segunda-feira, outubro 31, 2011

Estratégia manhosa

O mesmo Passos Coelho que negociou o OE 2011 para se abster e chumbou o PEC IV com o argumento da falta de diálogo e da adopção de medidas sem conhecimento do Presidente da República decidiu-se por uma pinochetada orçamental sem dar conhecimento a ninguém e divulgando as medidas como se fossem facto consumado. Cavaco Silva lembrou-se de discordar do OE e de questionar a legitimidade de algumas medidas e foi o suficiente para que o jornal “i” se lembrasse de comparar as despesas da comitiva presidencial presente na cimeira Ibero-Americana com a do primeiro-ministro, agora convertido em modelo das virtudes franciscanas.

Com o Expresso da divulgar uma sondagem que mostra que o OE não é aceite pelos portugueses alguém se lembrou de que era necessário pressionar Seguro para que este aprove o OE contra a vontade do seu partido e do seu eleitorado. Apareceu uma notícia no Público onde se consegue escrever uma página acusando Sócrates de andar a pressionar os deputados do PS para chumbarem o OE, mas quanto a factos e provas o jornal nada adianta, a jornalista nada diz.

No mesmo dia em que o Público tenta empurrar Seguro para a aprovação do OE o primeiro-ministro lembra-se de a partir da Cimeira Ibero-Americana informar que era necessário renegociar com a troika e que tencionava reunir com o PS. Estaria em causa o financiamento da economia e, em consequência, o crescimento económico.

Passos Coelho está farto de negociar e renegociar com a troika, de inventar desvios colossais e o país até já assistiu a uma conferência de imprensa onde o Gaspar foi ler um papel que a troika escreveu. No entanto a maioria de direita ignorou que ao acordo com a troika era mais amplo do que a maioria parlamentar, ao longo destes meses sempre ignorou o PS e o seu líder, tem governado como se o acordo com a troika fosse um assunto privado de Passos Coelho, do Gaspar e do Moedas.

Agora que receia a contestação social ao OE o primeiro-minisro descobriu uma forma de enredar Seguro na sua pinochetada orçamental, convida-o para negociar uma renegociação com a troika que só faz sentido no pressuposto de que o PS aprova ou pelo menos não chumba o OE. Isto é, o mesmo PS que não serviu para discutir a política orçamental já deve servir para co-responsabilizar-se pela desgraça social de uma pinochetada orçamental brutal.

Resta saber se Seguro se deixa enredar por esta estratégia manhosa deixando para a esquerda conservadora a oposição à pinochetada orçamental do Gaspar. Se o fizer está acometer m suicídio político de que os eleitores do PS não se esquecerão tão cedo.

PS: Nenhum estudante “francês” de filosofia influenciou este post.

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Beco do Quebra Costas, Sé, Lisboa
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Graffiti, Lisboa [A. Cabral]
  
Jumento do dia


Passos Coelho

Parece que o país tem um primeiro-ministro pouco interessado em saber se as suas decisões são ou não constitucionais, entende que isso é um problema do Tribunal Constitucional. É por essas e por outras que se esqueceu das Grandes Opções do Plano e corre um sério risco de pela primeira vez as medidas de um OE serem declaradas inconstitucionais empurrando o país para um beco sem saída.

«O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou no sábado que caberá ao Tribunal Constitucional, e não ao Governo, pronunciar-se sobre constitucionalidade das medidas incluídas no Orçamento do Estado para 2012.

Pedro Passos Coelho fez esta afirmação numa conferência de imprensa no final da XXI cimeira Ibero-Americana, em Assunção, no Paraguai, quando questionado se o seu aparente desentendimento com o Presidente da República quanto à "equidade fiscal" do Orçamento para 2012 está sanado e se está preocupado com a possibilidade de algumas medidas serem inconstitucionais.» [DN]

 Um governo contra um povo e contra um país

  
  
 

 'Quo vadis' PS?

«1. Segundo uma sondagem divulgada ontem pelo Expresso, 81% dos portugueses discordam do Orçamento do Estado para o ano de 2012. O Orçamento não é uma lei qualquer, é o documento político por excelência. Nele estão plasmadas as escolhas fundamentais do Governo, as traves mestras do que vai ser a governação. A conclusão seria óbvia: em apenas quatro meses os cidadãos arrependeram-se de terem dado uma maioria confortável aos partidos da coligação. Para reforçar esta ideia, e pela mesma sondagem, quase 60% dos portugueses afirmam não confiar neste Governo. Em resumo, nem pensam que o caminho político a seguir é o certo, nem confiam nas pessoas que o vão implementar. No entanto, se as eleições fossem hoje o PSD e o CDS voltariam a obter aproximadamente os mesmos resultados que em Junho passado.

