terça-feira, março 12, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
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Fuinha-dos-juncos [Cisticola juncidis], Quinta da Bela Vista, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 
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Rolas-do-mar [Arenaria interpres], Rio Tejo [A. Cabral] 

Jumento do dia
   
Vítor Gaspar
 
Muito antes da 7.ª avaliação Vítor Gaspar defendeu que era necessário rever em baixa as funções do Estado, tornava-se evidente que a perda brutal das receitas fiscais em consequência da incompetência do seu gabinete seria compensada com a destruição do estado social, de desvio colossal em devio colossal o ministro vai impondo as suas concepções ao país.
 
Mas Vítor Gaspar tem um pequeno problema, Portugal é um regime democrático, tem uma Constituição e tem tribunais. Ora, depois de ter elaborado um OE cheio de erros premeditados de previsão o ministro quer aprovar um plano de destruição do estado social contra a vontade do país e sem este ter sido ouvido.
 
Receando um chumbo do OE no TC, que pode ter como consequência a revolta de todo um povo, Gaspar resolveu dar o seu golpe, usar as conclusões da 7ª avaliação para fazer pressão sobre o TC, já se sabe que a destruição de um país vai ser apresentada como responsabilidade daqueles que defenderam a legitimidade constitucional, a democracia e o funcionamento regular das instituições.
 
Portugal está à beira de ser confrontado com duas opções, a democracia ou o novo Estado Novo do Gasparismo.
 
«O ministério das Finanças afirmou hoje que a Conferência de Imprensa de apresentação dos resultados da sétima avaliação não será realizada hoje. Em declarações ao diário Económico, o ministério de Gaspar avança que até ao momento não está agendada qualquer evento. 
  
O ministério não avança uma data para a apresentação dos resultados do sétimo exame, nem explica se a avaliação ao programa de ajustamento já foi ou não terminada. » [DN]

 Até há quem diga que estamos melhor do que os gregos....
 
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 Mas as exportações não eram um sucesso do ajustamento

Uma das grandes mentiras propaladas pelo governo e pela troika é a de que o aumento das exportações eram o grande sinal do sucesso do ajustamento e das tais reformas que para além do ordenado do Catroga ninguém sabe muito bem quais são. A verdade é que com toda a austeridade brutal do famoso ajustamento as exportações entraram em queda e com a recessão europeia receia-se o pior.

É caso para perguntar a Sócrates se está interessado em regressar, talvez consiga voltar a aumentar as exportações pois a verdade é que à medida que o tempo passou parece que acabaram as encomendas, isto é, o pico das exportações corresponde a exportações feitas anteriormente a este governo e ao seu excesso de troikismo.
   
     
 As más notícias chegam sempre depressa
   
«A 14 de fevereiro, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou a estimativa rápida para a evolução do Produto Interno Bruto no último trimestre de 2012 e o resultado não só foi pior que o previsto como foi um dos piores desde que existem dados.

Em termos anuais, o PIB terá caído 3,2%, encontrando um registo anual mais negativo apenas em 1975, com dados que não são inteiramente comparáveis. Este é o pior resultado da série longa do INE que remonta a 1996, e o segundo pior da história quando considerada a série longa do Banco de Portugal, surgindo um resultado mais negativo apenas no ano de 1975, quando a recessão atingiu os 5,1%.» [DN]
   
Parecer:
 
O INE confirma o que já tinha sido notícia e mostra que Portugal está a pagar caro os disparates do Gaspar e a sua teimosia em provar que a estratégia da austeridade há-de dar resultados. A verdade é que é o próprio Gaspar e o seu medo de sair do governo com o rótulo de incompetente, receio igual ao do pessoal da 'troika', que leva o governo a insistir na receita da austeridade na esperança de Portugal conseguir regressar aos mercados antes da bancarrota total da economia e da classe média.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver até onde o pís aguenta a loucura do Gaspar.»
      
 Governo coloca Tribunal Constitucional sob chantagem
   
«O governo espera pelo acórdão do Tribunal Constitucional (TC) sobre o Orçamento do Estado para este ano para dar a conhecer as medidas concretas do pacote de cortes permanentes na despesa no valor de quatro mil milhões de euros, sabe o i. O anúncio destes cortes será distinto do resultado da sétima avaliação que pode acontecer hoje e os ministros anularam todos os anúncios previstos para Vítor Gaspar poder ter o palco mediático que o assunto merece, embora fontes contactadas pelo i admitam que a comunicação do ministro das Finanças possa acontecer mais tarde. Certo é que sexta- -feira, Gaspar e Moedas vão ao parlamento falar da sétima avaliação aos deputados. Nessa conferência de imprensa, Vítor Gaspar não irá apresentar as medidas concretas de cortes, que ficarão para um segundo momento político, já com o acórdão do TC conhecido, e que poderá mesmo ficar a cargo de Passos Coelho.

