domingo, outubro 09, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Insecto do Parque Florestal de Monsanto, Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Vidrão [A. Cabral]
Jumento do dia


Teixeira dos Santos

Mandaria o bom senso que Teixeira dos Santos desaparecesse durante muito tempo, é ridículo ver o ministro que durante anos não acertou uma previsão estar agora tão seguro sobre a penosidade dos próximos anos.
 
Independentemente do juízo de valor que se possa fazer dos governos de Sócrates a verdade é que Teixeira dos Santos foi um dos ministros mais incompetentes que Portugal conheceu. Foi um ministro que chegou a criar uma vaga de subdirector-geral da DGCI para um amigo que ficou a exercer o cargo no Porto ou quando o país já estava em plena crise permitiu ao seus secretariozinho de Estado dos Assuntos Fiscais andar em prais paradisíacas na companhia dos seus assessores a assinar acordos de dupla tributação. Uma vergonha!
 
Não há saudades de um ministro que permitiu a devassa dos emails dos funcionários da DGCI ou que deu cobertura a perseguições judiciais por um dos seus directores-gerais a um blogger incómodo.
 
Mas parece que Teixeira dos Santos não tem consciência do que fez, ajudou a fazer ou permitiu que fosse feito, ainda não percebeu que o seu gabinete teve grandes responsabilidades na situação a que chegou o país e por aquilo que o actual governo está a fazer ao país.

«Feitas as contas, a nossa dívida externa ronda os 400 mil milhões de euros, o que dá qualquer coisa como 40 mil euros por cada português.

Numa aula à Universidade Sénior de Cerveira, o número dois do Governo de Sócrates disse que os próximos dois anos vão ser "extremamente penosos", que "temos de manter o cinto apertado" e que o desemprego "vai chegar aos 13 por cento".» [CM]

 Um tretas

Conta-se na comunicação social que já há quem no governo esteja incomodado com o Álvaro, o tal que veio do Canadá ensinar os saloios a fazerem as coisas como os espertos fazem. O curioso é que os tão exigentes líderes do governo não tenham percebido logo que estavam a escolher um tretas para ministro da Economia, algo que além de estar chamado na cara do pobre homem seria evidente ao fim de dois minutos de conversa.

 Argentina: uma televisão muito afoita


 E uma candidata polaca igualmente afoita
  

 O Prémio Nobel da Paz
 
Os responsáveis pela escolha dos laureados com o Nobel da Paz têm os africanos em tão boa conta que acharam que eram necessários três para justificarem o prémio.
  
 

 Um Nobel da Paz pouco pacífico
 
«Mas que mal fez o candidato presidencial liberiano Winston Tubman (já para não falar no seu candidato a vice-presidente, George Weah, goleador do Milan, melhor futebolista do mundo, 1995) para que, em plena campanha eleitoral - e a quatro dias das eleições!!! -, a sua adversária ganhe um prémio internacional mítico e as aberturas de telejornais de todo o mundo? Num país pobre e democracia instável, que lambe as feridas de guerra civil recente, não é um abuso, essa interferência? O Nobel da Paz, a maior medalha mundial de bom comportamento cívico, foi dado à actual Presidente Ellen Johnson Sirleaf e recandidata à reeleição, e ao mesmo tempo esse prémio influencia ilegitimamente os resultados eleitorais... Há mais de 150 anos, a Libéria foi criada por manipulação externa - um dia a América acordou com problemas de consciência pela escravatura negra e decidiu inventar um país na Costa Ocidental de África com escravos de torna-viagem. Agora, em igual manobra de desprezo, o Nobel mete-se no destino dos liberianos. Nem terá sido por mal, se calhar o comité de sábios só ignorava que havia eleições. Mas quem mostra premiados exemplares ao mundo não deveria estar atento a esse mundo? Se o Nobel da Paz queria premiar Sirleaf, que a premiasse antes (quando ela já o merecia), não na semana em que incomoda a Libéria. É assustador que coisas tão importantes e badaladas como dar um Nobel sejam feitas tão à Lagardère.» [DN]

Autor:

Ferreira Fernandes.
     

 Se um Álvaro incomoda muita gente....

«Álvaro Santos Pereira propôs-se há uma semana a ir à Assembleia apresentar o Plano Estratégico dos Transportes que pensava conseguir aprovar no Conselho de Ministros na quinta-feira. E mesmo quando tal não aconteceu, o ministro não desistiu do agendamento. Resultado: ficou sujeito a um violento ataque da oposição - e gerou incómodo na maioria e até no Governo.» [DN]

Parecer:

O problema é que há vários Álvaros neste governo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Passos Coelho porque não viu logo o erro de casting que estava a cometer que até um ceguinho conseguia ver.»
  
 Conversa de chacha

«O "aumento da produção agrícola nacional" é importante para o desenvolvimento económico do país, sendo um objectivo "muito claro" do Governo, disse hoje a ministra da Agricultura.

Assunção Cristas defendeu que Portugal deve "tentar produzir mais" nas áreas em que tem boas condições para tal, no sentido de reduzir a dependência das importações no sector alimentar, que se situa actualmente nos 30 por cento.» [DN]

Parecer:

Quando um ministro repete que quer aumentar a produção agrícola é porque não sabe o que fazer.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se à ministra que na linha do seu regulamento do fardamento mande plantar couves-galegas nos jardins do ministério obrigado os funcionários a comer sopa ao almoço.»
  
 O bastonário economista
 
«O Bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, afirmou ontem que o País está na bancarrota e que Portugal não vai conseguir saldar a dívida.

"Estamos na bancarrota e não vamos cumprir com a nossa dívida, porque os juros são incomportáveis. Estamos falidos. Essa é a realidade do nosso País", afirmou José Manuel Silva, durante uma conferência em Pombal sobre a saúde em Portugal.» [DE]

Parecer:

Qualquer um manda postas de pescada sobre economia, até os velam para que os estranhos não possam exercer a sua profissão por mais habilitados que possam estar.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao bastonário onde estudou economia, talvez tenha sido na cadeira de anatomia.»
  
 Os banqueiros não quererão lavar o rabinho com água de malvas

«A Associação Portuguesa de Bancos (APB) está a preparar uma proposta de criação de um banco que concentre as dívidas do Estado, que irá apresentar à troika e ao Banco de Portugal.» [Expresso]

Parecer:

Agora que querem beneficiar das altas taxas de juro praticadas no mercado e livrar-se das agências de rating os banqueiros querem livrar-se dos contratos que assinaram com o Estado e que no passado foram tão lucrativos. Se o conseguirem estaremos perante o maior golpe financeiro dado ao país desde as privatizações combinadas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Recuse-se a proposta.»