Convenhamos, ele há coisas que aparentemente desafiam toda a lógica. No entanto, as pessoas têm comportamentos mais racionais do que à primeira vista se pode pensar. Não há quem não saiba da impossibilidade da mudança de governo nas actuais circunstâncias e do caos que se instalaria se por qualquer motivo fôssemos empurrados para eleições. Por outro lado, os processos de erosão de popularidade começam sempre da mesma maneira: primeiro contestam-se as políticas e só depois se materializa a vontade de mudança.

Simplesmente, a contestação não pode ficar eternamente no ar. Os cidadãos, em democracia, precisam de quem corporize as alternativas, e, de facto, neste momento não existe ninguém, pelo menos visível, capaz de o fazer.

Ache-se o que se achar sobre as opções do Governo, o caminho do Governo é notório, claro e evidente. O do PS ninguém sabe. Os socialistas não apresentam alternativas, não têm discurso, nem ru-mo, nem liderança. É um vazio total e absoluto. Conseguem cair no mais absoluto ridículo quando numa altura destas falam de pacotes contra a corrupção e propostas de tectos salariais para gestores públicos.

É verdade que o papel a desempenhar pelo PS nunca seria fácil. Entalado entre os últimos seis anos de governação, que António José Seguro renega, e o acordo de assistência financeira negociado pelo seu partido, o espaço para fazer oposição seria sempre reduzido. Mas o Governo fez-lhe um enorme favor e escancarou-lhe a porta de saída: optou por ir politicamente muito para lá dos acordos com a troika e fez escolhas em sede de orçamento, no mínimo, discutíveis. E o que faz o PS? Rigorosamente nada. E se não consegue construir uma alternativa face às opções radicais do Governo, ou estamos perante um caso de incompetência total, ou então, no fundo, concorda com as opções da maioria, apesar dos remoques e da retórica apatetada. Pode muito bem ser isso, pode ser que o caminho escolhido pelo PSD e CDS seja também o do actual PS e, nesse caso, em razão desse consenso, está na prática a disponibilizar-se para aderir à coligação.

Só que António José Seguro pode não ser um líder político capaz, mas de política partidária tem um doutoramento fruto da única coisa que fez na vida: militar num partido. Ele sabe que o seu futuro dentro do PS estaria condenado se fosse para o Governo.

O que parece ignorar é que abstendo-se na votação para o Orçamento e não construindo uma alternativa política sólida e credível está a validar todas as opções governamentais e a entregar a oposição aos partidos anti-sistémicos, a movimentos inorgânicos e ao Presidente da República, hoje por hoje a única voz institucional oposicionista do campo da democracia liberal.

Se 80% dos portugueses não concordam com o Orçamento e 60% não confiam no Governo e, mesmo assim, Seguro não tem nada a dizer, das duas uma: ou o secretário-geral do PS não é homem para liderar o partido ou os socialistas demitiram-se de fazer oposição e são um peso morto na democracia portuguesa. Não há português, amante da democracia e consciente do papel fundamental do PS, que não prefira a primeira opção.

2. Nunca tive dúvidas de que Assunção Esteves seria uma excelente presidente da Assembleia da República. A maneira como não pactuou com a incompetência mostrada pelo Governo quando este se "esqueceu" de entregar as Grandes Opções do Plano mostra mais uma vez que temos alguém com verdadeiro sentido de Estado e de serviço público a dirigir o Parlamento. Estou como diz o outro: há sempre um bocadinho de paraíso na zona de desastre.» [DN]

Autor:

Pedro Marques Lopes.
     

 Duarte Lima sofre de 'amnésia oportunista"

«Relatório policial que sustenta a acusação do Ministério Público do Rio de Janeiro descreve Duarte Lima como pessoa "arrogante, prepotente" e que sofre de "amnésia oportunista".» [DN]

Parecer:

É um problema comum a muitos cavaquistas, a arrogância, a prepotência e a "amnésia oportunista".

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
  
 Passos Coelho teve uma crise de diálogo

«Segundo o primeiro-ministro, a par com a consolidação das contas públicas, Portugal precisa "que se mantenham condições de financiamento à economia para que o processo de crescimento económico possa ter lugar" e é sobre isto que o Governo vai conversar com a "troika" em novembro.

Passos Coelho acrescentou que "o ajustamento que se tiver de realizar em consequência disso será, evidentemente, motivo de divulgação e de concertação até com outras forças sociais e políticas, nomeadamente com o PS", partido que, no seu entender, "deve manter conhecimento e envolvimento nas sucessivas avaliações e ajustamentos que o programa deve ter".» [i]

Parecer:

Até aqui esqueceu-se de que o PS tinha assinado o acordo, agora que começa a ficar nervoso com os excessos do seu pinochetismo económico quer envolver o Seguro.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Recuse-se uma alteração na postura do governo, mantendo os níveis de diálogo que se têm mantido desde que Passos Coelho tomou posse.»
  
 Manobra de diversão

«Na quinta-feira da semana passada, mais concretamente dia 20 de Outubro, José Sócrates e António José Seguro almoçaram em Paris, naquele que foi o primeiro encontro entre o actual e o anterior líder do PS.

