sábado, janeiro 16, 2010

O cônsul do Haiti no Brasil e a tragédia africana


As declarações do cônsul do Haiti no Brasil ensinam-nos mais sobre as causas das miséria em muitos países do mundo, de que o Haiti ou a Guiné Bissau são exemplos extremos. Enquanto os seus concidadãos ainda estavam sem capacidade para racionalizar o que lhes estava a suceder, como muitos deles a assistir impotentes à morte lenta dos seus familiares esmagados nos escombros, o sacana do cônsul segredava a um amigo que a “desgraça de lá está sendo uma boa prá gente aqui, fica conhecido, acho que de tanto mexer com macumba não sei o que é aquilo. O africano em si tem maldição, todo o lugar que tem africano está f…” (ver vídeo no post anterior).

Como seria de esperar o sacana do cônsul justificou-se com o seu mau português, ele que está no Brasil desde 1975 (Veja.com).

A verdade é que as elites destes países, sejam os líderes tribais promovidos a governantes, sejam os mestiços descendentes da combinação entre antigos colonialistas e dirigentes locais sil têm um profundo desprezo pelos seus povos. Seja o cônsul do Haiti no Brasil ou a filha do José Eduardo dos Santos, apenas estão interessados no enriquecimento e em transferir as fortunas para os bancos do Ocidente, pouco se preocupando com as consequências das guerras civis, da repressão de regimes ditatoriais ou de catástrofes naturais.

Para esta gente todas essas situações proporcionam lucros acrescidos, as guerras são excelentes oportunidades para negócios de contrabando de armas, as ditaduras permite-lhes a apropriação abusiva da riqueza do país e as catástrofes proporcionam excelentes oportunidades de desviar a ajuda internacional. A verdade é que as elites destes países enriquecem mais com estas situações ou com a espoliação dos recursos naturais do que com a mera exploração da mão-de-obra.

No caso do Haiti estamos perante uma situação extrema, o país não tem recursos naturais, já nem sequer existem resquícios de floresta, não tem condições para a instalação de actividades industriais. O único negócio para as elites é a ajuda internacional, daí que o cônsul veja no terramoto uma oportunidade, a ajuda internacional proporcionará novas oportunidades de negócio aos sacanas daquela terra.