quarta-feira, agosto 26, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


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Pinto de cisne no Parque Eduardo VII, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Maria Luís

Seria interessante se em vez de falar só para putos, como tem feito estes anos, a ministra das Finanças viesse discutir com economistas crescidinhos, explicando qual foi a receita que falhou. A verdade é que a ministra das Finanças sabe tanto de política económica como eu de lagares de azeite e refugia-se em debates sem interlocutores para dizer as suas asneiras.

«Maria Luís Albuquerque ao ataque ao PS. A ministra das Finanças centrou a sua intervenção na Universidade de Verão da JSD nas críticas às principais propostas do PS e àquilo que diz ser a receita falhada dos socialistas. A estratégia continua a ser a mesma: dramatizar as consequências de um eventual Governo socialista.

“Como é possível que [o PS] se apresente com propostas que falharam tão rotundamente no passado? Porque haveriam os portugueses de acreditar que a mesma receita que conduziu ao desastre de 2011 produziria agora resultados diferentes?”, criticou esta terça-feira em Castelo de Vide, num discurso lido e não feito de improviso.

Sobre o passado, acusou o PS de ter feito disparar a despesa pública e privada e afirmou mesmo ser “incompreensível” defender-se, como fazem os socialistas, de que o investimento público é o motor da economia.» [Observador]

      
 O essencial não se esquece de nós
   
«A maior prova de que a União Económica e Monetária (UEM) foi uma criação politicamente aventureira e tecnicamente incompetente reside na tempestade europeia de leis e expedientes que nos tem acompanhado nos últimos seis anos. Reformas sucedem-se a novos tratados intergovernamentais, sempre tentando apagar incêndios que poderiam ter sido evitados se as "regras" originais da UEM tivessem um pingo de sensatez.

Recordemos um pouco. O artigo 125.º do Tratado de Funcionamento da União Europeia (TFUE) impede o resgate dos países em dificuldades (vítimas de "choques assimétricos", como se diz na gíria das uniões monetárias). Pela lógica das "regras", a Grécia deveria ter falido logo em 2010, e o mesmo teria ocorrido com a Irlanda e Portugal. Pois bem, não só o artigo 125.º foi frontalmente transgredido como se criou um novo tratado intergovernamental que instituiu o Mecanismo Europeu de Estabilidade, que funciona como um fundo de resgate permanente para países em dificuldade. O mesmo acontece com o artigo 123.º do TFUE, que impede o financiamento monetário da economia, isto é, impede que o BCE compre títulos de dívida pública diretamente aos Estados. Ora, desde que Mario Draghi avançou com o mecanismo das OMT (no verão de 2012) e lançou neste ano a sua operação de compra maciça de dívida pública no mercado secundário, tudo se passa como se esse artigo 123.º tivesse ido para o mesmo sótão das obsolescências, onde repousa o 125.º. O mesmo se poderá dizer da famigerada União Bancária. Uma desajeitada tentativa para disciplinar um sistema bancário que foi deixado à solta dentro da UEM, com o freio nos dentes, provocando danos que continuam ativos.

As regras têm sido mudadas, mas sempre evitando o essencial. Com efeito, quando em abril de 1989 o relatório Delors desenterrou o plano Werner (1970) para uma união monetária, a França de Mitterrand foi a força motora na celeridade de um processo que visava amarrar Berlim a uma união monetária despida de coração político. Foi a Alemanha que sempre insistiu na necessidade de realizar uma conferência intergovernamental (CIG) sobre união política, paralela à CIG que daria à luz a UEM, que hoje tanto nos atormenta. Contudo, Berlim foi perdendo ânimo, acabando por se acomodar a uma crise que lhe tem trazido benefícios de perigoso curto prazo. O próximo governo português deveria ter como prioridade recordar a Berlim a sua correta e esquecida doutrina: sem união política, uma união monetária acabará por se fragmentar. Esta é a questão de vida ou de morte do projeto europeu. O resto é espuma dos dias.» [DN]
   
Autor:

Viriato Soromenho-Marques.

      
 Perdeu 3,2 mil milhões num dia
   
«Wang Jianlin, o homem mais rico da China, perdeu 3,6 mil milhões de dólares (3,2 mil milhões de euros) na segunda-feira, na derrocada das bolsas mundiais.

O presidente e fundador do grupo Dalian Wanda, especializado no mercado imobiliário e no setor do entretenimento, perdeu mais de 10% da sua fortuna, segundo o índice de milionários da Bloomberg, que segue as fortunas das pessoas mais ricas do mundo.

A bolsa de Xangai caiu na segunda-feira 8,49%, a maior descida num só dia desde 2007, quando aumenta o receio de que o abrandamento da segunda economia mundial penalize o crescimento global. Hoje, a bolsa de Xangai voltou a cair 7,63%.

Wang Jianlin terá sido o maior perdedor na segunda-feira, segundo o índice Bloomberg, atualizado no fim de cada dia.» [Observador]
   
Parecer:

Por este andar ainda volta aos tempos do comunismo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Portas criativo
   
«O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, manifestou-se esta terça-feira "encantado" por enfrentar Heloísa Apolónia, indicada pela CDU, no debate televisivo de setembro com a coligação PSD/CDS-PP, afirmando que "em democracia não se despreza ninguém".

Questionado pelos jornalistas sobre a sua "adversária" pelo lado da CDU neste debate televisivo, Paulo Portas disse: "Encantado, lá estarei". "Em democracia não se despreza ninguém. Em democracia não se fazem vetos. Faz-se confronto civilizado de ideias e eu disponibilizei-me para todos os debates que as televisões me propuseram", continuou.

O vice-primeiro-ministro, à margem de uma visita a um produtor vitivinícola no concelho de Vidigueira (Beja), argumentou ainda que "em nenhum país comunista haveria um debate com os adversários políticos, porque, se houvesse, era o último". "Como sabem, ou lhes cortavam a cabeça ou os prendiam. Em democracia trocamos ideias naturalmente, civilizadamente", sublinhou.» [Expresso]
   
Parecer:

Tanto quanto se sabe o Paulo portas já foi a vários países comunistas e não lhe cortaram nada o que, aliás, é uma pena, não se perdia nada.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se este esganiçado ser mais sério quando fala.»

   
 Alexander Semenov
   
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