sexta-feira, agosto 07, 2009

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTOS DE FÉRIAS NA PRAIA DO CABEÇO

Bico-de-lacre [Estrilda astrild]

FOTO JUMENTO

Sé Patriarcal de Lisboa

JUMENTO DO DIA

Eduardo Moniz

Ninguém, nem mesmo Cavaco Silva ou mesmo um dos seus assessores anónimos especializados em intriga, insinuou que o Moniz saiu da TVI devido a mais uma intervenção de Sócrates?

Cá por mim o Moniz está a rir de muitos idiotas da praça, conseguiu o que há muito tentou, sair e ganhar uns milhões, e ainda por cima a sua saída serviu pra difamar José Sócrates, deu para a sua esposa atacar o primeiro-ministro no seu pasquim televisivo, a versão noticiosa da pornografia dos primeiros tempos dos Monizes à frente da TVI.

Não é fácil de aceitar que o negócio agora concretizado tenha sido decidido à última hora, ninguém ganha seis milhões de euros e um cargo na administração da empresa que o contrata num negócio decidido na véspera. Hoje tudo é claro, a suposta possibilidade de Moniz de se candidatar ao Benfica não passou de uma farsa e o incidente que envolveu a PT apenas serviu para Moniz valorizar-se no mercado à custa da imagem de José Sócrates.

AVES DE LISBOA

Borrelho-de-coleira-interrompida [Charadrius alexandrinus]
Local: Parque das Nações

FLORS DE LISBOA

No Jardim Botânico

POLÍTICOS ESTÃO MAIS CURTOS

«Dizem-me que houve conselheiros nacionais do PSD a tuitar durante a reunião em que se discutiam as listas. Discutiam-se lugarzinhos (o que anuncia sempre exaltação) e preferiu-se a porta fechada em vez da transparência de fachada. Antigamente, nessas reuniões os jornalistas encostavam as orelhas às portas. Quem tinha os decibéis de um Manuel Alegre podia fazer ouvir fora o que dizia dentro, e isso sem violar os estatutos. Agora, graças ao Twitter, isso também está ao alcance dos de voz pífia - enfim, mais uma prova de que as novas tecnologias democratizam. Mas há maior e melhor contributo. Naquela reunião do PSD, o deputado Ricardo Almeida tuitou para o mundo (em tempo real e, repito, com as portas fechadas): "Elidérico Viegas é o número 4 no Algarve. Não conheço mas gosto do nome." Haverá quem veja nessas duas frasezinhas matéria para processo disciplinar. Eu vejo muito mais: vejo duas frasezinhas. Sou do tempo em que os partidos faziam publicar nos jornais páginas inteiras sobre as linhas programáticas. Agora, graças ao Twitter (que obriga a dizer tudo com 140 caracteres no máximo), os políticos já falam como deve ser.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Por ferreira Fernandes.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

O VESPEIRO

«Certas evidências pertencem ao domínio do não-dito. Ninguém o diz em voz alta, mas todos reconhecem que Portugal se encontra, 35 anos depois da queda do Estado Novo, num impasse político.

À época, tratava-se de acabar com a guerra colonial e a polícia política. Hoje tudo isso pertence ao passado. Sucede que os 35 anos da III República (vamos admitir que a ditadura militar de 1926-33 foi uma espécie de comissão liquidatária da primeira, e que o Estado Novo foi a segunda) cristalizaram num ‘patchwork' de conquistas em benefício exclusivo de certas corporações. Quem teve força, impôs as regras. Os outros foram cilindrados.

No discurso de posse como primeiro-ministro, José Sócrates fez uma inesperada referência ao fim do monopólio das farmácias. O país ficou boquiaberto. Farmácias? Na tomada de posse? Era um sinal. O comércio farmacêutico é o símbolo dos interesses instalados. O XVII Governo Constitucional pôs a nu os famosos "direitos adquiridos". Na Administração Pública, por exemplo. Melhor dito: nas várias "administrações públicas", cada qual com ‘benefits' particulares. Isto no regime geral. Os chamados corpos especiais (magistrados, professores, médicos, diplomatas, militares, polícias, etc.) têm tabelas salariais próprias, como deve ser, mas viviam há 30 anos como feudos autónomos. Até Março de 2005 nenhum primeiro-ministro questionou o "arranjo". Ao contrário, José Sócrates meteu-se no vespeiro, dando a conhecer ao país um quadro legal que permitia desigualdades gritantes.

E não hesitou. Acabaram as subvenções vitalícias dos deputados, concedidas ao fim de doze anos. Nenhum autarca pode agora cumprir mais de três mandatos consecutivos. A progressão salarial dos professores passou a depender de quotas e de avaliação prévia. A acumulação de pensões de reforma com o exercício de cargos públicos deixou de ser possível. (Abandonando o cargo de ministro das Finanças, o prof. Campos e Cunha pôde continuar a receber a pensão do Banco de Portugal.) As férias judiciais encolheram. Os generosos subsistemas de saúde das magistraturas, das forças armadas e das polícias foram subsumidos pela ADSE. Os aposentados da função pública viram aumentar o IRS e passaram a descontar para a ADSE. O regime de aposentação entre público e privado tem sido progressivamente equiparado. Na saúde, a rede de cuidados continuados é uma realidade. José Sócrates mudou mais em quatro anos do que alguém julgou possível. Por vontade de irritar as pessoas? Não. Para tornar o país mais justo. Teria sido infinitamente mais fácil deixar os marajás sossegados. » [Diário Económico]

Parecer:

por Eduardo Pitta, autor do http://simplex.blogs.sapo.pt/, um ‘blog' feito por apoiantes do Partido Socialista

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

ONGOING ESTÁ DE BOA SAÚDE FINANCEIRA

«As informações visam esclarecer notícias "nem sempre precisas" que têm sido veiculadas na comunicação social e que "podem levar a interpretações menos positivas sobre a situação finaceira do grupo", lê-se em comunicado.

