quarta-feira, julho 25, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

   
Um gasparómetro
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 

   
Minho [A. Cabral]   
A mentira do dia d'O Jumento
  
A campanha mundial "Vai estudar Relvas" já chegou à televisão japonesa:

    
E as manifestações já chegaram à Ásia:

 
Jumento do dia
 
O senhor que teorizou sobre a importância dos pentelhos no debate da política económica continua a supreender-nos com o seu brilhantismo habitual, desta vez descobriu que a tasca da coxa que é esse Lusófona de que dizem ser uma universidade não devia existir mas esqueceu-se de acrescentar que sendo essa conclusão resultante da forma como o ilustre dr. Relvas chegou a dr. então o ilustre dr. Relvas devia ser obrigado a limpar o dito cujo ao diploma e passar a ser tratado por senhor, o que no caso já é muito mais do que o dito merece.

O mais irónico disto tudo é ouvir um licenciado que foi promovido a professor catedrático a tempo parcial zero, sem que do seu curriculo conste qualquer doutoramento uniersitário, nem sequer na tasca da coxa da Lusófona, vir opinar sobre uma licenciatura tão semelhante à sua cátedra. Enfim, é o que sucede a um catedrático a tempo parcial 0% quando quer falar de cátedra de cima da sua licenciatura.

«Eduardo Catroga, economista, ex-ministro e atualmente chairman da EDP, disse ontem, em entrevista ao programa Política Mesmo da TVI 24 que a questão da licenciatura de Miguel Relvas em apenas um ano é "meramente assessória", mas tece duras críticas à universidade e a todo o processo de equivalência dado ao ministro que lhe permitiu tirar o curso em apenas um ano quando este era de três.» [Dinheiro Vivo]
   
 Miguel Relvas no Jornal de Angola


 E o OE tinha qualidade?
 
O mesmo Cavaco que promulgou de olhos fechados um OE com inconstitucionalidades graves, erros de previsão e manifestações de incompetência no desenho dos aumentos das taxas dos impostos devolveu por falta de qualidade o diploma da reforma autárquica de Lisboa. Até parece que Cavaco anda a brincar com o país, quando está em causa um diploma importante assina de olhos fechados e depois aproveita-se de um diploma que não teve a iniciativa do governo para se armar em presidente. Mais ridículo é difícil.
 
 Que se lixe o governo!

  
Passos Coelho inspirou a nova campanha anti-Relvas:
  
  
Se Passos Coelho se está lixando para as eleições isso significa que se está lixando para o Relvas e para os seus negócios com a comunicação social. Deixam de ser necessários os negócios baixos e duvidosos.


  
 Resposta aberta e breve à ministra da justiça
   
«O exercício da hipocrisia é sempre lamentável, sendo, por vezes, desculpável, mas não quando se trata da ministra da Justiça a falar da corrupção, que ela elegeu como prioridade


1. Em entrevista do passado fim-de-semana a este jornal, questionada sobre o sentido que faria eu ter sido condenado por ter denunciado uma situação de corrupção, a ministra da Justiça respondeu: “Há contornos vários no processo que não conheço. Todos e cada um devem preservar os seus deveres. Por outro lado, o combate à corrupção deve ser um contributo de cidadania, porque muitas vezes todos condenamos a corrupção, mas não condenamos a facilitação. Muitas vezes, entre os dois, há só um pequeno degrau” (sic).
  
2. O exercício da hipocrisia é sempre lamentável, sendo, por vezes, desculpável, mas não quando se trata da ministra da Justiça a falar da corrupção, que ela elegeu como uma prioridade. Por isso, não ficará a senhora ministra sem resposta quanto às insinuações que fez e me atingem.
  
