sábado, outubro 04, 2014

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


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Bica no Castelo de São Jorge, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Mónica Ferro, magistrada parlamentar

Grande investigadora, conseguiu apurar que no caso dos submarinos nem sequer há indícios! Se fosse mesmo magistrada teria um lugar assegurado no Supremos, mas como é deputada do PSD resta-lhe esperar que Passos consiga sobreviver Às próximas legislativas, nesse caso talvez este lhe agradeça o esforço.

Se fosse criada uma comissão de inquérito às causas de um Verão tão fresco esta deputada chegaria à conclusão de que apesar de ter nevado no Algarve este Verão seria meteorologicamente normalíssimo.

«"Dos trabalhos da Comissão não se retirou qualquer prova ou sequer indício de cometimento de ilegalidades pelos decisores políticos e militares nos concursos analisados" - a conclusão consta do relatório preliminar da comissão parlamentar de inquérito à compra de material militar (incluindo os submarinos de Paulo Portas).

O documento, elaborado pela deputada social-democrata Mónica Ferro, foi esta manhã distribuído aos deputados da comissão de inquérito, já fora do prazo estabelecido pela coligação PSD-CDS, que terminou à meia-noite de ontem.

A decisão de encerrar de imediato os trabalhos da comissão de inquérito foi contestada por toda a oposição, que, entre outras objeções, alegou que falta ainda bastante documentação pedida pelos deputados, para além de ainda não estarem transcritas boa parte das audições realizadas pela comissão.» [Expresso]

 Vou tentar perceber

Porque razão o SLB quer ficar em primeiro? Para ir à Liga dos Campeões Europeus.

O que pensa o SLB da Liga dos Campeões Europeus? A prioridade é a liga nacional, se o clube perder por 5 a O com um clube europeu e conseguir um empate com o Arouca será um excelente resultado, para isso basta que Porto e Sporting não ganhem os seus jogos.

Será possível mandar todo um clube de futebol a uma consulta de psiquiatria?

Enfim, com um treinador como o do SLB só se pode dizer que quem pequenino nasce, tarde ou nunca vai conseguir crescer.

 A verdade submergiu

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 Mais honestidade
   
«Não é lícito alcançar o poder com recurso à mentira, ao logro e à fraude política" - Marinho e Pinto (M.P.), 1/2014.

"Aprecio o Movimento Partido da Terra porque está há anos na política portuguesa e as pessoas permanecem fiéis aos seus ideais. Essa ideia de barriga de aluguer, não. Há uma convergência de convicções, de valores, que me aproximou deste partido mais do que de qualquer outro. (...) quem vai pagar a campanha é o MPT, eu dinheiro não tenho" - M.P., 1/2014.

"Fui eu quem foi ter com o MPT. É um partido de gente boa, séria, que não anda na política com interesses pessoais" - M.P., 1/2014.

"O MPT é liderado por cinco amigos aqui de Lisboa que utilizam o partido para si próprios e suas famílias" - M.P., 10/2014.

"Vou ser uma formiguinha em Bruxelas" - M.P., 1/2014.

"O Parlamento Europeu só é uma prateleira dourada para quem não quiser trabalhar. Quem quiser, tem muito para fazer. Só é prateleira para aqueles que estão à espera de outros voos" - M.P., 5/2014.
"Só percebi que o PE não tinha iniciativa legislativa quando lá cheguei" - M.P., 10/2014.

"O PE é um faz-de-conta. Não manda nada. Havia indícios, havia sinais, havia algumas denúncias semiclandestinas de que o PE era aquilo que realmente é. Mas não há como estar lá e experimentar" - M.P., 10/2014.

"Sempre disse que ia candidatar-me às legislativas" - M.P., 8/2014.

"Portugal tem uma dívida pública completamente insuportável. É imoral e injusto. Não podemos deixar dívidas para os nossos filhos e netos, pelo menos dívidas incomportáveis" - M.P., 10/2014.

