domingo, janeiro 06, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura


 
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Rossio, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 
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Estátua da Liberdade, EUA [J. Ferreira] 

Jumento do dia
  
Cavaco Silva
 
Cavaco tem um grave problema de bipolaridade política, num dia fala em espiral recessiva, no outro acredita em crescimento económico.
 
«O Presidente da República, Cavaco Silva, admitiu que gostaria que a troika "pudesse ir [embora] mais cedo" do que 2014. Numa entrevista ao 'Expresso', referiu que, "se todos fizerem bem o que lhes compete, é possível que o crescimento seja uma realidade no ano que agora começou".

Defendendo que o crescimento económico deve basear-se não só nas exportações, turismo e investimento privado, como também numa "queda menos acentuada do consumo das famílias", o Chefe de Estado escusou-se a comentar a performance de Vítor Gaspar no Ministério das Finanças: "Trabalhou comigo no Banco de Portugal e foi meu aluno em Finanças Públicas. Foi um aluno muito bom. É um técnico altamente qualificado. Mas não devo é julgar ministros."
  
Quase afastada na entrevista ficou a hipótese de um Executivo de iniciativa presidencial. "Enquanto o Governo tiver o seu apoio maioritário, o Presidente da República deve ter muito cuidado, porque pode estar a violar a Constituição. Os constitucionalistas são muito claros: a falta de confiança política do Presidente num Governo não lhe dá argumento para poder demiti-lo."» [CM]
   
 BCP: o frete pago com o dinheiro dos contribuintes
 
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Durante muitos anos o BCP teve lucros elevados e pagava menos impostos do que a mercearia da esquina, entre benesses governamentais, esquemas de reengenharia financeira e negócios na zona franca da Madeira o BCP livrava os seus lucros dos impostos para alegria dos seus acionistas. Agora que as coisas não estão a correr tão bem os senhores do BCP não se lembraram de ir buscar os lucros que acumularam para tapar ligeiros prejuízos, em vez disso contam com um governo servil para irem buscar o dinheiro aos contribuintes.

Decidiram negociar a rescisão amigável com alguns empregados que estarão a mais, estarão já velhotes ou desmotivados ou foram erros de casting. Tudo estaria bem se estes falsos despedidos em vez de serem tratados como desempregados fossem considerados pelo Estado como trabalhadores que decidiram deixar de trabalhar a troco de uma indemnização. Mas não, o governo decidiu ajudar o BCP com o dinheiro dos contribuintes e parte da indemnização que os cansados do BCP vão receber são falsos subsídios de desemprego, muito mais do que o mesmo governo quer que um trabalhador despedido receba a título dde indemnização.

Porque razão o governo é tão generosos? A resposta é simples, está usando o dinheiro dos contribuintes para financiar fretes políticos, o presidente do BCP tem-se destacado pelas suas declarações de apoio às políticas governamentais, ultrapassando em muito a reserva que se espera de um banqueiro. Agora percebe-se que não era uma questão de convicções, o homem do BCP estava muito simplesmente a fazer um frete bem remunerado, daqui a uns meses vão dizer que geriu bem o banco e pagar-lhe um chorudo prémio à custa dos contribuintes.
 
 UM país só para o catedrático da treta

A forma como Catroga defendeu algo que pareceu a abolição da Constituição ou de qualquer lei que obstrua aquilo que ele defende leva-nos a sugerir que o parlamento use a sua maioria para dispensar Eduardo Catroga de cumprir toda e qualquer lei que lhe desagrade. Para o professor catedrático a tempo parcial 0% e sem quaisquer habilitações universitárias acima da licenciatura deve haver um país especialmente desenhado para ele.
 
