sábado, junho 20, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura



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Janela de Serpa
  
 Jumento do dia
    
Eurico Figueiredo, fundador do PDR do marinho 

Este senhor já tem idade e experiências suficientes para não alinahr em aventuras, ajudou a criar o PDR e a promover Marinho Pinto, agora parece eastar ofendido. Esperemos que o PS não o receba como um herói.

«Uma cisão violenta na véspera da reunião que elegerá o Conselho Nacional do Partido Democrático Republicano (PDR). Eurico Figueiredo, ex-deputado do PS e apoiante desde a primeira hora de António Marinho e Pinto, o líder do novo partido, ameaça abandonar o projeto enviando uma carta dura, em que acusa Marinho de “falso profeta” e de estar a transformar o PDR de “partido caudilhista em partido fascista”, e pede que convoque as eleições noutros termos.

“Conhecendo a sua falta de bom senso, espero, contudo que o Espírito Santo (do céu, e não da terra) o inspire.
Sem o menor respeito pela democracia dentro PDR, o sr. presidente está a transformar-se num “falso profeta”, a proporcionar a saída do PDR dos democratas que acreditaram em si, e a avançar inexoravelmente, de um partido que já é caudilhista, para um partido fascista”, escreveu por email a Marinho, tornando pública a mensagem no Facebook. “Não o farei com gosto: mas com convicção. Repita as eleições em condições de respeito pelas diferentes listas. Acredite que virei a ser completamente diferente de si, se não dá a mão à palmatória. E que em breve compreenderá a diferença: fascismo nunca mais!”.

Ao Observador, Marinho e Pinto declarou que tudo o que Figueiredo diz “é uma acusação tresloucada como tresloucadas têm sido todos os atos praticados por ele na última semana”.» [Observador]

 A falta de dignidade da UE

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É inaceitável que os ministros do Euro tenham permitido que a diretora do FMI se tivesse referido de forma pouco digna a um dos países da UE. Quando a senhora Lagarde disse que «temos que recomeçar o diálogo, mas com adultos" ou os ministros da UE tomavam posição lembrando as regras da diplomacia e da não ingerência em relação a uma organização exterior à UE e de que a Grécia é um membro em igualdade com todos os outros, ou teria merecido que alguém lhe perguntasse se não preferiria ter os adultos na cama.

Pelas primeiras fotografias de carinhos com o Varoufakis era mesmo o que apetecia perguntar. Ou estou muito enganado ou aquele cachecol da Burberry não resistia a mais uma "ronda negocial".

 Interrogações que me atormentam

Depois de Cavaco Silva ter dito com ares de velho castigador que as regras são para cumprir ando às voltas na tentativa de tentar perceber a que regras se referia, acredito que um Presidente da República na posse de todas as suas capacidades intelectuais só faz uma afirmação destas no pressuposto de que alguma regra foi violada. Ora, aquilo que tenho visto não é uma Grécia a não cumprir as regras, é antes uma Grécia que depois de cumprir regras que falharam quer negociar com os credores para ter novas regas e tem feito tudo isto segundo as regras do tratado da UE.

A que regras se refere Cavaco Silva?

      
 Crianças pirómanas
   
«Diálogo mas com adultos na sala", exigiu ontem, no fim de mais uma reunião do Eurogrupo sem acordo, a diretora-geral do FMI. O grau de maturidade de alguém costuma ser aferido em função da capacidade de não fazer birras, não tomar decisões irracionais e assumir os erros. Mas pedir desculpa não basta: é preciso tentar corrigir o mal e não voltar ao mesmo.

Vejamos pois quem, nesta história, está a fazer birra, quem cometeu erros, quem pediu ou não pediu desculpa e procurou emendar-se. Por exemplo: que fizeram os gregos de errado? Elegeram um governo anti-austeridade, certo - que, ao contrário do eleito em 2011 em Portugal, leva a sério as promessas feitas aos eleitores. Mas antes deste braço de ferro com a troika, que sucedeu, nos cinco anos desde o primeiro resgate, em maio de 2010?

A Grécia não cumpriu os programas que lhe foram impostos? Não cortou salários e pensões (lá, ao contrário daqui, não houve a "força de bloqueio" Tribunal Constitucional) e gastos sociais, não aumentou impostos e transportes públicos, não chegou até a fechar a TV pública (que só reabriu agora)? Não aplicou a receita austeritária que lhe foi imposta, como aos outros países resgatados - sempre a mesma? Se aplicou: ontem no DN um texto do comentador-chefe do Financial Times Martin Wolf descrevia o efeito bombástico do "ajustamento" grego - "O PIB real agregado caiu 27% (...), a taxa de desemprego chegou aos 28% em 2013, enquanto o emprego público caiu 30% entre 2009 e 2014". Leiam-se os documentos do próprio FMI sobre o cumprimento do programa grego: todos assumem que os efeitos das brutais exigências foram muito diferentes dos estimados. Do já célebre "erro dos multiplicadores" - o efeito do corte de cada euro foi calculado pela troika muito abaixo da realidade por ter usado uma fórmula errada - à ideia de que "as reformas estruturais" (termo fétiche dos troikos que estamos para perceber, ao fim destes cinco anos, que raio quer dizer, já que aquilo que assim apelidam é invariavelmente corte de qualquer coisa) iam levar a "um aumento da produtividade e a uma melhoria no investimento", passando por não terem tido em conta a "quebra da confiança" (que qualquer bebé previria), foi um não acabar de asneiras. Mas que se pode ler num estudo de 2013 de técnicos do FMI, que assume todos estes erros? Que "de qualquer maneira uma profunda recessão era inevitável" e se a Grécia tivesse entrado em default, diz o paper, "o mais certo é que a contração fosse ainda maior". A sério, isto está escrito assim: se a troika não tivesse acudido à Grécia, era capaz de ser pior. E o melhor é que, tendo "acudido", quer, cinco anos depois, continuar a mesma brincadeira - ou deitar fogo ao brinquedo, sem cuidar de saber se com isso incendeia a casa. Está na altura de um bom par de estalos -- mas na Europa, pelos vistos, não sobra ninguém para pôr ordem na criançada.» [DN]



 A "justiça" entra em modo de campanha eleitoral
   
«O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) acredita que, além das contas da Suíça e dos 2,8 milhões de euros que serviram para comprar o apartamento de luxo em Paris a Sócrates, também outras pessoas foram 'sustentadas' pelo empresário Santos Silva.

