domingo, janeiro 30, 2011

Semanada

Nesta semana os portugueses perceberam que os grandes conhecimentos de economia de Cavaco Silva de poucos lhe servem, depois de terem corrido às urnas para votar no recandidato na esperança de verem os juros da dívida soberana descerem foram surpreendidos por uma inesperada subida. Afinal o candidato era mesmo um mísero professor que nada percebe dessas coisas de acções com nomes ingleses que só tem sorte quando investe poupanças em negócios de Donas Brancas.

Quem deve estar a precisar de uns negócios com a Dona Branca é Manuel Alegre que com muitos menos votos do que os esperados corre o risco de a subvenção estatal não dar para pagar o tabaco, quanto mais as dívidas eleitorais. Resta agora saber quem vai pagar a conta, se o BE na condição de promotor do candidato, se o PS por conta da ficha de inscrição, ou se o MIC de Helena Roseta e outras estrelas cadentes que parecem estar em fase decadente. Veremos quem se chega à frente.

Paulo Portas anda tão animado com as sondagens (também há quem diga que anda preocupado com o julgamento dos submarinos) que apanhou Passos Coelho de surpresa ao pedir-lhe namoro com vista a uma união de facto nas próximas legislativas. Passos Coelho não se deixou engatar e apesar de durante a campanha ter dito, quando se questionava se Portugal se conseguia financiar no mercado, que deveriam realizar-se eleições legislativas se Portugal tivesse de pedir ajuda ao FMI, diz agora que essas mesmas eleições legislativas estão longe pelo que quanto a namoro com o CDS a coisa deve ficar por discretos beijinhos e apalpões.

O país tem sido abalado por uma nova cruzada de putos conduzida por padres à civil e directores de colégios habituados a lucros fáceis, o objectivo é que o Estado gaste mais com os colégios privados do que gasta com as escolas públicas. Estão todos de acordo, os patrões porque o dinheiro dá jeito, a Igreja porque os lucros dos seus colégios alimentam a Fábrica da Igreja e os papás porque têm os putos em escolas privadas que seleccionam os alunos sem terem de pagar um tostão.