domingo, julho 07, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
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Alameda Dom Afonso Henriques
    
 Pires de Lima no governo?

A substituição do sôr Álvaro pelo Pires de Lima significa que Passos Coelho já não acredita no pastel  de nata e opta por apostar nos tremoços.
 
 Portas aderiu ao pensamento do Gasparoika
 
Jogou fora a sua carta de demissão e adoptou a de Vítor Gaspar.
 
 Uma perguntita ao sôr Silva
 
Se ele acha que nada pode fazer porque o governo depende do parlamento e ele só discute política com o seu vizinha da junta de freguesia de Belém, porque razão se diz por aí que o sôr Silva fez exigências para aceitar uma pequena remodelação governamental, já que quanto à substituição nas Finanças nem sequer tossiu?
   
 Pobre Álvaro
 
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Teve tantas oportunidades para se demitir com dignidade e acaba sendo atirado para o caixote do lixo só para que Portas fique junto ao pote.

 A cerimónia da renovação dos votos 

Desta vez a homilia de Passos em vez de ter sido escrita pelo Maduro saiu da pena do Paulo Portas. A Luisinha Tóxica substituiu Gaspar nas Finanças mas foi Portas que o substituiu na liderança do governo. Passos é o tontinho que todos faz em de conta que é primeiro-ministro.

A remodelação do governo prova mostra que Passos Coelho não sabe o que está fazendo e não tem a mais pequena ideia do que é liderança, o verdeiro líder deste governo passa a ser Paulo Portas, que deu um autêntico golpe de estado.

Se Paulo portas tem a coordenação da área económica e a relação com a troika isso significa que a ministra das Finanças não passa de uma directora-geral do orçamento. Até a política fiscal ficará a ser decidida por Paulo Portas, limitando-se a ministra à gestão administrativa da máquina fiscal. É o que sucede com a reforma do Estado, Paulo Portas decide e a ministra trata dos despedimentos, foi para isso que o dedicado Rosalino ficou no governo.

Esta cerimónia de renovação dos votos do casamento entre Passos Coelho e Paulo Portas não foi mais do que a apresentação de uma candidatura conjunta do CDS e do PSD às eleições autárquicas. Cavaco faz de conta que é presidente e na próxima semana os partidos vão ser gozados com uma audiência para analisar a situação política quando já todo o país conhece a solução que Passos e Portas impuseram a Cavaco Silva.

Daqui a uns tempos vai ser o Passos Coelho a sugerir que se vai demitir de forma irreversível, deixando o governo sem primeiro-ministro.

 O tio Ângelo deve estar contente com a remodelação

Os apetitosos e mal cheirosos negócios do saneamento e das águas já não estão no ministério da santinha do CDS.
      
      
 O Ken
   
«A primeira obrigação de um líder de um governo de coligação é manter essa coligação de pé. Sem isto, o resto não existe. A soberba e a inexperiência de Passos Coelho levaram-no a ignorar esta certeza. Podemos achar que Paulo Portas é escorregadio – e é mesmo –, que foi por vezes desleal ao tentar manter um pé aqui e outro ali. Podemos até concluir que fez uma birra irresponsável e que isso lhe vai sair politicamente muito caro – e a nós também.

Sinceramente, não me interessa um caracol. O primeiro-ministro fez com Portas o que está a fazer com o país inteiro: fez-nos reféns. Escavacou o que sobrava das finanças públicas (défice, dívida pública, desemprego – tudo partido), deu cabo de qualquer espécie de diálogo com os sindicatos, desfez toda a confiança e, no fim desta tragédia, achou que seria precisamente a tragédia a amarrar-nos uns aos outros.

Portas não aguentou e será julgado politicamente por isso, mas não podemos inverter a realidade. Passos Coelho, com aquele ar de Ken infeliz e sofrido, levou-nos ao abismo por incompetência e arrogância. Repito: um governo de coligação não é um governo de um homem só. Mas foi isso que ele sempre foi e ambicionou ser, porque deve achar-se um predestinado, um príncipe iluminado da política lusitana. Passos Coelho é na verdade um dos mais medíocres políticos de sempre.

Infelizmente, ou fazemos como Portas e reagimos emocionalmente – com todas as consequências que isso tem na nossa relação instável com a troika. Ou engolimos em seco por mais um período, fazemos de conta que vamos aguentar, até ao dia em que finalmente – haja condições para isso – vamos outra vez a eleições. E depois logo se vê.» [Dinheiro Vivo]
   
Autor:
 
André Macedo.
   
   
 Portas idiota
   
«A decisão de impedir a aterragem em Lisboa do avião oficial do Presidente boliviano, Evo Morales, foi tomada pelo ministro demissionário Paulo Portas, em plena crise governamental. O DN soube junto de fonte que acompanhou o processo que Portas subscreveu a proposta nesse sentido que lhe foi apresentada pela Direção-Geral de Política Externa (DGPE), dirigida pelo diplomata Rui Macieira.

O Presidente boliviano regressava a La Paz após visita a Moscovo, na passada terça-feira. Por suspeitas de que poderia transportar consigo Edward Snowden, vários países europeus - Portugal, Espanha, França e Itália - não permitiram a aterragem do seu avião. Morales acabou por fazer escala em Viena (ver coluna lateral) e reagiu com violência à situação. Outros países da América Latina acompanham-no num coro de protestos que poderá ter reflexos económicos, dia 12, na reunião de países do Mercosul (Mercado Comum do Sul).

Até a Venezuela, país com o qual Portugal tem um conjunto de acordos de investimento em curso, está a reagir com violência, o que faz recear no Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) consequências desastrosas para a diplomacia económica nacional.» [DN]
   
Parecer:

Tanto problema por nada.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proteste-se e demita-se o incompetente.»