segunda-feira, fevereiro 18, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
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Bispo-de-coroa-amarela, Barrroca d'Alba
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 
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Ponte da Barca [A. Cabral]   

Jumento do dia

José Seguro
 
Deus descansou ao sétimo dia e à sétima avaliação da troika parece que Seguro decidiu deixar de descansar e manifestou-se antecipadamente a propósito da mesma, para sugerir que nesta avaliação em vez de técnicos estejam ministros.

Parece que para Seguro há avaliações que devem ser acompanhada por técnicos, supostos que pretende dizer economistas, enquanto outras devem ser acompanhadas e discutidas por políticos, em qualquer dos casos deverá estar a referir-se aos portugueses, já que quanto aos da troika são sempre os messmo.

O que pretende seguro, dizer que há avaliações mais política do que outras? Não se percebe, da mesma forma que também não se entende bem o que pretende Seguro, se partirmos do princípio que quem acompanha a avaliação é o governo esta ideia parece sugerir que Gaspar dê lugar ao Portas ou que o Paulo Macedo ceda a sua cadeia nas negociações ao ministro Lambretas.

Percebe-se agora porque razão José Seguro só toma posição perante a sétima avaliação da troika, aquela em que os bárbaros de fora vão combinar com os bárbaros de dentro o que vão destruir antes da oitava avaliação. É que como Seguro entendi que as avaliações anteriores eram coia de técnicos ele não tinha nada que ver com o assunto.
 
«O secretário-geral do PS, António José Seguro, defendeu hoje que na próxima avaliação do programa de assistência financeira português a troika se faça representar por "responsáveis políticos" e não "técnicos".

Em Braga, onde hoje participou na apresentação do candidato socialista à Câmara Municipal local, Seguro admitiu não existir uma "fórmula
mágica" para ultrapassar a crise, mas assegurou ter uma "alternativa" à política de "desastre" do Governo.» [Expresso]


  
 Não, não aguentamos
   
«Esta semana tivemos mais notícias do projecto de engenharia social em que nos tornamos. Já vamos em praticamente um milhão de desempregados registados e umas largas dezenas de milhares que não arranjam coragem suficiente para ir ao centro de emprego dar o nome. Mais de metade destes nossos concidadãos já não recebem o subsídio de desemprego caminhando rapidamente para a miséria. Gente que não era sequer pobre há dois ou três anos. Homens e mulheres de classe média, na sua maioria entre os trinta e cinco e os cinquenta anos, com filhos, com casas para pagar, cujas perspectivas de voltar a trabalhar são muito ténues. Pessoas que cedo ou tarde trabalharão por quase nada, se essa sorte tiverem, tal será o desespero. Tudo gente a quem foi dito que se devem ajustar a um novo modelo social. Um que não tem contemplações com quem não for empreendedor, com quem não for especializado em indústrias transaccionáveis; aquele que não suporta piegas.
  
Também ficamos a saber que quarenta por cento dos nossos rapazes e raparigas não conseguem começar as suas vidas profissionais. A mais bem qualificada geração portuguesa está condenada a emigrar. São, no fundo, uns privilegiados. Estes ainda podem zarpar para outros lugares. Como os seus avós, fogem à fome e como os seus avós partem não porque querem mas porque não há lugar para eles. Ficam os velhos, os que não podem fugir.
  
Números, muitos números que o primeiro-ministro promete rever. Para já temos uma economia em recessão profunda, sem investimento, sem procura interna, com as exportações a diminuir e dentro em pouco com menos 4 mil milhões de euros a circular: ninguém percebe como raio não vão ser destruídos ainda muitos mais empregos que o previsto ou que milagre se dará para que a economia comece a crescer. As boas notícias são que lá para o segundo semestre o ritmo da subida do desemprego vai diminuir, ou seja, vamo-nos afundando mais devagarinho. Nessa altura o primeiro-ministro volta a rever a folha de cálculo.
  
Os valores do desemprego correspondem a uma vontade política. Não da responsabilidade integral do Governo, que fique claro. Mas que o Governo abraçou de forma entusiástica as políticas que conduzem à recessão e ao desemprego, não há dúvidas.
  
Todas as medidas que foram sendo tomadas e que vão continuar a ser terão sempre este tipo de consequências. No fundo, o Governo acredita que destruindo o actual tecido económico, provocando a maior recessão da nossa história recente, atirando milhões para o desemprego, dum momento para o outro e duma forma radical, resultará num país novo, dinâmico, exportador, empreendedor. Sem preguiçosos e sem os mandriões que viviam à custa dos subsídios de desemprego e dos rendimentos de inserção.
  
Não é só uma revolução económica que está em marcha, é sobretudo uma revolução social. O Governo e os loucos europeus apostaram na revolução, no mais puro radicalismo ideológico. Resolveram testar meia dúzia de princípios ideológicos colados com cuspo e decidiram tornar uma geração praticamente inteira num exército de inúteis, de gente dispensável, de pessoas que não encaixam, que viverão à margem.
  
Só que uma comunidade não subsiste, não coopera, não prospera, dividindo os seus cidadãos em obsoletos e modernos, em velhos e novos, em úteis e inúteis, em funcionários privados e públicos, em empreendedores e não empreendedores. Quando destruímos a solidariedade entre os cidadãos, quando deixamos de ter objectivos comuns deixamos de ter uma comunidade no verdadeiro sentido da palavra. Uma sociedade onde um em cada quatro cidadãos não tem emprego (por enquanto), com pessoas que dentro em pouco não conseguirão subsistir por si próprias, em que as outras em grande parte viverão no limiar da pobreza, que expulsa do País uma geração, não é uma verdadeira comunidade.
  
Num país com um exército de desempregados, minado pela pobreza, com as prestações sociais muito diminuídas, a democracia será apenas um detalhe sem importância. Pouco tempo sobreviverá.
Quanto tempo ainda teremos? De quanto tempo mais precisará a Europa para perceber que está a destruir um país? De quanto tempo mais precisará Passos Coelho para entender que tem de inverter o rumo? Nós já temos pouco, muito pouco tempo.» [DN]
   
Autor:
 
Pedro Marques Lopes.   
   
  
     
 Ridículo
   
«Incentivar os jovens a procurarem empregos na agricultura e oportunidades de empreendedorismo nas atividades relacionadas com o mar são duas das prioridades apontadas pelo Governo nas ‘Orientações estratégicas de intervenção para a política da juventude’, aprovadas no último Conselho de Ministros.» [CM]
   
Parecer:
 
Estes imbecis acham que a a juventude portuguesa se vai safar em sectores que há 20 anos que estão em queda, estarão À espera que as novas gerações   vivam de apanhar conquilhas e cogumelos?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   

   
   
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