quarta-feira, novembro 30, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


 



Vida de cão na Rua Augusta, Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Bebedouro [A. Cabral] 
Jumento do dia


António José Seguro, (pequeno) líder do PS

Nem dá para acreditar que este Seguro fosse totó ao ponto de ter desejado votar favoravelmente os cortes dos subsídios de quase todos os funcionários públicos só porque num golpe de propaganda o Governo aligeirou a brutalidade da medida. Este José Seguro já começa a enojar a esquerda e só faltava saber desta intenção de votar a favor de uma medida inconstitucional para decidir a título definitivo que o PS não só não merece o voto como se deve fazer a Seguro a oposição que se faz a Passos Coelho, entre um e o outro não há qualquer diferença.
 
O drama deste Seguro, para além de estar ao sub nível intelectual de Passos Coelho, é estar mais preocupado com a sua agenda do que os problemas do país ou as expectativas dos eleitores do seu partido. Ou o PS muda de líder ou corre um sério risco de descer abaixo dos 20%.
«Direcção do PS queria votar a favor da proposta que ontem o Governo apresentou para diminuir o impacto dos cortes nos subsídios em 2012. A bancada socialista revoltou-se e, depois de um debate entre vários deputados via e-mail, Seguro e Zorrinho viram-se obrigados a um volte-face: o PS absteve-se.

Entre os vários contestatários surgiram deputados como Eduardo Cabrita (presidente da Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças), José Lello, Filipe Neto Brandão, Isabel Moreira (que violou a disciplina de voto, decisão que agora a direcção da bancada diz estar a "avaliar"), Idália Serrão e Sérgio Sousa Pinto.» [DN]
 
 Que coisa tão estranha

Este governo consegue cortar subsídios, renegociar contratos de obras públicas e não consegue renegociar a compra de uma dúzia de carros de luxo. Estranho e muito conveniente.  
 

 Duarte Lima: será o julgamento de um regime?

«1. Em pleno período de crise financeira e económica, o caso BPN foi perdendo a atenção mediática dos portugueses. No entanto, este é um verdadeiro teste à credibilidade da justiça portuguesa: os autores (directos e instigadores) da maior roubalheira nacional, que hoje todos temos de pagar com os impostos do nosso trabalho honesto, têm de ser exemplarmente punidos. Calma: todos gozam da presunção de inocência até ao trânsito em julgado da decisão judicial, garantindo-se um processo equitativo e em conformidade com a lei aos arguidos. Mas a verdade factual é só uma: o BPN foi levado à falência por um grupo de indivíduos que julgava que a actuação normal na gestão bancária é praticar crimes todos os dias. E o governo José Sócrates lá teve de salvar o BPN para - segundo palavras do governo de então - evitar o risco sistémico. Alguns portugueses já então se questionavam se, por detrás de tal decisão, não estaria o objectivo de atenuar os efeitos de um escândalo político de maiores proporções, que teria deixado cair a máscara de um "bloco central de interesses" que tem dominado a política portuguesa. O BPN rapidamente se converteu em facto político, para além de financeiro e jurisdicional. Voltou à actualidade, no final da semana passada, com a detenção de Duarte Lima e seu filho.

2.Ora, em primeiro lugar, há que fazer uma advertência: independentemente da opinião que tenhamos sobre a personagem Duarte Lima, é bom que ele não se torne no bode expiatório de todos os problemas do BPN. Como o elo mais fraco que serve para a justiça se desculpabilizar e mostrar serviço; e para (algum) poder político (ou, mais rigorosamente, o poder de alguns políticos) respirar de alívio e sair impune. Os tribunais estão vinculados à justiça: os juízes devem julgar livremente de acordo com a lei e a sua consciência, fundamentando juridicamente (e bem, de preferência!) as suas decisões. Esta ideia é - também - o cerne do Estado de Direito.

3.Em segundo lugar, a detenção de Duarte Lima representa o fim da linha de uma geração de políticos que nasceu com o cavaquismo. E todos com uma característica em comum: tal como Cavaco Silva, eram homens que nasceram em famílias pobres, em ambientes muioto modestos, que conseguiram aceder à elite política lisboeta. A política foi para eles a rampa para uma vida muito, muito melhor. Não serviram o Estado, mas serviram-se do Estado para singrar na vida. Duarte Lima foi uma figura de proa do cavaquismo, que manteve uma influência importante no partido: recentemente esteve com Pedro Santana Lopes e Luís Filipe Menezes (sendo importante para a vitória deste último). E há políticos portugueses que lhe devem uma palavra de gratidão: Assunção Esteves(actual presidente da Assembleia da República) por exemplo, foi lançada politicamente por Duarte Lima. Objectivamente, a detenção de Duarte Lima é um embaraço para o PSD e, sobretudo, para o Presidente da República. A esquersa voltará à carga.

