sexta-feira, agosto 31, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
 
Aldraba na Lapa, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 

   
Grafiti, Faro [A. Moura]   
A mentira do dia d'O Jumento
 
DD

Jumento do dia
   
António Borges
 
António Borges, que mais parece um sobreiro queimado do que a vedeta de outros tempos assegura que não tem mais nada a dizer sobre a RTP. Tem toda a razão não tem nem nunca teve e convenhamos que a sua vocação para moço de recados não é das melhores, ainda bem que não está em idade escolar, senão teria de ir paa um dos cursos profissionais do Crato. Mas se não te nada a dizer teria alguma coisa a fazer, teria, por exemplo, de se demitir se o seu critério de avaliação da dignidade fosse o da maioria das pessoas, depois da forma como Passos o desautorizou até parece que foi contratado para saco de boxe.
 
«António Borges recusou prestar mais declarações sobre o caso da RTP à entrada para a Universidade de Verão da JSD. "Não tenho nada a acrescentar. O que disse é suficiente", respondeu o conselheiro do governo para as privatizações aos jornalistas que o questionavam, no dia seguinte ao primeiro-ministro se ter pronunciado sobre o tema, parecendo contrariar o que o consultor tinha afirmado na semana passada.
   
Passos Coelho, manifestando-se contra a "histeria" suscitada pelas afirmações de António Borges, deixou ontem claro que o encerramento da RTP 2 e a concessão a privados da RTP 1 é apenas um dos cenários dos que estão a ser estudados. Desde a entrevista de António Borges à TVI, na passada quinta-feira, em que o assessor do governo considerou que aquele cenário era "muito atraente", o tema marcou a agenda política.Do porta-voz do CDS, João Almeida, que logo criticou a forma como aquela medida foi divulgada, ao líder socialista, com António José Seguro a ameaçar que um futuro governo do PS revogaria aquela concessão, as críticas foram-se sucedendo.O Conselho de Administração da RTP assumiu a sua discordância, Jorge Miranda e outros constitucionalistas consideram que a opção contrariava o art. º 82 º da Constituição, o ex-Presidente Mário Soares rotulou aquela hipótese como "uma pouca vergonha", o antigo líder do CDS, Adriano Moreira, advertiu que o Tribunal Constitucional "deve ser ouvido" e o ex-candidato presidencial Manuel Alegre sustentou que "há todas as razões para o Presidente da República vetar o diploma".A 10 ª Universidade de Verão da JSD está a decorrer em Castelo de Vide até domingo, dia em que Pedro Passos Coelho ali proferirá o seu discurso da rentrée política.» [DN]

Mas o problema é que António Borges é um devoto fanático do Santinho de Massamá e para ele onde o santinho toca torna-se numa relíquia milagrosa, a tal ponto que se sujeita a tudo e num momento em que a ruina é evidente o homem que até era do FMI garante que em 2013 poderá haver crescimento. Anda, anda e deixa de ser assessor para ser promovido a bispo da Igreja Universal do Santinho de Massamá:

«O consultor do Governo António Borges afirmou hoje que o programa de ajustamento financeiro está “a correr melhor do que se pensava”, que a bancarrota “desapareceu” e que, apesar de não estar "garantido", há “boas probabilidades” de relançamento económico em 2013.

“O programa está a correr bem, digam o que disserem, o programa está a correr melhor do que se pensava. E digo isto com conhecimento de causa porque estava no FMI quando o programa foi desenvolvido. E acompanhar agora a execução mostra que há muitas dimensões em que estamos bem à frente daquilo que se esperava e muito melhor que outros países em situação semelhante”, afirmou o economista, durante uma conferência na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide.

Borges, que é o consultor do Governo para as privatizações, ressalvou que “não está ainda tudo ganho”: “Há ainda questões muito importantes e a mais importante de todas é relançar o crescimento económico. Para o ano, no fim deste ano, em 2014… Não sabemos, há boas probabilidade que seja para o ano, mas não está garantido”, afirmou.» [i]
   
 Quem se mete com o Relvas leva!


Depois de personalidades como o Bispo das Forças Armadas já terem experimentado a vingança por terem ousado criticar o governo, agora é a vez da RTP e de todos os que critiquem o negócio mais do que duvidoso da venda ou aluguer da estação pública de televisão a serem massacrados em público. Nuno Santos ousou questionar o negócio e aqui tem a resposta.