Se a estratégia do PS para a política orçamental e para o caminho a seguir para cumprir os objectivos da troika, inclusos no documento ainda negociado e assinado pelo anterior primeiro-ministro, estiveram presentes na conversa entre os dois é um segredo bem guardado por ambos; mas o PÚBLICO sabe que há uma estratégia posta em prática por apoiantes de José Sócrates para pressionar o actual líder do PS a votar contra o Orçamento do Estado para 2012.

Uma estratégia que, de acordo com as informações recolhidas pelo PÚBLICO, tem tido o empenho do próprio José Sócrates, que tem falado ao telefone com deputados seus próximos.

Resistir a esta pressão parece ser a decisão de Seguro. O actual líder tenciona manter a sua abertura para a negociação do Orçamento com o primeiro-ministro, Passos Coelho. Negociações essas que deverão mesmo passar por um encontro formal a dois entre Seguro e Passos, para fechar um acordo.» [Público]

Parecer:

Desde que foi divulgada a pinochetada orçamental vão surgindo notícias que parecem ter por objectivo desviar a atenção das medidas orçamentais.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se os parabéns à central de informação do Relvas.»
  

  Elena Kovaleva
  




domingo, outubro 30, 2011

Semanada

Quando se pensava que Passos Coelho ia à Cimeira Ibero-Americana só para fazer passar a mensagem de pelintrice que jornalistas amigos, devidamente instruídos pela central de comunicação do Relvas, deveriam comparar com a opulência e luxo da comitiva presidencial, eis que somos surpreendidos por um Passos Coelho que decidiu pagar a sua viagem low cost com alguns negócios. Depois de anos a vermos a direita gozar com o Magalhães e a negar a existência de uma crise internacional eis que o primeiro-ministro português dá cambalhotas para tentar convencer o presidente mexicanos que de que somos vítimas de uma crise internacional e no fim acaba tentando vender nada mais, nada menos do que o Magalhães. Por este andar ainda vou ver o Álvaro de Magalhães quando regressar a Vancouver, depois da próxima remodelação governamental.

Desde que Passos Coelho apresentou a sua pinochetada orçamental que o país vive um estranho ambiente de excesso de informação, as notícias aparecem quase em catadupa e o cidadão comum quase se esqueceu de que o primeiro-ministro tem por objectivo empobrecer em 30% os portugueses que não sejam ricos. EM poucos dias o povo distraiu-se a discutir as pensões dos políticos graças ao DN e ficou a comparar as despesas das comitivas presidenciais com o patrocínio do ‘i’, Veremos qual a sugestão do Correio da Manhã ou do Diário Económico para a próxima semana, isso se o papel de entertainer não couber ao assalariado fundacional do híper-merceeiro do Pingo Doce.

O povo anda tão distraído que nem reparou que tem um primeiro-ministro que deverá ficar na história como o primeiro governante de um país civilizado que assuem como objectivo central das suas políticas os empobrecimento dos seus cidadãos. Não é que muitos outros já não o tenham feito, mas eram ou Bokassas ou Pinochets, este fez-se eleger em democracia com um programa que já foi consumido nos WC de São Bento e agora tem uma programa económico em que ninguém votou que propõe como solução para os portugueses o seu empobrecimento.

O país teve mais um episódio da telenovela governamental do ‘Grandioso Desvio Colossal’, depois de se saber que os portugueses foram chamados a um excesso de austeridade para ajudar ao pagamento de uma dívida que o Alberto, o Gaspar e o Passos escondiam dos portugueses, sabe-se agora que outra parcela do desvio colossal se deve a comissões a pagar por conta do empréstimo da troika. Andam, andam e ainda vão concluir que o governo anterior nada teve que ver com o argumento desta novela triste.

O país andava atarantado porque a Kátia do “Secret Story 2” acha que a África é um país da América do Sul, esta semana ficou a saber que um ministro do governo de Passos Coelho, nada mais, nada menos do que o grandioso Relva não sabe que a Noruega não pertence, nunca pertenceu nem pediu a adesão à EU. Por este andar ainda vamos ver o Relvas entrar na casa dos segredos para partilhar os lençóis com a Kátia.

Umas no cravo e outras na ferradura




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Eléctrico turístico n.º 10, Lisboa
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Estendal [A. Cabral]
  
Jumento do dia


Mota Soares

Parece que o ministro responsável pela caridade social tem mais jeito para andar de lambreta do que para dizer mentiras políticas.
 
«O movimento que representa os trabalhadores precários acusa o ministro da Solidariedade, Pedro Mota Soares, de usar de "fraude política" ao afirmar que os trabalhadores independentes vão beneficiar este ano de "um alívio" de 270 euros nas contribuições para a segurança social.

