quarta-feira, setembro 30, 2015

Foi um PAF que lhes deram em Portugal

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Num país cuja saída da crise económica em que se meteu desde que Cavaco optou por usar os fundos comunitários para criar uma burguesia cavaquista inútil, preguiçosa e desonesta a única saída está em romper com um modelo económico e social que gera miséria para exportar baixos salários. Para isso a aposta na qualificação e fundamental, mas este governo optou por sugerir aos jovens quadros que partissem, por cá deveriam ficar apenas os Relvas, gente sem qualificações ou com cursos da treta. Foi um Paf! que deram nos nossos melhores quadros.
  
Apesar de todos os sacrifícios impostos aos grupos profissionais odiados pelo traste as contas públicas têm armários cheios de esqueletos, como sucede com o empolamento das receitas fiscais à custa de retenções abusivas de reembolsos de IVA u do IRS, tudo para criar a falsa ilusão do reembolso da sobretaxa, para enganar a troika com falsos sucessos para ludibriar os portugueses. Agora soube-se que martelaram os prejuízos da Parvalorem, foi um Paf! que deram no défice de 2012.
  
Tanto cortaram na saúde, tanto eliminaram camas dos hospitais, tanto promoveram a emigração de enfermeiros e médicos, tanto estimularam os lucros da saúde privada, tanto penalizaram a qualidade nas urgências que acabaram por serem responsáveis pela morte ao abandono de vários doentes. Foi um Paf! que deram na vida dos utentes do Serviço Nacional de Saúde.
  
Tato cortaram nos apoios sociais, tanto cortaram nas comparticipações os medicamentos, tantos foram os idosos excluídos nos apoio à aquisição de medicamentos, tantos foram os cortes nas pesões, que muitos idosos e doentes deixaram de tomar a medicação, vão aos hospitais, voltam para casa com as receitas mas optam por se tratar com copos de água na torneira, praticando homeopatia caseira. Foi um Paf! que deram na saúde dos hospitais.

Prometeram acabar com a impunidade, como se ode ver agora com o escondido Marco António, dera benesses a todos os grupos corporativos da justiça, até prometeram uma praia na Messejana exclusiva ara magistrados, mas no fim apenas fizeram uma reforma incompetente dos tribunais, puseram o sistema informático de pantanas e na hora de assumirem as culpas foram cobardes e tentaram sacrificar dois funcionários, Foi um Paf! que deram na justiça.

O país está muito pior do que estava, produz menos riqueza, perdeu quadros e muitos milhões investidos na sua formação, tem menos empresas, tem menos empregos, tem menos professores universitários, tem menos médicos, enfermeiros, engenheiros ou arquitectos, tem menos qualidade nas urgêcias hospitalares em menos camas nas enfermarias. Tem mais dívida, tem mais desemprego, tem um sistema financeiro falido, tem mais degraça. Foi um Paf! que deram em Portugal!

A resposta acobardada dos sondageiros


Os sondageiros trafulhas decidiram alterar o gráfico das suas "sondagens". Anteontem o gráfico fazia aparecer mais 11,9% de portugueses:



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Agora autonomizaram os indecisos e fizeram aparecer os votos em branco e nulos.



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Até acrescentaram uma nota informando que a "TSF faz hoje um acerto na forma como tem representado graficamente este estudo da Intercampus para TVI/Público/TSF. Passamos a apresentar o número de inquiridos que declara votar Branco/Nulo, e separamos do gráfico principal a evolução do número de indecisos". A ideia é insinuar que quem tinha lido o gráfico teria sido induzido em erro porque duplicava os indecisos, mas como isso voltava a dar um desvio optaram poor informar que esse desvio corresponde às projecções para os votos brancos e nulos. Só não explicaram o porquê desta mudança pois os nossos trafulhas é gente que não erra, nem mente, o mais longe que vai é na mudança dos critérios de apresentação, nem explicaram, nem pediram desculpa porque os infalíveis nunca falham.