 Ao serviço de quem está Vítor Gaspar
  
Quando o FMI quase admite que falhou, quando já ninguém acredita no mais troikismo do que a troika o ministro das Finanças insiste em desrespeitar a Constituição para aumentar a austeridade e defende a destruição do modelo social para reduzir um país europeu ao estatuto de africano. Porque razão Gaspar insiste na sua teses, está defendendo o interesse do país, está tentando encobrir a sua incompetência ou protegendo os amigos alemães a quem tem obedecido de forma quase escandalosa?

O que espera o país para demitir Vítor Gaspar e levá-lo a julgamento para responder pelos prejuízos que provocou ao país, pela miséria que promoveu, pelas empresas que destruiu, pelos portugueses que foram despedidos?


  
 Maldita lei
   
«1. O limite de velocidade nas autoestradas é de 120 km por hora. Para quem tem carros potentes é uma chatice. Mas é a Lei - e a Lei, esquecendo-se das necessidades dos políticos com motorista e outros cidadãos circunstancialmente apressados ou insensatos, fez-se para defender a segurança de todos, desde aqueles que possuem carros mais modestos até àqueles que, tendo um dos muito bons, podem de repente ter um pneu rebentado a alta velocidade, por exemplo.
  
Todas as leis têm casos destes: às vezes, sobretudo perante a necessidade, não dão jeito nenhum.
E todos nós, se nos fosse permitido escolher, faríamos cair umas quantas destas leis e aprovaríamos outras tantas.
  
Há fumadores que adorariam, com certeza, poder voltar a soprar sobre a comida dos outros em restaurantes exíguos ou diretamente à face do inimigo nos transportes públicos - era, aliás, coisa sem importância.
  
Os abusadores de menores gostariam que o crime de hoje voltasse a dar lugar ao velho e mais generoso "atentado ao pudor" de há pouco mais de 25 anos.
  
Admito, até, que alguns ressabiados contribuintes gostassem de ver taxadas até ao infinito as férias de luxo de ministros que, sem tino, não praticam as virtudes da austeridade que aconselham em palavras.
  
2. Sendo porventura muito injusto, sou tentado a acreditar que o Governo, por exemplo, até gostasse de ver a Constituição suspensa durante um período mais ou menos longo, o suficiente para recuperar as finanças do País sem chatices, ou melhor: sem as lamúrias dos desempregados, o egoísmo dos reformados "milionários", dos empresários sem acesso ao crédito, etc., etc. No fundo, o que dava mesmo jeito é que todos os portugueses fossem como aqueles que abusaram dos fundos do BPN e estivessem agora serenamente calados a ver se escapam, enquanto o País do trabalho paga a soma do roubo ainda impune.

Todas as leis são sempre boas para os outros cumprirem. O problema são os nossos interesses imediatos.

3. O Governo tem agora em mãos um caso destes: engendrou um Orçamento do Estado fantástico, algures entre os nossos parcos recursos e as exigências de quem nos empresta o dinheiro, e há uma Constituição da República, aprovada no século passado, que só atrapalha.

À sombra deste empecilho, tão importante que tem mesmo um tribunal próprio, resolveram agora reunir-se o Presidente da República, cerca de 40 deputados do PS, o PCP e o Bloco de Esquerda.
  
Estaremos, pois, perante um vasto complot das forças da esquerda, que, com o apoio de alguns sociais-democratas (os que contestam Passos Coelho no PSD), a mal dissimulada alegria do CDS e apoios corporativos de forças instaladas, querem impedir o avanço da Pátria, a recuperação financeira, o empobrecimento necessário.

É!, as leis, às vezes, são uma chatice. A sua verificação não tem, sequer, interesse algum - é como soprar no balão depois de uma noite de copos. Mas o que mais irrita, a montante delas, é este desespero da Democracia que tudo acha dever, e poder, verificar.

Assim, como escrevem os cronistas do regime, é cada vez mais difícil governar. Realmente...

O Governo diz, simplesmente, que a redução das indemnizações por despedimento (para 12 dias) decorre do acordo com a troika. Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, garante que Bruxelas está disposta a fazer os ajustamentos que se revelem necessários para minimizar os custos sociais da austeridade à portuguesa. O "custe o que custar" tem destas coisas...» [DN]
   
Autor:
 
João Marcelino.   

