terça-feira, janeiro 28, 2014

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

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Antigo tribunal da Boa-Hora, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Emídio Guerreiro, rapazola secretário de Estado da Juventude

A direita portuguesa, uma velha defensora deste tipo de valores, desdobra-se agora na defesa de praxes académicas, justificando que o que sucedeu no Meco não foi uma praxe. Parece que o secretário de Estado da Juventude é um especialista em praxes académicas e veio defender que o que sucedeu no Meco não foi uma praxe.

Talvez o rapazola possa ajudar o país e mandar produzir uma publicação explicando aos jovens o que são e até onde podem ir as praxes, até poderia fazer algumas sugestões de moda e de orações para as missas campais da queima das fitas.

«O secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio Guerreiro, considerou hoje, em Coimbra, que o incidente que levou à morte de seis estudantes na Praia do Meco "não é praxe académica".

A praxe "não é aquilo, nem nunca o foi", afirmou Emídio Guerreiro, também antigo presidente da Associação Académica de Coimbra, sublinhando que aquilo que levou à morte dos seis estudantes da Universidade Lusófona são "atos ilícitos que devem ser punidos".

Emídio Guerreiro falava à margem da apresentação do Projeto 80, na Escola Secundária Infanta Dona Maria, em Coimbra, que irá percorrer 18 escolas do 3.º ciclo e ensino secundário do país, procurando incentivar ao desenvolvimento de projetos na área da sustentabilidade social, económica e ambiental.» [i]

 
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 Desafio final 2

Convenhamos que ninguém está à espera de uma Teresa Guilherme vestida para um casamento na Pedreira dos Húngaros no papel de apresentadora. O nível do programa exigia uma apresentadora tipo Elefante Branco com umas meias solas mais atraentes e um ar mais "chamaste-me?" do que a Teresa Guilherme. A linguagem deste programa está entre a de uma casa de putas e a de um bar de alterne.
 
 Paulo Portas não foi convidado?

Digamos que tudo o que poderia ser feito nas relações económicas com o Brasil e vinda de Davos a presidente do Brasil achou que não devia incomodar o nosso ministro dos Negócios Estrangeiros e muito menos cansar Cavaco ou interromper as importantes lides partidárias de Passos Coelho.
 
 Exercício

Como contraponto às declarações de Passos Coelho no processo de reeleição do líder do PSD António José Seguro fez uma comunicação. Desafio:

Alguém se recorda a que propósito Seguro fez uma comunicação em quem ninguém reparou e que quase foi ignorada na comunicação social? Alguém se recorda do que ele disse? (para conferir a resposta vá aqui)

Entretanto, depois de ter sido reeleito para líder de do PSD numa sala vazia e com os resultados a serem anunciados por um responsável do PSD que quase fazia lembrar o cardeal que deu a conhecer a escolha do papa Francisco, Passos Coelho disse uma série de barbaridades e falou como se lhe coubesse em exclusivo decidir sobre o que cada português pode querer ou mesmo jantar. Alguém reparou se da parte do PS houve alguma resposta adequada?
 
 Dúvida

Cavaco manifestou-se defensor de um programa cautelar, por oposição a uma saída limpa, porque é mais seguro ou porque defende que Portugal deve continuar a ser governado a partir do estrangeiro de forma a que uma eventual derrota eleitoral da direita não altere nada?
 
 Crato vai reunir para discutir praxes académicas

Estarão incluídas as praxes académicas da Lusíada a que estão sendo sujeitos muitos portugueses?
 
      
 À esquerda nada de novo
   
«O PS, "excluído" da esquerda, pelo PCP e pelo Bloco, está por conta própria à espera que o poder lhe caia no regaço por obra e graça do Espírito Santo
Quem conhece a história da extrema esquerda ou da esquerda revolucionária, como lhe quiserem chamar, por dentro ou por fora, por vivência ou por estudo, no final dos anos sessenta e nos anos setenta, não pode deixar de ver, no que hoje se passa no Bloco de Esquerda, uma vaga repetição, agora caricaturada, talvez como farsa, daqueles anos do século passado.

É bom lembrar, para quem está menos familiarizado com aquele período, que no final dos anos sessenta, depois da prisão do grupo de dissidentes do PCP, encabeçados por Francisco Martins Rodrigues, que fundaram o CMLP, em 1964, na sequência da cisão do movimento comunista internacional, que opôs os comunistas chineses e soviéticos, proliferaram dezenas de organizações políticas, fundadas por "verdadeiros comunistas", sobretudo com origem no movimento estudantil. Todas estas organizações políticas criadas neste período se fragmentaram no seu curto trajecto, invocando invariavelmente "divergências ideológicas profundas" e outras "chinesices" próprias da altura, caldeados por ódios e comezinhas ambições pessoais. E cada cisão correspondia à constituição de uma nova organização com o objectivo de "reconstruir o verdadeiro partido comunista".

O Bloco de Esquerda é, em parte, herdeiro do "património ideológico" dessa esquerda revolucionária dos anos setenta - uns "sebastianistas" com a mania das grandezas à procura da construção do "verdadeiro partido comunista", mas tão desligados da realidade que o 25 de Abril de 1974 os apanhou - pelo menos, grande parte deles - a dormir tranquilamente, sem a menor noção do que se estava a passar. Ressalvando as distâncias do tempo político, tudo se repete, de novo. Gil Garcia abandona o BE e funda um outro partido: o Movimento Alternativa Socialista; Rui Tavares, o terceiro da lista dos bloquistas nas últimas eleições europeias, diverge do partido pelo qual foi eleito, e forma um novo partido: o Livre; Daniel Oliveira, sai do Bloco e, pouco depois, alinha na formação do movimento 3 D; este fim-de-semana, Ana Drago, uma protagonista incontornável do seu partido, demitiu-se da Comissão Política invocando "divergências profundas quanto à estratégia eleitoral", aguardando-se com expectativa se, no futuro, se arrumará a uma das cisões já concretizadas ou se constituirá, também, "um novo partido". Só falta a estes novos partidos ou movimentos a sigla m-l, entre parenteses, a seguir ao nome, para percebermos que Caussidière foi substituído por Danton e Luís Blanc por Robespierre, como assinalou Karl Marx.