4.O (possível) julgamento de Duarte Lima poderá ser o julgamento do regime português. O primeiro desde o 25 de Abril. A 3.ª República, em matéria de transparência e combate à corrupção, não tem sido feliz. E tem criado uma oligarquia político-partidária medíocre e que confunde interesse privado com interesse público, dando prevalência sempre ao primeiro. Agora, a estratégia processual de Duarte Lima passará inevitavelmente por lançar "trunfos fortes", leia-se, chamar a depor as figuras políticas com maiores responsabilidades na governação do nosso país (na nossa história recente). Poderemos, pois, assistir a um "desfile" de personalidades de todos os quadrantes políticos, desde o PS até ao CDS, que se deixaram envolver em relações promíscuas entre o poder económico e o poder político. E cheira-me que a primeira testemunha a ser arrolada por Duarte Lima será o cidadão Aníbal Cavaco Silva, actual Presidente da República de Portugal....Neste momento, é o maior trunfo do advogado de Duarte Lima: desviaria as atenções mediáticas, vitimizaria o seu constituinte, pois daria a sensação de que seria o elo mais fraco de um grupo partidário; aumentaria brutalmente a pressão sobre o juiz do processo. Enfim, em cima de uma crise financeira e social sem precedentes, a desconfiança crónica que os portugueses têm em relação aos nossos políticos confirma-se. Isto não é bom para a democracia portuguesa.» [i]

Autor:

João Lemos Esteves.
  
 E se trocassem umas ideias?

«Sendo homem de bom gosto literário, o secretário de Estado da Juventude, Alexandre Mestre, terá aproveitado a viagem de avião que o levou há um mês a S. Paulo, onde falou a representantes da comunidade portuguesa e jovens luso-brasileiros, para ler "A arte de morrer longe". Chegado ao destino, ainda sob o efeito da instigante escrita de Mário de Carvalho, não resistiu a, desvalorizando o receio da "fuga de cérebros", mandar morrer longe os jovens desempregados portugueses: "Se estamos no desemprego, temos de sair da zona de conforto e ir para além das nossas fronteiras".

O actual Governo habituou-nos entretanto a dizer uma coisa às segundas, quartas e sextas e o seu contrário às terças, quintas e sábados. E coube ao omniministro Miguel Relvas emitir ontem a declaração de caducidade da posição do Governo em Outubro: "É importante que não retiremos de Portugal a massa crítica e massa cinzenta de qualidade".

É certo que o ministro só se referiu às "massas" (à cinzenta e à crítica, esta mais para o avermelhado) "de qualidade", deixando a porta de saída aberta às restantes; mas que farão todos aqueles, jovens e desempregados (o que, em Portugal, é o mesmo), que já iam a meio da ponte de passaporte na mão?; deverão regressar à "zona de conforto"?, prosseguir viagem?

Voltando a Mário de Carvalho, não "era bom que [os dois governantes trocassem] umas ideias sobre o assunto" antes de falarem dele em público?» [JN]

Autor:

Manuel António Pina.
    

 Américo Amorim: um modesto trabalhador com grandes despesas pessoais

«O "Jornal de Notícias" escreve que os Serviços de Inspecção da Direcção de Finanças de Aveiro (DFA) detectaram irregularidades na Amorim Holding2, pertencente ao empresário Américo Amorim, relativas aos anos de 2005, 2006 e 2007. Os inspectores encontraram despesas pessoais, que ascendem a centenas de milhões de euros, incluídas na contabilidade da holding. O rol de despesas é extenso e vai desde viajens da família para destinos turísticos a despesas com massagens, passando por tampões higiénicos e mercearia.» [DN]

Parecer:

Massagens?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Amorim se também pagou a meninas.»
  
 Morreu a filha de Estaline

 
«A filha do ditador soviético Joseph Estaline morreu no passado dia 22, na miséria e com cancro, em Richland County, Carolina do Sul, EUA, onde se exilou em 1967, noticiou ontem o "The New York Times".

Svetlana Peters (apelido que adotou para apagar de vez a sua relação com o pai), conheceu várias vidas "dignas de um romance russo", acabando os seus últimos dias no Wisconsin (norte dos EUA), no anonimato e na miséria, depois dos anos em exílio, relata o jornal nova-iorquino.» [Expresso]
     
 Um erro crasso do Gaspar

«A maioria parlamentar aprovou, esta terça-feira, o aumento do IVA na restauração, entre muitos outros produtos, que deixa de estar sujeito a uma taxa de 13 por cento, passando para 23 por cento, com votos contra de toda a oposição.» [CM]

Parecer:

Acabou de transformar dezenas de milhares de restaurantes em centros de oposição ao governo. São bem-vindos à luta pelo derrube deste governo canalha.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver a reacção dos restaurantes que sobreviverem à pinochetada orçamental.»
  