3. Antes de mais, não acho plausível que a ministra da Justiça não conheça os dados relevantes do caso. Por um lado, porque, no pós 25 de Abril, se trata de uma das raras demonstrações judiciais bem sucedidas (apesar do sinuoso caminho que teve) de uma acção de corrupção visando um político e seguramente a única em que os denunciantes são o político visado e a pessoa escolhida para chegar a ele (no caso, eu próprio). Depois, porque os elementos do processo são de fácil acesso, sobretudo para a ministra da Justiça, que tem, como colaborador chegado, o antigo secretário de Estado, João Correia, um dos advogados que defende os interesses do corruptor nas acções retaliadoras movidas contra mim. Para já não falar do seu colega de governo, Aguiar-Branco, que, em tempos, também patrocinou tais interesses, igualmente contra mim.
  
4. Porém, o que é verdadeiramente sintomático é que a ministra da Justiça, a propósito da minha insólita condenação (a ver vamos se subsiste…), não tenha uma palavra de mero apreço (mesmo que distante) pela denúnica da corrupção levada a cabo, optando, pelo contrário, por lançar a suspeita infame de que eu não teria cumprido um qualquer dever, que, de resto, não identifica.
  
5. Em Portugal, campeia a corrupção. É sabido. Contudo, quando alguém a denuncia em termos gerais, caiem-lhe em cima e exigem-lhe nomes, datas e locais (como acabou de acontecer com o bispo D. Torgal Ferreira). Por seu turno, quando alguém se expõe aos riscos de denunciar um corruptor concreto – viabilizando que ele fosse “apanhado à mão” –, aquilo com que pode contar é com a ministra da Justiça a lançar a dúvida (ademais, nunca concretizada) sobre a correcção da sua conduta.
  
6. Senhora ministra, tome as dores do corruptor, se acha que o deve fazer. Mas faça-o frontalmente, não use subterfúgios, não se esconda em meias-palavras. Olhe, faça-o com a clareza com que, nas vésperas do acórdão, anunciou qual a decisão que – quanto ao corte dos subsídios de Natal e de férias dos funcionários públicos – preconizava que o Tribunal Constitucional devia adoptar.» [i]
   
Autor:
 
Ricardo Sá Fernandes.   
    
  
     
 Lá se foi o orgulho dos catalães
   
«Numa semana marcada pelo cenário de pedido de resgate total da Espanha, a segunda maior região daquele país, em termos de PIB depois da de Madrid, vai pedir ajuda financeira ao Governo espanhol, disse o responsável pela Economia do governo catalão.
  
Questionado ao canal de televisão britânico BCC sobre um apelo da Catalunha a Madrid, Andreu Mas-Colell respondeu: "Sim. A situação atual é que a Catalunha não tem outro banco além do Governo espanhol".» [CM]
   
Parecer:
 
Pobre Catalunha.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
      
 A vingança do Opus Macedo
   
«A Inspecção Geral das Actividades em Saúde detectou médicos com vínculo ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) que são também prestadores de serviço nos locais onde trabalham e casos de remuneração muito acima do que a legislação determina.
  
Segundo documentos a que a agência Lusa teve acesso, a Inspecção Geral das Actividades em Saúde (IGAS) avaliou o valor/hora da contratação de serviços médicos em regime de prestação de serviços e identificou situações de médicos que acumulam salários.» [CM]
   
Parecer:
 
Esta notícia cheira a propaganda vingativa, Paulo Macedo faz aos médicos o que alguém fez ao bispo das Forças Armadas.

O mais curioso desta notícia é a forma como a fonte descreve como chegou à informação "documentos a que a Lusa teve acesso". Isto é, alguém chamou a lusa e em privado deu cópias de um documento supostamente confidencia, onde se prova que os médicos que fizeram greve são uns vigaristas.

Quem se mete com o Passos Coelho leva e leva a sério.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
   
 Os gregos conseguiram irritar a Alemanha
   
«A decisão da agência de "rating" norte-americana Moody's de colocar a Alemanha com perspetiva negativa, devido a eventuais encargos de Berlim com outros parceiros europeus, levou hoje vários políticos alemães a reforçar exigências à Grécia.
  
