sábado, maio 10, 2014

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

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Pilrito-pequeno (Calidris minuta) no Terreiro do Paço, Lisboa

«Identificação

Como o nome indica, é um pilrito bastante pequeno, com cerca de 2/3 da dimensão do pilrito-das-praias, tendo ainda as patas curtas e escuras, apresentando um bico fino e comprido. A plumagem é semelhante à do pilrito de Temminck. Da garganta ao abdómen a cor é branca. Na plumagem de Inverno, o dorso e asas são acinzentados, enquanto que na Primavera e Verão, estas partes são castanho-arruivado com algumas penas escuras, dando um aspecto mais malhado.

Abundância e calendário

Existem também efectivos invernantes, mas durante este período é claramente menos abundante que nas épocas de passagem e ocorre quase unicamente no Algarve e no estuário do Sado. Assim a época mais aconselhada para a observação desta pequena limícola gira em torno dos meses de Setembro e Outubro, e no período de Inverno nas regiões mencionadas. Concentra-se sobretudo nas grandes zonas estuarinas e nos sistemas lagunares junto ao litoral, sendo bastante raro no interior do território. Associa-se frequentemente a outras espécies de pilritos.» [Aves de Portugal]

O Dia Mundial das Aves Migratórias é comemorado nestes dias 10 e 11 de Maio e a propósito dessa data aqui se coloca a fotografia de uma aves que raramente é observável em Lisboa. 
  
É uma pena que Lisboa nada faça para proteger a sua biodiversidade e que deixe as suas aves entregues aos gatos que povoam as nossos parques e jardins.


 Jumento do dia
    
Cavaco Silva

Como é possível que alguém que recorre a discursos crispados, que ignora o líder da oposição e que no passado tinha sempre a certeza e raramente se enganava vem agora com essa treta da falta de compromisso. Compromisso a troco do quê, da constituição, de eleições antecipadas, de quê? E compromisso com base em quê, em memorando secretos, em guiões feitos à pressa, em idiotices?

Começa a ser tempo de Cavaco deixar de intervir na luta partidária com este género de discursos que insinuam que o seu partido quer um compromisso e são os "outros" que o rejeitam.

«O Presidente da República insistiu hoje na importância de uma cultura de compromisso, considerando que a prevalência das "oscilações erráticas do tempo curto sobre a perspetiva nacional do tempo longo" dificultará uma trajetória sustentável de desenvolvimento.

"Nos dias que vivemos, é natural que os cidadãos, confrontados pelas adversidades do quotidiano, sejam absorvidos pelas exigências imediatas do tempo curto. No entanto, temos de compreender, em definitivo, que existem na sociedade portuguesa desafios que só poderão ser vencidos numa perspetiva temporal alargada e no quadro de uma cultura de compromisso", afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, na abertura da conferência "Portugal: Rotas de Abril", que decorre na Fundação Champalimaud, em Lisboa.

Contrapondo o "tempo curto" e o "tempo longo", Cavaco Silva reiterou o apelo aos compromissos políticos, insistindo que há um conjunto de reformas no Estado e de orientações políticas estratégicas que devem ser objeto de um entendimento de médio prazo entre as forças partidárias, pois sem esse compromisso e "mantendo-se a prevalência das oscilações erráticas do tempo curto sobre a perspetiva do tempo longo, Portugal muito dificilmente será capaz de assegurar uma trajetória sustentável de desenvolvimento".» [i]
 
 Depois de Cavaco, temos um novo timoneiro

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E o Marquito António faz de arrais ou de grumete.
 
 Saída limpa ou lixívia?

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Pela forma como se comporta o governo a saída da troika nem é saída, nem é limpa. Passos E Portas estão usando o fim do prazo do memorando como lixívia para branquear os três últimos anos de governo.
 
 Pergunta ao governador do Banco de Portugal

Vai esperar muito para pedir a demissão na sequência do acórdão em relação às trafulhices ddo BCP ou continua num cargo para o qual não tem nem grandes capacidades académicas, nem uma folha que não suscita dúvidas?
 
 Pergunta a Cavaco para meditar na viagem até Pequim

Como é possível chegar a consenso com um mentiroso?
 
      
 Limpinho
   
«O sistema de pensões é insustentável. A troika diz, o Governo assevera, especialistas reiteram, colunistas afiançam, jornalistas ecoam.

A grande questão é pois perceber como é que, com uma coisa desta gravidade a meter-se pelos olhos adentro, nada se fez até ao advento de tão bravo Executivo. Pior: ainda há pouco tempo havia uns tresloucados que queriam aumentar as pensões e estabelecer a impossibilidade de as diminuir. Por exemplo um Pedro Mota Soares, decerto sem nada a ver com o atual ministro da Segurança Social, propunha em janeiro de 2008 acrescentar às pensões "um fator de correção da inflação para aumentar o poder de compra". Em 2010, o mesmo Mota Soares, ou seja, outro, apresentava um projeto de lei em que pontificava serem "os pensionistas um grupo social bastante vulnerável aos impactos negativos da crise económica" e, preocupando-se com o facto de "a introdução do Complemento Solidário para Idosos", criado pelo Governo PS, "estar longe de atingir a grande maioria dos pensionistas" (o ministro de nome igual diminuiu o valor de referência do CSI e operou uma descida de mais de 30 mil no número dos beneficiários deste complemento que exige condição de recursos, ou seja, prova de efetiva necessidade), terminava com um artigo único: "As pensões atribuídas pelo sistema de Segurança Social não podem diminuir o seu valor, mesmo nos anos em que o Índice de Preços do Consumidor for negativo." Vá lá que no mesmo ano, em junho, o PSD, pela voz de um Miguel Relvas, anunciava um projeto de lei para limitar o pagamento de pensões do regime público a um máximo de 5034,64 euros - mas ressalvava logo que "sem retroatividade", tratando--se de "uma medida excecional, que poderá ser revogada quando o País estiver com boa saúde financeira".
  