"Podemos precisar de 50 ou 100 anos para pagar, mas temos de afastar essa ideia de cortar a dívida. Pedimos dinheiro emprestado, gastamos o dinheiro e agora pedimos aos credores que nos perdoem? Não! Queremos é que a Europa faça investimento e crie condições de coesão" - M.P., 4/2014.

"Não sei se os deputados ganham tão mal como isso. Não é o dinheiro que atrai os melhores" - M.P., 1/2014.

"Em Portugal os deputados ganham pouco. Não é digno. Os órgãos de soberania em Portugal são mal remunerados" - M.P., 9/2014.

"O nosso regime democrático foi construído por quatro figuras notáveis: o Dr. Mário Soares, o Dr. Freitas do Amaral, o Dr. Álvaro Cunhal, o Dr. Sá Carneiro" - M.P., 1/2014.

"António Costa tem à sua volta um exército de oportunistas, de clientes famintos de lugares e benesses. Se chegar a PM vai levar esses clientes todos para o aparelho de Estado. Quem ficará a mandar neste país é a Mota-Engil, é a Fundação Mário Soares..." - M.P., 10/2014.

"Não vou ceder ao fácil, ao popularucho, não vou ser populista. Quero trazer mais honestidade à política, menos teatro, menos mentira, mais autenticidade" - M.P., 10/2014.

"Os factos notórios não carecem de demonstração. Em política o que parece é" - M.P., 10/2014.» [DN]
   
Autor:

Fernanda Câncio.

      
 As costureiras da Pedreira do Húngaros
   
«Num orçamento pouco detalhado para 1999, citado pelo jornal i, nesse ano estava previsto gastar cerca de 61 mil contos (304 mil euros). Porém a maioria desse dinheiro – 45 mil contos (225 mil euros) – destinava-se a pagar os encargos com formação num projeto na Pedreira dos Húngaros, um bairro degradado situado onde hoje fica Miraflores.

O Diário de Notícias escreve que no orçamento para 1999, 90% das verbas destinar-se-iam a pagamentos de colaboradores. Mas as verbas que refere não coincidem com as referidas pelo i: dos 15.600 contos (75.8 mil euros) de donativos, 14.542 contos (72 mil euros) seriam gastos com os colaboradores, cujo número não está identificado no relatório. Acrescenta que, entre 1997 e 1999, as despesas com o pessoal foram crescendo: estavam a zeros em 1997, cresceram para 3.200 contos (16 mil euros) no ano seguinte, e em 1999 teriam dado um salto para 72 mil euros.

Se dividirmos os 72 mil euros por 12 meses, que era como a Tecnoforma financiava a ONG, obtemos um total de 6 mil euros de despesas mensais com o pessoal. Ora, a denúncia que virou os holofotes para Passos Coelho dizia que o atual primeiro-ministro auferia cerca de 5 mil euros por mês quando era deputado, não apenas em 1999, mas desde 1997. E que haveria também pagamentos pelo menos a José Luís Gonçalves.» [Observador]
   
Parecer:

As coisas coisas que devemos a Passos e à sua ONG.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Preconceito, diz ele
   
«Há um ano que é presidente da bancada parlamentar comunista e, quando questionado pelo Sol sobre a sua estratégia, João Oliveira revela que “o PCP não procura construir o seu reforço à custa das fraquezas dos outros. A verdade é que provou o contrário. O PCP reforçou-se eleitoral e politicamente. E a ideia do PCP como partido do passado é um preconceito que a realidade se tem encarregado de derrubar”.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

O homem tem toda a razão, o PCP é um partido modernaço, com um programa feito no Facebook.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 O cão que não ladrou
   
«O Estrela de Prata era um cavalo campeão que desapareceu durante a noite, apesar de bem guardado por um cão, em vésperas de uma importante prova hípica. Chamado a investigar o caso, o detective Sherlock Holmes acabou por perceber que não houve qualquer barulho durante o roubo. Nem o cão ladrou. E não o fez porque o ladrão do cavalo era o dono de ambos os animais.