Agora temos um fenómeno novo que os sondageiros se esqueceram de analisar, o mais espectaclar nesta "sondagem" não está nem nos votos do PAF nem no milagre do BE, está no facto de os bancos e nulos que em 2011 foram de 4,09% aparecerem nesta "sondagem" com 9,4%, o que é quase um recorde digno do Guiness. em 1985 esta percentagem foi de 3,44%, em 1987 foi de 2,18%, em 1991 foi de 1,94%, em 1995 foi de 1,92%, em 1999 foi de 2%, em 2002 foi de 1,97%, em 2005 foi de 2,94%, em 2009 foi de 3,09% e em 2011 foi de 4,08%. Estes sondageiros esperam que os brancos e nulos aumentem para mais do dobro, isto com pequenos partidos para todos os gostos, sem haver anteconhecimento de situações de boicote e sem ninguém apelar ao voto em branco ou nulo. Sejamos honestos!

Temos, portanto, uma sondagem a que só responderam 54,8% dos inquiridos (num universo de 1008 entrevistas), dos que responderam 21,4% dizem-se indecisos e 9,4% votam branco ou nulos e em cima disto o intervalo de confiança é de 95% com uma margem de erro de 3,1%!. Enfim, mais um pouco e teria bastado fazerem entrevistas na sede dos sondageiros e aposto que mais 1%, menos 1% no PAF e os resultados seriam os mesmos.

Em ternos de análise estatística este trabalho não tem um mínimo de fiabilidade, a sua honestidade é duvidosa e a sua qualidade técnica é uma pouca de merda! Uma empresa honesta mandaria ara o lixo uma sondagem com estes resultados e principalmente com quase 10% de brancos e nulos, nenhum órgão de comunicação social credível publicaria esses resultados em nome do respeito pelos cidadãos que os ouvem.

O desvio martelados nos brancos e nulos, mais os indecisos dá ara martelar a sondagem e conseguir qualquer resultado! Se nos meus tempos de estudante tivesse feito um trabalho destes na cadeira de Estatística nunca teria conseguido acabar o curso de Economia e ainda teriua acabado por ser colega do Miguel Relvas na Independente.
 
Aditamento:

O facto de uma sondagem prever os votos nulos é, no mínimo, divertido. Podemos imaginar o entrevistado a dizer que vai votar mas por engano em vez de uma cruz vai inscrever uma bolinha no boletim de voto!



Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do dia
    
Maria Luís Albuquerque

A ministra não deu instruções para esconder défice, apenas se manifestou preocupada. Foi esta ministra que garantiu que agora se conheciam as contas do Estado.

«Maria Luís Albuquerque diz que a possibilidade de ter alterado as contas da Parvalorem — empresa pública que ficou a gerir os activos de má qualidade do ex-Banco Português de Negócios (BPN) — é “uma não questão”, já que cabe à administração da própria empresa gerir as contas e a um auditor externo validá-las. Admitiu, no entanto, que como secretária de Estado enviou perguntas à empresa. Considera que essa é a sua função como governante.

A ministra das Finanças explicava a notícia de que teria dado instruções à administração da Parvalorem para alterar as contas de 2012, aliviando o montante dos prejuízos da empresa que ficou com os créditos do ex-BPN. Estas indicações, segundo a Antena 1, terão sido dadas em 2013, por altura do fecho das contas da Parvalorem, quando Maria Luís Albuquerque era secretária de Estado do Tesouro com a tutela da empresa. Segundo a rádio, a governante estava na altura preocupada com o impacto no défice.

“Posso e devo fazer perguntas sobre as contas”, disse esta manhã a ministra das Finanças, que está em campanha pela coligação Portugal à Frente na Moita. A governante esclareceu que não pode “dar instrução para alterações em contas nenhumas” por essa responsabilidade não pertencer à tutela e sim ao conselho de administração da Parvalorem. A ministra admitiu, no entanto, que questionou a empresa sobre se “as expectativas (de perdas) não estariam a ser excessivamente pessimistas e negativas” face à evolução da economia.» [Observador]

 A propósito da impunidade

O Marco António Costa é um gajo ceio de sorte, caiu no goto da justiça portuguesa.

 Fruto vermelhos?

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Este Portas anda muito dado à esquerda!

 Baleias filmadas com um drone


  
 A justiça portuguesa

Depois da investigação sem direitos de defesa para os arguidos o próximo passo dos nossos procuradores será a realização de julgamentos sem advogado de defesa? No plano da defesa dos direitos dos arguidos há alguma diferença entre as investigações do tempo da PIDE e algumas que vamos acompanhando? Há uma diferença, agora há mais esquemas de condenação nos jornais antes do julgamento e menos tortura.

