quinta-feira, junho 12, 2014

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

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Castro Marim
  
 Jumento do dia
    
José Manuel Silva, bastonário dos médicos

Toda a gente sabe que as farmacêuticas aposta na informação e formação dos médicos, toda a gente sabe que o marketing das farmacêuticas passa por prendas a médicos, toda a gente sabe que não têm faltado casos de corrupção. Perante esta realidade e face aos números agora divulgados a obrigação do bastonários era esclarecer e não atirar bombas de fumo para tentar ocultar a realidade.

Independentemente das responsabilidades do Estado, de que os médicos nunca se queixaram, o facto é que há números que ninguém compreende e que sugerem que os médicos não declaram tudo o que recebem das farmacêuticas, o que faz com que surjam dúvidas legítimas sobre o comportamento de alguns.

«O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, defendeu hoje que o Ministério da Saúde, "em vez de criticar", deveria substituir a indústria farmacêutica e apoiar a formação e a investigação científica dos clínicos.
José Manuel Silva reagia assim, em declarações à agência Lusa, à notícia divulgada hoje no jornal Público, segundo a qual a indústria farmacêutica declarou apoios e subsídios muito superiores aos efetuados pelos profissionais de saúde, explicando tratarem-se de donativos para formação e investigação dos médicos pela indústria farmacêutica.

"No sentido de estimular a transparência e aumentar a separação entre clínica e indústria farmacêutica, o ministério deve substituir a indústria no apoio à formação contínua dos médicos, porque se não o fizer, corremos o risco de serem afetadas. Infelizmente, o ministério não assume as suas obrigações e é, por isso, que o apoio da indústria farmacêutica é insubstituível", argumentou.

O jornal Público adianta hoje que a indústria farmacêutica concedeu apoios e subsídios no valor de mais de 28,6 milhões de euros a profissionais e organizações do setor da saúde, entre janeiro e junho deste anos, mas que estes profissionais comunicaram que neste período receberam apenas 8,4 milhões de euros dos laboratórios.» [DN]
 
 Sugestão
   
Além de uma avaliação feita pelo PSD aos juízes do Tribunal Constitucional para verificar se insistem em obedecer à Constituição sem respeitar a visão de Passos Coelho, estes magistrados deviam ter um curso de direito constitucional pois, como alguém andou a comentar, na sua maioria não são constitucionalistas.
 
A Universidade Independente podia muito bem ministrar este curso e para que não restassem dúvidas sobre a capacidade dos juízes que recebessem o diploma, esse curso poderia muito bem ser dirigido por um intelectual de reconhecido mérito como Miguel Relvas. Quem melhor conhece o pensamento constitucional de Passos Coelho senão o seu inventor?
 
      
 A quem estamos entregues
   
«Tudo parece indicar que António Costa caminha para dirigir o PS. E Seguro?, perguntei, arfante de curiosidade, a um dirigente daquele partido, que apoiara, com entusiasmo, o actual secretário-geral. Não tem carisma, respondeu. Só agora é que não tem? Acentuou-se essa falta. Este diálogo, pouco razoável, tome-se como reflexo daquela agremiação. As coisas, ali, sempre funcionaram como num jogo de intrigas, porque o poder atrai sempre as moscas. Lembremo-nos do sótão de Guterres, só para não esquecer a guerrilha contra Mário Soares. Quanto a Seguro, o equilíbrio manso durante o consulado de Sócrates define um carácter e desenha a exiguidade do homem. Em política, a lealdade e a gratidão não possuem lugar cativo. Porém, estas deformidades não são apanágio único do PS: veja-se o que ocorre no PSD. Desde os conflitos no tempo de Sá Carneiro, até às convulsões de Passos, com expulsões e marginalizações despudoradas, a rectidão de processos não tem sido, no sítio, muito recomendável.

Mas estas turbulências podem, acaso, ajudar a definições mais claras. Passos, já toda a gente sabe quem é e ao que veio. Meteu-se numa embrulhada, para a qual não estava minimamente preparado, nem cultural nem ideologicamente, presumindo, com leviandade de menino, que bastava mexer nas estruturas sociais e conflituar com as instituições (caso dos sindicados e do Tribunal Constitucional, por exemplo) para alisar os obstáculos. É o que se viu. Colocou a sociedade portuguesa num paiol de desespero, e enriqueceu ainda mais os ricos, desprezando os pobres e o mundo do trabalho.

Seguro, quanto a ele, suprimiu as palavras "trabalhadores" e "operários" do léxico comum a um partido daquela natureza, enfiou no bolso o punho esquerdo e fertilizou com amena satisfação o apego ao "mundo empresarial", sem rebuço e num compromisso abjecto. Teve como parceiro o Eng.º Proença, sempre pronto a pactos unilaterais. A redução do PS a uma espécie de estado cataléptico provocou o entusiasmo claro e jubiloso dos dirigentes do PSD, que nunca viram em Seguro um estorvo de maior, nem na baixa retórica ou na gramática débil e repetitiva. É um sujeito menor, sem visão do mundo e sem capacidade de estudo para o compreender.

