quinta-feira, junho 06, 2013

Umas no cravoe outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
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Vista de Lisboa
   

 António Borges

Ou António Borges não espera estar no país quando isto der para o torto ou a sua saúde não está grande coisa. Só um doente mental em adiantado estado de decomposição cerebral diz num dia que chega de austeridade e uns quantos dias depois vez desprezar as consequências da conflitualidade em consequência de mais uma dose brutal de austeridade.

António Borges parece um homem sem futuro.

 Um dia saberemos toda a verdade

Quis o destino que no dia em que aqui se questionou a responsabilidade do FMI no desastre económico português o FMI tivesse reconhecido erros na Grécia, algo que sucede pela primeira vez na história desta organização.
  
Está aberto o caminho para se vir a saber tudo sobre o que conduziu Portugal ao desastre, em particular o papel de todos os agentes poíticos portugueses, incluindo o emigrante que fugiu do país para encher a mula em Bruxelas.
 

  
 A frase afrontosa do dr. Montenegro
   
«O dr. Luís Montenegro, chefe do grupo parlamentar do PSD, afirmou, anteontem, sem pudor e sem rubor, que os portugueses estão melhor da vida do que há dois anos. Sentia por ele uma prudente simpatia. Independentemente de representar o papel pouco nobre, mas por ele aceito, de dizer améns às patifarias do Governo, parecia-me, até, contrafeito. Mas a obediência partidária obriga, quem quer ser obrigado, a aquiescências ocasionalmente indignas.

O dr. Montenegro, sem ser uma decepção política, desiludiu-me moralmente. A frase, afrontosa, afrontou-o. Sorridente, sem maior segredo do que um paisano endomingado, formal e elementar, estava no Parlamento e nas televisões sem agressão nem contundência. Um serafim entre a astúcia, o pecado e a malandrice. Ele acredita, realmente, naquilo que disse, ou tratou-se de um recoveiro a dar um recado? Desconhece que há mais de um milhão de desempregados?, número com tendência para aumentar, quarenta e dois por cento dos quais são jovens; que há quase quatrocentas mil famílias apelantes ao Banco Alimentar, à Caritas e a outras instituições de socorro social, porque sem possibilidades de sobrevivência?; que a emigração atinge níveis assustadores, quase como nos anos de 60 do século passado?; e que o número de suicídios equivale à dimensão do nosso desespero; desconhece ou pretende ignorar?

Há algo de infame nas declarações dos apoiantes deste Executivo. A destruição dos laços sociais, como relação de cultura e acto civilizacional, cruelmente praticada, de há dois anos a esta parte, como capítulo de um projecto ideológico diabólico, pode ser desconhecida por cegueira ou por indiferença? E os crimes cometidos (porque de crimes se trata) ficarão alguma vez impunes ou desembocarão em cumplicidades sórdidas?

O dr. Montenegro não quer saber das vaias recebidas pelos ministros ou secretário de Estado, das gargalhadas vexatórias que envolvem esses que tais, quando pretendem discursar em assembleias e reuniões? Tem percepção da insolente gravidade do que disse para os portugueses que sofrem um infortúnio atroz, e mesmo da grosseira inconsistência da mentira formulada?

O significado das palavras trabalho, história, decência, honra, ética, progresso, felicidade, solidariedade nada diz a esta gente que trepou ao poder desafecta da experiência do lugar e do valor da função comum. Quando Passos Coelho afirma que avançará com este propósito suicidário, mesmo sem consensos, a referência possui similitude com a enormidade das declarações do dr. Montenegro: são farinha do mesmo saco, a suscitar a mesma repugnância e a animar o nosso desprezo.

As enumerações feitas levam-nos a pensar que estes serventuários apenas actuam sob os ventos do mais forte, neste caso a especulação financeira, e atropelam a política, amolgando ao mesmo tempo a democracia.» [DN]
   
Autor:
 
Baptista-Bastos.
   
     
 Crato, o desejado
   
«O secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE), João Dias da Silva, considerou, esta quarta-feira, que não há razão para o Governo avançar com uma requisição civil para garantir a realização do exame de Português no dia 17.

Em questão está a ameaça feita pelo ministro da Educação, Nuno Crato, de recorrer à requisição civil para que os exames nacionais, que estão em risco devido à greve dos professores.» [CM]
   
Parecer:
 
Crato não foi o ministro desejado e festejado nas escolas, não era o salvador da escola pública?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Contem-se os professores que festejaram a chegada do Crato e que agora são professores cratinos que constam nas suas listas de despedimento.»
      