 A dúvida do dia

O que é que está mais aldrabado o software dos carros da VW ou as contas da Maria Luís?

 Foi um PAF que deram na vida dos portugueses

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TVI



A música que a mãe de Faro queria dedicar aos filhos deste país a quem a direita deu um Paf daqui para fora.

      
 Bruxelas defende manutenção da carga do IRS
   
«Portugal ainda tem margem para aumentar a carga fiscal e deve usá-la para reforçar a consolidação orçamental no médio prazo. Esta é uma das conclusões do relatório Reformas Fiscais nos Estados Mem- bros da UE 2015, ontem divulgado. Bruxelas considera que é possível agravar os impostos sobre o consumo, a propriedade e as taxas ambientais como forma de aliviar a tributação sobre os rendimentos do trabalho.

A Comissão Europeia reconhece que Portugal é um dos países (de um grupo de 16) com taxas de imposto sobre o trabalho "relativamente elevadas", ainda que no caso das famílias, com a introdução do quociente familiar, se tenha já assistido a algum alívio. Desaconselha, contudo, que se reduza o IRS sem uma compensação do lado da redução da despesa ou uma transferência para outros impostos "menos distorcivos" e que prejudiquem menos o crescimento do emprego.» [DN]
   
Parecer:

Óbvio.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-e pelo próximo governo.»
  
 Mais uma vigarice deste governo
   
«O Governo terá dado indicações à Parvalorem para esconder prejuízos do antigo BPN com o objetivo de não agravar as contas do défice de 2012. A notícia é avançada pela Antena 1, que diz que a empresa pública, que ficou com os ativos tóxicos do banco, ocultou uma parte das perdas registadas com o crédito mal parado a pedido da atual ministra das Finanças: cerca de 150 milhões de euros.

Maria Luís Albuquerque era secretária de Estado do Tesouro quando foi confrontada com as perdas de 577 milhões de euros em créditos em risco de incumprimento. Segundo a investigação da Antena 1, pediu para mexer nas contas e exprimir as contas melhores possíveis. Assim, esse impacto foi adiado para exercícios futuros.» [DN]
   
Parecer:

Este era o tal governo das contas transparentes...
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se à ministra que se demita.»

  Notícias pafiosas
   
«A taxa de desemprego subiu 0,1 pontos percentuais em agosto face a julho, para 12,4%, segundo a estimativa provisória divulgada esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

“A estimativa provisória da taxa de desemprego para agosto de 2015 situa-se em 12,4%, valor superior em 0,1 pontos percentuais à estimativa definitiva obtida para julho de 2015”, refere o gabinete de estatísticas.

A taxa provisória estimada para julho era de 12,1%, mas a taxa definitiva aumentou para os 12,3%, tendo-se assim mantido inalterada face ao mês anterior e interrompendo a tendência decrescente que se registava desde fevereiro.» [Expresso]
   
Parecer:

Desta vez vão ficar calados.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Solicite-se comentário a Passos Coelho.»

   
   
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terça-feira, setembro 29, 2015

Andaluzes votam em Passos Coelho?

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Vemos a "sondagem" da Intercamus para uma boa parte da comunicação social séria deste país e quase decidimos ir passar o fim de semana eleitoiral a banhos onde ainda houver sol, a direita via ganhar confortavelmente e está tudo decidido. O PAF vai abichar 37,9% dos votos, 30% por conta da merda que fizeram e 7,9% porque foram ver o simulador do reembolso da sobretaxa desenvolvido pelos informáticos da VW e concluíram que ara o ano estão dispensados de apostar no Eurmilhões.
  
Não é difícil de imaginar a azáfama que vai nas redacções sempre que cegam as boas novas da Intercampus, aquilo deve ser gente a telefonar aos patrões e directores de informação para os tranquilizar, o país vai continuar nos eixos e já podem aumentar ao pessoal do jornalismo pois fizeram um bom trabalho.
  
O problema está em perceber como e que com tanta redacção, tanto director de informação e tanto jornalista a ler as sondagens e nem se dão ao trabalho de fazer contas. Os resultados são tão bons que o importante é publicá-los o quanto antes. Façamos as contas, 37, 9 dos pafiosos mais 32,1 do PS dá 70%, juntando os 21, 4 dos indecisos teremos 91,4%. Falta acrescentar 9,1 da CDU, já temos 100,5 e ainda nem sabemos quanto votos valem as cuecas da Joana Amaral Dias. Já temos mais votos do que portugueses, isto é para juntar tanto pafioso teremos que passar o Pulo do Lobo, no Guadiana, e arrebanhar uns quantos andaluzes!. Mas ainda falta acrescentar os 7,5 da Tina e os 3,9 do resto da rapaziada, tudo junto vai dar 111,9%.
  
