segunda-feira, setembro 10, 2012

Eleições antecipadas


O actual governo desrespeitou o seu programa eleitoral, o seu próprio programa de governo, o acordado entre Portugal e as organizações internacionais, o acórdão do Tribunal Constitucional. Com o argumento da crise financeira que já estava declarada antes das eleições este governo adopta uma política ilegítima que impõe aos portugueses de forma ilegítima. Este governo deixou de ser um governo legítimo.
    
A situação financeira do país é a que já era antes das eleições e a ter-se agravado isso só resulta das opções do governo e da incompetência de um ministro das Finanças que demonstrou ser irresponsável e incompetente, tendo a sua política fiscal conduzida a um desvio colossal.
   
O primeiro-ministro está a querer governar à margem dos princípios constitucionais, adopta medidas contrárias ao que prometeu na campanha eleitoral, altera radicalmente a vida dos portugueses sem estatr mandatado para tal, quer um país `sa imagem e semelhança das suas ideias de discoteca. O primeiro-ministro nem se dá ao trabalho de explicar as opções que impõe ao país.
   
O primeiro-ministro nem os acordos de concertação social que assinou e exibe como conquista respeita, há poucos meses conseguiu impor um acordo a uma das centrais sindicais e não só não implemente quaisquer medidas de crescimento como agora vem alterar radicalmente o sistema de descontos para a segurança social sem qualquer negociação, tirando uma fortuna aos trabalhadores para dar aos patrões.
   
O primeiro-ministro governa sem demonstrar qualquer respeito pelos portugueses, comportando-se como se os cidadãos deste país fossem ratos de laboratório que podem ser sujeitos a experiências concluídas por um qualquer dr. Josef Mengele da economia.
   
Este governo apenas tem legitimidade formal na medida em que conta com uma maioria absoluta no parlamento, maioria absoluta que nem sequer representa uma maioria de votos. Mas é um governo que despreza a Constituição da República, que governa de acordo com um plano secreto que não foi votado pelo parlamento, que goza com o Tribunal Constitucional, que está lançando o país na ruína e no conflito social.
   
Um governo ilegítimo deve ser derrubado, de preferência seguindo os preceitos constitucionais. Cavaco Silva deve demitir Pedro Passos Coelho, dissolver o parlamento e convocar eleições antecipadas antes que Passos Coelho com a sua imbecilidade e incompetência atire o país no colapso social. É preferível a realização de eleições antecipadas para livrar o país deste louco do que permitir que esse mesmo louco conduza o país para uma situação da qual não se sabe como vai sair.
  
Passos Coelho foi um erro do país, já demonstrou que não é suficientemente competente ou inteligente, não é minimamente responsável nem sequer sabe o que está fazendo, demitir Passos Coelho é fazer um favor ao país, é garantir a sua sanidade.