segunda-feira, abril 02, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura




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Jumento do dia


Vítor Baptista

Parece que para este porta-voz do PS o facto de haver uma votação "inequívoca" dispensa qualquer reflexão em torno da legalidade da própria votação. Esperemos que a liderança do PS não pense o mesmo acerca da Constituição, o que não seria nada de novo pois em relação ao corte dos subsídios o PS deixou passar a medida bastendo-se na votação e nunca questionando a sua legalidade. Este PS parece apreciar mais o Passos Coelho do que o próprio PSD.

«O socialista Vítor Baptista, membro da Comissão Nacional do partido, lamentou hoje os comportamentos "intoleráveis" de militantes que consideraram ilegal o decurso do processo de revisão dos estatutos naquele órgão. 


"Comportamentos destes enquadram-se em estratégias que só eles podem esclarecer e são comportamentos, de facto, intoleráveis", disse à Lusa o responsável, sublinhando que, no último Congresso Nacional, a Comissão ficou "mandatada para proceder à revisão dos estatutos".  


No sábado, o deputado socialista André Figueiredo afirmou que o processo de revisão em Comissão Nacional constituiu um episódio "lamentável e sem precedentes" na história do PS. Os deputados socialistas Renato Sampaio e Isabel Santos abandonaram a reunião daquele órgão em sinal de protesto contra a decisão maioritária de se votarem alterações aos estatutos propostas pela direção do partido. 


Vítor Baptista sublinhou que a votação foi "inequívoca" em relação à vontade de rever os estatutos - com 91% de votos favoráveis e nenhum contra - e lamentou que tenham surgido internamente reações que têm "pouco a ver com a democracia vincada" no partido.» [Expresso]
  
 

Não há quem os ensine a falar?!

«Felizmente os doutores de Economia não costumam ir para doutores dos bancos de urgência. Nestes, quando uma mãe leva lá o filhinho constipado, o médico receita um comprimido de paracetamol e diz que a febre vai baixar. Se a mãe for galinha e destravada, pergunta: "Mas, doutor, o meu menino pode vir a ter um cancro no pâncreas?" Ao que o médico de hospital só pode responder: "Oh, minha senhora, dê o comprimido ao miúdo e tenha juízo ..." Isso, nas urgências, porque se sucede no intervalo do encontro dos ministros das Finanças da UE, como agora se realiza em Copenhaga, abordar um doutor de Economia pode começar bem mas logo tresmalha. Por exemplo, o professor Vítor Constâncio fez o discurso a que o bom senso obriga: os spreads (é como se diz febre em economês) estão a baixar para Portugal e os mercados (é como se diz vírus) estão a acalmar... Enfim, disse bem e não mentia. O problema é que Constâncio estava rodeado de jornalistas e, como se sabe, nada mais parecido com mães destravadas do que um tipo com microfone: "Mas, doutor, o meu Portugal vai ser obrigado a segundo resgate [é como se diz, para países, cancro no pâncreas]?", lançou um jornalista. O doutor devia tê-lo mandado passear. Mas o doutor não era de banco de urgência e deu a resposta parva de um vice-presidente do Banco Central Europeu: que tudo era possível, cancro e segundo resgate. Enfim, mostrou como é possível estarmos nas mãos de incompetentes da palavra.» [DN]

Autor:

Ferreira Fernandes.
    

Nem os ecopontos se escapam

«A Valorsul está preocupada com o crescente aumento dos roubos de papel/cartão dos ecopontos e nos circuitos de recolha comercial, que provocaram, só em janeiro e fevereiro, uma redução de mais de 20% nas recolhas.» [DN]

Parecer:

Sinal da má gestão do sistema que demora tanto na recolha que os ecopontos estão transformados em lixeiras a céu aberto.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Solicite-se aos ladrões que roubem o da minha praceta, de prefgerência com muita regularidade.»
  
Uma boa notícia para o Gaspar

«O presidente do Colégio de Oncologia da Ordem dos Médicos, Jorge Espírito Santo, diz, em declarações ao PÚBLICO, que lhe têm chegado "informações, sem carácter oficial, de que há doentes com cancro a faltar a consultas e a tratamentos de rádio e de quimioterapia, devido a dificuldades económicas".» [Público]

Parecer:

Estão a deixar de gastar acima das possibilidades.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proteste-se.»