sexta-feira, julho 17, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura



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 Jumento do dia
    
António Albuquerque, marido

Há coincidências do diabo, sem saber porquê hoje lembrei-me do ex-consultor da EDP pois há muito que ninguém se queixava das suas ameaças de porradaria, o pobre homem mais parece um amigo do Pidá, do Porto, do que marido da ministra. Acabo de abrir o Gmail e de saber que o homem vai prestar contas por causa das suas ameaças de pancada. Pobre ministra, com um ar tão doce e um marido brutamontes, quem diria?

«O marido da ministra das Finanças, António Albuquerque, foi constituído arguido e deverá responder em tribunal pelos crimes de injúria, difamação e coacção depois de ter insultado por mensagem de telemóvel um jornalista do Diário Económico, que também ameaçou.

O caso foi revelado esta quinta-feira pela revista Sábado, e confirmado pelo PÚBLICO. A António Albuquerque, que na altura dos acontecimentos já tinha saído do Económico, onde desempenhara funções de director executivo, não agradou um artigo de opinião escrito por um antigo colega da mesma publicação em Setembro passado, intitulado “O que acontece se o Novo Banco for vendido com prejuízo?", onde o seu autor expressava dúvidas sobre a forma escolhida pelo Governo e pelo Banco de Portugal para resgatar o Banco Espírito Santo.

"Tira a minha mulher da equação ou vou-te aos cornos", dizia um dos sms enviados pelo marido de Maria Luís Albuquerque ao antigo colega. "Tu não sabes quem eu sou. Metes a minha mulher ao barulho e podes ter a certeza que vais parar ao hospital", podia ler-se noutro.» [Público]

 Da Grécia ao Báltico

Os gregos escolheram o PASOK e Wolfgang Schäuble tudo fez para o descredibilizar aos olhos do grego e ao impedir um referendo para que o povo se pronunciasse sobre o programa de austeridade a Alemanha livrou-se do PASOK. Quando se esperava que o mesmo Wolfgang Schäuble se revisse no governo da Nova Democracia o alemão voltou a surpreender não ajudando a direita democrática grega a governar. Com o Syrisa o Wolfgang Schäuble nem se deu ao trabalho de usar guardanapo, o governo grego era para ser derrubado e a Grécia devia ser humilhada por ter ousado votar duas vezes contra a Alemanha. Resta aos gregos votar na extrema-direita para deixar Wolfgang Schäuble que depois vai querer que a Le Pen ganhe as presidenciais franceses.

Desta vez a Alemanha não recorre aos empréstimos forçados, espera que os depositantes fujam com o dinheiro para o depositar nos bancos alemães. Desta vez a Alemanha não precisa de recorrer a mão-de-obra escrava, os melhores quadros dos países sob "ocupação" fogem destes países e até pagam o bilhete para irem trabalhar numa Alemanha que não gastou um tostão na sua formação e ainda diz que o investimento na qualificação significou gastar acima das possibilidades. Tal como da outra vez o governo alemão continua a contar com um governo português germanófilo, diria mesmo que bem mais germanófilo e menos nacionalista do que o governo de Salazar.

Dizem que as sondagens apontam para mais de 80% a apoiar o Wolfgang Schäuble, não admira, se recuarmos uns anos esse apoio também era quase unânime, todos festejaram as grandes vitórias e no fim todo assobiaram para o ar e disseram que a culpa era do Adolf, ninguém sabia de nada. Até o nosso governo descobriu de um momento para o outro da mais velha aliança da Europa.

A Europa morreu no dia em que foi derrubado o Muro de Berlim, com a reunificação da Alemanha e recomposta economicamente a Alemanha já não precisa da solidariedade europeia, da posição estratégica da NATO no Atlântico ou no Mediterrâneo. Agora a solidariedade alemã vai para o seu espaço vital, para o grande mercado e para os recursos da Europa Central e do Leste, agora os gregos deixaram de ser democratas, os verdadeiros democratas são os extremistas da Ucrânia, os construtores de muros da Hungria e os ressabiados do Báltico.

 A piada do dia: "dá cá um bacalhau!"

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 Dúvidas que me atormentam

Se o governo considera inadequado em tempo eleitoral rever os suplementso da Função Público o que o animará para abrir um concurso com vista à nomeação do director-geral da AT nesse mesmo tempos eleitoral? A desculpa só pode ser uma, o governo está tão empenhado no sucesso de um futuro governo de António Costa que le quer escolher alguém muito competente e independente de escritórios de advogados ex-secretários de Estado.
  
 Frenesim fiscal

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Nos últimos dias a agenda da comunicação social, designadamente, do Correio da Manhã tem sido agitada com sucessibas notícias que sugerem uma instensa actividade e eficácia da máquina fiscal. Primeiro foi a nótícia de que o Ike Casillas ainda nem tinha número de identificação fiscal e a tinta da sua assinatura no contracto ainda não tinha secado e já estava a ser investigado pelo pessoal do eficaz Núncio Fiscoólico.