"Um terceiro pacote de ajudas à Grécia não está em questão e as verbas do pacote atual só devem ser transferidas se a Grécia cumprir todas as condições", disse ao tabloide Bild o chefe dos democratas-cristãos da Baviera (CSU), um dos partidos da coligação de Angela Merkel, Horst Seehofer.
  
Para o governador da Baviera, "a Europa já atingiu os limites do aceitável" com os dois resgates à Grécia no valor de 240 mil milhões de euros e o perdão de mais de 50 por cento da dívida pública deste país da moeda única, nos últimos dois anos.» [DN]
   
Parecer:
 
Isto está a ficar divertido.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Baixe-se o rating da Alemanha.»
   
 Cavaco veta reforma administrativa de Lisboa
   
«Na mensagem que acompanhou a devolução do diploma à Assembleia da República, disponível no "site" da Presidência da República, Cavaco Silva observou que no decurso dos trabalhos parlamentares "foram expressas dúvidas quanto à fiabilidade do texto aprovado no que diz respeito à definição dos limites de freguesias e do município de Lisboa".
  
O diploma, que reduziu de 54 para 23 o número de freguesias da capital e criou a freguesia do Parque das Nações, em território até à altura pertencente ao município de Loures, foi aprovado com um insólito erro no mapa.» [DN]
   
Parecer:
 
Foi logo vetar a única que não foi conduzida por Relvas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Cavaco que se preocupe com a qualidade de todos os diplomas, como por exemplo com o OE.»
   
 Rajoy estuda todos os cenários
   
«Face às más notícias vindas da frente da emissão de dívida pelo Tesouro Público nas últimas semanas (incluindo hoje de manhã) e à subida contínua das yields (juros) das obrigações espanholas no mercado secundário, o gabinete de Mariano Rajoy teria em cima da mesa do seu gabinete de crise três cenários: um plano de resgate "total" (e não "sectorial") similar aos realizados para a Grécia, Irlanda e Portugal; a suspensão do pagamento da dívida (um evento de crédito); e a saída do euro, segundo o jornal espanhol "El Confidencial".
  
Alguns destes cenários extremos são manobras de pressão política sobretudo junto da Alemanha e do Banco Central Europeu (BCE).
  
O primeiro cenário de resgate "total" chutaria a fatura do "apoio" europeu de "até 100 mil milhões" (verba de empréstimos por tranches aprovada no caso do plano sectorial de resgate à banca espanhola, cujo memorando de entendimento é já conhecido) para "mais de 500 mil milhões, um montante exorbitante". Na cascata de contágio seguir-se-ia Itália e uma posição dos países com notação triplo A para a rutura da zona euro.
  
O segundo cenário esgrime a palavra maldita - default (incumprimento). Segundo o "El Confidencial", seria uma forma de pressionar a Alemanha e o BCE. O arrastamento da situação no campo da aplicação de decisões na zona euro torna este cenário como "plausível", apesar de implicar "uma imagem tremendamente negativa do país que faria disparar o prémio de risco para níveis impensáveis". O tempo crítico é agosto e setembro. "Para além" destes meses, o cenário de pesadelo começa.
  
O terceiro cenário é o de saída ou rutura da zona euro. Ou por decisão unilateral espanhola, ou porque a Alemanha e seus aliados o imporiam. "Num primeiro momento teria consequências desastrosas, mas devolveria a autonomia para realizar as nossas políticas e poder sair da crise antes do previsto", é a lógica deste cenário extremo, segundo as fontes ouvidas pelo jornal espanhol.» [Expresso]
   
Parecer:
 
A isto chama-se ter feito o trabalho de casa.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 E a Itália entra para o clube da bancarrota
   
«A Irlanda saiu do "clube" dos candidatos a uma bancarrota. A probabilidade de incumprimento da dívida irlandesa baixou de 39,74% no fecho de ontem para 35,57% ao final da manhã de hoje, segundo dados da CMA DataVision. Ao final de dois anos saiu do "clube".
  
