionais começam como manobras de manipulação, alguém que não está convencido de que os portugueses vão beber o óleo de fígado de bacalhau da marca Manuela Ferreira Leite achou por bem defender o aumento dos poderes presidenciais para enfrentar a crise política. O argumento não é novo, as crises políticas sempre foram um bom argumento para promover o autoritarismo o que não é novidade, desde há alguns meses s personalidades de direita têm vindo a promover o perfume da ditadura. Com o poder de Belém na manga a solução política encontrada foi a escolha de um pau-mandado para primeiro-ministro e perante o falhanço provável desta estratégia nada melhor do que transformar o semi-presidencialismo, pelo menos enquanto Belém for dirigido segundo o signo de Boliqueime.

Enquanto a direita se entreteve a estudar uma solução democrática para uma solução à Sidónio de inspiraçõ cavaquista, o Alberto João lá se rmou em ideólogo não oficial do PSD e lançou a confusão com uma proposta de revisão constitucional que nos leva a concluir que os problemas da Terceira República de que tanto se queixa se resolveriam com a semi-independência da Madeira e a legalização de partidos fascistas. Os ideólogos da Madeira e do Continente têm em comum a defesa de uma república tropical, o Alberto João defende declaradamente uma república das bananas, já os cavaquistas acham que as bananas deveriam dar lugar a um fruto mais fino e aceite na Europa, talvez os figo do barrocal algarvio.

Se as tentações da direita se centram em Cavaco Silva, já na esquerda os admiradores do autoritarismo travam uma dura batalham para estabelecer quem mandaria na ditadura do proletariado, se Louça com as suas homilias, ou Jerónimo de Sousa com o seu discurso de Avô Boca-Doce. Esta semana o PCP parece ter aderido às tácticas políticas do Bloco de Esquerda, aproveitou-se de uma manifestação de professores do politécnioo e compareceu com o seu cartaz, o suficiente para que os jornais tivessem identificado todos os manifestantes como devotos da Rua Soeiro Pereira Gomes. Enfim, assim se vê a força do PêCê…