Adivinhem qul é o grupo da comunicação social empenhado em ficar com a RTP.

 Se tu o dizes...
 
 
 Não há margem para mais impostos?
 
O mesmo CDS que defende que depois do aumento das contribuições, do corte de 10% do vencimento feito no tempo de Sócrates e dos aumentos dos impostos aplicados a todos os portugueses os funcionários públicos ainda podem suportar um corte de dois meses de vencimento, dizem agora que os pobrezinhos como o Pires de Lima, presidente da UNICER, e muito boa gente que se escapou à austeridade não conseguem suportar mais impostos. Há uma forma de designar gente que pensa assim: canalhas.
 
 Manta Rota
   
   

  
 O erro Crato
   
«O ministro da Educação quer desenvolver o ensino vocacional. Muito bem. Como seria bom que os estudantes pudessem escolher formações técnicas capazes de lhes transmitir (também) um saber profissional. Como seria excelente que estes cursos respondessem (também) às necessidades do mercado de trabalho. Como seria bom que não se desperdiçasse recursos atirando para cursos superiores pessoas que não os querem fazer. Já se pensou no tempo que poderíamos poupar? Na inteligência, energia e talento que um plano assim libertaria? Aposto que seríamos um país mais feliz e competitivo.
  
Mas se é assim tão evidente, porque nunca se deu este passo como deve ser? Porque será que a concretização se revela tão difícil? Porque será que as famílias e os alunos evitam esta escolha? A resposta está no projeto macabro de Nuno Crato. De acordo com o ministro, quem irá para estes cursos? Ora bem, além dos voluntários - coitadinho, tem 14 anos, mas não dá para mais... -, os que chumbarem duas vezes no ensino secundário também têm o destino traçado. É um castigo: és uma besta, vais já para jardineiro; sim, terás mais uma oportunidade para voltar ao ensino regular, mas para já ficas-te por aqui. Depois, se passares os exames do 9.º ou 12.º anos, logo veremos.
  
Não há dúvida: se a via profissional é apresentada como uma punição, é lógico que poucos - entre os bons e talentosos - quererão juntar-se a este gueto onde a qualidade será ridiculamente baixa. É lógico que só as famílias mais pobres ou desinformadas aceitarão este afunilamento precoce, cruel e estúpido das perspetivas. Os outros nem por um segundo pensarão em seguir este caminho (a segunda divisão!) que o próprio Governo se encarrega à partida de desvalorizar. O que isto revela de Nuno Crato é apenas um terrível cheiro a naftalina.
  
Na Alemanha, pátria do ensino vocacional, ninguém é chutado da "escola regular". Não se fecham portas. Não se elevam barreiras aos 14 anos em lado nenhum do mundo civilizado. Avaliam-se competências, oferecem-se alternativas. Não se apressam escolhas à reguada. A ligação às empresas é uma das maneiras de fazer isto com algum êxito: são as associações de empresários que, na Alemanha, ajustam a oferta de cursos profissionais às necessidades do mercado. Não há rigidez, há flexibilidade e oportunidade - a oportunidade de, na idade adequada, estagiar numa empresa. É por isso que 570 mil alunos alemães se inscreveram nestes cursos em 2011, contra os 520 mil que preferiram a universidade. Não foi porque lhes enfiaram orelhas de burro na adolescência.
  
Nuno Crato vive preocupado em exibir autoridade. Quer chumbar, punir, travar. Vê a escola como um centro de exclusão, não como espaço de desenvolvimento de competências sociais, culturais e técnicas - com regras, competição e exigência. Não tem um plano educativo desempoeirado: sofre de reumatismo ideológico. Engaveta os alunos. Encolhe o País. Reduz a riqueza. É matemático.» [DN]
   
Autor:
 
André Macedo.
   