 A caça ao violador de segredos
   
«Ontem pode ter sido um banalíssimo dia de abertura de mais um inquérito. Ou um importante dia para o Ministério Público e, sobretudo, para o seu dever com os cidadãos. A PGR Joana Marques Vidal ordenou a um inspetor do Ministério Público uma auditoria aos inquéritos feitos nos últimos dois anos aos crimes de violação de justiça. A PGR quer saber como procederam os autores dos inquéritos passados, que se armaram com redes de apanhar borboletas e não trouxeram nem uma mariposa para amostra. A violação do segredo de justiça põe em causa êxito das investigações criminais, diz a PGR. E está certa. Quem viola gosta de se aureolar com um contributo cívico e deixa pairar a ideia de que deu a conhecer de forma indevida uma investigação porque ela não avançaria de outra forma... Ora décadas de violações do segredo de justiça mostram que isso não é verdade. Não são os jornalistas com a sua famigerada "investigação" que destapam alguma coisa. Eles são meros baldes de lixo onde se depositam os tais segredos. As violações são feitas de dentro, pelos que investigam, ou melhor, pelos que não investigam. Esses divulgam sub-repticiamente ou por interesse venal (que pode ser também político) ou, a mais das vezes, por incapacidade profissional. Sabendo que a sua investigação pífia não levaria a nada, violam o segredo para esconder a sua impotência. Joana Marques Vidal está certa: quem divulga trai a investigação criminal.» [DN]
   
Autor:
 
Ferreira Fernandes.
      
 O banqueiro bolchevista
   
«Acreditar que a intervenção do Estado no Banif terá sucesso corresponde à mesma coisa que supor serem os êxitos iniciais da ofensiva alemã das Ardenas, em dezembro de 1944, uma sólida garantia da capacidade de Hitler inverter a sorte da guerra... Não há leitura técnica de mais este caso revoltante. Apenas uma leitura política e ideológica. Este é um governo que promove a luta de classes. Quis colocar os portugueses uns contra os outros, conseguindo unir sindicatos e patrões na mesma recusa ética da redução da TSU. Incita os jovens a hostilizarem os pensionistas. Desmoraliza os trabalhadores no ativo, alimentando o ressentimento de desempregados contra modestos salários, apresentados como privilégios. Movido pela sua ideologia da luta de classes, este governo não respeita a palavra dada, como se viu na abrupta redução para 12 dias da indemnização por despedimento. A transferência, num plano kamikaze, de 1,1 mil milhões de euros das dívidas do BANIF para o erário público, numa nacionalização de prejuízos, sem qualquer discussão parlamentar, exorbitando as competências do executivo, violando o princípio republicano do consentimento fiscal, constitui uma verdadeira confissão da natureza classista da política que o ministro das Finanças conduz em Portugal, em articulação com a fação predatória de ministros-banqueiros e banqueiros-ministros que visa submeter os povos da Europa ao jugo da indigência. Este ministro desembarcou em Lisboa como uma espécie de Lenine monetarista na Gare da Finlândia. Ele constitui a principal ameaça à coesão social e à tranquilidade pública. Veio com a missão de subverter o país e obrigar Portugal a uma nova revolução. Só que, na revolução tal como na guerra, sabe-se como as coisas começam, mas nunca como e quando acabam.» [DN]
   
Autor:
 
Viriato Soromenho-Marques.
     
 O crescimento e a palavra do Presidente
   
«Ano Novo

“Desejo que (…) o Governo, as forças políticas e os parceiros sociais trabalhem activamente para que, já em 2013, se inicie um ciclo de crescimento da economia”, Presidente da República, 01.01.13.

