sexta-feira, fevereiro 08, 2013

O franquelinismo


O caso do Franquelim Alves mostra a que ponto chegou o país, escolhem-se governantes sem qualquer critério, apenas com base em relações pessoais e políticas, como se Portugal fosse uma mercearia propriedade do primeiro-ministro.

Idóneo ou não Franquelim Alves não tinha condições para ser governante, não devia ter sido convidado, não devia ter aceite, não devia ter sido nomeado e muito menos empossado. Mas nada disto sucedeu e o homem é secretário de Estado.

É evidente que alguém que participou numa empresa burlona que custou um ordenado a cada português não tem o mínimo de condições para ser um governante. Ainda por cima só mesmo um idiota colocaria um currículo omitindo a passagem pelo BPN e ainda por cima dizendo que trabalhava como consultor desde os 16 anos. Ao tentar fazer os portugueses passar por parvos o Franquelim ou quem lhe escreveu o currículo mostrou ter um QI entre o imbecil e o deficiente mental.

Franquelim ainda é secretário de Estado e vai continuar sendo, num governo onde o Relvas ainda é ministro tudo cabe, vivemos um PREC de direita onde a nomeação de um membro do governo é feita apenas com base em critérios partidários, sem grande exigência e bastando a sugestão de um qualquer controleiro político, que tanto pode ser um Relvas como um Dias Loureiro.

Esta bandalhice poderia muito bem ser designada por franquelinismo em homenagem à personagem, entendendo-se franquelinismo como a escolha de governantes sem olhar ao seu passado, nomeando-os e dando-lhes posse sem cuidar da credibilidade do país e das suas instituições.

Longe vai o tempo em que Jorge Sampaio forçou António Guterres a demitir Fernando Vara de secretário de Estado e por muito menos, comparar a fundação que condenou Vara com a SLN é a mesma coisa que comparar um infantário com o Estabelecimento Prisional de Lisboa.