segunda-feira, maio 03, 2010

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Pequena flor na calçada de uma rua de Lisboa

IMAGEM DA SEMANA

[William Colgin/Associated Press]

«STROLL ON THE BEACH: Two brown pelicans and a flock of seagulls rested on the shore of Ship Islandin in Gulfport, Miss., on Thursday as a boom line floated offshore. Several hundred yards of boom line have been set up on the north side of the island to try to contain the oncoming oil spill. Crews are placing the boom in different areas of coastal waterways to help protect against a approaching oil slick in the Gulf of Mexico» [The Wall Street Journal]

JUMENTO DO DIA

Fernando Nobre, candidato à Presidência da República

Depois de um quase silêncio Fernando Nobre falou do que todos falam e ainda por cima a repetir os argumentos estafados por Manuela Ferreira Leite. O candidato tem estado muito aquém do que se esperava correndo um sério risco de ficar pelo caminho, dividir o Bloco de Esquerda é muito pouco para poder ambicionar um resultado eleitoral digno.

«O candidato à Presidência da República Fernando Nobre disse este sábado "não ver problema nenhum" na possibilidade de serem "repensadas" as grandes obras públicas face à "situação difícil do País".

"O País está numa situação difícil. Temos que pensar primeiro nas nossas pequenas e médias empresas e estarmos seguros de que os investimentos que vamos fazer são rentáveis e podem criar mais-valia", afirmou.» [CM]

A ÚLTIMA DIVISÃO IDEOLÓGICA

«Quando José Sócrates tomou posse há seis meses mal sabia o que teria pela frente: uns dias depois, o novo Governo grego - eleito apenas uma semana depois das legislativas portuguesas - comunicou a Bruxelas que as contas públicas de Atenas não só estavam em absoluto descontrolo, como tinham sido falseadas pelo Executivo anterior. Era aberta a caixa de Pandora, que colocava os mercados financeiros em alerta absoluto.

Se, até aí, Sócrates podia ter uma leve expectativa de concretizar as bandeiras que levou às eleições, a partir daí tudo - ou quase tudo - se tornou inviável. A promessa de que não seriam aumentados os impostos, por exemplo, só no limite poderá dizer-se que vai ser cumprida (mesmo que tudo corra pelo melhor), tendo em conta os cortes que aí vêm nas deduções em sede de IRS e a nova taxa para os mais ricos; a promessa de um Governo que aposta no Estado social e na protecção dos mais desfavorecidos terá um contratempo na revisão das leis do subsídio de desemprego e dos apoios sociais, como o rendimento social de inserção. » [DN]

Parecer:

Editorial.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

PORTUGAL TERIA DE DESBARATAR 63,5 MIL MILHÕES PARA FICAR COMO A GRÉCIA

«A explicação é simples: enquanto na Grécia, a riqueza produzida num ano (PIB) é 31,6 mil milhões de euros inferior ao que precisa para suportar a dívida, o Estado português tem ainda uma margem de 38 mil milhões de euros para chegar a um endividamento igual à sua riqueza e 24,5 mil milhões para chegar à situação da Grécia.

Ou seja, Portugal tem um Produto Interno Bruto (PIB) de 163,9 mil milhões de euros, mas a sua dívida pública é actualmente de 125,9 mil milhões de euros, correspondendo a 76,8 por cento do PIB. Quanto aos gregos, com um PIB de 237,5 mil milhões de euros, têm uma dívida de 269,3 milhões de euros (mais 31,6 mil milhões de euros) o que corresponde a 115,1 por cento do PIB.» [DN]

Parecer:

É bom recordar que algumas personalidades, como Manuela Ferreira Leite, esqueceram-se de fazer as contas e fizeram a comparação.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Informe-se a modesta deputada do PSD.»

CAVACO EMPENHADO EM AJUDAR A ULTRAPASSAR A CRISE

«O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, afirmou-se hoje empenhado em conseguir que Portugal ultrapasse a crise com os menores custos possíveis, principalmente para os trabalhadores, "que não sejam atingidos muito fortemente pelo desemprego".

"A minha preocupação é defender os interesses dos portugueses, os actuais e os futuros, e o meu desempenho está muito, neste momento, em conseguir que Portugal ultrapasse a crise com os menores custos possíveis, principalmente para os trabalhadores, que não sejam atingidos muito fortemente pelo desemprego", afirmou.» [JN]

Parecer:

Grande ajuda!

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se uma gargalhada»

MAGNAR BORNES

AACD (ASSOCIATION FOR ASSISTENCE TO DISABLE CHILDREN)