O ministro anunciou sexta-feira que pouco mais de 400 mil trabalhadores independentes que são contribuintes activos da Segurança Social vão beneficiar de um "alívio" de 270 euros por ano em contribuições.

Num comunicado assinado pelas associações Precários Inflexíveis, FERVE - Fartos/as d'Estes Recibos Verdes e Plataforma dos Intermitentes do Espectáculo e do Audiovisual, o movimento considera que as declarações do ministro "são uma fraude política, porque o que foi 'anunciado' decorre apenas da aplicação do Código Contributivo, uma legislação que já está em vigor desde Janeiro e que Pedro Mota Soares combateu abertamente no passado". » [CM]
     
 

 O brasileiro, D. Rosalina e nós

«Oi, meus irmãos. Estou sabendo de D. Rosalina, embora não muito. Vossa patrícia, viúva, ou assim, de um cara cheio de grana, a idosa apareceu morta aqui no estado fluminense, para lá de Niterói. A polícia do Rio investigou e tem suspeito, mas não pega ele, não sei as razões. Por ele ser graúdo, político? Não sei, não. As autoridades portuguesas devem estar dando em cima dos policiais brasileiros, mandando ofícios, precatórias, inquirições: "Então, como é? O caso da D. Rosalina, cidadã lusa, está resolvido?" Se calhar o vosso Presidente até na cimeira ibero-americana vai cobrar da nossa Presidenta Dilma o atraso com D. Rosalina. Portugal é Europa e tem de mostrar ao Terceiro Mundo que com a Justiça não se brinca. Enfim, sobre D. Rosalina as autoridades lusas estão empenhadíssimas, eu sei. O meu causo é outro: há um suspeito de assassínio no Brasil - repito, não segui nos detalhes, não sei se o sujeito está no Complexo do Alemão ou na Amazónia - e vocês não estão prevenindo os turistas que estão vindo para cá? Deixam vir sem avisar? Devia haver uma campanha, aí, na santa terrinha, a dizer: "Há um suspeito de assassínio à solta, as autoridades locais não estão ligando, nem interrogam, nem uma perguntinha no homem nem nada, e você acha que aquilo lá é seguro para visitar?" Repito, meus irmãos, não segui as minúcias da morte de D. Rosalina, mas se eu fosse a vocês ficava aí, nesse Portugal sereno.» [DN]

Autor:

Ferreira Fernandes.
     

 Sindicatos alinham na caça às bruxas

«O presidente do Sindicato Nacional de Polícia (Sinapol) considerou este sábado "um ultraje" o director nacional da PSP ir viajar para Luanda em classe executiva para participar numa reunião da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e exigiu a "demissão imediata" do superintendente-chefe Guedes da Silva.» [CM]

Parecer:

Ser português parece ter que ser também sinal de pelintrice.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
  
 Passos Coelho saúda perda de competitividade da economia portuguesa

«O primeiro-ministro saudou hoje os "reequilíbrios em curso à escala global, em que a produção de riqueza, o crescimento e o emprego estão a ser liderados por novos actores e centros de desenvolvimento" como a América Latina.

"Saudamos esta mudança. É uma mudança profunda que nos leva a rever os nossos hábitos de consumo e a revisitar o nosso tecido produtivo, e que nos obriga a reformar e renovar para voltar a ser competitivos e inovadores", afirmou Passos Coelho.» [DN]

Parecer:

Será que este homem sabe o que diz.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Informe-se o primeiro-ministro de que uma das economias mais penalizadas é a portuguesa.»
  

   




sábado, outubro 29, 2011

Quem é este Alberto?

Quem será um tal senhor Alberto da Ponte? Que eu saiba não ajudou a conquistar Lisboa, não se notabilizou em nenhuma batalha do Ultramar, não descobriu qualquer penedo no meio do Atlântico, não concorreu a nenhuma junta de freguesia, não preside a nenhuma ONG, não é voluntário nem do Banco Alimentar contra a Fome nem da Ami e tanto quanto se sabe nem sequer é acólito na Sé de Lisboa.

Mas este senhor acha que tem uma quota maioritária no país e acha que está no direito de dizer quem está a mais ou a menos no país, afirma que Não há espaço para as pessoas que não queiram trabalhar, para a não produtividade, no Portugal de hoje”. Mas não se está a referir às dondocas da Quinta Patino, refere-se aos portugueses que trabalham e que na sua opinião têm de trabalhar mais.

Pois este senhor que fala do nosso país como se fosse o seu quintal não é mais do que um assalariado de um grupo estrangeiro, gestor de sucesso de uma empresa que vive de um mercado oligopolista e à custa do alcoolismo de muitos portugueses, uma empresa onde qualquer idiota tem sucesso. Este senhor não é nenhum professor de finanças, não é conhecido no país ou no estrangeiro pelos seus dotes intelectuais, acha que é uma personalidade com o direito de dizer quais os portugueses que estão a mais ou estão a menos.