A nota de imprensa assinala que, tendo 2008 sido "um dos piores anos de sempre ao nível dos mercados de capitais", foi necessário "proceder à realização de correspondentes provisões" que afectaram o desempenho do grupo mas não "beliscam a sua saúde financeira".» [Diário de Notícias]

Parecer:

Esperemos para ver até quando.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»

O PROBLEMA DE MONIZ ERA O PREÇO

«A vice-presidência da Ongoing, grupo de media liderado por Nuno Vasconcellos, deverá ser o próximo desafio profissional de José Eduardo Moniz, que deve levar consigo duas ou três pessoas do seu núcleo de confiança. E 3,5 milhões de euros será o valor que os espanhóis da Prisa, proprietária da Media Capital (MC), vão pagar pelo afastamento de José Eduardo Moniz da direcção-geral da TVI. Os restantes 2,5 milhões de euros de indemnização a que Moniz terá direito devem ser pagos pela Ongoing, quando o até agora director-geral da TVI assumir o novo projecto.» [Diáro de Notícias]

Parecer:

Isto parece uma transferência do futebol, só que desta vez a Prisa pagou para se ver livre de Moniz.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver quanto tempo vai estar na Ongoing.»

SINDICATOS CRITICAM BASTONÁRIO DA ORDEM DOS MÉDICOS

«O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, Carlos Arroz, defendeu hoje que o bastonário Pedro Nunes deve "demonstrar" que a sua actividade à frente de uma seguradora espanhola está acima de suspeitas éticas e morais.

"O que se espera de um bastonário é que seja um médico que esteja acima de qualquer suspeita, nomeadamente nos foros éticos e morais", disse Carlos Arroz, questionado pela Agência Lusa sobre a multa de 135 mil euros aplicada a Pedro Nunes pela Direcção-Geral de Seguros espanhola.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Têm razão.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pela resposta do bastonário.»

O REGRESSO DE CRAVINHO

«A introdução de portagens nas Scut ameaça voltar a ser um tema forte das próximas eleições legislativas, já que integra o 'pacote' de obras públicas e do seu financiamento que tem alimentado o braço-de-ferro entre o PSD e o PS nos últimos quatro anos. O ex-ministro João Cravinho desconfia das reais intenções de Mário Lino e Ana Paula Vitorino sobre a matéria» [Diário de Notícias]

Parecer:

Cravinho aproveita as férias no seu alto tacho para lançar confusão e, mais uma vez, ajudar a direita.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Cravinho o que fez enquanto foi ministro das Obras Públicas.»

ATÉ MARCELO FICOU DESILUDIDO

«Marcelo Rebelo de Sousa classificou, esta quinta-feira, as listas do PSD para as legislativas como uma «inesperada desilusão», sem a «abertura interna de Sá Carneiro, Cavaco ou Barroso». As palavras do comentador político foram antecipadas no blogue que escreve para o semanário «Sol» e vão ser divulgadas na edição desta sexta-feira do jornal.

«Ferreiristas, sem a abertura interna de Sá Carneiro, Cavaco ou Barroso, nem suficiente abertura ao centro e aos jovens. Inesperada desilusão», escreve.» [Portugal Diário]

Parecer:

Tem razão, nem um grupelho M-L ou a LCI de Louçã faria pior.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»

UMA GREVE EM TEMPO DE ELEIÇÕES

«Os trabalhadores marítimos da Soflusa estão em pré-aviso de greve «devido ao desrespeito, por parte da empresa, do período destinado às refeições dos trabalhadores», disse o presidente do sindicato dos Fluviais, Albano Rita.

Segundo o sindicato, «a empresa tem desrespeitado os horários dos turnos, sobretudo o horário das refeições porque não escala pessoal suficiente para os serviços que tem disponíveis», escreve a Lusa. » [Portugal Diário]

Parecer:

Para o PCP tudo vale.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «O argumento para a greve não passa de uma treta.»

ALGUÉM VIU A AUTORIDADE DA CONCORRÊNCIA

«As declarações proferidas quarta-feira à noite pelo presidente da Partex, António Costa e Silva, levaram o presidente da Autoridade da Concorrência, Manuel Sebastião, a vir hoje a público dizer que o organismo a que preside não só não está parado como “tem trabalhado como nenhuma outra autoridade de concorrência em toda a União Europeia e em toda a OCDE tem trabalhado neste sector”.Em causa está o trabalho de averiguações no sector dos combustíveis, depois do presidente da petrolífera da Fundação Gulbenkian ter acusado o facto de se estar num “mercado onde há muito pouca concorrência”, e de a Autoridade ter trocado o “papel de regulador pelo de simples grupo de estudos para justificar preços”. » [Público]

Parecer:

Os argumentos da Autoridade da Concorrência são uma anedota.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

SERGEY DO

CHANNEL 4