Ainda a maralha estava a discutir os milhões de fuga ao fisco do Iker e do Jesus e já tinha surgido outra notícia, a de que o fisco estava a penhorar centenas de carros de luxo, alguns era mesmo penhorados em andamento pois os carros da GNR tinham acesso a informação fiscal, sem terem de justificar o acesso aos dados a ninguém.

Quando o pessoal ainda se estava a divertir com a hipótese do fisco ter funcionários a montar armadilhas Nas imediações dos representantes das marcas de luxo fomos surpreendidos com a notícia da penhora da casa de Sócrates.

Passadas as gargalhadas há um problema sérico que subsiste: como é que estas coisas chegam ao conhecimento de um ou dois jornais apenas, isto é, sem que tenha havido um comunicado de imprensa. No fisco ninguém consegue saber tudo isto ao mesmo tempo a não ser o mais elevado escalão da hierarquia, mas daí nunca saiu nada para os jornais. Quem é que tendo acesso a toda a informação fiscal andará a fazer campanha nalguns jornais?

Enfim, a célula do CDS no fisco tem mais olhos do que barriga e a necessidade de fazer notícias é tal que já não tem o devido cuidado, desta forma é mais do que evidente que não são os funcionários ou dirigentes do fisco que andam a fornecer informação ao exterior.

      
 Um sinal de mudança
   
«As contas de Passos Coelho sobre a governação de Sócrates vão até 2011, a pouco menos de meio de mandato que foi interrompido pelo chumbo do PEC IV (Programa de Estabilidade e Crescimento) e pela demissão do Governo. Só que a referência à taxa de desemprego usada para a comparação (e que é referente ao segundo trimestre de 2011) passa por cima de uma alteração metodológica do INE no cálculo dos dados do desemprego que ocorreu no primeiro trimestre desse ano. Por causa dessa alteração, o desemprego deu um salto para 12,4% no primeiro trimestre. São mais 50 mil desempregados e a população empregada recua quase 80 mil pessoas. Sem esse efeito e com o mesmo método, a taxa teria crescido para 11,4%. E com base nestes dados, o saldo destruição de emprego entre 2005 e 2011 fica um pouco abaixo dos 150 mil. Precisamente, o número de postos que Sócrates ambicionava criar, mas menos que os 236 mil referidos por Passos, cujas contas se reportam ao segundo trimestre de 2011, já com o novo método do INE,

Para avaliar a evolução do desemprego na sua legislatura, o primeiro-ministro dividiu o tempo de governação em duas fases – o que desde logo não permite uma base comparável com a legislatura anterior. A primeiro incide sobre o período mais negro da austeridade e do desemprego e vai até ao final de 2012. Mas a partir do início de 2013, o primeiro-ministro diz que a economia criou mais de 175 mil postos de trabalho e assegura que temos mais pessoas empregadas hoje do que em 2013.

Uma das primeiras limitações para avaliar o fundamento destes cálculos é a base comparável. Usando os dados do Instituto Nacional de Estatística, verifica-se que só a partir de outubro de 2014 é que começaram a ser disponibilizadas estimativas mensais de evolução do emprego. Até essa data, os dados eram trimestrais, o que limita a comparação aos primeiros três meses deste ano, deixando de fora a evolução de abril e maio, em tese, mais favorável ao Governo porque o desemprego recuou.» [Observador]
   
Parecer:

Até parece que a Voz do Povo já está ajustando a sua linha editorial a uma nova realidade política. Pobre Passos Coelho, até na Voz do povo vai ser abandonado.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Até tu Mário
   
«No dia 20 de julho [data em que a Grécia deve reembolsar um empréstimo de 4,2 mil milhões de euros ao BCE] vamos ser reembolsados, bem como o FMI", afirmou Mario Draghi que considerou ainda que a necessidade de reduzir o peso da dívida grega, que representa cerca de 180% da riqueza do país, é "indiscutível", embora não exista ainda resposta quanto à melhor forma de o fazer.

Esse deverá ser o tema das negociações das próximas semanas entre a Grécia e os seus credores, acrescentou o presidente do BCE.