É evidente que se este senhor fosse administrador de milhares de empresas melhor geridas do que a dele, sem beneficiarem do alcoolismo alheio e enfrentando mercados onde há concorrência a sério muito provavelmente não teria acesso a jornais. O seu grande dote, tal como sucede com algumas personagens que passam a vida a dizer ao país o que deve fazer, é o enorme orçamento publicitário da Centralcer, um orçamento brutal que transforma qualquer director de informação num caninche a lamber-lhe os pés.

É graças à subserviência dos directores da comunicação social em relação aos orçamentos publicitários de algumas empresas que transformaram o merceeiro Santos, o Ponte das minis, o Carrapatoso dos telelés em personagens que se dão ao luxo de transformar os portugueses em labregos.

Começa a ser tempo de responder a esta gente e a melhor forma de o fazer é boicotar marcas que recorrem aos seus orçamentos publicitários para influenciar politicamente o país na defesa dos seus próprios interesses. Marcas como a Vodafone, a Centralcer (Sagres e água do Luso), Pingo Doce e outras têm grandes responsabilidades na evolução do país e são suporte financeiro da manipulação eleitoral que sustenta o apoio a estas políticas. São marcas que se comportam de forma golpista e segundo uma forma de estar política mais própria do fascismo do que da democracia.

Umas no cravo e outras na ferradura




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Fragata, Alcochete
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Fachhada, Alcochete [A. Cabral]
  
Jumento do dia


Assunção Cristas

Para além de dar ares à família Batanete esta ministra é mesmo muito distraída.

«Em entrevista exclusiva ao Correio da Manhã, a ministra da Agricultura e Ambiente, Assunção Cristas, admite ter dado informação errada ao parlamento sobre a barragem do Tua. Mas, mesmo assim, já ordenou o abate de 1104 sobreiros e 4134 azinheiras.

A zona onde se vai construir a barragem está inserida numa região classificada como património da Humanidade pela UNESCO, que agora pode ser posta em causa com esta decisão. Na primeira grande entrevista que dá como ministra, Assunção Cristas diz também que não sabia que o escritório de advogados Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e Associados, onde trabalhou antes de ir para o Governo, tem como cliente a concessionária da barragem do Tua, a EDP. » [CM]

 Noruega na UE?

Só um ministro da família dos Batanetes poderia dizer que a Noruega pertence à UE.

 Mentira n.º 35 de Passos Coelho

 
Passos Coelho já nem se dá ao trabalho de cuidar das suas mentiras, agora que não está em campanha teria o dever de fazê-lo para proteger a dignidade do cargo a que chegou graças às mentiras com que ludibriou os portugueses.

Quando anunciou o OE Passos Coelho informou com ar solene que o corte nos subsídios seria para durar durante o programa de estabilização, agora já não sabe quando será possível voltar a pagá-los, o ministro das Finanças não faz a mais pequena ideia e o Relvas até já teoriza sobre a possibilidade de serem eliminados.
      
 

 Uma história mal contada

«A Grécia tem 11 milhões de habitantes, a Europa do euro tem 332 milhões, o que dá 3,3 % de gregos. O PIB da Grécia é de 330 biliões, o da Zona Euro de 12,5 triliões, ou seja, a Grécia vale 2,5 %. Como é que cerca de 3% da população e da economia ameaçam a Europa de forma tão dramática, ao ponto de andar tudo a dizer que o euro pode acabar e talvez mesmo o próprio projeto europeu?

Outros dados ajudam a entender o sem sentido desta história. A Grécia está para a Europa como a Madeira está para Portugal. Jardim gastou e abusou, mas isso, apesar de agravar a situação financeira do país, teve um impacto relativamente insignificante nas contas públicas. O BPN, por exemplo, teve muito mais.

A Califórnia que tem um PIB semelhante ao da Itália – e corresponde a 13,5 % na economia americana –, tem andado à beira da bancarrota. Não passou pela cabeça de ninguém dizer que isso significaria o fim dos Estados Unidos, afinal uma federação, ou que o dólar ia desaparecer.

E já que estamos em maré de números, os PIG, Portugal, Irlanda e Grécia, somam por junto 6,2% do PIB europeu.

Como se explica então que a Europa ande que nem barata tonta devido ao mau comportamento de alguns dos seus mais insignificantes membros?

A razão não é financeira, nem económica. Desvarios e azares muito maiores têm sido resolvidos ao longo dos tempos. A atual crise é exclusivamente política. Não tanto pela ação, mas pela inação.

Depois da crise do "subprime" nos Estados Unidos, que começa em 2006 e explode em 2008, em vez de se assumir que o "sistema financeiro" vigente não é compatível com o desenvolvimento sustentado das sociedades e, pelo contrário, é fonte de constantes crises, os governos preocuparam-se sobretudo em salvar a banca. Injetaram rios de dinheiro, aumentando brutalmente os défices, na convicção de que os bancos são o motor da economia. Daí o "instintivo" pânico local com o BPN e o enorme buraco herdado da operação.