O Presidente diz, e bem, que quer crescimento. Todos queremos mas, vinda de quem vem, a querença tem outro mando. Por consequência, todos queremos usar mais a capacidade instalada e saudar o investimento. Ora isso requer financiamento novo. Logo aqui começa um problema, pois a troika está cá por causa da dívida existente, que é excessiva. Isso também requer que haja procura, sobretudo a externa, porque a interna está a retrair-se sob a alçada da troika.

Não obstante, vale a pena seguir a palavra do Presidente e tentar acender alguma luz ao fundo do túnel, “uma pequena luz que vacila exacta que bruxuleia firme que não ilumina apenas brilha”, perdoar-me-á Jorge de Sena por meter o seu belo poema na escuridão deste túnel. Entretanto, esmorece a memória dos tempos de desgoverno e dos responsáveis que nos levaram a entrar no túnel da troika – o Presidente quase nem os refere, mau sinal.

Em 2013, o PIB volta a decrescer e o desemprego volta a subir. O investimento (FBCF) vem em longa tendência de retrocesso. Num gráfico do “Financial Times” de há dias, se a nossa FBCF lá figurasse, estaria muito pior do que a curva da Europa dos 15: em 2012 caímos para baixo da base 100 do índice, que é 1991. E em 2013 cairemos mais, prevê-se.

Plano e confiança

Há quase dois anos, ainda não havia troika, em reunião com Ferraz da Costa e Nogueira Leite no Fórum para a Competitividade, sugeri o óbvio e o controverso: um programa do tipo PCEDED, readaptado ao presente. O Programa de Correcção Estrutural do Défice Externo e do Desemprego (tal e qual, sublinhe-se o estrutural, quase parece dito para os tempos que correm) foi aprovado em Março de 1987, consta da resolução de Conselho de Ministros 22/87, era Cavaco Silva o primeiro-ministro. O PCEDED foi iniciativa do ministro das Finanças. Tínhamos saído do severo programa de austeridade de Ernâni Lopes e Mário Soares, sob a tutela do FMI, e dávamos os primeiros passos de pleno direito na CEE.

Digo isto porque talvez o ministro Vitor Gaspar entenda que ainda é cedo para lançar um programa de crescimento. Cedo? Eu acho que não, embora receie pelos meios. E, mais importante, o Presidente acha que não. E julgo que o ministro Álvaro Pereira também. Aliás, ele juntou várias medidas num envelope “competitividade, emprego e investimento” e começa a falar-nos de um plano europeu de reindustrialização. Talvez Gaspar tenha alguma razão, dado que a troika continua a mandar-nos escavar o túnel. Todavia, não terá a razão toda, porque, avisa o Presidente, “precisamos de recuperar a confiança dos portugueses, não basta recuperar a confiança externa dos nossos credores”.

Investimento

O PCEDED avaliava os investimentos por dois critérios “quanto menor, melhor”: o dos transaccionáveis, pelo “prazo de recuperação em divisas”; e o do emprego, pelo “coeficiente capital/produto”.

Erradamente, a meu ver, o critério dos transaccionáveis foi subalternizado depois da minha saída do Ministério das Finanças e caiu em relativo desuso. Isso ajuda a explicar o actual peso dos não transaccionáveis.

Agora, revista a noção de divisas, os dois critérios deveriam valer para investimentos públicos e investimentos privados, nacionais ou estrangeiros, apoiados pelo Estado. Além disso, dever-se--ia aplicar “análises custos-benefícios” a todos os grandes projectos públicos, civis ou militares. E dever-se-ia tentar persuadir grandes empresas nacionais a não investir no estrangeiro enquanto tivermos o desemprego e o défice externo estruturais que temos.

Políticas do lado da oferta

O plano privilegiaria a oferta dos transaccionáveis, a competitividade e a redução de custos das empresas. Vejamos três dos domínios que ventilei no papel para o Fórum.

Primeiro, políticas microeconómicas e reformas estruturais. Por exemplo, em áreas como mercados de bens e serviços (já se fez algo); tarifas e rendas de electricidade e telecomunicações; custos de contexto; qualidade das instituições, de entre estas a administração da justiça; sobrepeso e reconceituação do Estado; etc.

