sexta-feira, fevereiro 17, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Coelhos da Malveira a 3,90 €/Kg num talho da Graça, Lisboa
 
PS: Já se tinha concluído que em Portugal  até os cornos são mansos pelo que não admira a ideia generalizada de que todos os portugueses também o são, por maioria de razão se os que são traídos o são todos os outros o deverão ser. Não se compreende, portanto, tanta segurança em torno de dois ministros, a não ser que se receie que se agridam um ao outro o que, a crer na comunicação social, não seria novidade, o Batanete da Rua da Horta Seca já terá sido vítima da agressividade verbal do Gasparoika.
 
Num país onde a vinda do FMI não é novidade é ridículo que se crie a ideia de que os dois ministros são tão duros que são alvo de ameaças credíveis. Das outras vezes que o FMI esteve em Portugal o ambiente de crispação era maior, os conflitos eram maiores e ainda haviam muitas armas do PEC em circulação. Todavia, Mário Soares nunca intalou um bunker à porta de casa, nem se rodeou de um batalhão armado como se fosse um qualquer ditador da América Latina.
 
Não é a segurança dos ministros das Finanças e da Economia que está em causa, é a sua consciência do que estão fazendo e dos objectivos que visam que os levam à intranquilidade. Esperemos que os serviços de segurança não passem pela Graça e cheguem à brilhante conclusão de que o talhante da Rua da Graça anda de cutelo atrás do Coelho com letra grande e decidam sugerir a Passos Coelho que está mais seguro a viver no Quartel do Carmo, com vista para o Rossio, do que em Massamá.
 
Até porque como coelho está escrito com maiúsculas não se sabe se o cutelo se prepara para cortar a cabeça a ao gostoso roedor ou se o visado é aquele que está a roer e corroer a confiança do país nos seus políticos e na sua economia. É verdade que as vítimas do cutelo serão os COELHOS da Malveira, mas quem nos garante que o talhante não está a vender coelho por gato e a promoção não passa de uma mensagem subliminar sendo o visado o COELHO de Massamá? Aqui fica o aviso para os amigos da Loja Mozart ou de outras agremiações secretas, seja lá o que isso for ou onde funcionam.
 
Enfim, é irónico que num bairro que tem graça no nome hajam manifestações de humor por parte de um talhante. E ainda faltam alguns dias para o Carnaval.
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Montijo [A. Cabral]  
 
Jumento do dia


João Almeida, deputado do CDS

Revelando total ignorância sobre o estatuto da Função Pública o deputado João Almeida chamou a si o papel de iniciar as provocações verbais contra os funcionários públicos, numa estratégia clara de desviar a atenção dos portugueses da situação da economia portuguesa. A estratégia não é nova, visa criar na população a ideia de que a culpa da crise não é dos corruptos e dos bpns, mas dos funcionários públicos do costume.

Só que o senhor deputado revela ignorância a mais, parece ignorar que no Estado não há qualquer possibilidade de negociar a rescisão do contrato. Nem sequer houve a possibilidade de negociar a perda dos subsídios, matéria em que o deputado se esqueceu de sugerir a igualdade com os trabalhadores do sector privado.

No Estado sempre houve a possibilidade de deslocação, só que nem nos anos 50 tal era feito sem qualquer contrapartida como o governo defende e que a seguir vai propor que seja aplicável igualmente ao sector privado, onde estas deslocações são negociadas e dão lugar a compensações.
 
«"Se as pessoas [funcionários públicos] não estiverem disponíveis têm sempre como alternativa a hipótese de negociarem a sua situação contratual", afirmou hoje o deputado democrata-cristão à TSF comentando a proposta do Governo para agilizar a mobilidade na função pública, de forma a transferir trabalhadores de serviços onde há excesso de pessoal para outros com falta de recursos humanos.

João Almeida acrescentou que esta mobilidade é normal no sector privado e noutros países. "São regras normais" pelo que a alternativa para as pessoas indisponíveis para mudar é "negociar a sua situação contratual", afirmou.» [DE]

 Já percebi

OS nossos deputados trabalham quando percebem que os funcionários do parlamento também estão a trabalhar. Pelo menos foi isso que a senhroa presidente do parlamento deu a entender. Só não se percebe porque razão o alinhamento laboral dos deputados em relação à Função Pública só se verifica obrigatoriamente num único dia do ano.

 Russian Army Choir  
  
     

 "Reestruturação" do país continua a ritmo acelerado

«A ACAP, que apresenta hoje um retrato do setor automóvel em conferência de imprensa, prevê que haverá uma perda direta de receita fiscal de cerca de 19 milhões de euros, "para além de todos os custos a nível social", o que configura uma "situação dramática para as empresas do setor", até porque a perspetiva para 2012 "é bastante negativa, prevendo-se uma queda de 18,5% do mercado automóvel face a 2011".» [DN]

Parecer:

Por este andar até vamos encerrar os faróis.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se os parabéns ao Batanete da Rua da Horta Seca.»
  
 E os putos não são mansos?

«Deslocação cancelada à última hora, alegadamente por motivos de segurança. Fonte de Belém justifica o cancelamento com "um impedimento". Duas centenas de alunos protestam à entrada do estabelecimento de ensino.» [DN]

Parecer:

Ao que isto chegou...

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Cavaco se já não tem paciência para netos.»
  
 Monti "espreme" a Igreja Católica italiana

«A ideia do primeiro-ministro italiano é que a Igreja contribua para a cidadania com um esforço económico no sentido de relançar a economia. A Igreja estava isenta do imposto municipal sobre bens imóveis.

