sexta-feira, setembro 03, 2010

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Felosa-comum [Phylloscopus collybita], Campo das Cebolas, Lisboa

JUMENTO DO DIA

Laurentino Dias

Um dia destes ainda vamos ver Laurentino Dias assumir o papel de seleccionador por inerência de funções.

«O secretário de Estado do Desporto afirmou-se hoje, quinta-feira, solidário com a decisão da Autoridade Antidopagem de Portugal de aplicar um castigo de seis meses a Carlos Queiroz.

Em conferência de imprensa convocada para entregar à comunicação social o processo que envolveu o seleccionador nacional, Laurentino Dias defendeu o castigo, dizendo que concorda com a suspensão de Queiroz. » [Jornal de Notícias]

EM NOME DO "POVO"

«Dez mortos, entre os quais crianças, e várias dezenas de feridos é o balanço provisório dos tumultos motivados pela subida dos preços dos bens essenciais em Moçambique, onde pão, arroz, electricidade e transportes sofreram aumentos que chegam aos 20%. Isto num dos países mais pobres do Mundo, com um salário mínimo que anda pouco acima de 50 euros por mês. Os protestos vinham sendo há dias convocados por SMS e, ontem, Maputo acordou ocupado por polícias, apoiados por blindados, que não estiveram com meias medidas e abriram fogo sobre os manifestantes. Os antigos guerrilheiros hoje no Poder em Maputo esqueceram rapidamente o sentido de uma palavra terrível como "fome", gritada para as câmaras da RTP por uma mulher desesperada: "Na Presidência estão comendo bem, por que é que nós havemos de morrer de fome?". Para o provavelmente bem alimentado ministro do Interior da Frelimo, que ordenou à Polícia que atirasse a matar sobre os seus concidadãos (o tal "povo"), milhares de pessoas acossadas pela fome saqueando mercados por comida são (disse-o na TV) "aventureiros, malfeitores e bandidos" a abater.» [JN]

Parecer:

Por Manuel António Pina.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

ESTOU ESCLARECIDO

«Através de um modelo social muito mais preventivo. É preciso apostar mais na qualificação das pessoas, na formação e educação das populações mais desfavorecidas. Depois tem que se explicitar qual é a rede de protecção social mínima que se garante às pessoas em termos desses apoios e dos serviços públicos que se prestam à população, incluindo os de saúde. Tem que se envolver neste projecto as instituições de solidariedade social, certificando-as. E tem de se investir em novos sistemas mais justos e equilibrados, como o de uma conta individual de reforma. Sistema em que cada pessoa e a sua entidade patronal descontam para uma conta que será gerida por um instituto público. Isto para pessoas que entrem de novo no sistema ou para as que já lá estejam e optem por este esquema.» [DN]

Parecer:

Carrapatoso explica muito bem em entrevista ao DN como se deve acabar com o estado social.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se o senhor para o sítio mal cheiroso.»

MAIS UM A CRITICAR O PROJECTO E REVISÃOM CONSTITUCIONAL DO PSD

«O deputado social-democrata e constitucionalista Jorge Bacelar Gouveia criticou o processo interno de elaboração do projecto de revisão constitucional do PSD e defendeu que este deve ser levado para consulta ao grupo parlamentar.

Em declarações à Agência Lusa, Bacelar Gouveia queixou-se de ter visto todas as suas ideias recusadas pela comissão de revisão constitucional e defendeu que o projecto do PSD não deve ser apresentado formalmente sem antes haver uma consulta aos deputados do partido.» [Portugal Diário]

Parecer:

Esperemos mais um pouco que ainda vamos Passos Coelho alinhar nas críticas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se.»

A INÉRCIA DO FISCO

«Entre 2006 e 2008, cerca de 129 mil processos de execução fiscal relativos a uma dívida superior a mil milhões de euros prescreveram nos serviços de Finanças de Lisboa e Porto. Com base numa amostra dos 126 maiores desses processos, a Inspecção-Geral de Finanças (IGF) concluiu que metade deveu-se à "inércia dos serviços" e que, nesses distritos, "não existem mecanismos de validação das prescrições".» [Público]

Parecer:

Há muito que Lisboa e Porto são paraísos fiscais, o ministro das Finançaas é que tem andado muito distraído.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento desta notícia ao "grande repórter" Paulo Pinto Mascarenhas agora a trabalhar no "i"»

BORIS M.