sábado, junho 14, 2014

Eles viram a tal luz

É impressionante a irresponsabilidade, incompetência e má fé como a direita portuguesa tem dirigido o país, não há um projecto, não há um objectivo, não há metas, com Cavaco a timoneiro e Passos Coelho de moço de arrais este barco navega sem direcção e caminha arrisca-se a ficar em seco. O ideólogo de tudo isto, um tal Vitor Gaspar que decidiu transformar os portugueses em cobaias de um estudo mal elaborado, fugiu e deixou cá o seu único crente.
  
Já abandonaram a desvalorização fiscal, já não sabem quantos funcionários estão a mais, já desistiram de tirar o escalpe a todos os funcionários, já rezam para que sobrevivam as empresas que tudo fizeram para as lavar à falência. Inspirados em sucessos de outros extremistas de direita estavam convencidos de que escravizavam os trabalhadores, destruíam sectores considerados prejudiciais, que reduziam o Estado ao mínimo e de um dia para o outro a economia disparava. Era a combinação entre a desvalorização fiscal de Gaspar com a aposta nos produtos transaccionáveis de Cavaco, o resultado foi a merda feita por Passos Coelho.
  
A economia apenas sobreviveu porque alguns sectores progrediram à margem das políticas governamentais, algumas empresas ajudaram a criar uma ilusão estatística e o BCE viabilizou o regresso aos mercados graças às medidas a que Gaspar e Passos se opuseram no passado. Portugal está muito pior do que estava em 2010 e a desgraça só não foi pior graças a algumas exportações, à emigração em massa dos mais jovens, à caridade e à paciência (ou talvez cobardia dos portugueses).
  
O país vai pagar caro por ter acreditado num político mal preparado, sem qualquer experiência e que insistem em comportar-se como o visionários que viu a tal luzinha dos iluminados. Já percebeu que tem de respeitar a Constituição, que o que lhe disseram que daria resultado falhou, nenhum indicador estatístico lhe dá razão. Mas resiste com truques, uma característica dos jotas, e insiste em ir ao pote do rendimento dos funcionários públicos e aposentados para financiar os seus truques eleitorais.