Em causa está o número dois no Governo de Sócrates. O ex-ministro da Presidência Pedro Silva Pereira, segundo apurou o semanário SOL.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Há quem queira viciar as eleições, parece que há quem queira fazer justiça eleitoral.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se por pior.»
        
 Nuvem de pombos-correios sobre Portugal
   
«A Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) alertou os pilotos para a necessidade de voarem, no sábado, dia 20 de junho, “com cuidado especial” devido à largada de 70.000 pombos-correio de columbófilos portugueses, de Valência, Espanha, com destino a Portugal.

“Os operadores de aeronaves (pilotos) são aconselhados a usar de cuidado especial quando voarem abaixo dos 2.000 pés (cerca de 610 metros) devido a possível atividade anormal de pombos (bandos de 5 a 20) sobre Portugal Continental”, refere a ANAC, numa informação escrita enviada à agência Lusa.

A decisão de emitir este Notam (documento utilizado para a divulgação de informação aeronáutica) surge após o regulador tomar conhecimento da notícia da realização desta prova e das questões levantadas quanto aos riscos que a mesma poderia acarretar para a aviação, e depois de a ANAC consultar a Federação Portuguesa de Columbofilia.» [Observador]
  
 Zangamse as comadres
   
«“A reforma da Justiça falhou”. É esta a sentença de António Ventinhas, presidente do Sindicato de Magistrados do Ministério Público. O responsável falava no âmbito de um seminário sobre corrupção, a decorrer na Figueira da Foz.

Em análise estava o atual momento político e o estado da Justiça. Ventinhas teceu várias críticas à ministra da Justiça, sublinhando que Paula Teixeira da Cruz impossibilitou o diálogo.”Não estamos a anunciar o corte de relações do sindicato com a senhora ministra, porque esse corte de relações já tinha existido há muito”, disse. O responsável considera que “não é possível completar a reforma judiciária neste momento” porque “não se conseguiram aprovar os estatutos”.

No princípio de junho, a ministra da Justiça adiantava em comissão parlamentar que o impasse na aprovação dos Estatutos das Magistraturas se devia às “exigências” salariais feitas pelos magistrados, desfasadas “face à realidade”. Paula Teixeira da Cruz afirmava que iria fazer tudo “para concluir o processo”, mas referia que as exigências não podiam continuar naqueles patamares. No diploma estavam previstos aumentos salariais de 3.000 para 4.224 euros e, noutras situações, de 7.000 para 8.274 e até de 8.000 para 10 mil euros, reconheceu na altura Paula Teixeira da Cruz, escrevia a Lusa.» [Observador]
   
Parecer:

Isto anda, anda e ainda libertam Sócrates.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se»

 "Enxurrada desgarrada de factos"
   
«O juiz do Tribunal da Relação de Lisboa que quis libertar o ex-primeiro-ministro José Sócrates, mas acabou por sair vencido, descreve o inquérito ao antigo governante como uma “enxurrada” de factos “desgarrada e difusa”, alguns dos quais diz serem de “muito duvidosa relevância criminal”.

O voto de vencido a que o PÚBLICO teve acesso é um documento de 49 páginas que transcreve o projecto de acórdão que o juiz José Reis tinha escrito como relator do recurso apresentado pela defesa do ex-primeiro--ministro. Por isso, trata-se de um texto peculiar que tem o formato de um acórdão, sem ter sido retirado o subtítulo “decisão” e a referência “acordam os juízes da 3.ª secção deste Tribunal da Relação” em “declarar extinta a medida de prisão preventiva imposta ao arguido/recorrente José Sócrates”. O documento está assinado por José Reis, estando vazio o local onde a juíza Laura Maurício deveria ter assinado.

Após a primeira folha, o juiz apresenta 36 páginas com a descrição dos factos imputados pelo Ministério Público a José Sócrates no primeiro interrogatório judicial, uma parte do documento a que o PÚBLICO não conseguiu aceder. Depois desta descrição, segue-se a fundamentação apresentada pelo juiz para explicar por que não concorda com a declaração de especial complexidade do caso, que permitiu alargar os prazos do inquérito, do segredo de justiça e da prisão preventiva de Sócrates.» [Público]
   
Parecer:

É possível uma associação corporativa de magistrados lixar alguém por vingança?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Investigue-se essa hipótese.»

 Até na matemática há um milagre
   
«A 1ª fase dos exames nacionais do 9º ano está concluída e, tal como aconteceu com a prova de Português, realizada na 2ª feira, também a de Matemática, feita esta sexta-feira por 90 mil alunos, foi considerada "mais simples" do que a do ano passado. A "tendência já se tinha registado de 2013 para 2014", escreve a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) no seu parecer à prova. 

A SPM considera mesmo que o exame é "realizável, em cerca de dois terços da extensão, por um aluno do 8º ano", que "não incorpora qualquer questão que permita distinguir especificamente alunos de nível 5" e lamenta que o teste não tenha incluído em algumas questões "problemas desafiantes".» [Expresso]
   
Parecer:

Ninguém  escapa à bondade do governo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

   
   
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