A 24 de março de 2011 (dia seguinte ao do chumbo do PEC IV), um líder do PSD de nome Passos Coelho assegurava em Bruxelas que jamais faria cortes nas pensões. E a 19 de abril reforçava: "Todos aqueles que produziram os seus descontos no passado e que têm hoje direito às suas reformas e às suas pensões deverão mantê-las no futuro, sob pena de o Estado se apropriar daquilo que não é seu."

Felizmente nenhum destes irresponsáveis ignaros está no Governo que nos garante que a única forma de sanar a por si decretada "insustentabilidade" é introduzir uma TSU específica e definitiva para pensões em pagamento que penaliza mais os que recebem menos, aumentando ao mesmo tempo a TSU geral 0,2% e juntando-lhe 0,25% de IVA. O Governo que apresenta isso como "uma reforma" enquanto mantém na gaveta um suposto projeto de reforma que encomendou a um grupo de especia- listas e anuncia a encomenda de outro projeto de reforma a outro grupo de especialistas. O Governo, em suma, das saídas limpas - e das verdades irrevogáveis.» [DN]
   
Autor:
 
Fernanda Câncio.
      
 A mulher barbuda no Circo da Eurovisão
   
«Adriana Calcanhotto tem uma canção que abre a assim: "O que será que sonha/ A mulher barbada? Será que no sonho ela salta/ Como a trapezista?" E Calcanhotto continua com outras profissões de circo e sonhos dos palhaços e dos domadores, para voltar à dúvida: o que será que sonha a mulher barbuda? A cantora não responde. Eu sim: a mulher barbuda sonha em não ter barba. Se sonhar que tem, não é sonho, é pesadelo. Hoje ainda é pior do que nos tempos das mulheres barbudas, dos anões e dos homens-torso: antes ainda arranjavam emprego no circo. Mas o Cirque du Soleil, se hoje passasse por Copenhaga e expusesse uma mulher barbuda, teria uma manifestação à porta. Sim, dá emprego mas é indigno expor mulheres barbudas, mesmo se elas aceitam. Dir-se-ia, então, que a manifestação era progressista. Mas se amanhã uma manifestação protestar, à porta do Festival da Eurovisão da Canção, em Copenhaga, contra a exploração da concorrente austríaca Conchita Wurst, travesti que se apresenta como mulher barbuda, com belo vestido e barba cerrada, os manifestantes serão chamados de reacionários. É certo que Conchita está lá porque quer e para sacar o dela, mas não era o mesmo verdade com as mulheres barbudas dos circos de antanho? Então, qual a diferença? Suspeito que o truque é este: envolve-te em lantejoulas e ideias fraturantes e aceitam-te as causas mais absurdas. O lançamento de anões só foi proibido porque não foram usados anões ecologistas.» [DN]
   
Autor:

Ferreira Fernandes.
   
   
 Mas que grande saída limpa!
   
«O Partido Socialista lidera não só as intenções de voto dos portugueses como também o nível de popularidade. António José Seguro é o líder partidário mais popular, seguido de Paulo Portas e Jerónimo de Sousa. Passos Coelho, por sua vez, apresenta um nível negativo neste ranking, de acordo com a Eurosondagem realizada para o Expresso e a SIC.
  
António José Seguro é o líder mais popular entre os portugueses com 24,1% de opiniões positivas conquistadas. Na segunda posição surge Paulo Portas (11,4%), depois Jerónimo de Sousa (8,4%) e Aníbal Cavaco Silva (8%).» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Não há saída limpa que consiga branquear três anos de irresponsabilidade.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Recomeça a chantagem sobre o Tribunal Constitucional
   
«O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, admitiu hoje que pode haver nova subida de impostos se as propostas de poupança do lado da despesa voltarem a ser chumbadas pelo Tribunal Constitucional.

"Se medidas importantes que nos permitem criar poupanças do lado da massa salarial, não tiverem conformidade constitucional, novos aumentos de impostos ocorrerão", disse o governante, em resposta ao Partido Os Verdes, durante o debate quinzenal.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Já era de esperar.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
   
 Tenho de mudar de casa!
   
«A conclusão é de um estudo sueco, realizado na região de Estocolmo, que acompanhou cinco mil moradores, durante cerca de 10 anos, e analisou o nível sonoro nas suas casas
As pessoas que moram perto de aeroportos podem sofrer um aumento do perímetro abdominal.

A conclusão é de um estudo sueco, realizado na região de Estocolmo, que acompanhou cinco mil moradores, durante cerca de 10 anos, e analisou o nível sonoro nas suas casas.

Especializados em medicina ambiental, os cientistas concluíram que a exposição prolongada ao barulho dos aviões produz alterações no metabolismo, com impacto no perímetro da cintura, calculado em 1,5 centímetros por cada aumento de 5 decibéis no nível sonoro.» [i]
   
Parecer:

Está explicada a barriga.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Perdoe-se à entremeada.»
     

   
   
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