segunda-feira, maio 07, 2012

Chegou a moda primavera/verão



Já se sentia a mudança do tempo, tirando o Gasparzinho que é dos que gostam de vestir roupa de inverno todo o ano, o pobre coitado deve ter o termóstato a avariado (oxalá que seja apenas o termóstato porque com aquele arzinho que Deus lhe deu deve ter mais peças com defeito), o Passos Coelho á andava a dize que isso de ser mais troikista do que a troika não tinha chegado aos trapos, aplicou-se apenas à EDP onde a democracia económica chegou pelas mãos dos comunistas chineses e os milagres foram logo visíveis, o Eduardo Catroga ficou a ganhar um balúrdio, trocados em pentelhos deu qualquer coisa como mais de 50 mil por mês.
  
Ainda há pouco tempo o Cameron andou por aí tentando vender roupa mais fresca mas os nossos Passos e Gaspar rejeitaram a oferta, mandaram-no de volta dizendo que preferiam as pesadas samarras de inverno recomendadas pela Merkel porque por cá não há dinheiro para aquecimento e madeira de azinho já é coisa rara. Ainda na semana passada o Gaspar foi a Washington insistir que por cá vamos andar agasalhados durante muitos e bons tempos. Aliás, ainda há alguns tempos o Gaspar disse ao Álvaro “não há calor!” e perante a insistência do ministro da Economia em vestir uns trapinhos de Verão quase lhe chamou estúpido berrando-lhe “qual das três palavras não percebeste”. Até teve o cuidado de dar o diálogo a conhecer aos jornalistas para que a populaça gozasse do pobre Álvaro, o desgraçado pensava que vinha de Vancouver para apanhar um calorzinho e acabou enfiando num congelador.
  
O Cavaco é que parecia estar a adivinhar, ainda na semana passada foi a Cascais dizer que no segundo semestre já iríamos ter tempo mais quente, a dúvida está em saber se o governo adere à nova moda vinda de Paris ou impõe aos portugueses as roupas de inverno da antiga RDA. Não é difícil de adivinhar que o nosso Passos Coelho, que não é nada piegas nesta coisa da moda vai aderir aos novos tempos, não só vai aderir como vai garantir-nos que sempre detestou os trapos do Gaspar e da Merkel, mas como eles eram os donos da loja não podia mudar de roupa.
   
Brevemente irão vestir todos à Hollande, desde o Cavaco ao Passos Coelho, passando pelo Álvaro, todos vão afirmar o seu forte empenho no cresci mento económico, algo que sempre defenderam mas pelo qual nada podiam fazer por causa do memorando. É uma questão de dias para os vermos mudar de opinião, vão livrar-se do Gaspar e dizer que o Álvaro é que teve sempre razão.