Das duas uma, ou Portugal recuperou Olivença e ainda trouxe Badajoz e Cárceres para os castelhanos se deixarem de batalhas de laranjas e  brinquem à tomatada (mas não usem daqueles que a Manuela Moura Guedes descobriu que o famoso juiz os tem em su sítio porque em vez e tomatada ficam c om um campeonato de berlindes)  ou foi criado o circulo eleitoral a Andaluzia e corremos um sério risco de ainda ver o Marco António Costa armado em promotor imobiliário na Isla Mágica! A verdade é que são mais votos do que os portugueses e agora ficamos sem saber se vamos ter deputados eleitos mas sem dotação orçamental para s seus vencimentos ou se temos de chamar o juiz Alexandre para ele decidir quais são os que ficarão confinados (ainda que eu os preferisse ver confitados) a cadeira de casa por não terem assentos para os seus rechonchudos ditos cujos no hemiciclo de São bento.
  
 A seriedade do tralho e tão grande que a sondagem tem 11,9% de intenções de votos a mais e na sua ficha técnica podemos ler que "erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 3,1%", isto é o excesso de intenções de votos e tr^s vezes maior do que a margem de erro e maior do que a distância do intervalo de confiança as 100% acrescido da margem de erro.
  
Pior ainda, na mesma ficha ficamos a saber qe   67% da população tem o antigo 7º ano ou mais dos quais 36,1% são licenciados!
  
E anda toda esta comunicação social supostamente séria, todos estes jornalistas supostamente honestos e todos os portugueses supostamente estúpidos a perder tempo com manipulações tão descaradas que nem se dão ao trabalho de fazer as contas! Alguém ainda tem dúvidas quanto a falta de honestidade dos sondageiros e dos imbecis que lhes encomendam o serviço? Mais grave, são trafulhas e ainda por cima descuidados e incompetentes!
  
Até parece que isto  a Síria e a maralha do Estado Islâmico de toda a Europa veio ca votar no PAF que com mais 11,9% dos votos pode muito bem passar de 26,9% para 37,9% de intenções de voto.


Umas no cravo e outras na ferradura

 Jumento do dia
    
Marcelo Rebelo de Sousa

Marcelo, o político, o professor, o benfeitor da aldeia, o bracarense, o ex-presidente do PSD, o comentador, o conselheiro, o putativo e eterno candidato presidencial, o amigo do Ricardo, o promotor e animador de jantares da alta sociedade, faz tanta coisa e assume tantos papéis que até parece sofrer de uma grave crise de personalidade.

Marcelo nã percebe que quem quer ser candidato de todos os portugueses deve fazer como os outros candidatos e não sujar as mãs com intervenções oportunistas na campanha eleitoral. Também não aprece perceber que é ridículo um ex-presidente do PSD dar conselhos paternalistas ao líder do PS.

Há muitos anos Marcelo foi candidato à autarquia de Lisboa e para dar nas vistas decidiu dar um banho no meio dos cagalhões flutuantes do Rio Tejo. A que parece tomou-le e gosto e nunca mais conseguiu viver sem dar estes mergulhos.

« seu comentário habitual na TVI, Marcelo Rebelo de Sousa avaliou a primeira semana de campanha eleitoral e considerou que António Costa cometeu vários erros que podem prejudicar o desempenho do Partido Socialista (PS) nas eleições do próximo domingo.

“O PS cometeu um erro de opção estratégica: optou pela esquerda e perdeu os 600 mil”, afirmou esta noite, referindo-se aos cerca de 600 mil votos que os partidos da coligação perderam nas sondagens, em relação a 2011. Segundo o professor Marcelo, o PS deveria ter aproveitado para “seduzir” esses eleitores hesitantes mas, ao optar por apelar ao voto “à esquerda”, esquecendo-se da direita, vai devolver esses votos ao PSD/CDS.

