sexta-feira, setembro 18, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


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Uma consequência inesperada do degelo em resultado das alterações climáticas?
  
 Jumento do dia
    
Jerónimo de Sousa

As acusações de que o PCP está sendo alvo e que já chegaram a Espanha são demasiado graves, quer pela violência, quer porque o alvo são seguranças daquela partido na Festa do Avante, para que Jerónimo de Sousa se esconda atrás de comunicados. Ou Jerónimo sabe que aconteceu e deve pedir desculpa, ou sabe que não aconteceu e deve denunciar a mentira ou não sabe o que se passou e investiga ou manda investigar.

Designar o que se diz por "manobra provocatória" não passa de um truque que está em todos os manuais de instituições duvidosas. Jerónimo de Sousa que costuma chamar a si o papel de polícia dos bons costumes da esquerda não se pode ficar por comunicados com desculpas esfarrapadas. A ser verdadeiras as acusações são graves e não podem ser justificadas como castigo para comportamentos que o PCP considera impróprios. Não cabe aos seguranças do PCP definir e aplicar a sua lei no espaço da Festa do Avante.

«Manuel S., o espanhol de 34 anos expulso da Festa do “Avante!” foi examinado numa unidade dos serviços de saúde da Galiza, cerca de 48 horas depois das alegadas agressões de que terá sido alvo na noite de 6 de setembro na Quinta da Atalaia, Seixal. O relatório médico, a que o Expresso teve acesso, revela que existem “marcas de cordas na zona cervical posterior” (parte de trás do pescoço).

Na ficha médica de cinco páginas, os médicos galegos descrevem uma “contratura de musculatura paracervical” (zona de cima das costas) e ainda “marcas abrasivas na parte posterior das costas” da alegada vítima dos elementos da segurança da Festa. O diagnóstico é taxativo: “Várias contusões devidas a agressão.”

O ativista galego refere que foi abordado por três homens com uma farda escura quando beijava um rapaz numa zona isolada do recinto da Festa. “Saíram de uma carrinha e disseram para irmos embora dali porque o que estávamos a fazer era proibido”, conta. Manuel S. perguntou-lhes qual era a lei em Portugal que “impedia o amor” e terá ficado com a cabeça encostada ao chão da carrinha “a receber pontapés”. Foi expulso do recinto mas terá sido de novo agredido por estar a tirar fotos aos alegados agressores. “Voltaram a meter-me lá dentro da carrinha, vendando-me os olhos e apertando o pescoço com uma corda enquanto me chamavam maricas”, relata.» [Expresso]

 O debate

Depois de Passos Coelho tyer perdido o debate por 10 a o a direita exulta de alegria porque Passos Coelho ganhou este debate só porque o António Costa foi apanhado uma vez em fora de jogo. Fica claro que a direita não queria debater, o único objectivo de Passos era apanhar o António Costa nalguma falha.

      
 Aviso ao marqueteiro: calma, meu...
   
«Os mudslingers, como os americanos chamam aos lançadores de lama, são marqueteiros que não promovem os seus, estão lá para inventar podres nos adversários. Nas presidenciais de 1884, o candidato democrata Grover Cleveland levava sempre com este grito: "Ma, Ma, where"s my Pa?" Mãezinha, mãezinha, onde está o meu pai?... Dizia-se que Cleveland tinha tido um filho fora do casamento, e a internet da época andou a gritar nos comícios pela sua paternidade não assumida. Dessa vez, porém, os mudslingers erraram ao lançar a lama demasiado cedo e provou-se a mentira da história - Cleveland acabou eleito. Mas a América está cheia de vitórias dos mudslingers. Em 2004, John Kerry, com quatro medalhas por ferimento em combate, foi derrotado por uma campanha de dúvidas sobre a sua coragem no Vietname. Ganhou George W. Bush, sobre quem não havia essas dúvidas: esse não pôs os butes no Vietname. E, por cá, há lançadores de lama? Haverá, mas isto é um país de pegadores de cernelha. Assim, temos a especialidade de brandos costumes onde a lama se atira de ricochete. Há um fantasma, que não serve para ser atacado, mas para fazer de lama. Então, há que expô-lo, gritá-lo, levar-lhe pizas a casa. O mais recente episódio (e não será o último) foi inventar o fantasma num anúncio duma universidade brasileira. Qualquer marqueteiro saberia fazer o truque e com quem. Mas já roça o insulto pensar que aquilo, e agora, convence muitos portugueses.» [DN]
   
Autor:

Ferreira Fernandes.

      
 Ao que isto chegou
   
«Um sargento-mor da GNR de Portalegre foi filmado por uma câmara a roubar dinheiro da caixa registadora do bar do comando territorial da Guarda. O militar foi apanhado pelos próprios superiores, que montaram a câmara oculta após meses de pequenos furtos de moedas da caixa, conta o Jornal de Notícias.

Segundo o jornal, a decisão de instalar a câmara foi tomada em junho, quando o prejuízo chegou aos 100 euros por mês. E foram precisos poucos dias até encontrar o culpado, um sargento-mor de 53 anos. O vídeo mostra o militar a debruçar-se sobre o balcão, quando fica sozinho, para retirar algumas moedas.
A GNR abriu um processo disciplinar interno e comunicou o caso ao Ministério Público. A Polícia Judiciária Militar já está a investigar o caso, avança o JN. No entanto, as imagens captadas não poderão ser usadas em tribunal, uma vez que foram gravadas sem ordem ou autorização judicial.» [DN]
   
Parecer:

Quando se roubam trocos...
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento à ministra.»
  
 Ai aguentam, aguentam
   
«Entre 2008 e 2014, os contribuintes portugueses foram chamados a gastar o equivalente a 11,3% do produto interno bruto (PIB) para ajudar e salvar bancos, 19,5 mil milhões de euros, diz o Banco Central Europeu (BCE), num novo estudo sobre o "impacto orçamental do apoio ao setor financeiro durante a crise".

Não sendo das maiores proporções da zona euro - na Irlanda o custo financeiro para os contribuintes atingiu 31,1% do PIB, na Grécia chegou a 22,1% e na Irlanda foi de 18,8%, só para citar os casos mais impressionantes -, a verdade é que o BCE dá nota muito negativa a Portugal. Razão? Os governos falharam redondamente na recuperação dessas ajudas, muitas delas injeções de dinheiro (empréstimos) por conta de ativos bancários ilíquidos ou sem quase valor nenhum.» [DN]
   
Parecer:

Agora percebe-se a famosa expressão do Fernando Ulrich, os portugueses tiveram de aguentar muita coisa para salvar bancos mal geridos. Quando os banqueiros se juntaram para fazer chantagem sobre o governo de Sócrates apenas queriam ser salvos à custa dos portugueses.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Denuncie-se.»

   
   
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