segunda-feira, abril 23, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura




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Alcochete [A. Cabral]
     

Jumento do dia


Vítor Gaspar

Nos primeiros tempos de governo o ministro das Finanças só encontrava desgraças e desvios colossais, agora que o país já vive as consequências das suas políticas o homem respira optimismo e sucesso, até já parece o sô Álvaro.

Dantes defendia o empobrecimento forçado como alternativa a uma desvalorização, agora tenta covencer as suas vítimas a gastarem o que lhes resta na esperança de evitar uma espiral de recessão pois sabe que se a despesa continuar a aumentar ao ritmo de mais de 3% e as receitas fiscais insistirem numa quebra superior a 5% é inevitável mais um novo pacorte de austeridade e nessa hora irá substituir o cavaco do D. José na estátua equestre do Terreiro do Paço, em Lisboa.

O desespero é tanto que o aluno da Católica parece estar convertido à Santinha da Ladeira fazendo as vezes de vidente, o homem já vê crescimento e aumento do emprego. Enfim, é o Bruxo da Rua do Infante.

«Portugal está "no bom caminho" para o crescimento económico e criação de emprego, defendeu o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, nas reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI), em que participou na última semana.» [CM]
  
 

Alô, portugueses! Alô, portugueses! ....

«Escrevi aqui, há dias, que entendi bem o artigo de Passos Coelho no Financial Times. Neste, o primeiro-ministro sublinhava que "não há garantias" de que, em setembro de 2013, na data prevista para o fazer, já pudéssemos recorrer aos mercados como qualquer outro país. Havia no texto de Passos Coelho uma mudança no discurso recente dos governantes. Até aqui, era: nunca mostrar dúvidas, se não o lobo mau dos mercados vem e comenos. Mas Passos Coelho foi para um jornal - e o jornal que os mercados leem! - mostrar dúvidas. Então, eu concluí: como o primeiro-ministro não é irresponsável, ele não falava lá para fora, para os mercados, mas cá para dentro. Foi esse, aliás, o título da minha crónica: "Falar lá fora cá para dentro." Cá dentro onde é necessário cerrar fileiras, engolir em seco, convencer as pessoas de ainda terem de amochar mais, e muito. A prioridade do Governo mudou: agora, é convencer-nos. A nós, não à Moody's. Entre a gente que, nos jornais e televisões, anda agarrada ao periscópio a tentar topar o rumo das coisas, não houve muitos que tivessem assinalado essa mudança de estratégia de comunicação. Ainda me perguntei: será que me enganei? Calculem a minha gratidão quando ouvi a ministra da Justiça a dar-me a mão: "O País chegou de facto à bancarrota", disse Paula Teixeira da Cruz. Confirma-se, agora estamo-nos nas tintas para os mercados. A preocupação do Governo és tu, leitor, e só.» [DN]

Autor:

Ferreira Fernandes.
   

O princípio do fim do poder da direita na Europa?

«O candidato socialista obteve 28 a 30% dos votos da primeira volta das presidenciais francesas, à frente do atual Presidente, Nicolas Sarkozy, com 24% a 27,5%. Os dois voltam a enfrentar-se dentro de duas semanas.


Estes números baseiam-se nas estimativas dos institutos de sondagens. Os mesmos colocam Marine Le Pen em terceiro lugar. A candidata da Frente Nacional, de extrema-direita, ficou melhor posicionada do que Jean-Luc Mélenchon, da esquerda radical.
  
Le Pen consegue 17% a 20,7% dos votos, enquanto Mélenchon se fica pelos 10,5% a 13%, segundo as estimativas dos institutos CSA, Ipsos e Harris Interactive. De acordo com estes dados, o centrista François Bayrou terá conseguido 8,7% na 10% dos votos.» [DN]

Parecer:

Como de costume os países da península andam sempre ao contrário.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pela segunda volta.»