quinta-feira, junho 30, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Flor da Quinta das Conchas, Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Aldeia de Monsanto [A. Cabral]
  
Jumento do dia


Durão Barroso

Os governantes da Comissão Europeia ganham mais do que qualquer governante europeu, não estão sujeitos a grandes escrutínios públicos, andam em hotéis de luxo, ganham reformas muito cedo, os seus funcionários gozam de mais férias do que a generalidade dos europeus, ganham mais e reformam-se mais cedo. Enquanto os países adoptam pacotes de austeridade parece que a Comissão Europeia é um poço sem fundo. É tempo de impor à Comissão princípios de austeridade que a obrigue a ser solidárias com os povos da Europa e a acompanhar a realidade da União.
 
Criar mais esquemas para aumentar a receita doa União Europeia? Não, a Comissão que aperte o cinto como apertam todos os trabalhadores europeus e que adopte princípios de austeridade dando o exemplo à Europa.
 
«O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, lança hoje em Bruxelas a sua proposta de orçamento plurianual 2014-2020 da União Europeia. É o início de uma guerra política que será travada entre os Estados-Membros nos próximos dois anos e meio. A Comissão pretende diversificar as suas "fontes de financiamento próprias" e avança com propostas fracturantes, como a criação de "impostos genuinamente europeus".
 
Em cima da mesa estão seis opções. Uma delas é a introdução do "IVA europeu (1%) que renderia 41 mil milhões de euros por ano". A medida iria substituir "a percentagem aplicável às receitas do IVA harmonizado de cada Estado-Membro" que segue para Bruxelas e rende 14 mil milhões de euros anuais. Outra opção é lançar um imposto europeu sobre actividades e transacções financeiras (entre 0,001 e 0,005%), uma espécie de taxa Tobin. A UE pode também arrecadar receitas nos leilões de licenças de emissão de CO2, ou lançar taxas sobre o transporte aéreo ou a energia. Criar um imposto europeu sobre as sociedades é outra das hipóteses. O financiamento alternativo, "ou recursos próprios", permitiria diminuir as contribuições nacionais para o orçamento comunitário - que deverá manter-se nos 1000 biliões de euros a sete anos apesar de o Parlamento Europeu pretender um aumento de 5%.» [i]
  
 

 Por favor, Marcelo, não fale de mim

«Na semana passada, o Jornal de Negócios considerou Marcelo Rebelo de Sousa o 43.º homem mais poderoso da economia portuguesa. Para quem não tem bancos nem empresas pode parecer exagerado. Mas o retrato que o jornal faz a seguir - "(...) as suas palavras aquecem a vida política nacional. Cria cenários e desfaz certezas. Tem amigos em todas as áreas..." - justifica a cotação alta. E não é Bernardo Bairrão que vai desmentir o Jornal de Negócios. As "palavras" de Marcelo, no domingo, "criando o cenário" de que Bairrão seria o próximo secretário de Estado da Administração Interna, "aqueceram a vida política nacional", na segunda-feira, e "desfizeram uma certeza": quem é convidado não tem o lugar seguro. Quase bingo, para o Jornal de Negócios! Quase, porque quer-me parecer que na área de ex-administradores da TVI, talvez Marcelo não tenha só amigos. Mas, quer-me parecer também, esse é o lado para que ele dorme melhor. Alguém já definiu Marcelo como o escorpião que no meio do rio pica o sapo que o transporta às costas, com risco de também ele morrer afogado, mas incapaz de fugir à sua natureza de escorpião. O exemplo de Bernardo Bairrão, afogado no meio do rio entre a TVI, de onde se despediu, e o Governo, para onde não entrou, deve dar ideias a Marcelo: está ali um emocionante nicho de mercado. E, aos domingos, a prédica vai ser ouvida ainda por mais pessoas. Não desejosas que o poderoso Marcelo as nomeie. Mas em pânico. » [DN]

Autor:

Ferreira Fernandes.

PS. Concordo com Ferreira Fernandes, ouvir o Marcelo falar de nós dá azar e o melhor é colocar em cima da televisão lá de casa uma ferradura, um corno, uma espiga e todos os amuletos que conseguirmos recolher não vá o bruxo de Alfragide lembrar-se de nós. Mas será que o Marcelo tem responsabilidades no saneamento Simplex de Bairrão? Não aprece, o director do Expresso insinua grandes movimentações e o próprio Bairrão aceitou fazer o papel triste de informar que foi iniciativa sua.
 
Se a divulgação do nome por Marcelo resultou no saneamento de Bairrão porque razão a divulgação do nome de Marco António por Marques Mendes não teve a mesma consequência?
 
Poder-se-ia dizer que a divulgação do nome permitiu a reacção dos inimigos de Bairrão, só assim faz sentido culpar Marcelo. Mas talvez se saiba toda a verdade sobre o caso Bairrão.
        

 Presidente alemão não partilha do 'respeitinho' pelos mercados como Cavaco

«"Há demasiados a aproveitar-se da situação, sem contribuir para nada", disse o chefe de Estado alemão, criticando "os oportunistas do mundo financeiro que continuam a ganhar muito bem com as dívidas soberanas, esperando que seja a política a suportá-las".