Esses eleitores “estavam disponíveis para aceitar uma proposta segura, certa, sem aventura, mas que desse mais esperança”, assegurou. “Mas esses 600 mil que estão hesitantes podem deslocar-se outra vez para a coligação, ou ficar abstencionistas, se a mensagem que ouvem é: 'Nós chumbamos um Orçamento se ganhar a coligação'.”» [Expresso]
  
 Tesourinhos norte-coreanos do Expresso
  
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O pessoal do jornal do PC da Coreia do Norte não teria feio melhor, ainda que duvido que sugerissem bolas de Berlim a uma gordinha.

 Ano de vacas gordas

O governo está muito aquém das metas do défice e tem condições para devolver a sobretaxa? O que o governo não explica aos portugueses é que a devolução será feita com receitas de 2016, isto é promete hoje e outros que paguem depois, quando tiverem que apertar o conto por causa do défice de 2014.

 A ilusão das sondagens

A evolução dos resultados da Eurosondagem para o Expresso comparando os resultados do PS como os do PSD juntos é a seguinte, desde Outubro de 2014:

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Facilmente se vê que praticamente não há alterações de relevo. O gráfico não revela nenhum crescimento da coligação, dado que o resultado publicado esta semana pelo Expresso é igual ao de janeiro e de abril de 2015.

Então porque é que toda a gente diz que António Costa tem vindo a desperdiçar a vantagem que tinha e que a coligação tem vindo a ganhar cada vez mais terreno?

Pelo simples facto de que até Abril se comparava o PS com o PSD, estando sempre o PS à frente, com uma vantagem de mais de 10 pontos percentuais (37,5% contra 26,7%), e que a partir de maio os votos do PSD passaram a estar somados aos do CDS.

É o esquecimento desta pequena mudança que produz a ilusão (mais uma) de que o PS está a perder votos.

O gráfico seguinte mostra os resultados da sondagem antes e depois do PAF:

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O duo ilusionista.


 Um banco a custo zero, dizem eles

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 Cantata em eme
   
«A campanha, do lado da coligação PAF é uma cantata em eme. Começa pela mentira, passa ao músculo, recolhe o maná, dedilha os acordes do medo, entra na mistificação e termina com a maré.

Mentira. Toda a história da chamada da Troika foi cultivada num caldo de mentira: a crise internacional de 2008 nunca existiu, foi apenas nacional; o PEC 4, apesar de aprovado por Bruxelas, pelo Banco Central Europeu e por Merkel em pessoa, era excessivo. Com os votos contranatura da ultra esquerda, o governo Sócrates caiu e a Troika tornou-se inevitável; apesar da satisfação de Passos e Catroga com o desfecho, e depois de se gabarem de ir além da Troika, ao fim de três anos ela tornou-se incómoda e renegada, passando para o PS a canga da chamada. Os erros e excessos, uns de fé cega, outros de incompetência, desgraçaram a economia, agigantaram o desemprego, desmantelaram a coesão social, forçaram a emigração qualificada, ampliaram a pobreza, alienaram da cidadania os mais fracos e menos vocais. Foram destruídos 420 mil empregos, criando-se apenas 130 mil, 2/3 dos quais a prazo. Como bem assinalou Fernanda Câncio, o Governo impôs cortes para 2015 a todas as pensões acima de mil euros, bem como 10% de punção às pensões da Função Pública acima de 600 euros; tentou reduzir, logo a partir de 2014, as pensões de sobrevivência. Toda a classe média baixa seria afectada. O Tribunal Constitucional opôs-se a essa sangria. À sua recusa e à reposição do 13º e 14º mês se deve a ténue recuperação económica. O ódio destilado contra o Tribunal Constitucional transformou-se em sanha contra os mais pobres, no corte dos apoios: entre 2011 e 2015, 63 mil perderam o abono de família, 69 mil perderam o complemento solidário para idosos e 112 mil perderam o rendimento social de inserção. De forma vil lançaram a comparação errada de universos diferentes: os seiscentos milhões de cortes em pensões a que o governo se obrigou com Bruxelas são 2,4 milhares de milhões em quatro anos, mas os 250 milhões anuais variáveis passaram a ser 1.050 milhões. Incauta e pouco atenta, a media engoliu o engodo. E o PS, o defensor último do Estado Social, passou a vilão da fita. Em vez de se preocuparem com a correção dos números e conceitos, muitos criticavam o PS por não vencer as barreiras que eles próprios lhe erguiam. Assistiram ao mal e colaboraram na caramunha.

