segunda-feira, julho 27, 2015

As empresas não querem governos que façam batota na economia

Passos Coelho tem toda a razão ao dizer que as empresas não gostam de governos que fazem batota, até poderia dizer que os clientes também não gostam de empresas batoteiras, os cidadãos detestam igualmente serem ludibriados por políticos batoteiros e as próprias empresas não gostam de outras empresas que fazem batota.  O problema é que tanto na política, como na economia portuguesa são muitas vezes  os batoteiros a levar vantagem.

Imagino quantas empresas que estão sem meios para pagar a trabalhadores ou a fornecedores porque o seu IVA foi abusivamente retido pelo Núncio Fiscoólico para fazer batota nos relatórios de execução orçamental e inventar uma devolução da sobretaxa anunciada um dia antes desta saída do filósofo de Massamá a propósito da batota.

Outro bom exemplo de batota é quando um político se esquece de forma premeditada de cumprir com uma obrigação contributiva esperando que ela prescrevas, ficando dispensado de a pagar. É uma batota que tem por consequência serem outros a terem de pagar taxas superiores para que os batoteiros possam viver acima das suas posses á custa de expedientes e, quem sabe, da ajuda de algum funcionário mais militantes, sempre disposto a fechar os olhos às pequenas diatribes de um político promissor.
  
Um dos concorrentes à privatização da TAP queixou-se em Bruxelas da batota feita pelo consórcio vencedor, ao que consta um empresário português deu o nome a uma falsa maioria do capital para que um empresário brasileiro pudesse iludir a legislação comunitária passando a ser proprietários de uma companhia aérea europeia. Os indícios da batota foram evidentes desde o início e parece que o governo fez de conta que não viu.
  
Outro exemplo de batota por parte do governo é o que temos vindo a assistir com a suposta diminuição da taxa de desemprego, com os desempregadas a diminuir sem que sejam criados empregos, um fenómeno que se deve aos truques do Lambretas. Mas mais grave do que a batota do Lambreta foi o facto de em cima disso o próprio Passos Coelho ter feito batota quando na sua última entrevista ter comparado dados relativos a dois horizontes temporais, escondendo que tinham sido usados critérios diferentes e, portanto, tais dados não eram comparáveis.

Da promessa de não cortar pensões à acusação de que a intenção de cortar subsídios de férias e de Natal se tratava de uma difamação que atribuiu aos adversários políticos o percurso político de Passos Coelho tem sido recheado de batota. É porque tem havido batota a mais na economia que só mesmo os chineses que precisam de um passaporte europeu têm comprado uma casita e mesmo esses mal ficam na posse de um visto dourado conseguido à custa de comissões partem para o estrangeiro.