Segundo, políticas de rendimentos e concertação social. Por exemplo, a regra basilar de os salários brutos reais casarem com a produtividade, no quadro de um acordo mais amplo e supra-anual. Julgo que isso conflui bem com a prática do Conselho Económico e Social de Silva Peneda e com a letra e o espírito do discurso do Presidente.

Terceiro, políticas fiscais a favor dos transaccionáveis. Por exemplo, aumento do IVA em mais x% para todos, balanceado por redução da TSU patronal em menos y% somente para exportadores, podendo assim y% ser muito maior do que x%. Esta medida está longe do infeliz anúncio de Passos Coelho em Setembro passado.

Reticências da UE

O plano deveria ser para uns dez anos. Seria preciso negociar com a UE, alegando nós as excepcionais más condições em que estamos e o reduzido leque de políticas de que dispomos, pois temos, por exemplo, zero políticas monetária e cambial e quase zero políticas que discriminem a favor dos transaccionáveis.

Missão impossível? Achei que não e mantenho. Diz o Presidente: “Temos argumentos – e devemos usá-los com firmeza – para exigir o apoio dos nossos parceiros europeus, de modo a conseguir um equilíbrio mais harmonioso entre o programa de consolidação orçamental e o crescimento económico.”» [i]
   
Autor:
 
Miguel Cadilhe.
   
     
 O deputado Mota Amaral andará metido na bebida?
   
«Mota Amaral tece fortes críticas ao Governo num artigo sobre o Orçamento de 2013 publicado na imprensa açoriana.

O deputado do PSD, Mota Amaral, alertou hoje para o "alastramento de uma verdadeira catástrofe" em Portugal, face à "crescente indignação" dos cidadãos, que "não vêm nem finalidade, nem fim para os cortes de benefícios".

"A situação geral do país em vez de melhorar, como o Governo promete e todos desejaríamos, tem vindo a degradar-se e basta ter os olhos abertos para comprovar o alastramento de uma verdadeira catástrofe", afirmou Mota Amaral, num artigo de opinião intitulado "Orçamento de Estado (OE) 2013 - a prova de fogo", publicado hoje no jornal Correio dos Açores.» [DE]
   
Parecer:
 
Estaria drogado quando votou favoravelmente o OE?

Mas como quem se mete com Passos leva nos cornos o deputado Mota Amaral não esperou muito pela resposta:

«Mota Amaral teve "palavras pseudo-simpáticas", mas que apenas serviram "para dificultar a necessidade de esperança que o País precisa", disse à agência Lusa Pedro Pinto, vice-presidente social-democrata e também deputado pelo partido.

"[Mota Amaral] fez uma declaração que não está ao nível do seu passado e das suas responsabilidades", apontou Pedro Pinto, referindo-se ao alerta de hoje do deputado açoriano para o “alastramento de uma verdadeira catástrofe” em Portugal face à “crescente indignação” dos cidadãos, que “não vêem nem finalidade, nem fim, para os cortes de benefícios”.

“A situação geral do país em vez de melhorar, como o Governo promete e todos desejaríamos, tem vindo a degradar-se e basta ter os olhos abertos para comprovar o alastramento de uma verdadeira catástrofe”, afirmou Mota Amaral, num artigo de opinião intitulado “Orçamento de Estado (OE) 2013 – a prova de fogo”, publicado hoje no jornal Correio dos Açores.» [Notícias ao Minuto]
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Mota Amaral se estava no seu perfeito juízo quando votou no OE.»
      
 É o FMI que devia ter feito de Tribunal Constitucional?
   
«
“O facto de não termos previsto a inconstitucionalidade de algumas medidas propostas no ano passado também foi uma infelicidade”, disse a responsável numa entrevista publicada hoje pelo semanário “Expresso”, realizada em Washington, na sede do FMI.