António Costa deixou-se fotografar com o punho cerrado, é certo, mas pouco ou nada se sabe do seu projecto político. E, se calhar, ainda é cedo para dele tomarmos conhecimento. Todavia, a ter em conta as intenções gerais, é ele o favorito dos portugueses para liderar o PS. E é ele o que se entende como capaz de escorraçar Passos Coelho da incompetência e do crime de empobrecimento com que tem causticado a pátria dos mais pobres.

No meio de isto tudo, emerge, como caixeiro-viajante de uma loja de caixões, o fúnebre Dr. Cavaco. Quem nos acode?» [DN]
   
Autor:
 
Baptista-Bastos.
   
   
 É só boas notícias
   
«De acordo com o Boletim Económico de junho, a economia nacional irá crescer 1,1% em 2014, um ponto percentual abaixo do que o Banco de Portugal esperava em abril e também menos do que o governo espera para este ano.

A justificar esta queda estão os dados divulgados pelo INE relativamente ao primeiro trimestre deste ano e que deram conta de um comportamento pouco satisfatório das exportações a par de um aumento das importações.» [DN]
   
Parecer:

Passadas as eleições europeias regressa-se à normalidade estatística.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à santinha da Horta Seca se deixou de fazer milagres, se calhar já nem usa sapatos fabricados em Portugal.»
  
 Overdose de oposição
   
«O secretário-geral do PS, António José Seguro, instou hoje o Governo a esclarecer "o que é que negociou nas costas dos portugueses" com a 'troika', no âmbito do programa de assistência financeira.

"O Governo não pode esconder nada dos portugueses e infelizmente está a esconder dos portugueses. Nós vivemos situações muito difíceis do ponto vista económico e do ponto de vista social, há um imenso desemprego, e o Governo não pode continuar com esta conduta, tem de esclarecer com clareza o que é que negociou nas costas dos portugueses, o que é que consta da carta para o FMI", afirmou Seguro.» [DN]
   
Parecer:

A pergunta justifica-se, o problema é que renegociação do memorando após renegociação o PS de Seguro manteve-se calado e conivente com Passos Coelho.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Seguro se só agora se lembrou de fazer oposição ao seu amigo.»
   
 A Europa não brinca às aclarações
   
«A zona euro quer que Portugal "clarifique rapidamente" se tenciona solicitar uma nova extensão do programa de ajustamento ou se abdica do dinheiro que ainda falta receber dos credores internacionais. A perspetiva de Portugal não levantar o último cheque, como o Expresso avançou, não preocupa as instâncias europeias, mas também não é vista como um sinal de que tudo corre sobre rodas.» [Expresso]
   
Parecer:

Fazer esperar tudo por um pedido manhoso e abusivo é má estratégia, até proque a Europa assenta no respeito pelas constituições.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver como Passos vai sair desta embrulhada.»
   
   
 Drogas e putas contribuem mais para o crescimento que Passos
   
«As actividades ilegais representam 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) português, de acordo com a melhor estimativa divulgada hoje por fonte do INE (Instituto Nacional de Estatística).

Esta estimativa, que representa 676 milhões de euros com base no produto previsto para este ano, resulta de um trabalho mais exaustivo de apuramento do rendimento nacional bruto e cobre a margem gerada pelo tráfico de droga, prostituição e contrabando.

Em linha com orientações do organismo europeu de estatística Eurostat, o PIB passará a incluir a partir de Setembro deste ano a estimativa sobre a margem gerada por estas actividades e que terá um efeito positivo de 0,4%, segundo foi explicado hoje por responsáveis do INE numa apresentação sobre o impacto da adopção das novas contas nacionais.» [i]
  
«Cerca de 13% do PIB registado em Portugal é explicado pela chamada “economia não observada”, revelou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística, numa sessão de esclarecimento em que anunciou também que se irá passar a partir de Setembro a incluir explicitamente o valor estimado para actividades ilegais, nomeadamente, as relacionadas com a prostituição, o tráfico de droga e o contrabando, o que fará aumentar o PIB em 0,4%, ou cerca de 700 milhões de euros.

Como explicaram os técnicos do INE numa sessão de esclarecimento sobre a entrada em vigor da nova versão do Sistema Europeu de Contas - SEC (as regras usadas em todos os Estados-membros da UE nas suas contas nacionais), o valor do PIB português inclui, desde sempre, uma estimativa para aquilo a que o INE denomina como “economia não observada”. Aqui incluídos estão os cálculos do INE feitos para fenómenos tão diversos como o emprego não registado, a facturação não realizada, as rendas imputadas ou a prostituição. Nem toda a economia não observada é ilegal: as rendas imputadas, por exemplo, são uma forma do INE incluir no PIB aquilo que um proprietário de uma casa pagaria de renda anualmente caso pagasse renda a si próprio. Só isto representa entre cinco e seis pontos percentuais dos 13%.