Foi citando a literatura policial que Michael Ignatieff, escritor canadiano, antigo líder do Partido Liberal do Canadá e da oposição na Câmara dos Comuns entre 2008 e 2011, e actual professor na Universidade de Harvard, apontou o dedo à audiência do grande auditório do CCB para dizer que durante a grave crise que a Europa atravessa desde 2008, “o cão que não ladrava é Portugal”. Ignatieff foi o orador da sessão de abertura da conferência À procura da liberdade, do terceiro encontro Presente no Futuro que a Fundação Francisco Manuel dos Santos organiza esta sexta-feira e sábado em Lisboa.

E Portugal não ladrou porquê? “Porque está integrado na União Europeia” – de onde veio parte do problema mas de onde veio também a solução. “Há um grande ressentimento por toda a Europa, incluindo na Alemanha, sobre a pouca natureza democrática das instituições europeias”, assinalou, mas os países não lutam contra isso.» [Público]
   
Parecer:

E  agora o cão trabalha no FMI ou como comissário.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»

 O primeiro ataque do PSD a Costa
   
«O debate sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS) abriu nesta sexta-feira no Parlamento com um desafio do PSD ao novo líder do PS para um “pacto de regime” no sector, que permita um modelo sólido e inovador.

Nuno Reis, deputado social-democrata, abriu o debate requerido pela bancada do PSD com rasgados elogios ao ministro Paulo Macedo, que comparou a “génios como António Arnault e Albino Aroso”.  

Nuno Reis passou então ao ataque aos socialistas, afirmando que não se conhece “qualquer ideia ou contributo” de António Costa sobre a Saúde. “António Costa não foi ainda além de banalidades e de piedosas declarações para agradar auditórios de circunstância. É preciso, é forçoso que este PS diga rapidamente ao que vem e que propostas tem para assegurar o futuro do SNS”, afirmou o parlamentar.

A bancada do PSD, depois secundada pelo próprio ministro, desafiou então o principal partido da oposição para um “pacto de regime”. » [Público]
   
Parecer:

O PSD está mesmo convencido de que o Opus Macedo é mesmo um grande ministro.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao deputado se já foram apuradas as responsabilidades nas mortes ocorreidas em Évora devido a falta de assitência.»

 "Tadinho" do Passos
   
«Passos Coelho tem tentado fazer passar a ideia de que se tornou um alvo por ter mexido com interesses poderosos. Com duas frases enigmáticas proferidas na passada sexta-feira, deu esse tom.

Forçado a dar explicações sobre o caso Tecnoforma no debate quinzenal da semana passada no Parlamento, o primeiro-ministro afirmou ter tomado sempre decisões de acordo com a sua consciência, “mesmo que isso possa desagradar a algumas pessoas com alguma influência”.

Nessa noite, na reunião do Conselho Nacional do PSD, Passos referiu-se a um “mensageiro” que lhe terá dito que o Governo não iria durar muito porque mexeu com uma determinada pessoa influente, que no entanto não identificou. Na reunião, que decorreu à porta fechada, o líder dos sociais-democratas não se quis alongar sobre o caso. Dentro da sala, as intervenções dos conselheiros foram no sentido de lhe expressar solidariedade, mas à margem da reunião ninguém nega que o caso atingiu o primeiro-ministro naquilo que era considerado um dos seus pontos fortes: a seriedade e a honestidade.

Passos Coelho tornou-se um alvo ou está em construção uma teoria da cabala? Várias fontes ouvidas pelo PÚBLICO afirmam que o primeiro-ministro tem recebido avisos por, alegadamente, se ter tornado o alvo de interesses poderosos que, nos últimos tempos, perderam influência na sociedade portuguesa. Estas mensagens terão chegado a Passos através de contactos pessoais na semana em que o caso Tecnoforma esteve ao rubro.» [Público]
   
Parecer:

Estamos perante uma teoria ridícula, ainda que haja por aí quem saiba demais sobre a boa vida de gente do PSD para que não tenham cuidado na forma como os tratam e espezinham.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

   
   
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