segunda-feira, janeiro 21, 2013

O heterónimos de José Seguro

  
Desde que é líder da oposição que José Seguro parece ter adoptado heterónimos para o representarem, não se percebendo bem se quer ser governo ou prefree a zona de conforto de líder da oposição, se concorda com o mais troikismo de Passos Coelho ou defende o memorando assinado por Sócrates, se não é capa de criticar algumas políticas de Sócrates ou se tem vergonha de o fazer, se quer imitar Passos Coelho ou vive no drama de não se sentir capaz de superar o seu antecessor na liderança do PS.
  
O primeiro heterónimo de António Seguro foi o Toninho. O Toninho faz lembrar aqueles rapazes que na aldeia costumam ajudar à missa, neles não há mácula de pecado, são crentes incondicionais, só conseguem ver bondade nos outros, querem parecer mais adultos do que parecem. Nessa fase Toninho Seguro era o rapaz certinho que Passos Coelho chamava a Belém quando queria encenar o seu diálogo político, Toninho Seguro lá ia no seu carrão, inchado e compenetrado da sua importância, mesmo que Passos Coelho fizesse o que lhe apetecesse sempre podia dar aquela ar de quem tinha acabado de toma importantes decisões.
  
De Toninho passou a Totó Seguro, o político que acha que tem uma grande importância mas que todos percebem estar a ser gozado por Pedro Passos Coelho. Seguro ia a São Bento com aquele ar compenetrado e importante, saia em grande velocidade e mesmo ficando calado toda a gente percebia que tinha sido mais uma vez comido por Passos Coelho, o seu velho amigo em quem insistia confiar cegamente. Foi assim que Passos Coelho combinou com os troikidiotas cinco novos memorandos sem dar cavaco ao líder da oposição e secretário-geral do partido que era governo quando o antigo memorando foi assinado. Só ao sexto memorando é que o Totó Seguro se queixou de que andava a ser comido.
  
No meio do Totó Seguro ainda assumiu por vezes o heterónimo de Tozezinho Seguro, Tozezinho porque mesmo com recurso ao óleo de fígado de bacalhau, que agora é coisa fina por causa o omega 3, pede sempre meia dose, até havia quem lhe chamasse o Tozé das meias doses. Sempre que Passos Coelho tramava o povo português o Tozeinho vinha sugerir ao amigo que fosse menos duro, que se ficasse pela meia dose. O Tozezinho não foi contra o corte dos subsídios a funcionários e pensionistas, achou que bastava cortar apenas um dos subsídios. Não foi contra o aumento dos impostos, só achou que foram exagerados. Mais recentemente manifestou-se mais ou menos contra o fim da ADSE, basta reestruturar e cortar metade.
  
Ultimamente o José Seguro tem vindo a assumir o heterónimo do Toino Seguro, lembrando o famosa rancho folclórico “Não vás ao mar Toino”. Apesar do temporal de crise que por aí vai, e sem se saber quando é que a barra permite idas ao mar o Toino Seguro diz que quer que o barco se faça ao mar com ele como timoneiro. O pessoal bem grita q”não vás ao mar Toino”, ms ele insiste. Não se sabe bem se vai por bombordo ou por estibordo, não se percebe se a carta de marinheiro não foi tirada na mesma turma do náufrago que lidera o governo, mas o Toino quer mesmo ir ao mar.