Nesse processo, não se promoveu qualquer alteração efetiva no comportamento dos "mercados" nem das políticas, nada se aprendeu, e passado pouco tempo estamos perante nova crise, desta vez das chamadas "dívidas soberanas". As quais no caso europeu de soberanas têm rigorosamente nada, já que tudo está interligado.

Esta sucessão de eventos, cuja consequência efetiva e imediata, é uma perda brutal de rendimento da generalidade da população, sobretudo da classe média, e das pequenas e médias empresas, deve-se exclusivamente a uma flagrante incompetência política. Acossados pelo descrédito popular, num ambiente de total subserviência aos interesses do capital, os políticos não param de ziguezaguear e são mais parte do problema e do que da solução. A política é hoje uma velha arte sem ideias nem futuro.

Acresce que não é só a política, e com ela a democracia, que definha. Os Estados, por arrasto, são um alvo a abater pelas boas e pelas más razões. Ineficazes, gastadores, clientelares, os Estados consomem a riqueza e dão cada vez menos em troca. Por via ideológica vão também perdendo a função de fiscalização e regulação essencial para equilibrar o interesse privado com o interesse público. Por isso todos clamam, e eu também, pela diminuição do papel do Estado. E os que defendem o contrário fazem-no com base numa visão arcaica, deslocada no tempo e no modo.

O rescaldo de mais esta crise não promete nada de bom. Não será, certamente, a construção de uma sociedade mais livre, justa e sustentada. Com a política convencional paralisada não há também que ter ilusões sobre os novos atores. O movimento global de indignação, que revela uma grande vaga de descontentamento e raiva, de pouco valerá face ao que objetivamente se desenha. Caminhamos para um mundo dominado abertamente (já o é na sombra) pelas grandes corporações. Corporações que não têm mandato democrático, não são escrutinadas e, em bom rigor, fazem o que lhes apetece em prole do único objetivo que conhecem, lucros e mais lucros, cada vez maiores e mais depressa, sem qualquer responsabilidade social. A democracia representativa vai dando lugar a uma tirania financeira e corporativa.» [Jornal de Negócios]

Autor:

Leonel Moura.
  
 Pobreza estratégica

«Não me lembro de ter ouvido o dr. Passos Coelho anunciar aos eleitores, antes das eleições, aquilo que esta semana soube explicar com tanta clareza: que a sua estratégia para enfrentar os problemas do País é o “empobrecimento” dos portugueses.

Lembro-me, isso sim, do contrário. Lembro-me de o ouvir dizer que, com ele, não haveria mais austeridade sobre as pessoas porque a austeridade, agora, seria sobre "o Estado": as gorduras do Estado, os desperdícios do Estado, os consumos intermédios do Estado, o "Estado paralelo". Lembro-me, até, de o ouvir dizer que aumentar os impostos ou cortar o 13º mês eram meros "disparates" de adversários políticos apostados numa "campanha de medo" sobre as reais intenções do PSD. Está agora claro quem é que tinha razão.

Entendamo-nos: uma coisa é adoptar certas medidas não previstas para responder a uma situação não conhecida (como sucedeu com a subida do IVA nos governos de Durão Barroso e de José Sócrates) ou para fazer face a uma profunda alteração das circunstâncias (como sucedeu em toda a Europa quando emergiu na zona euro a crise das dívidas soberanas, na sequência da crise da Grécia); outra coisa, bem distinta, é prometer às pessoas uma determinada estratégia e, depois de lhes caçar os votos, trocar essa estratégia por outra radicalmente oposta - e é isso o que está agora a acontecer em todas as frentes: dos impostos aos salários, da TSU às quotas na avaliação dos professores.

Ninguém nega que, nas actuais circunstâncias, um desvio orçamental, devidamente fundamentado, possa justificar a adopção de medidas adicionais não previstas. Mas não há nenhum desvio que justifique uma estratégia tão frontalmente contrária à que foi prometida aos portugueses. E, pelo menos nisso, creio que estaremos todos de acordo: o que foi vendido aos portugueses não foi o "empobrecimento" como desígnio estratégico para a consolidação orçamental!

É certo, Eduardo Catroga, que viria a ser o autor do programa eleitoral do PSD, chegou a defender (a 21 de Maio de 2010, num debate na Figueira da Foz, relatado pela Lusa) fortes reduções salariais, envolvendo um corte médio de 10% a aplicar no sector público e no sector privado (pagando-se o 13º e o 14º mês em obrigações do tesouro). Mas nada disso foi assumido quando se tratou de escrever o programa que os eleitores deveriam ler e votar. O mais que se encontra é o célebre comunicado do PSD em língua inglesa, de 21 de Março de 2011, onde se refere que não é de esperar muito do Governo socialista "when it comes to reforms that wiil undermine parts of its electoral base that are tied, directly or indirectly, to statefinanced employment". Só que este texto nunca foi traduzido de modo a descodificar o que realmente significava para os funcionários públicos - e que agora está à vista.

