terça-feira, agosto 19, 2014

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

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Alqueva
  
 Jumento do dia
    
Pires de Lima, a santinha milagreira da Rua da Horta Seca

Mal chegou ao cargo de ministro, depois de Portas se conseguir ver livre do Álvaro, Pires de Lima foi a correr estudar as estatísticas do comércio externo e destronou a santinha da Ladeira com o seu grande milagre económico. Enquanto houve estatísticas para encontrar milagres foi o ver se te avias.

Agora que as coisas correm mal a nossa santinha anda muito desaparecida, provavelmente ainda não aderiu às férias em Portugal, logo ele que até já anda armado em chunga com sapatos fabricados em Portugal. Será que quando a santinha regressar de férias ainda chgará a tempo de comentar o facto de o nosso déficie comercial ser um quinto maior da UE (Público)?
 
 Força, força, companheiro Passos, nós seremos a muralha de aço

Desde o famoso discurso de Vasco Gonçalves em Almada (18/8/1975) que não se ouvia nada assim. Foi claramente um discurso de alguém que sabendo estar derrotado reage como a senhora que foi ao juramento de bandeira do filho e concluiu que na parada era o seu rebento o único que tinha o passo certo.

 
 Antevisão

Se a direita perder as próximas legislativas Marques Mendes deixará de contar os segredos do governo e passará a apresentar a previsão meteorológica para os domingos.
 
 Dúvida

Paulo Portas ainda coordena alguma coisa neste governo? Ainda houve um tempo em que a ministra das Finanças parecia obedecer a Portas, agora só meso o Lambretas lhe dará atenção.
 
      
 A miniatura
   
«Tenho acompanhado pelos media a candidatura de António José Seguro (CAJS) para responder ao repto interno lançado por Costa. Não gosto de ver o meu partido a fazer má figura, para gáudio do Governo. Por dever de cidadania devo ajudar criticamente esta candidatura a melhorar o seu desempenho. Vamos por partes.

Banalidades e truísmos. Afirmar que a solução do crescimento e emprego está na promoção da indústria é um truísmo. Ninguém discorda, mas poucos indicam o caminho para lá chegar, no maremoto europeu. De nada adianta dizer hoje que a solução está na indústria, amanhã que está na inovação, depois de amanhã que só pode vir da economia digital, para no final da semana se afirmar que tem que ser pelo mercado interno, depois que será pelas energias renováveis, sem esquecer, naturalmente, os milagres que se esperam do conhecimento e da tecnologia. E assim sucessivamente, pois a lista do politicamente correcto criada em Bruxelas é inesgotável. Esquecendo que lançar ao ar ideias serôdias e vagas para conquistar eleitores indecisos é como fazia o Príncipe Regente, mais tarde D. João VI, lançar moedas de ouro à pilha, na Baía, para agradar à populaça.

Protagonismo e assertividade. Seguro vai visitar o governador do Banco de Portugal e compra prime time com declarações de quem, tendo dúvidas, as desfez completamente com uma simples conversa. Requere um briefing sobre incêndios florestais, é recebido com honras de governante pelo ministro da pasta, com quem se fotografa, certamente reconhecendo que este ano estão a deflagrar menos incêndios, uma verdade que não precisa de ser repetida. Conquistou tempo de visibilidade nacional e o regozijo do ministro. Este, com a visita meteu no papo a oposição e dela se servirá se as coisas correrem mal, brandindo como desculpa o “consenso nacional” sobre o dispositivo contra os fogos de verão. A CAJS devia ter experiência política suficiente para perceber que tal protagonismo não carreia assertividade, apenas auto-limitação da crítica futura, se necessária. Além do mais, deu aos seus críticos um argumento de ouro: ele e o Governo, afinal andam próximos. Em 1991, o então ministro da saúde, Arlindo de Carvalho, deu ordem expressa à administração dos Hospitais Civis para não facultar a uma delegação presidida pelo então líder parlamentar António Guterres o acesso a uma visita do PS ao Hospital de São José. Cavaco então temia a oposição, Passos Coelho nada receia desta.

Promessas e indecisão. Seguro prometeu que, com ele, os pensionistas não pagarão nenhuma taxa de sustentabilidade. A mim dava-me jeito, mas parece-me fartura a mais. Com este ou outro nome ou dispositivo, onde vai ele conseguir o equilíbrio orçamental exigido pelo semestre europeu que todos aprovámos? Onde se esperava um candidato a primeiro-ministro com ideias assentes, para isso ele próprio exigiu as directas, afinal submeteria a novo referendo interno futuras coligações por força de eventual vitória minoritária. E se a vitória fosse de um partido da direita, sem maioria à direita? Também submeteria eventual coligação a referendo? Tudo visto, Seguro promete aos portugueses mais dois meses de espera para se constituir o próximo governo.