Músculo. Financeiro, mediático e físico. A coligação PAF arranca com grandes meios: imensa frota de carros, enormes jantaradas, arregimentação de tropas jovens, pagas e treinadas para todo o terreno, disciplinadas e ambulatórias, moscas varejeiras nas redes sociais. Sempre que se receiam embaraços com descontentes, envolvem-se estes numa nuvem dissuasora de militantes e bandeiras. Os percursos evitam os pontos onde se concentra descontentamento. Os indignados do BES, apesar de desidratados e liofilizados, ainda resistem e incomodam. A cenarização torna-se dia a dia empolgante. Quando algum mais irado tem o arrojo de os interpelar, recorrem ao músculo, sem pensar que estão presentes operadores de imagem, como em Espinho. A voz dissonante abafa-se com murros de corpulentos senhores de fato escuro. Tal como no gulag, no terreno, a dissidência apenas é consentida a alienados mentais. O foguetório entrou no léxico da campanha, com a variada semântica da palavra maioria.

Maná. O Velho Testamento refere que Deus proveu o povo judeu, na travessia do deserto, com alimentação caída do Céu, ao longo de quarenta anos. Há diferenças para os tempos atuais. O maná não é ainda real, mas uma promessa e os quarenta anos foram reduzidos a quatro. Mas existe no imediato: contratos cirurgicamente surgidos, de uma época, para professores desempregados; remuneração complementar para médicos reformados que estejam dispostos a trabalhar em cadência elevada; médico de família a todos os portugueses, primeiro até ao fim deste ano, depois, até 2017; subsídios a mais turmas do ensino privado; cabimento para cirurgia ambulatória praticada em hospitais particulares, mesmo sem concurso; recursos para modernizar a tecnologia da Saúde, aqui e ali. Com grossos lapsos, como as senhas para uma colonoscopia, a cada 45 dias, exigindo madrugada e frustração. A nível macro, ficaram em promessas: anulação de 35% da sobretaxa do IRS, “se a execução fiscal estiver como estava em Agosto”; redução do défice abaixo dos 3%, mesmo que seja necessário atrasar por meses as devoluções de IRS e IRC. Impossível é prometer a redução do défice de 2014 e da dívida acumulada, depois do desfecho da não venda do Novo Banco. Que a venda se não tenha concretizado, nas condições negociais deprimentes em que era proposta, até será bom, mas afirmar, como Passos, que a demora rende juros ao Estado, ou que não causa mossa ao povo, já releva do imaginário celestial. E a procissão ainda vai no adro.» [Público]
   
Autor:

António Correia de Campos.

      
 E porque não aos 10 anos?
   
«No início, é só timidez. No fim, todos querem falar com a líder do Bloco de Esquerda sobre reformas, desemprego ou legalização da canábis. Não se pode dizer que a iniciativa da manhã desta segunda-feira na Escola de Hotelaria de Fátima tivesse sido pensada propriamente para captar os votos do dia 4 de Outubro, porque a maior parte dos alunos ainda não tem idade para ir às urnas. Mas para o Bloco deviam: se com 16 anos já podem trabalhar, se já têm responsabilidade criminal, também deviam poder exercer este direito.

No fim da visita às instalações desta escola, onde andam 320 alunos, há uma sessão e Catarina Martins desafia os jovens que tem à sua frente (cerca de 70) a expressarem as suas preocupações. Para variar, desta vez, a porta-voz ficaria calada e eles fariam as perguntas, partilhariam as reflexões sobre o país, sobre o futuro.

Catarina Martins garante que quer ouvi-los, mesmo que muitos ainda não votem – a maior dos alunos que frequentam esta escola profissional têm entre 15 e 18 anos. Tal como está no programa, o BE defende que se devia votar a partir dos 16 anos. Então, se já têm idade para trabalhar, responsabilidade criminal, se já podem ser chamados para cumprir serviço militar, por que razão não têm ainda direito ao voto?, questiona a porta-voz.» [Público]
   
Parecer:

Esta senhora tem mesmo vocação para os pequeninos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

   
   
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segunda-feira, setembro 28, 2015

Carta ao senhor das sondagens

Caro Senhor das sondagens,

Venho por este meio informá-lo que desde que acompanho as suas doutas sondagens ando um bocado baralhado, já votei no PS, depois passeio a votar no PAF, ainda que não saiba se estou do lado do Coelho ou do esganiçado do Paulo Portas, agora querem que vá para o BE, algo eu me deixa preocupado pois posso não ver a Catarina Martins e ainda a atropelo, enfim, o senhor anda, anda e ainda me tira a roupa para me fotografar com a Joana Amaral Dias, o que não é mau já que para os lados do Marinho parece que chove mijo.
  