 Grandioso Gaspar
   
«Segundo dados divulgados esta quarta-feira, o Produto Interno Bruto (PIB) contraiu 4% em termos homólogos e 0,4% em cadeia, mais do que o inicialmente estimado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que apontava para recuos de, respectivamente -3,8% e -0,3%.

Estes valores são também piores do que os antecipados pela Comissão Europeia nas recentes previsões de Primavera, que apontavam para que a economia portuguesa recuasse 0,1% no primeiro trimestre de 2013, face ao quarto trimestre de 2012, e 3,7% face a igual trimestre de 2012.

A redução mais acentuada do PIB  em termos homólogos foi determinada pelo comportamento de procura interna, que passou de um contributo de 4,6% durante o quarto trimestre de 2012 para -6,4% nos primeiros quatro meses de 2013.» [CM]
   
Parecer:
 
Com este Gaspar é tudo grande e à alemã.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao Gaspar que  se divorcie da Nossa Senhora de Fátima e opte pela santinha da Ladeira, talvez acerte nalguma coisa.»
   
 UE financia despedimentos no Estado
   
«A Comissão Europeia admite que o governo português possa recorrer a fundos europeus para pagar a chamada 'requalificação', onde serão colocados milhares de funcionários em processo de despedimento da função pública. Mas avisa que o "sucesso" desta opção do governo deve ser aferido pelo número de ex-funcionários públicos que voltem a encontrar emprego e não pela redução de quadros que se acabe por atingir na administração público.

"A Comissão Europeia está a par dos planos do governos português para reduzir o número de funcionários do sector público e que, neste contexto, as autoridades querem usar o Fundos Social Europeu (FSE) para financiar a reorientação profissional, reciclagem e requalificação de pessoas", declarou ao Expresso Jonathan Todd, o porta-voz do comissário europeu responsável pelo emprego, assuntos sociais e inclusão, responsável pela gestão dos dinheiros do FSE.» [Expresso]
   
Parecer:
 
Uma vergonha este Durão Barroso, permite que a Comissão dê cobertura à farsa que está sendo montada em torno de um despedimento colectivo selvagem.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
   
 O último a ter emprego que apague a luz
   
«Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), no mesmo destaque onde estima uma recessão mais profunda no primeiro trimestre do ano (na ordem dos 4% do PIB), diz que o emprego caiu de 4.565,3 mil no quartro trimestre de 2012 para os 4.464,0 no primeiro trimestre deste ano.

Este é valor mais baixo desde que há registo nas estatísticas do INE, que datam do primeiro trimestre de 1995, altura em que existiriam 4.516,1 mil empregos na economia portuguesa.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
A situação da economia portuguesa é cada vez mais dramática.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Gaspar quando assume o desastre e pede a demissão.»
   
 Negócio estranho
   
«Durante largas décadas, a pintura renascentista Virgem com o Menino, de Carlo Crivelli, esteve na família do político e escritor açoriano Caetano Andrade de Albuquerque Bettencourt. E chegou ao século XXI nas mãos de dez herdeiros, que dizem ao PÚBLICO ter tentado há cinco anos que o Estado comprasse esta obra protegida e impedida de sair de Portugal. O Estado terá declinado a proposta e rejeitado a desprotecção da peça.

A venda ao empresário Miguel Pais do Amaral, depois disso, viria a resultar na saída da valiosa obra para França em 2012, como o PÚBLICO noticiou, para perplexidade deste grupo de herdeiros, que se sente “lesado” pela aparente alteração da posição do Estado perante a pintura.» [Público]
   
Parecer:
 
Uma autorização com muito valor.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Envie-se o processo para o MP porque acabou o tempo da impunidade.»
   
 Anedota
   
«Para o antigo líder social-democrata, Marcelo Rebelo de Sousa, a paralisação nacional agendada para o para o próximo dia 27 de Junho tem dois lados: O lado “óbvio”, assente na “expressão da insatisfação dos portugueses”, e um outro lado, “que já não é óbvio”, de quem considera que, “com base na reacção dos portugueses, através da greve geral, se acelera a queda do Governo”.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Melhor do que isto só tomar banho no meio dos cagalhões do Tejo para ganhar as autárquicas em Lisboa.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
   

   
   

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