sábado, junho 09, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

   
Flor do Parque Florestal de Monsanto, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 

   
Janela da aldeia de Monsanto [A. Cabral]
 
Jumento do dia
  
Sô Álvaro
 
O sô Alvaro nunca mais repara que já ninguém presta atenção às suas banalidades e que não passa de um zombie governamental, há muito que já morreu e apenas se espera pela remodelação governamental para proceder ao seu enterro.

«Santos Pereira diz que é importante diversificar os mercados e continuar com as reformas para diminuir o impacto da crise de Espanha na economia.» [DE]

 Espanha: resgate em duas fases

É óbvio que o sistema financeiro Espanhol está à beira do colapso, é óbvio que a economia espanhola borregou, é óbvio que o resgate à banca é insuficiente e os juros da dívida soberana já estão acima dos 6%. O resgate da Espanha é inevitável e a direita espanhola vai provar do veneno que a direita europeia tem defendido.

Os que por cá queriam um pedido de ajuda internacional estão agora esperançosos que a Espanha não siga pelo mesmo caminho, os que por cá negaram a existência de uma crise internacional são agora vítimas das suas próprias mentiras.

     

  
 És contra? Diz-me como
   
«A sondagem esta semana publicada pelo DN é um ponto de viragem importante. Desfazendo a ideia do povo "amestrado" que Januário Torgal Ferreira tão bem identificou no discurso de Passos, os inquiridos, em maioria esmagadora (77%), consideram que estamos pior em todos os sectores do que estávamos há um ano e qualificam (67%) a atuação do Governo como má ou muito má.
  
Esta clara rejeição do programa e discurso governativos, que engloba o Presidente da República (visto como cúmplice ou inexistência) e dá nota negativa a todos os ministros, torna ainda mais urgente uma alternativa credível. Sob pena de os revoltados com a atitude, sem precedentes em Portugal (diga-se o que se disser, isto nunca tinha sucedido), dos dois partidos da coligação governamental que, uma vez no poder, fizeram o contrário de tudo o que haviam prometido em campanha, engrossarem o contingente dos desiludidos da democracia.
  
Não chega, obviamente, a PS, BE e PCP dizer que "este não é o caminho". Não chega fazer oposição por reflexo, como faz, por incrível que possa parecer, até o líder socialista, ao reproduzir, sem mudar uma vírgula, o discurso pré-eleitoral de PSD e PP sobre encerramentos de unidades de saúde ou escolas. Foi este tipo de infantilização do debate político que nos trouxe aonde estamos, a um Governo eleito por apresentar propostas inexequíveis e mentirosas de "cortes sem dor" enquanto vituperava todas as racionalizações da máquina do Estado (e que interessante seria recordar o que foram as votações parlamentares do PSD e do CDS durante os anos do Executivo socialista, e de como em tantos casos contradizem o discurso de que "sempre se opuseram" ao alegado "despesismo" do mesmo).
  
Se alguma vez houve um momento em que foram necessárias propostas sérias e estruturadas por parte da oposição, esse momento é este. Se alguma vez houve uma situação em que precisámos de um contraprograma governamental, a situação é esta. Governo sombra, antes de ser o título de um debate piadético na TSF, era uma ideia muito estimável surgida no Reino Unido e replicada em vários países da Commonwealth, consistindo na nomeação (ou até eleição, dentro dos partidos) de um governo alternativo, com "ministros" para cada área com a responsabilidade de assegurar uma política para a tutela.
  
Pegando nas palavras de Rui Tavares na primeira reunião pública dos subscritores do Manifesto da Esquerda Livre (ocorrida no sábado em Lisboa), já sabemos que somos "contra", agora é preciso pensar no "como". Seria a um tempo lamentável e formidável que viesse de fora dos partidos instituídos um conjunto de ideias para o país que não se resumisse a patacoadas inconsistentes e slogans sem espessura. Mas, venha de onde vier, é preciso mostrar que não é tudo igual. Que votar noutros não equivale a mais do mesmo. Que não se aposta só na "alternância democrática". Que há alternativa ao "não há alternativa". Que não deixaremos a democracia ir tão depressa por esta noite escura.» [DN]
   
Autor:
 
Fernanda Câncio.
       
  
     
 Quem se mete com o governo leva
   
«O bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira, ganha uma pensão de 3687 euros e um suplemento de condição militar de 737, totalizando 4424 euros por mês. Além do valor monetário, o bispo ainda tem direito a regalias, como gabinete de apoio, carro com motorista e telemóvel. Contudo, afirma trabalhar de graça, avançou o "Correio da Manhã".» [i]
   
Parecer:
 
D. Januário criticou o governo e antes do fim da semana tinha a resposta de baixo nível.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se os parabéns à central de informação de Miguel Relvas.»