Cumprir as metas orçamentais implica esforço, sem dúvida. Mas exige também a preservação de algum equilíbrio entre a austeridade e o dinamismo da economia. Sob pena de uma "overdose" de austeridade, muito "para lá da troika", comportar o risco fatal de todas as "overdoses": o de uma recessão capaz de ameaçar os próprios objectivos de redução do défice (como a experiência grega tragicamente ensina).

Uma sombria estratégia de empobrecimento, que representa um virar de costas à economia e ao futuro, não poderia nunca constituir um caminho promissor para o País. Mas quando, ainda por cima, uma tal estratégia se apresenta tão flagrantemente injusta na forma como não distribui o empobrecimento que propõe, então não estamos apenas perante uma estratégia errada, estamos perante uma proposta indecente.» [DE]

Autor:

Pedro Silva Pereira.
  
 O colapso social

«Tenho à minha frente os gráficos que o leitor pode ver em baixo. À esquerda, a variação do PIB: em dois anos, a queda deverá exceder os 5%, a maior recessão de que há memória no Portugal democrático.

À direita, a evolução do desemprego: em dois anos, vamos perder mais 124 mil postos de trabalho, elevando aquele número para 727 mil, 13,4% da população activa: é uma situação arrepiante. O Governo pensou nisso quando propôs este orçamento?

Quando pedimos ajuda externa e nos submetemos aos humores da ‘troika', foi-nos sugerido que o corte no défice de 2012 se dividisse em três partes iguais: um terço seria acrescido às receitas; dois terços seriam reduzidos às despesas. E ficou implícito que por despesas se entenderia "gorduras" do Estado. Mas a opção foi muito mais simples: as "gorduras", afinal, eram salários, pensões e acções sociais. Isto não é brincar com as pessoas?

Com o investimento deprimido e este corte brutal no rendimento das famílias, era óbvio que a procura interna iria bater no fundo. E, para estimular o crescimento, só nos restava o aumento das exportações. Foi então que o Governo se lembrou de acrescer meia hora à prestação diária de trabalho. Azar dos Távoras: com a capacidade produtiva já subutilizada, esta medida só vai aumentar a subutilização. E nós continuamos a dar tiros nos pés.

A cereja no topo do bolo vai para todos aqueles que estão a caminho de perder o emprego, aproximando-se do limiar da pobreza. Já vimos que, na passagem de 2010 a 2012, o número de desempregados vai subir de 603 mil para 727 mil, mais 21%. Mas, no mesmo período, as dotações para subsídio de desemprego vão cair 8%. Chamem-lhe o que quiserem: ignorância, insensibilidade, má-fé. Este é um episódio de que o Governo deveria envergonhar-se.

Que me lembre, nunca um OE foi tão duramente criticado por tanta gente. E também não me recordo de alguma vez o Presidente da República o atacar em público, em vez de o fazer no recato do seu gabinete. Penso que o Governo deveria reflectir sobre isto, mesmo que confirme as suas opções, em nome de uma dignidade que só lhe fica bem. Já no que toca à economia, admito que não faça nada, simplesmente porque não é capaz. Fica o meu protesto: este orçamento vai levar-nos ao colapso social.

Tinha mesmo de ser assim?» [DE]

Autor:

Daniel Amaral.
  
 Factos e argumentos

«A RTP apresenta diariamente uma rubrica em que se propõe caracterizar o País a partir de dados provenientes da Pordata (base de dados online, acessível a todos, com informação coligida do Instituto Nacional de Estatística, Eurostat, etc.). A rubrica em causa, Nós, Portugueses, é apresentada por Alberta Marques Fernandes e passa no telejornal da noite. Não vi - longe disso - todos os programas, mas os que vi levaram-me a erguer várias vezes as sobrancelhas. Até que no dia 22, ao assistir a um sobre as empresas portuguesas e respectivos lucros, fui à Pordata verificar o que acabara de ver.

Dizia a jornalista, coadjuvada pelo grafismo (por acaso muito bom), que entre 2005 e 2009 os lucros das empresas portuguesas tinham baixado. "Contra factos não há argumentos", rematava, como sempre remata. No site da Pordata não há um quadro de "lucros" das empresas; existe o do rendimento médio respectivo e os das declarações de IRC. Foi nestes últimos que encontrei os números citados no programa. Para concluir que existem dados desde 1998 e que entre 2002 e 2007 os valores subiram sempre. Aliás, em 2007 atingiu-se, com 42 332 milhões de euros, o valor mais elevado desde 1998. De 2005 a 2007 há um aumento de dez mil milhões. Em 2008 (o do início da crise internacional) há uma quebra para pouco mais de 30 mil milhões, valor que se mantém em 2009.