Como todos os cidadãos a Igreja italiana também terá de fazer sacrifícios para ajudar o país a superar a crise. A prova é que o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, anunciou a intenção de taxar os imóveis eclesiásticos destinados ao uso comercial, um imposto municipal sobre imóveis de que a Igreja estava isenta.

Segundo as contas do Fisco italiano, a Igreja será obrigada a desembolsar dois mil milhões de euros por ano.» [DN]
    
 O delegado do MP de Oeira foi preso?

«É raro ler um recurso assim: o procurador do Ministério Público (MP) de Oeiras encarregue do caso Isaltino Morais insurge-se violentamente contra a decisão da juíza em adiar a prisão do autarca, condenado a dois anos de prisão por evasão e fraude fiscal.

No recurso entregue hoje de manhã Luís Eloy diz que o não cumprimento da sentença representa "uma gravíssima violação de regras básicas do funcionamento do sistema judicial". Para o procurador, o processo de Isaltino Morais, "representa uma verdadeira reinvenção de Kafka, não dirigida ao arguido, mas ao Ministério Público".

Isaltino Morais foi condenado em 2009 a sete anos de prisão. Em 2010, a Relação baixou a pena para dois anos. O Supremo e o Constitucional confirmaram a pena. Mas a Relação obrigou a juíza a analizar a questão da prescrição de parte dos crimes. Isto é, se parte dos crimes pelos quais Isaltino Morais foi condenado já prescreveram. Carla Cardador já disse que não, mas como ainda decorre o prazo para recorrer, Isaltino continua em liberdade. Tem mais 20 dias para recorrer contra a decisão de não considerar os crimes prescritos. » [Expresso]

Parecer:

A crer no que escreve o delegado do MP de Oeiras estará preso e a ser seviciado por Isaltino Morais.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao senhor que seja paciente, enquanto o Isaltino andar por aí não tem motivos para tanta nervoseira, até porque ninguém foge do país por causa de dois anos que na prática serão reduzidos a um. Além disso, deveria ser mais humano com um ex-colega de que tem razões para se orgulhar, nunca um ex-procurador foi tão longe na vida.»
  
 Austeridade na cultura é para continuar

«A contenção orçamental no setor da cultura "não vai desaparecer tão cedo" pelo que se deve fortalecer o envolvimento da sociedade civil e apostar em parcerias entre instituições, nomeadamente ao nível ibérico, defendeu hoje o secretário de Estado da Cultura, em Madrid.» [i]

Parecer:

Faz sentido, num país em que se promove o trabalho pouco qualificado e se sugere a emigração aos que andaram na escola não faz sentido investir na cultura, basta que as instruções e os sinais de trânsito sejam compreensíveis. Só se lamenta que o secretariozinho vá dizer baboseiras em Espanha, um país onde com ou sem austeridade se aposta tradicionalmente na cultura.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se a pobreza cultural desta Cultura.»
  
 O ACTA morreu

«Joseph Daul, líder do Partido Popular Europeu (PPE), foi o primeiro a dizê-lo: “ACTA c’est fini.” (o ACTA está acabado). As palavras do eurodeputado surgiram depois de manifestações durante o fim-de-semana em 130 cidades de 30 dos 39 países envolvidos nas negociações do Acordo Comercial Anticontrafacção, protestando contra um tratado transnacional negociado “secretamente” e que, na prática, equivalia ao fim da privacidade online e da livre troca de informações.

Ontem, o PPE tomou uma posição oficial contra o ACTA, depois das palavras de Daul e de, na segunda-feira, Martin Schulz (actual presidente do Parlamento Europeu e líder dos socialistas europeus na primeira metade do seu mandato) ter também criticado o ACTA. “Não o acho bom na formulação actual”, disse, acrescentando que o equilíbrio entre os direitos individuais dos utilizadores e os direitos de autor estão “inadequadamente estabelecidos” no tratado.» [i]

Parecer:

Que a terra lhe seja leve.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
  
 A ministra do "seja o que Deus quiser"

«A ministra da Agricultura garantiu hoje no Parlamento que não haverá despejos para idosos que não possam suportar aumentos de renda. O Estado terá de intervir, mas ainda não há condições de se saber como o fará, disse.» [Jornal de Negócios]

Parecer:

Depois de confiar na intervenção divina a senhora ministra parece também esperar a ajuda Dele para tapar os buracos de uma lei que ela fez aprovar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Deus nos livre da incompetência desta ministra.»
  
 Mas os juros não estavam a descer

«As incertezas em torno do segundo pacote de ajuda à Grécia estão a ditar a subida das rendibilidades exigidas pelos investidores para negociarem dívida portuguesa.

As taxas de juro implícitas das obrigações nacionais seguem em alta, contrariando o comportamento de descida que têm vindo a registar nos últimos dias e que acompanham os leilões nacionais de curto prazo que têm sido considerados positivos pelos analistas. » [Jornal de Negócios]

Parecer:

Ainda ontem o governo exultava por ter tido sucesso numa da ao mercado, omitindo que estava em causa um prazo durante o qual Portugal está sob a protecção de instituições internacionais.
  
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
  
 O Relvas está preocupado com o desemprego

«O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares considerou hoje "preocupante" a taxa de desemprego de 14% registada no quarto trimestre, mas sublinhou que o Governo está a "fazer o caminho certo" para ultrapassar este problema.» [Jornal de Negócios]

Parecer:

A solução é fácil, retira-se a nacionalidade aos desempregados, fixa-se um prazo de expulsão do país e monta-se uma ponte aérea para Angola.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se a sugestão.»
    

   






 PETA