Christine Lagarde aponta ainda a elevada taxa de desemprego, os elevados custos de financiamento das empresas portuguesas face aos praticados a nível europeu e a dificuldade em reduzir as rendas excessivas em sectores não transacionáveis.


Questionada se uma reestruturação da dívida pública portuguesa estaria completamente fora de questão, a líder do FMI diz apenas que este cenário “não está em cima da mesa” e que “as autoridades portuguesas estão determinadas a fazer o que têm a fazer e conduzir o programa até ao final para reganhar o acesso aos mercados”.
» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
xxx
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «»
   
 A vida dos funcionários públicos é um inferno
   
«Trabalhadores da Segurança Social, do Fisco, dos tribunais, assistentes sociais e médicos queixam-se de agressões diárias, culpa da crise. O i revela quatro histórias de funcionários públicos ameaçados e perseguidos.» [i]
   
Parecer:
 
E em cima de toda esta violência estão os métodos de gestão anacrónicos e, pior do que tudo isso, a difamação sistemática da Função Pública que tem vindo a ser promovida por este governo que exibe os funcionários como os culpados e beneficiários da crise, tudo fazendo para os obrigar a pagar os custos do reajustamentos mais brutal do que o exigido no memorando.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Promova-se um dia de greve nacional contra a violência física, cultural e moral contra os funcionários públicos.»
   
 Zangam-se as comadres na RTP
   
«Cavaco também já tinha avisado que qualquer “alteração ao modelo da televisão pública” deve ser alvo de “uma explicação aprofundada por parte do governo” e a possibilidade de ser inconstitucional privatizar a RTP já foi levantada pelos socialistas. O deputado do PS Jorge Lacão já alertou que é inconstitucional retirar “a gestão do sector público para o privado”.

Não se sabe ainda quando é que a privatização será discutida em Conselho de Ministros e fonte do governo diz apenas ao i que o assunto será discutido “num dos próximos Conselhos de Ministros”.

Certo é que a televisão pública continua a gerar polémica. As intromissões do presidente da RTP, Alberto da Ponte, no processo de privatização da televisão pública estão a irritar o ministro Miguel Relvas, que não gostou de saber que o gestor tinha anunciado aos trabalhadores da empresa – antes dessa decisão ser pública – a data em que o assunto iria ser discutido no Conselho de Ministros.» [i]
   
Parecer:
 
Eles que eram tão amigos...
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
   
 A Constituição não está suspensa (... em 2013)
   
«Cavaco Silva diz que pediu a fiscalização do Orçamento do Estado porque “a Constituição não está suspensa” e reitera que a sua prioridade é a estabilidade política.» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
Pois, mas assim concluímos que para Cavaco a suspensão foi levantada em 2013 pois em 2012 ignorou-a.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
   
 Governo esconde despesa dos gabinetes
   
«Ministros e secretários de Estado podem contratar "sem limite" técnicos especialistas e pessoal técnico-administrativo e auxiliar e seguem regras diferentes no que toca ao pagamento de regalias como telemóvel, denunciou o Tribunal de Contas (TC), esta sexta-feira, na sequência de uma primeira auditoria realizada em 2007. "Questiona-se o rigor e a transparência orçamental invocada pelo atual Executivo", lê-se no texto.

A entidade fiscalizadora acusa o Governo de responder tarde ou, até, de deixar perguntas sem resposta: é o caso da dotação orçamental atribuída a cada gabinete e do seu grau de execução. "O facto de continuarem por divulgar as despesas dos gabinetes ministeriais não garante que (...) se tenha progredido no sentido de uma maior racionalidade económica", assinala o documento. E continua: a não publicitação da despesa dos gabinetes "não abona em favor da transparência". Para mais, em resposta ao JN, o TC acusa o Governo de obrigar outros - no caso, os gestores públicos - a fazer o que ele próprio não faz.» [JN]
   
Parecer:
 
Aos poucos este governo vai sendo desmascarado.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Comunique-se ao Ministério Público e pergunte-se à associação sindical dos juízes se vai solicitar as contas ou apenas estava preocupada em atacar José Sócrates quando o fez em relação ao governo anterior..»
   