Wulff exigiu ainda "um programa convincente e sustentável, em que todos sejam chamados a assumir responsabilidades" para resolver a actual crise europeia, avisando que se isso não for feito "as dúvidas das pessoas em relação à Europa aumentarão por toda a parte".» [CM]

Parecer:

Haja alguém que chame os bois pelos nomes.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento a Cavaco.»
  
 A ministra italiana do Turismo é dada à bicharada


«O tigre pode, no entanto, ter de competir pela atenção da ministra, já que partilha casa com 15 cães, 30 gatos, 4 cavalos, 2 macacos, 7 cabras e 200 pombos.» [DN]
    
 Privatizar o 'Jornal da Madeira'? Nem pensem!

«Alberto João Jardim vai reduzir o peso do sector público na Madeira mas recusa determinantemente privatizar os sectores das águas, electricidade, sáude e acabar com o Jornal da Madeira, disse esta manhã aos jornalistas que tentaram obter uma reacção do líder madeirense ao programa apresentado ontem pelo governo de Pedro Passos Coelho.

"O que é competência da Região Autónoma será da Região Autónoma. Haverá aqui (Madeira) menos sector público. Há coisas que tenho de privatizar. Mas, insisto: águas, electricidade, saúde continuará no sector público. Quanto ao Jornal da Madeira, se é isso o objectivo, não fecha!", reiterou.» [DN]

Parecer:

Alberto João Jardim e o PSD no seu melhor.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 Vem aí mais um PEC

«"O primeiro-ministro terá a preocupação de garantir que os objectivos do programa de ajustamento e em particular do défice serão cumpridos. Isso implica a antecipação de algumas medidas previstas no memorando de entendimento e eventualmente a adopção de medidas com carácter extraordinário", disse fonte do gabinete do primeiro-ministro ao Económico, remetendo mais esclarecimentos para o discurso de amanhã de Pedro Passos Coelho.

"O primeiro-ministro na semana passada em Bruxelas já tinha referido que iria durante esta semana apresentar mais medidas e antecipar medidas que estavam previstas. Será preciso, neste contexto, aguardar pelo discurso do chefe de Governo amanhã no Parlamento", declarou a mesma fonte, referindo-se ao debate parlamentar sobre o programa de Governo que arranca amanhã.» [DE]

Parecer:

Nada mau para quem se opôs ao PEC IV por o considerar austeridade a mais.
  
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
  
 Espanha pede explicações sobre suspensão do TGV

«O ministro do Fomento espanhol quer reunir-se com o homólogo português para analisar a decisão de suspender o TGV.

"Há que saber se Portugal tomou uma decisão de renunciar definitivamente à construção da alta velocidade ou se adia a decisão de construir a alta velocidade", afirmou José Blanco, em declarações à Rádio Nacional Espanhola (RNE).

"Assim que se constitua o novo Governo português, manterei uma reunião com o meu homólogo para clarificar uma série de projectos que temos entre os dois países e saber se esta é uma decisão definitiva ou, pelo contrário, se adia. Isto, claramente, condicionaria o que faremos em Espanha", afirmou.» [DE]

Parecer:

Era de esperar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Informe-se o governo Espanhol que a direita portuguesa defendia quase meia dúzia de linhas de TGV mas agora discorda e argumenta que não há pilim.»
  
 Paes do Amaral e Pinto Balsemão criticam a privatização da RTP

«Miguel Paes do Amaral, presidente não executivo da Media Capital, que detém a TVI, afirmou hoje que a privatização de um dos canais da RTP, medida prevista no programa do novo Governo, "vai dividir ainda mais o investimento publicitário nesta área e limitar os orçamentos das televisões, fazendo baixar a qualidade dos conteúdos, tornando as coisas mais complicadas para o sector".

Paes do Amaral, que falava a margem de uma conferência sobre media da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, fez questão de referir que esta sua análise é feito como observador. Paes do Amaral junta-se assim a Balsemão, que já criticou a privatização da RTP por considerar não haver espaço em termos de bolo publicitário para mais um operador privado. » [i]

Parecer:

Parece que só a Cofina e a Ongoing estão interessadas no negócio.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
  
 Desta vez há stress

«Caixa Geral de Depósitos, Banco Comercial Português, Banco BPI e Espírito Santo Financial Group (holding a que pertence o BES) são os quatro grupos financeiros nacionais que integram a lista de 91 instituições europeias submetidas aos testes de stresse. Contrariamente à nota positiva obtida em 2010, este ano poderão existir portugueses entre os 10 a 15 chumbos europeus, noticiava ontem a Reuters, o que, a confirmar- -se, obrigaria as instituições a reforçarem o capital. Fonte oficial do Banco de Portugal afirmou, em comunicado, que a notícia "é pura especulação", recordando que "o processo não está ainda concluído, não havendo, por isso, qualquer informação sobre os resultados".» [i]

Parecer:

Era de esperar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelos resultados.»