A vitimização habitual. A CAJS levou Seguro a adoptar desde o início a táctica do “queixinhas”. Queixa-se de ser desafiado quando tinha (mal) ganho duas eleições, esquecendo os grandes municípios que perdeu e os que não ganhou, tendo podido fazê-lo; confundindo um ganho modesto nas europeias com uma grandiosa vitória. Queixa-se de ser forçado a apresentar uma moção às directas, quando foi ele que desenhou todo o processo rígido e longo para fustigar e desgastar Costa e queimar a terra para que não cresça semente. Criticando as trinta páginas de Costa, frente às suas oitenta medidas, acabou por ser minimalista reduzindo a sua moção a cinco páginas e meia de banalidades. De resto, quem autorizou a CAJS a considerar propriedade sua o trabalho colectivo realizado dentro do PS ao longo de muitos meses?

Perante um festival quotidiano de banalidades e truísmos, ideias soltas em sementeira dispersa, confusão de protagonismo com assertividade, promessas de indecisão onde deveria haver acção, generosidade extemporânea e, como não podia deixar de ser, a clássica vitimização, implorando afagos, a CAJS não contribui para levantar a moral do país e não ajuda o PS.» [Público]
   
Autor:
 
António Correia de Campos.
   
   
 Vade retro Guterres!
   
«Se quiser continuar na ONU, quer como Alto Comissário para os Refugiados – cargo que ocupa há nove anos -, ou tentar candidatar-se a secretário-geral da organização em 2016, António Guterres pode contar com o apoio diplomático do Governo de Passos Coelho.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) não tem em marcha, ainda, nenhuma campanha diplomática para apoiar uma candidatura de António Guterres para o cargo de secretário-geral da ONU ou qualquer outro cargo internacional. “Desconhecemos que o ex-primeiro-ministro tenha manifestado essa intenção ou qualquer outra”, afirmou fonte do MNE ao Observador. Mas há uma nota adicional vinda das Necessidades: o Governo, “por princípio, apoia indivíduos portugueses com currículo para ocupar relevantes postos em organizações internacionais”.

Ou seja, se o ex-primeiro-ministro socialista e atual Alto Comissário da ONU para os Refugiados quiser continuar nas Nações Unidas, o Governo de Pedro Passos Coelho vai apoiá-lo nessa pretensão. Como é natural, uma carreira mais prolongada na ONU retiraria Guterres de uma corrida às eleições presidenciais, em janeiro de 2016.» [Observador]
   
Parecer:

Até parece que Guterres foi para o Alto Comissariado graças ao apoio da direita ou de Passos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 Boa Marcelo!
   
«O ex-líder do PSD e comentador político da TVI, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou hoje que o Tribunal Constitucional só vai viabilizar a reforma da Segurança Social quando o Partido Socialista estiver envolvido.

No seu espaço de comentário habitual ao domingo, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a acusar o Tribunal Constitucional de ser um tribunal politico e de fazer uma leitura política quando declarou, esta semana, inconstitucionais os cortes nas pensões do próximo ano.» [Observador]
   
Parecer:

Um corte das pensões com apoio de uma maioria constitucional...
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Boa Marcelo! Andas, andas e o Passos ainda de apoia na corrida a Belém.»
   
 Mais um sucesso do ajustamento
   
«Portugal registou nos cinco primeiros meses do ano um défice comercial de 4100 milhões de euros, o quinto maior da União Europeia (UE). Até Maio, Reino Unido, França, Espanha, Grécia tiveram a maior diferença entre as exportações e as importações, mostram dados publicados nesta segunda-feira pelo Eurostat.

No caso português, o saldo da balança agravou-se face ao mesmo período do ano passado, altura em que o comércio internacional de mercadorias registava um défice de 3400 milhões de euros.

Com um saldo negativo de 48.100 milhões de euros, o Reino Unido teve o maior défice comercial, seguindo-se França (com um défice de 30.400 milhões de euros), Espanha (com saldo negativo de 10.100 milhões de euros) e a Grécia (um défice de 8800 milhões de euros).» [Público]
   
Parecer:

Parece que Portugal foi abandonado pela santinha da Rua da Horta Seca.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à santinha milagreira do governo se deixou de se dedicar aos milagres económicos.»
      
 Uma ideia para os nossos políticos
   
«Geri Müller, presidente da câmara da cidade suíça de Baden, foi temporariamente suspenso das suas funções, esta segunda-feira, devido a alegadas selfies que tirou no seu gabinete e onde apareceria sem roupa.

O conselho municipal de Baden, cidade localizada no cantão de Aargau, perto de Zurique, decidiu demitir temporariamente do cargo o autarca para "esclarecer a situação", explicou num comunicado.800 milhões de euros).» [DN]
   
Parecer:

Até votava em Seguro se o betinho de Penamacor tirasse uma destas selfies.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se a proposta de negócio eleitoral.»
     

   
   
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