 O BE no seu melhor
   
«O Bloco de Esquerda divulgou ontem um comunicado com uma notícia que era afinal falsa. O documento referia que o Hospital de São Sebastião, em Santa Maria da Feira, tinha agido de forma negligente no atendimento a um jovem de 25 anos devido “a um diagnóstico errado por não realização de exames”. Na nota assinada por Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do partido, podia ler-se ainda que o jovem tinha vindo a morrer, no hospital de Santo António, no Porto, devido a um aneurisma, depois de lhe ter sido dada a alta hospitalar.

Ao que o Jornal de Notícias apurou tudo não passou de uma grande confusão. A família da vítima negou o conteúdo do comunicado e explicou que no “hospital tiveram todos os cuidados, acompanharam-no sempre, realizaram todos os exames com diagnóstico imediato”.

Também a administração do hospital negou os factos de que estava acusado, sublinhando que o paciente tinha sido transferido para o hospital de Gaia, sem ter alta, e sempre acompanhado por um médico e um enfermeiro.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Quem torto nasce...
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
   
 FMI admite erro
   
«Publicado na quinta-feira, o documento, assinado pelo economista-chefe, Olivier Blanchard, e pelo investigador Daniel Leigh, conclui num dos seus pontos: "Os que fizeram as previsões subestimaram de forma significativa o aumento do desemprego e a baixa do consumo privado e do investimento resultantes da consolidação orçamental".

No texto analisa-se o efeito dos chamados "multiplicadores orçamentais", que estimam a capacidade de uma economia em recessão cortas despesas e aumentar impostos no curto prazo, com a esperança de conseguir uma recuperação rápida.

Por exemplo, pode dar-se o caso de economias avançadas, como as europeias, em que um euro de consolidação orçamental [corte de despesas mais subida de impostos] implica perdas no PIB superiores a um euro, apesar de se estimar que a perda seria só de metade e ter decidido, com base nesta estimativa, um forte ajustamento económico.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Será que o Gaspar já mudou de opinião?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Demita-se o ministro das Finanças por incompetência e teimosia perigosa.»
   
 Que amigos que nós somos
   
«O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros afirmou, esta sexta-feira, que uma "verdadeira e sólida" política externa só é possível com a cooperação do Presidente da República, elogiando Cavaco Silva pela forma como "defende impecavelmente" Portugal no Mundo.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Este namoro entre Porta e Cavaco ainda vai dar em casório.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «»
   
 Começou a chantagem sobre o Tribunal Constitucional
   
«Quatro dias depois de Cavaco Silva anunciar o envio do Orçamento do Estado (OE/2013) para o Tribunal Constitucional, as Finanças, através do secretário de Estado do Orçamento, avisam que o eventual chumbo das normas que levantaram dúvidas pode levar ao "incumprimento do programa". É o seu cumprimento que "tem garantido o nosso financiamento", frisou.
  
Em declarações à Rádio Renascença, Luís Morais Sarmento dramatiza a situação. "A declaração de inconstitucionalidade tem consequências, mas parece-me que a consequência principal não é nem para o Governo, nem para o Tribunal Constitucional". "A primeira consequência que nós temos que pensar é qual é a consequência para o país. A consequência para o país, do meu ponto de vista, pode ser o incumprimento do programa a que estamos obrigados e cujo cumprimento tem garantido o nosso financiamento", avisa.» [DN]
   
Parecer:
 
Este boçal não ouviu a Lagarde. Um secretário de Estado que põe em causa o regime constitucional e que indirectamente questiona um Presidente da República só pode ser uma grande besta.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Demita-se o senhor, se não sabe governar em democracia que emigre para a Coreia do Norte.»
   

   
   
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