sexta-feira, março 29, 2013

A direita e a comunicação


A direita portuguesa tem uma relação estranha relação com o conceito de comunicação, quando um dos seus é imbecil e incompetente em vez de o dizerem optam por alertá-lo para um problema na comunicação, o imbecil faz tudo bem mas como não o sabe comunicar os portugueses não entendem as benfeitorias que tem feito. Se alguém de esquerda é competente ou o parece a direita não questiona essa competência com factos e argumentos, ignora tudo isso e desvaloriza-o elogiando-o por ser um grande comunicador que prepara muito bem as suas intervenções.
  
Conclusão, os políticos de direita são brilhantes e competentes mas como não sabem comunicar até aprecem imbecis e incompetentes, em compensação os políticos de esquerda são imbecis e incompetentes mas porque são bons comunicadores até parecem brilhantes e incompetentes.

É por isso que os portugueses não percebem como é bom o desemprego estar quase nos 20% o que abriu a tantos portugueses um mundo de oportunidades, os funcionários públicos não percebem como o governo lhes está preparando uma oportunidade única na vida, os  empresários que fecham  o seu pequeno comércio ainda não viram que o governo os está empurrando para o imenso mercado mundial.
  
Quando se corta nos custos da saúde e os portugueses protestam é porque o governo não soube explicar que quanto menos se trata um doente mais depressa ele morre e menor é o sofrimento. S o Gaspar aumentou o IVA nos produtos alimentares foi porque estava preocupado com as gorduras do povo, com a obesidade, ele é o especialista no corte das gorduras, corta nas gorduras do estado despedindo professores e nas gorduras do povo cortando-lhes na alimentação, mas é um incompreendido e ninguém lhe agradece. Se o Miguel mandou os polícias bater nos jornalistas estava preocupado com o seu bem-estar, queria que o pessoal quebrassem com o mau hábito da sedentariedade, pediu aos polícias um esforço adicional para forçar os jornalistas a correrem, a praticarem exercício físico.
  
Veja-se o caso de Cavaco Silva, para ele um presidente serve para comunicar, excepto quando aproveita o estatuto presidencial para se sentir um peregrino com o privilégio de se extasiar, ele mais a dona Maria, com o papa. A comunicação em Cavaco tem sempre dois momentos, num primeiro momento diz e mais tarde diz que disse, ele comunica em circuito fechado, comunica para ele próprio e conhecendo bem as sua fraquezas previne-se dizendo agora o que daqui a uns tempos lhe dá jeito dizer que já disse. A única excepção a esta regra foi quando o seu adjunto comunicou ao Público que o Sócrates conhecia todas as comunicações domésticas dos Silvas, o que prova que Sócrates além de ser coiso ainda é voyeur.