 Serviços e interesses
   
«O ministro Relvas é o contrário do Rei Midas. Em vez de ouro, tudo aquilo em que ele toca fica transformado numa espessa trapalhada cor de chumbo. A privatização, aliás "concessão", da RTP deixou de ser um assunto sério para descer ao nível rasteiro das coisas venais. Como nenhum dos decisores parece interessado em falar na questão do interesse público, permitam-me que recorde duas das principais razões para a sua manutenção e aperfeiçoamento. Portugal precisa de um serviço público de rádio e televisão, em primeiro lugar, porque um povo tem o direito de reinventar e alimentar permanentemente uma narrativa identitária, plural, que não fique à mercê das forças de mercado e dos interesses de fação. Em segundo lugar, o serviço público é indispensável para estar à altura da herança transmitida pelos nossos antepassados. Portugal é a única pequena potência que criou uma "língua imperial", que é idioma oficial em amplas e descontínuas áreas geográficas. O alemão e o russo, embora línguas importantes, não correspondem à característica "imperial". As numerosas comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo têm direito a um serviço público de radiotelevisão que não deixe apenas à iniciativa dos nossos irmãos brasileiros a defesa e progresso da nossa diversificada língua comum. É natural que, no longo prazo, a hegemonia do Brasil seja esmagadora, também no plano linguístico. Mas a vontade política de um país que não abdica do exercício do seu poder cultural, sobretudo quando a sua soberania está tutelada, deveria ir no sentido de retardar ou contrariar esse processo "natural". Mas em Lisboa parece que o interesse nacional e a visão estratégica se transformaram em coisas bizarras e bizantinas.» [DN]
   
Autor:
 
Viriato Soromenho-Marques.
     
  
     
 Grande Gaspar
   
«O cenário está traçado: o défice vai este ano derrapar para 5,3% do PIB. São 1,2 mil milhões de euros a mais, face ao que estava previsto, já depois de descontadas as poupanças adicionais que o Governo conseguiu alcançar. Foi este o cenário que o ministro das Finanças apresentou à ‘troika' na terça-feira, início da quinta avaliação do programa de ajuda português, apurou o Diário Económico. As autoridades internacionais admitem que a meta de 4,5% dificilmente será atingida, mas ainda não descartaram a hipótese de mais medidas de austeridade para tapar pelo menos parte do buraco.» [DE]
   
Parecer:
 
O Gaspar merece uma estátua.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proponha-se que enquanto não houver uma estátua que lembre aos portugueses o seu desvio colossal o ministro fique a substituit o cavalo da estátua do d. José, no Terreiro do Paço.»
      
 Alguém errou?
   
«"A arrecadação da receita não é a esperada, alguém errou na avaliação porque a terapia não terá sido a melhor", disse António Saraiva aos jornalistas à entrada para a reunião com a 'troika', que está a decorrer no Ministério das Finanças.
  
Para este encontro, ao qual já tinham chegado os representantes do Fundo Monetário Internacional, do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) disse que este não é apenas um problema de Portugal e considerou necessário que a União Europeia encontre novas formas de crescimento económico.» [DN]
   
Parecer:
 
Alguém foi incompetente!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Gaspar se já escreveu a carta de demissão assumindo a responsabilidade pelo desvio colossal.»
   
 Arrufos de namorados
   
« O clima de tensão entre CDS e PSD adensa-se na coligação governamental e Paulo Portas já fez saber a Passos Coelho que o seu partido e ele mesmo não concordam com a solução de concessão da RTP e não aceitarão que haja qualquer aumento da carga tributária sobre os cidadãos no Orçamento do Estado para 2013.» [Público]
   
Parecer:
 
Ainda bem que estes políticos se estão lixando para as eleições e não abrem crises a pensar nos votos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
   
 Esta direita está a merecer uns tabefes bem dados
   
«António Pires de Lima diz que a Constituição está a travar o desenvolvimento do país e que a troika devia obrigar a que PSD, PS e CDS chegassem a um acordo para rever o texto fundamental.
  
«Eu não sei se o PSD e CDS devem assumir a responsabilidade de continuar a governar se tudo aquilo que é preciso fazer em Portugal para relançar a economia e controlar a despesa pública for impossibilitado pela Constituição Portuguesa», disse num debate na TVI24. » [TVI24]
   
Parecer:
 
Os idiotas da direita já estão a perder a vergonha e acham que a incompetência do governo é um problema de limites da Constituição. Este canalha está a disfarçar o falhanço do seu pupilo POrtas à custa da Constituição.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se e sugira-se a Pires de Lima que emigre, que emigre para o Borundi pois lá deve ter uma constituição ao seu nível.»