O Bloco de Esquerda, o único partido que, nestes quarenta anos de democracia, conseguiu um espaço eleitoral no nosso anquilosado xadrez partidário, não está a conseguir resistir aos fantasmas do seu passado, nem à mania das grandezas dos seus principais dirigentes. O passado recente faz lembrar o passado remoto. Fazer de Manuel Alegre o candidato do Bloco de Esquerda com o apoio dos socialistas, numa clara inversão de papéis, resultou no desastre eleitoral que conhecemos. Excluir o partido socialista da esquerda, igualando-o aos partidos de Passos Coelho e Paulo Portas, para "justificar" o voto, na Assembleia da República, ao lado do PSD e do CDS (e do PCP) para derrubar um governo socialista, deu, em primeiro lugar, estes quase três anos de ofensiva da direita em todos os domínios. E em segundo lugar, uma derrota eleitoral estrondosa, reduzindo para metade o seu grupo parlamentar. Para um partido que insiste em se considerar a "principal alternativa de esquerda", como alguns dos seus actuais dirigentes, no passado, se julgavam os "verdadeiros comunistas", não augura nada de bom para os bloquistas, como todos os dias vamos tendo notícia.

O PCP, esse, vai-se mantendo imperturbável, com a sua influência sindical. Não ultrapassou os sete por cento dos votos nas últimas três eleições legislativas, mas isso não lhe faz muito diferença: aguarda pacientemente pelo desmoronar do sistema. Por sua vez, o PS, "excluído" da esquerda, pelo PCP e pelo Bloco, está por conta própria à espera que o poder lhe caia no regaço por obra e graça do Espírito Santo. Continuamos assim há, pelo menos, quarenta anos: à esquerda nada de novo.» [i]
   
Autor:
 
Tomás Vasques.
   
   
 Desta vez Passos não concorda com os alemães
   
«Relatório do banco central alemão defende que recurso a imposto pontual seria mais barato e menos doloroso que austeridade.

A aplicação de um imposto pontual sobre a riqueza privada foi hoje defendida pelo Bundesbank como forma de resgatar as economias em crise na zona euro. No seu relatório de Janeiro, o banco central alemão reacende a polémica em torno do financiamento dos programas de resgate e do envolvimento dos contribuintes alemães.

Segundo o banco liderado por Jens Weidmann, o recurso a dinheiro privado do país em dificuldades poderia tornar-se uma via mais barata e menos dolorosa para reduzir a dívida pública do que as opções que têm vindo a ser seguidas até aqui, como o aumento de impostos sobre o consumo e os sucessivos planos de austeridade.

O contributo dos privados devia assim ser considerado para evitar a insolvência dos países, a par da privatização e dos esforços convencionais de consolidação e antes da intervenção de países terceiros. A aplicação desse imposto evitaria que no futuro se repetissem os mesmos erros, enviando "uma clara mensagem de que esses encargos não poderiam ser suportados pelos contribuintes de outros países durante uma crise", refere o Wall Street Journal.» [DE]
   
Parecer:

As coisas que os alemães dizem...
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Passos Coelho se concorda.»
  
 Ainda faltam números
   
«O presidente do Eurogrupo afirmou hoje, em Bruxelas, que uma decisão sobre a saída de Portugal do programa de ajustamento só deverá ser tomada "em Março ou Abril", defendendo uma "conclusão conjunta" entre a zona euro o Governo português.

"Diria que é demasiado cedo para dizer (como se deve concretizar a conclusão do programa). Quero ver todos os números. Vai haver uma nova revisão (do programa), a 11.ª revisão, antes de termos de tomar uma decisão. Por isso, vamos utilizar o tempo que temos, trabalhar de forma estreita com o Governo português, para podermos chegar a uma conclusão conjunta", declarou Jeroen Dijsselbloem, à chegada para uma reunião dos ministros das Finanças da zona euro.» [DE]
   
Parecer:

Mas a euforia do governo era com base em números insuficientes?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à ministra das Finanças quais os números que estão em falta.»
   
 O que é feito dos amigos do Kim?
   
«O número dois do governo norte-coreano, Jan Song-thaek, tinha já sido executado no mês de dezembro, acusado de traição ao tentar derrubar o regime.

Agora, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, mandou matar também a sua família, incluindo as crianças, como conta o The Sunday Morning Herald.

A irmã, o cunhado, a sobrinha e os dois filhos foram as vítimas da ordem de Kim Jong-un, estrategicamente executadas de forma a eliminar todos os descendentes do tio.

Entre as vítimas encontram-se os embaixadores norte-coreanos em Cuba e na Malásia.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Por cá havia alguns admiradores do regime norte-coreano.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao autarca de Loures se é desta que vai geminar Loures com Pyongyang.»
   
   
 Estaline não diria melhor
   
«Em Barcelos, onde visitou o hospital do concelho, no âmbito das jornadas parlamentares do bloco, João Semedo disse ainda estar estar "à espera" da resposta do Movimento 3D sobre uma proposta "muito clara" com vista às eleições europeias.

"O BE vai muito para além da sua direção, dos dirigentes, de mim próprio, da Ana Drago. São acidentes de percurso, de pormenores da vida interna do bloco, não têm mais valor do que isso", desvalorizou o coordenador bloquista.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Linguagem miserável.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
     

   
   
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