terça-feira, agosto 03, 2010

Perguntar não ofende

Não há ninguém que não tenha as suas perguntas para fazer, por isso mesmo o povo diz que perguntar não fende, da mesma forma que as crianças fazem as suas perguntas nos seus diários os procuradores do Processo Freeport fizeram-nos no seu relatório, cada um fá-las onde escreve, a não que as possam fazer directamente o que não foi o caso dos nossos heróis do MP por manifesta falta de tempo.

Também eu faço muitas perguntas e como é natural faço-as muitas vezes no blogue. Como também estou com falta de tempo para localizar os procuradores do Caso Freeport outra solução não me resta senão deixar aqui as dúvidas que gostaria de lhes fazer. Aqui vão:

1. São parentes, próximos, afastados ou por via de adopções, conhecem-nos ou alguma vez foram vizinhos de toldo na praia dos jornalistas que publicaram documentos do Caso Freeport?

2. Militam, são simpatizantes ou desejam que um dos partidos da oposição forme governo?

3. Já alguma vez se tinham queixado ao senhor Palma de alguma conversa que tenham tido nalgum almoço de amigos, quando eram crianças de escola eram acusados de “queixinhas” pelos seus colegas?

4. Nas viagens ao estrangeiro que fizeram no âmbito deste processo viajaram em companhias low cost ou em voos regulares, viajaram em classe turística ou em classe executiva?

5. Já que a maior parte do trabalho de investigação coube à PJ o que andaram a fazer durante mais de dois anos para não terem tido tempo de questionar José Sócrates?

6. Alguma vez acreditaram nos boatos que davam José Sócrates como gay?

7. Quando as peças do processo apareceram nos jornais solicitaram à directora do DCIAP uma investigação para identificar o ou os responsáveis?

8. Houve algum assalto aos seus gabinetes que permita concluir que os documentos que apareceram nos jornais foram roubado ou nos seus gabinetes não existem chaves que assegurem a confidencialidade dos processos?

9. Ficaram contentes por Lopes da Mota ter sido tramado?

10. Alguma vez discutiram o processo com o senhor Palma, dando-lhe pormenores sobre o mesmo ou ouvido sugestões?

11. Se fosse possível prorrogar os prazos da investigação quantos anos seriam necessários para concluir a investigação?

12. Quando avaliaram o tempo necessário para concluir esta investigação consideraram como unidade de tempo o ano ou a legislatura?

Fiz doze perguntas, mas poderia ter escolhido outro número redondo, um múltiplo da dezena ou da dúzia, ou ainda um número do tipo 33. Mas é tempo de Verão e o tempo escasseia pelo que me fiquei pela dúzia. De resto para multiplicar perguntas basta alguma imaginação.