sábado, janeiro 18, 2014

"¡Muera la inteligencia! ¡Viva la Muerte!" (*)

Este governo tem um tique a que é incapaz de resistir, tem um ódio patológico à inteligência nacional e ao mesmo tempo evidencia tudo o que é curseco feito no estrangeiro. Há um claro desprezo e boicote a tudo o que seja estudo, investigação ou empresas que apostem em altas tecnologias. Todas as políticas evidenciam uma aposta na mão-de-obra sem grandes qualificações, na desestruturação do ensino público, na ofensa de baixo nível às escolas superiores de educação, no boicote à investigação, no abandono e difamação de uma estratégia económica que apostava no desenvolvimento científico.
 
Veja-se o caso da reforma da Administração Pública, desprezou-se a qualificação, a simplificação de procedimentos ou a reestruturação dos serviços, em vez disso iniciou-se um processo de proletarização forçada, forçando à fuga dos quadros mais qualificados e o consequente empobrecimento do Estado, reduzindo-o a uma dimensão mínima, com serviços de má qualidade.
 
Não estamos apenas perante um empobrecimento forçado, estamos perante uma aposta na transformação de Portugal de um país de gente pobre, pouco qualificada, amorfa e manipulável pelos cardeai, pelos merceeiro holandeses ou pelos seus prostitutos intelectuais.
 
A dúvida reside em saber se estamos perante uma política que decorre de opções ideológicas ou perante uma política de um qualquer doido, condicionado por invejas doentias. Esta dúvida faz sentido quando se sabe que neste governo dominam licenciaturas em escolas sem grande credibilidade e até já tivemos um ministro com uma licenciatura comprada com requerimentos. Há um ou outro MBA ou doutoramento, mas tirados no estrangeiro.
 
Aquilo a que se assistiu esta semana com a divulgação do investimento na investigação foi evidente, primeiro os portugueses repararam que um governo que não divulgou tal intenção recorreu ao corte das bolsas para boicotar toda a investigação, depois veio o primeiro-ministro falar de investigação ligada às empresas, para acabar por ser o ministro da Economia a achar-se mais inteligente do que Passos Coelho tentando explicar melhor o inexplicável.
 
A verdade é que é mentira o que Passos Coelho e Pires de Lima disseram, as empresas portuguesas beneficiam e muito da investigação e se não há mais empresas a beneficiar é porque não querem apostar na investigação. Pergunte-se à SONAE ou à Jerónimo Martins, dois grandes grupos do regime, quanto investira em investigação, quanto apostaram nas universidades portuguesas, ou quantas das suas empresas são inovadoras. Mas isso não impediu o governo de lhes baixar o IRC, de lhes cortar os benefícios fiscais ou de lhes ceder na famosa taxa que a cristas impões á distribuição alimentar.
 

(*) "¡Muera la inteligencia! ¡Viva la Muerte!" foi a resposta do general falangista perante a sua inferioridade face aos argumentos de Miguel de Unamuno.[Wikipedia]