Em virtude desta quebra colossal de mais de quatro pontos percentuais no risco de bancarrota num horizonte de cinco anos, o ex-Tigre Celta foi substituído no 10º lugar pela Itália, cujo risco subiu de 38,4% no fecho de ontem para 38,93% ao final da manhã de hoje.» [Expresso]
   
Parecer:
 
Mais um que fez o trabalho de casa.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Prepare-se o país para o fim do euro.»
   
 Demissões na tasca da coxa (Lusófona)
   
«Os directores dos cursos de uma faculdade da Universidade Lusófona colocaram o lugar à disposição em consequência do caso que envolve a licenciatura do ministro Miguel Relvas, avança a SIC Notícias.
  
Na Faculdade de Ciência Política,Lusofonia e Relações Internacionais, a directora Ângela Montalvão Machado colocou o lugar à disposição, o que levou Pereira Marques e Medeiros Ferreira à mesma decisão, em solidariedade. Os três elementos já comunicaram a decisão à reitoria da universidade, refere o mesmo canal.» [i]
   
Parecer:
 
Em vez de se demitirem estes senhores deviam assumir que fizeram um frete e retirar o diploma abusivamente entregue a Relvas, a tasca da coxa não tem o direito de conferir canudos a amigos pois bem ou mal pertencem à universidade portuguesa e o que está em causa é a imagem e a credibilidade do país e de toda a sua universidade. Estes senhores foram uns bandalhos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
   
 E a Sicília também está enrascada
   
«Itália impôs um plano de ajustamento à região de Sicília. O governo de Mario Monti acordou com aquela que o "New York Times" chamou de "Grécia de Itália" um plano em que vai fiscalizar as contas daquela região insular. 
  
O governo de Monti refere, em comunicado citado pela Reuters, que é "um plano de recuperação e reorganização financeira da Administração Pública da região, com um calendário e objectivos definidos".» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
Parece que chegou a vez de serem as regiões a irem à falência o que faz recear a possibilidade de entrarem mais países na dança pois nada impede que nalguns dos bem comportados hajam regiões falidas como sucedeu, por exemplo, com a Califórnia.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver»
   
 EDP faz ofensiva contra a austeridade e combate à corrupção
   
«A EDP continua a rejeitar que existam, ou até que tenham existido, rendas excessivas. A haver, quem beneficiou com isso, foi o Estado, ou seja, os contribuintes. São dois os nomes que defendem esta posição: o presidente executivo da EDP, António Mexia, e o “chairman” da eléctrica, Eduardo Catroga.
  
Mexia e Catroga participaram, ontem, em dois programas de televisão ao mesmo tempo. O primeiro na RTP Informação, o segundo na TVI 24.
  
“Se existem rendas excessivas no sector eléctrico quem as capturou? Foi o Estado, ou seja, o conjunto dos contribuintes portugueses”, afirmou Eduardo Catroga, nomeado este ano como presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP. “Quem beneficiou foi o Estado que era accionista”, acrescentou.» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
É uma vergonha ver ex-membros do governo a tentarem defender os seus interesses contra o país e para isso conseguem arranjar duas entrevistas em órgãos de comunicação social que supostamente são independentes, pertencendo um deles ao Estado sendo pago pelos contribuintes pois só deu prejuízo desde que há memória.

É evidente que se os seus interesses estivessem bem protegidos estes senhores prefeririam a descrição, até porque quando se atira merda para a ventoinha corre-se o risco de a espalhar e quando o principal accionista é o Partido Comunista da China a coisa é complicada. Se o fazem é porque receiam o pior e isso faaz-nos pensar que o corte dos subsídios estava a encobrir muita coisa.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»