O problema é que começo a sentir-me baralhado, já não sei se sou de esquerda ou de direita, se quero a ditadura do proletariado do Jerónimo ou a ditadura do proletariado mais chique da Catarina, se estou indeciso ou se sou decidido, a verdade é que me sinto um cata-vento a dar ainda mais voltas e cambalhotas políticas do que as do professor Marcelo. As voltas, cambalhotas e piruetas são tantas desde que o senhor começou a publicar as sondagens que já ando meio almariado.
  
Compreendo que da previsão à tentação de manipulação vai um pequeno passo que muito dos seus clientes esperam que dê, mas tenha lá calma, querer que vote PAF, depois achar que o melhor é abster-me, depois sugere-me o BE  e agora já me pede para ajudar os pafiosos a terem maioria absoluta é confusão a mais.  

Ainda não percebi o porquê de tanta confusão que vai na sua cabeça, ó sei que quer que o PAF ganhe, mas uma vez quer que ganhe tendo mais votos, outras quer que o PAG ganhe levando a que sejam os outros a ter menos votos. Eu compreendo que os banqueiros que lhe dão de comer durante a legislatura com estudos de opinião lhe encomendem uma derrota da esquerda ou que o merceeiro holandês prefira uma vitória na direita e que os seus estudos de mercado sejam mais interessantes do que a minha confiança nas sondagens.
  
Mas confesso que quando me telefonar a perguntar em quem vou votar não o mando à bardamerda, digo-lhe que voto PAF e na noite das eleições vai ter uma surpresa. 
  


Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


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Chapim-real, Quinta das Conchas, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Rosário Teixeira, procurador

O que teme o procurador, que os portugueses fiquem a saber mais do que alguém" manda para o Correio da Manhã ou que as tais provas que tem não são grande coisa? Em qualquer caso está dando um mau exemplo ao arranjar truques para evitar uma decisão de um tribunal superior, é por causa de trues destes que a justiça portuguesa se arrasta e não tem qualquer credibilidade.
 
Não deixa de ser estranho que seja tão fácil ler tudo no CM e agora se impeça a defesa de aceder a um direito que lhe foi conferido pelo tribunal. Quem não deve, não teme.

«De acordo com o Jornal de Notícias, o cumprimento desta decisão será adiado possivelmente até 19 de outubro ou até à conclusão da acusação, cujo prazo limite, com arguidos presos em casa, será atingido a 24 de novembro.

A publicação indica que, com a recusa em acatar a decisão do Tribunal da Relação de eliminar o segredo de justiça, o Ministério Público ganha tempo.

Os advogados do ex-primeiro-ministro acusam Rosário Teixeira de se recusar a cumprir a decisão da Relação.

De acordo com a mesma nota, entende-se que o procurador Rosário Teixeira pediu a aclaração da decisão tomada pelos juízes desembargadores Rui Rangel (relator) e Francisco Caramelo, que, na última quinta-feira, decidiram que não se justifica a continuação do segredo de justiça na Operação Marquês, pelo que a defesa de José Sócrates deve ter acesso a todos os autos da investigação.» [Notícias ao Minuto]

 Discursos 

Durão Barroso dizia que Portugal estava de tanga, o discurso de Passos Coelho é uma tanga, a Joana despe-se e o Porta é uma pornografia irritantemente insuportável.

 Coisa estranha

O Cavaco ainda não veio fazer a sua perninha nesta campanha eleitoral. Mas o melhor é esperar pois ainda tem uma semana para fazer das sua, na outra vez foram as escutas a Belém, veremos se desta vez volta a ser criativo, do seu assessor Fernando Lima ou de alguns jornalistas que andam por aí é de esperar tudo.

 Dúvida

A Joana não se vaid voltar a despir e de forma mais ousada nesta semana decisiva?
  
 Palpite

O software do reembolso da sobretaxa de IRS deve ter sido desenvolvido pelos informáticos da VW...
  

   
   
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