 Cavaco visita empresas hortícolas de Odemira

«Três empresas hortícolas do concelho alentejano de Odemira, Vitacress, Atlantic Growers e Camposol, com um volume global de vendas que ronda os 40 milhões de euros, são visitadas na quarta-feira pelo Presidente da República, Cavaco Silva.» [CM]

Parecer:

Será que se lembrou dos muitos milhões de contos que deu a Tierry Russel?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se.»
  
 PSD voltou a soltar a cachorrada

«A JSD acusou hoje o bastonário da Ordem dos Advogados de actuar em "total desrespeito pelas magistraturas e pela tutela (Ministério da Justiça)" e de dificultar e encarecer o acesso à profissão dos jovens licenciados em Direito.» [DN]

Parecer:

Desta vez para morderem no bastonários dos advogados por andar a incomodar a louraça.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se a cachorrada de volta para o canil.»
  
 Este já mete nojo

«"Creio que não vai ser possível voltar a pagar subsídios aos funcionários públicos. Não estou a ver que venha a haver uma folga para isso", explicou o ex-ministro das Finanças no programa "Olhos nos olhos" da TVI24.» [Diário Económico]

Parecer:

Este Medina Carreira já morreu e esqueceram-se de o deixar em pé.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pegue-se no saco do vómito.»
  
 Parece que neste PS do Seguro são as mulheres que os têm en su sitio

«Isabel Moreira escreveu esta manhã um 'email' a António José Seguro e Carlos Zorrinho, a que o Económico teve acesso, a explicar porque votou contra a proposta socialista de manutenção de um dos subsídios para a Função Pública.

A deputada independente votou ontem contra a bancada socialista e ao lado das propostas do BE e PCP, que propunham a manutenção dos subsídios de Natal e Férias, violando, assim, a disciplina de voto que tinha sido determinada pela direcção socialista para questões como as orçamentais.

No 'email', Isabel Moreira - que assinou recentemente o manifesto de Mário Soares a apelar à mobilização da esquerda contra a austeridade - justifica que só viola a disciplina de voto "por razões de consciência profunda" e lembra que desde sempre e em vários fóruns - debates, grupo parlamentar e comunicação social - defendeu a inconstitucionalidade da proposta do Governo de corte de um dos subsídios para a Administração Pública e de uma pensão para os pensionistas.» [DE]

Parecer:

Só um idiota apalermado como o Seguro vota favoravelmente ou abstêm-se numa medidas descaradamente inconstitucional.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Elogie-se o gesto e mande-se o Seguro à bardamerda.»
  
 Passos vai ficar va olhar para a miséria

«O primeiro-ministro afirmou hoje que as previsões da OCDE para a economia portuguesa "confirmam que 2012 será um ano de forte ajustamento", prometendo "olhar com toda a atenção" para as "consequências sociais" que daí decorrem, em especial para o desemprego.» [i]

Parecer:

Este palerma está a gozar com os pobres.
  
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver se fica ou foge de Massamá.»
  
 Seguro vai destruir o PS

«Os deputados do PS vão reunir-se hoje ao final da tarde, pelas 19 horas. O objectivo é conseguir o consenso à volta de uma declaração de votoconjunta para apresentar amanhã, na votação final global do Orçamento do Estado. A direcção de António José Seguro está a tentar evitar ter uma divisão em massa no sei dos socialistas, depois de na votação na generalidade, 13 deputados terem apresentado uma declaração de voto.Este é o instrumentos que os deputados dispõem para justificarem o sentido de voto. Na votação do Orçamento na generalidade, todos os deputados se abstiveram, mas 13 deles explicaram que o faziam por estarem a respeitar a disciplina de voto.

A direcção do grupo parlamentar pretende assim evitar que o partido volte a aparecer dividido na votação do documento, já que há vários socialistas que continuam a defender, ao contrário da linha oficial, que o PS devia votar contrao documento. As expectactivas, entre alguns deputados ouvidos pelo i, é que o número de deputados a defender o voto contra aumente na votação final globalde amanhã.» [i]

Parecer:

Este PS do Seguro parece um caniche do Passos Coelho.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
  
 Ulrich diz que depósitos não cresceram

«O presidente executivo do BPI diz que se depósitos "não crescerem nada", crédito terá de cair 46 mil milhões de euros.» [Jornal de Negócios]

Parecer:

Que vá buscar o dinheiro que ajudou a ser transferido para as off shores.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se a sugestão ao banqueiro com frequência universitária.»
  

 Where in the World? Part 2: A Google Earth Puzzle [The Atlantic]