A decisão dos juízes, sabe o i, estará pronta e deverá ser conhecida brevemente, provavelmente esta semana. O Tribunal Constitucional deverá chumbar pelo menos uma medida. Fontes contactadas pelo i acreditam que se trata da contribuição extraordinária para as reformas acima de 1350 euros. A verificar-se o chumbo desta medida, o governo terá de encontrar cerca de 423 milhões de euros para compensar a perda de receita estimada.» [i]
   
Parecer:
 
Isto é chantagem sobre o Tribunal Constitucional. o que o governo está sugerindo é que tem duas receitas, uma mais brutal do que  a outra para o caso de o TC considerar a pinochetada do OE de 2013 inconstitucional.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pela decisão do TC.»
   
 Nada escapa ao dilúvio gaspariano
   
«O diretor de uma das mais reputadas instituições científicas lança o aviso: se o financiamento continuar a descer, o IPATIMUP está em risco já em 2014. E acusa a FCT de estar a destruir a investigação.

A viver os melhores anos em termos de produção científica, projeção internacional e prestação de serviços de diagnósticos na área oncológica, o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) sofreu, este ano, um corte de 25% nas verbas atribuídas pela Fundação de Ciência e Tecnologia (FCT).

"Em 2011, tivemos, pela primeira vez, resultados negativos. No ano passado, reduzimos custos e conseguimos equilibrar as contas. Mas, este ano, sofremos mais um grande corte. Não é possível continuar a diminuir o financiamento", adverte Sobrinho Simões, a propósito do 24.o aniversário da instituição que hoje se assinala.» [JN]
   
Parecer:
 
É preciso destruir tudo o que de bom haja no estado, para os extremistas o estado é e deve ser mau.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proteste-se.»
   
 Mais tempo já cá canta
   
«"Há um grande esforço de ajustamento, que é reconhecido. Há já um consenso [na troika] que a envolvente externa se degradou e que Portugal precisa de mais um ano para descer o défice abaixo dos 3%". A afirmação pertence a uma fonte próxima do sétimo exame trimestral ao resgate externo, que, em declarações à agência Reuters, confirma assim a extensão do prazo para que o País cumpra a meta do défice.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Mais tempo e mais dinheiro pois duplicar o prazo para pagar uma dívida é como se tivesse sido paga no prazo inicial e tivesse sido feito um segundo empréstimo. O ridículo e desonesto é justificarem-se com a recessão euorpeia, como se a economia portuguesa não tivesse afundado num ano de aumento das exportações, aumento que foi tantas vezes exibido como um grande sucesso da política de austeridade.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se os parabéns ao competente Gaspar.»
   
 579 manifestações em Lisboa?
   
«A PSP indicou hoje que o ano passado realizaram-se 579 manifestações em Lisboa, significando, em média, 1,5 por dia.

Na cerimónia que assinalou o 146.º aniversário do Comando Metropolitano de Lisboa (COMETLIS) da PSP, o comandante de Lisboa, superintendente Constantino Azevedo Ramos, destacou a "forma profissional, competente e proporcional" como a PSP tem conseguido gerir a segurança das manifestações.

No seu discurso, o superintendente Constantino Azevedo salientou a preocupação deste comando, "sobretudo nos três últimos anos de maior conflitualidade social, em aprimorar as fases de planeamento, execução e de avaliação dos dispositivos policiais em manifestações públicas de protesto com o objetivo de garantir o direito de reunião".» [DN]
   
Parecer:
 
Será que levar o cão à rua também conta como manifestação?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Motor da economia parou. gripou!
   
«O chamado motor da economia portuguesa 'parou'. As exportações de bens e serviços terminaram 2012 a cair, registando uma redução homóloga de 0,5% no último trimestre do ano passado, indica o Instituto Nacional de Estatística (INE). Não acontecia em ambas as rubricas desde meados de 2009.

Segundo a estimativa preliminar hoje divulgada, as exportações de bens (que valem 75% das vendas totais) começaram a cair no quarto trimestre (-0,1% face a igual período de 2011), o que não acontecia há quatro anos. As exportações de serviços - como venda de serviços de consultoria, advocacia, associada também à exportação de produtos de engenharia, informática, construção - caíram 1,4%, o maior recuo desde 2009.» [DN]
   
Parecer:
 
Mas o aumento das exportações não resultava do ajustamento? O cinismo de tudo isto é que se não fosse o trabalho do governo anterior em matéria de promoção das exportações e, principalmente, o dos empresários, a esta hora o país já estaria aos cuidados dos capacetes azuis da ONU.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Gaspar o que sucedeu para que o seu ajustamento tivesse deixado de estimular as exportações, o que se passará?»
   
 Para Barroso os valores europeus são uma questão económica
   
«Conclusão: alguns Estados-membros "terão de investir mais nas reformas estruturais" se quiserem recuperar a competitividade perdida. Esta não é um fim em si, defende, mas um caminho para a prosperidade, de forma a manter o nível de vida e os valores europeus.» [Expresso]
   
Parecer:
 
Pobre Europa.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
   

   
   
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