Draghi escusou-se a comentar as declarações do ministro das Finanças alemão, que continua a defender uma saída temporária da Grécia da zona euro, mas afirmou que o BCE trabalha assumindo que a Grécia é e continuará a ser um membro da zona euro. Sobre o pagamento que a Grécia tem de fazer na segunda-feira, no valor de 3,5 mil milhões de euros, ao BCE, o presidente da instituição mostrou-se confiante de que Atenas cumprirá, justificando o seu otimismo com a solução que está a "a caminho de ser aprovada pela Comissão Europeia", que deverá garantir à Grécia um empréstimo intercalar financiado pelo Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira até ao resgate. Draghi chegou mesmo a insinuar que a Grécia, caso cumpra com todas as exigências, poderá até beneficiar do "quantitative easing", um programa do Banco Central Europeu de estímulo à economia.» [DN]
   
Parecer:

Lá se vai a tese pacóvia de Passos Coelho segundo o qual ou não se cobrava ou se emprestava mais. Note-se que esta é a tese do chefe segundo o qual a solução seria um grexit e uma reestruturação da dívida e a tese do empenhamento dos germanófilos na continuação da Grécia no Euro é uma mentira.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao pacóvio de Massamá.»

 Falar a crianças como quem fala com a Grécia
   
«Numa sessão pública na cidade de Rostock, Angela Merkel foi confrontada por uma jovem refugiada que, segundo o Guardian, entrou na Alemanha há quatro anos, vinda de um campo de refugiados no Líbano e corre o risco de deportação, juntamente com a sua família.

"Tenho objectivos na vida como qualquer outra pessoa. Quero ir para a universidade, é um objectivo que quero atingir", afirmou, em alemão e com um sorriso, explicando que vê os restantes atingirem-no, sem que ela o consiga alcançar.

A chanceler explicou à palestiniana que não é possível acolher todos os que, em África, tentam chegar à Europa. "Compreendo o que está a dizer. No entanto, às vezes a política é dura". Nos campos de refugiados da Palestina no Líbano "há milhares e milhares [de pessoas] e se dissermos ‘podem vir todos de África'... não consigamos gerir isso", afirmou Merkel.

À explicação, assente no racional da política de imigração, a jovem respondeu com lágrimas. Perante a reacção, Angela Merkel, visivelmente surpreendida, dirigiu-se à interlocutora, sentada entre uma assistência de cerca de 40 jovens, e explicou-lhe que tinha feito um excelente trabalho.» [DE]
   
Parecer:

A senhora não sabe distinguir uma criança do Tsipras.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»

 Seguiristas em busca do tacho
   
«Os seguristas estão em polvorosa. Ainda não têm a certeza se entram nas listas todos os nomes da anterior direção que entendem que merecem ser candidatos e já estão divididos, acusando à boca pequena Álvaro Beleza de não estar a defender como deve ser a representação de Seguro.

A maior parte dos seguristas está a ser escolhida pelas federações, que estão durante esta semana a fazer reuniões para acertar os nomes a propor – a lista final será aprovada na terça-feira em reunião da comissão política. Alguns vão entrar pela quota do secretário-geral, como Álvaro Beleza, amigo e que fez parte do Secretariado Nacional de António José Seguro, Eurico Dias, conselheiro de Seguro e membro do grupo de economistas que elaborou o cenário macroeconómico para o PS por convite de Costa, Alberto Martins, deputado e ex-ministro da Justiça, ou João Soares, deputado (Lisboa).

E há outros que parecem não ter qualquer hipótese. É o caso do atual deputado Miguel Laranjeiro, o ex-governador civil de Lisboa António Galamba, o ex-porta-voz do PS para as questões internacionais, João Assunção Ribeiro, o ex-líder da UGT, João Proença, ou Isabel Coutinho, presidente do Departamento das Mulheres Socialistas. José Junqueiro e Mota Andrade, atuais deputados, recusaram ir nas listas por não serem cabeças de lista nos seus distritos. Mota Andrade é líder da Federação e mesmo assim não encabeça a lista pela primeira vez em vários anos.» [Observador]
   
Parecer:

Será assim tão difícil para eles fazerem pela vida sem a manjedoura parlamentar? Não entendo,, por exemplo, o Proença era da UGT e como tal até deve ter uma profissão, ao que parece é bancário. Será assim tão mal para Proença voltar a ter os seus colegas do banco ao seu lado?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 O país atrasado
   
«O antigo internacional português, que representou Boavista, Benfica e Sporting e é atualmente diretor da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) tinha recorrido de uma indemnização cível ao Estado, fixada em 169.629 euros de 27 de março de 2014.

A condenação por fraude fiscal surge no âmbito da contratação do jogador pelo Sporting, num processo em que a Relação absolveu Luís Duque e Rui Meireles, responsáveis da Sporting SAD, na altura, e o agente José Veiga.» [JN]
   
Parecer:

A justiça portuguesa, a tal dos magistrados emproados e convencidos, tardou mais de dez anos a obrigar um contribuinte a pagar o que devia, cois que o português comum faz sem recorrer a tribunais. Cm magistrados e tribunais destes o melhor é abandonar a UE e pedir a adesão à OUA.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se a proposta.»
  

   
   
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