A descida, portanto, é de 2007 para 2008. Como compreender então a conclusão de Alberta Marques Fernandes? Quem é responsável por tão aparatosa distorção? É um programa em muitos, dir-se-á. É. Bastaria no entanto para colocar a credibilidade de todos em causa. E sucede não ser o único em que a interpretação dos dados é, digamos assim, discutível. Por exemplo esta conclusão: "Os portugueses pagam hoje três vezes mais impostos que há 30 anos." Para lhe chegar, dividiram-se as receitas do Estado pelo total da população. Erro, diz o economista Nuno Serra, no seu blogue (ladroesdebicicletas.blogspot.com): o número de empresas triplicou entre 1990 e 2009, postos de trabalho e salários cresceram, o que implica aumento do volume de impostos. Certo seria, diz Serra, ponderar a receita do Estado em percentagem do produto interno bruto (a riqueza produzida no País). O que, a partir dos dados da Pordata, dá a ver "uma estabilização do peso fiscal a partir dos anos 90". E indigna-se com o que considera a apresentação do Estado como "um simples escoadouro de dinheiro, como se a generalização do acesso à educação e à saúde, a histórica quebra das taxas de mortalidade infantil e de analfabetismo, tivessem caído do céu".


Serra é um economista de esquerda? É. Mas não se admitindo que um programa apresentado como de factos puros e duros, e num canal de serviço público, tenha tendência, o mínimo é esperar que nele se apresentem as duas leituras possíveis da evolução da receita do Estado. Mas, facto, não foi isso que sucedeu. Qual será o argumento?» [DN]
  
Autor:

Fernanda Câncio.
     

 Direita protege o Alberto no parlamento

«PSD e CDS chumbam projeto de resolução para criar comissão de avaliação da situação financeira da Madeira.

A Assembleia da República rejeitou hoje um projecto de resolução do PCP para a criação de uma comissão parlamentar eventual para avaliar a situação financeira da Madeira.» [DE]

Parecer:

O que terá o Alberto a esconder?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Gasparoika.»
  
 A KMMG enterrou-se

«O ex-secretário de Estado das Obras Públicas reiterou hoje no Parlamento que todos os dados apresentados na passada semana constam de um estudo elaborado pela KPMG a pedido das Estradas de Portugal. Paulo Campos diz que vai entregar a todos os deputados "os factos que fundamentam as [suas] declarações em relação aos relatórios da KPMG".

O ex-governante propõe-se demonstrar durante a audição ao presidente da KPMG "que todos os números, sem excepção" que apresentou e em que refere que a fonte é a KPMG "foram retirados do relatório ou da folha de cálculo construída pela KPMG" e entregue à Estradas de Portugal.

A audição do presidente da KPMG foi hoje aprovada pelos deputados da comissão de Economia e Obras Públicas depois de ser requerida pelo grupo parlamentar do PS.

Recorde-se que um administrador da KPMG enviou ontem para o Parlamento uma carta onde acusava Paulo Campos de ter atribuído à empresa relatórios que não são dela. Nessa a carta a KPMG considera que "existem indícios de utilização indevida da imagem" da empresa, quando Paulo Campos apresentou um "conjunto de gráficos e outros elementos de análise" com uma capa com o logótipo da consultora.» [DE]

Parecer:

Compreende-se que a KPMG não queira aparecer associada a um estudo invocado por um membro do anterior governo, mas se o fizeram e cobraram agora terão de o engolir.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
  
 Não volto a comprar as marcas "Sagres" e "Luso"

  
«O presidente executivo da Sociedade Central de Cervejas (SCC), Alberto da Ponte, defendeu hoje que o setor privado deve apostar nos despedimentos como alternativa aos cortes do subsídio de Natal e de férias aplicado à função pública.

Em declarações à agência Lusa, à margem de uma conferência realizada no Estoril (Cascais) sobre impacto e tecnologias de informação na competitividade, Alberto da Ponte afirmou que "dispensar pessoal é alternativa".

Alberto da Ponte sublinhou a importância de "ter pessoas motivadas" a trabalhar e, como alternativa aos cortes dos subsídios de Natal e de Férias anunciados pelo Governo no setor público, defendeu que no setor privado quem não tiver uma boa performance deve ser dispensado.

"Não há espaço para as pessoas que não queiram trabalhar, para a não produtividade, no Portugal de hoje", sustentou.

"É uma medida excelente para aumentar a produtividade. Se peca, é por ser pouco"

O gestor da empresa proprietária das marcas Sagres e Luso considerou ainda que o acréscimo de meia hora extra de trabalho, outra das medidas anunciadas pelo Governo para 2012, peca por ser pouco.

"É uma medida excelente para aumentar a produtividade. Se peca, é por ser pouco", defendeu.» [Expresso]

Parecer:

Como não aceito o que este senhor diz e defende para o país vou boicotar as suas marcas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Boicote-se.»
  

 2011 Pan American Games  [The Atlantic]