O INE faz as suas estimativas cruzando, por exemplo, os dados do inquérito ao emprego do INE (em que as pessoas dizem se estão ou não empregadas) com os quadros de pessoal declarados oficialmente pelas empresas. Se houver mais pessoas que se dizem empregadas do que aquelas que são declaradas, assume-se a existência do fenómeno de economia não observada. Outro método utilizado é o cálculo da receita de IVA que seria obtida aplicando as taxas do imposto ao comércio de bens e serviços estimado pelo INE, comparando-o depois com a receita efectiva obtida pelo Estado. O diferencial entre estes dois valores foi nos últimos anos de 11%, ou 2000 milhões de euros.

Até agora, a autoridade estatística nacional tinha optado por não revelar qual a parte do PIB que corresponde a esta economia não observada. Esta quarta-feira fê-lo pela primeira vez, dizendo que o valor é de de 13% do PIB, o que representa cerca de 22.000 milhões de euros.» [Público]
   
Parecer:

Agora ficamos a saber que enquanto o governo promove a recessão é a droga e as putas que puxam a economia.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à Santinha da Horta Seca se vai passar a preferir a produção nacional.»
   
 O  Bota bota consensos
   
«O PSD reafirmou hoje, através do deputado José Mendes Bota, o seu compromisso com a estabilidade e a disponibilidade para encontrar consensos, mas também atribuiu "riscos" à falta de previsibilidade.

"Contra todas as tentativas de instaurar em Portugal um clima de medo, incerteza, suspeição e instabilidade, contra a retórica e a demagogia incendiária, os portugueses sabem que podem contar connosco como um sólido referencial de estabilidade", disse José Mendes Bota, no final de uma declaração política em plenário, em nome do PSD.

Antes, contudo, o deputado social-democrata alegou que "estabilidade é também sinónimo de prudência, de bom senso e de previsibilidade - e quando estes acabam, começam os riscos".

"O maior risco que Portugal hoje corre é o risco de voltar para trás, pondo em causa tudo o que os portugueses já conquistaram com tanto esforço. Este não é um risco negligenciável", considerou, defendendo que faz sentido pedir ao Tribunal Constitucional que "clarifique" e "incorpore certeza e previsibilidade nas suas decisões", especialmente as que têm impacto orçamental.» [i]
   
Parecer:

Convenhamos que o homem tem mais vocação para a poesia erótica do que para o discurso político.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 O merceeiro holandês foi desmontado
   
«Em documento enviado à reitoria da Universidade Católica Portuguesa (UCP), os subscritores referem que foi com "grande perplexidade, tristeza e indignação" que tiveram conhecimento de que o Instituto de Estudos Políticos da UCP deliberou atribuir o prémio 'Fé e Liberdade' a Elíseo Alexandre Soares dos Santos, designado "um dos homens mais ricos de Portugal".

Enfatizam que esta denúncia não é movida por "qualquer ressentimento contra a pessoa" em causa, mas pelo "dever" de, em consciência, tornar audível a voz dos cristãos que não querem - não podem - silenciar" a sua indignação.

"Um prémio tem um valor simbólico e testemunhal, pelo que, nas presentes circunstâncias, ocorre perguntar: O que é que se pretende enaltecer? Que valores merecem apreço explícito por parte da UCP? Quais os conceitos de fé e de liberdade que estão implícitos nesta atribuição?", questionam os subscritores, entre os quais constam os jornalistas Jorge Wemans e António Marujo e a professora universitária Isabel Allegro de Magalhães.

A carta de protesto lança ainda uma série de dúvidas sobre o que se pretende distinguir na personalidade de Alexandre Soares dos Santos.

Uma colossal fortuna pessoal? Uma forma de enriquecimento baseada nos ganhos do capital e sua acumulação? Práticas de exploração do trabalho humano (baixos salários, horários excessivos, precariedade nas relações laborais)? Expedientes fiscais para fugir aos impostos?.Um modelo de economia que permite o desemprego massivo, a grande concentração do património individual e correspondente poder político, com risco para a democracia e para a coesão social?, lê-se no documento a que a agência Lusa teve acesso.

Notando que a decisão vai também contra aquilo que tem sido o ensinamento e os apelos mais recentes do papa Francisco, os subscritores gostariam de ver a UCP empenhada na denúncia de "uma economia que mata", em especial pelo que produz "de grande pobreza, desemprego maçiço, excessivas e crescentes desigualdades, riscos ecológicos sérios", naquilo que é uma das maiores ameaças à liberdade e à democracia.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Parece que António Barreto não sabia destas coisas e esteve muito tempo à frente do Tea Party do merceeiro.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»
     

   
   
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