sábado, dezembro 31, 2016

Mais um ano mau

Para os que foram excluídos por Passos Coelho 2016 foi um ano bom, foi o fim da perseguição aos funcionários do Estado e do cisma grisalho, foi o abandono de uma política económica assente em preconceitos sociais e com as medidas de austeridade orientadas segundo critérios de ódio pessoal do primeiro-ministro.

Um ano sem a chantagem permanente de um governo que usava a troika pra governar á margem da lei constitucional, sem uma presidência servil e empenhada em diminuir a oposição, ao mesmo tempo de ignorava a obrigação de cumprir e fazer cumprir a Constituição. Marcelo pode ter os seus tiques pessoais, mas trouxe às instituições um ambiente de normalidade.

Já ninguém se lembra de Cavaco Silva, o tal que se dizia um institucionalista mas que transformou Belém num capacho de Passos Coelho. Acabaram-se os discursos do “eu disse”, “eu avisei”, “eu escrevi”. Acabaram-se as escutas a Belém e as manipulações da comunicação com recurso às “fontes de Belém”. Acabou-se o ambiente de pressão cobre a oposição para a realização de falsos consensos, acabaram-se as reuniões com a oposição tuteladas por homens de mão do presidente.

O país vive em ambiente de normalidade democrática e iss é muito bom, depois daquilo que se passou. Mas não chega, a este governo exige-se mais, diria muito mais do que a reposição da tranquilidade democrática. A este governo exige-se que governe muito bem, só assim o país sairá do lodaçal em que uma crise financeira e um governo extremista o meteram.

Para muitos 2016 continuou a ser um ano de austeridade quase brutal, a verdade é que os que desde 2008 mais sofrem medidas de austeridade continuaram a suportá-las em 2016. Mais grave, vão continuar a suportar austeridade em 2017. Mas pior do que isso é o facto da economia não crescer, ou de crescer poucochinho como o próprio primeiro-ministro admitiu no programa “Governo Sombra”.

2016 foi um ano mau para os que continuaram a suportar a austeridade, para os desempregados, para os que continuaram a emigrar. 2017 não vai ser muito diferente. Não tenhamos ilusões, mesmo cumprindo as metas orçamentais sem orçamentos rectificativos, mesmo adoptando medidas simpáticas para quem ganha menos, o governo vaio ter de governar muito melhor do que fez em 2016.

Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
António Domingues

parece qe António Domingues não considera apenas que ele está acima das exigências que a lei coloca aos gestores públicos, também acha que a gestão da Caixa está acima dos interesses financeiros e orçamentais do país, considerando que os poderes de um presidente do banco estão acima dos do ministro das Finanças. Lamentável.

Pela forma pouco elegante como se aproveita de uma despdida dos funcionários que mal conheceu talvez tenha sido melhor que Domingues não tenha ficado á frente da CGD.  Um dia destes poderia querer mandar na Caixa e no país.

«António Domingues, que renunciou à liderança da Caixa Geral de Depósitos (CGD), acusa o Governo da derrapagem na calendarização do processo de capitalização do banco, cujo arranque está agora previsto para 4 de Janeiro. O presidente demissionário afirma ainda que cumpriu os prazos na entrega do plano de capitalização elaborado pela sua administração, mas que o calendário final da injecção de capital “resulta de decisão accionista”.

“O plano de capitalização da CGD e o Plano Estratégico, construído pelas equipas da CGD, apresentado e negociado com o accionista e com as autoridades europeias, são os produtos visíveis de um programa de trabalho muito intenso que nos ocupou nos últimos meses, com vista a criar as condições para o crescimento sustentado da Caixa Geral de Depósitos”, pode ler-se no documento a que o PÚBLICO teve acesso.

O Governo guardou para 2017 toda a recapitalização necessária da Caixa Geral de Depósitos com o propósito de salvaguardar o défice orçamental previsto, tendo já o executivo português tido a aprovação para tal do Banco Central Europeu (BCE). "Cumprimos com os objectivos, a capitalização da empresa fora das ajudas de Estado, e com os prazos definidos. O calendário final da capitalização resulta de decisão accionista", refere o presidente demissionário na carta.» [Público]

sexta-feira, dezembro 30, 2016

Ano 2 da Geringonça

Seria muito mau para a credibilidade da esquerda se a Geringonça gripasse em 2016, depressa se diria que a esquerda só se une para reverter políticas da direita, sendo incapaz de se reunir em torno de um projecto para o país. O PCP e o BE seriam confirmados como partidos que trocam as utopias pelo bem-estar dos portugueses e o PS estaria condenado a conseguir maiorias absolutas se pretende governar.

É possível manter a identidade de cada parte e encontrar plataformas comuns que não ponham em causa cada projecto a longo prazo. Basta que o PCP não veja a política com o fundamentalismo religioso e que o BE pare de brincar às sondagens eleitorais. Em relação ao PS seria muito mau se ultrapassada a crise financeira e com uma boa posição nas sondagens, optasse por se comportar como um investidor bolsista, provocando eleições para capitalizar as mais-valias obtidas.

As sondagens provam que Assis não representava os eleitores do PS, não só estes apoiaram o governo do PS, como eleitores que votaram na direita manifestam agora a intenção de votar no PS. Não deixa de ser curioso que aqueles que no passado diziam que a Geringonça seria a desgraça do PS, acham agora que o PS devia tirar proveito da situação, como se isso ajudasse na sua afirmação.

Espero que 2017 seja o ano 2 da Geringonça, assim como vou desejar que 2018 seja o ano 3, os acordos merecem o respeito das partes e as legislaturas são para chegarem ao fim, antecipar eleições só para confirmar ganhos eleitorais ou como manobra oportunista de separação daqueles que viabilizaram o governo não é o que os eleitores desejam. Tais jogos políticos poderão merecer uma boa mesa de leitão assado, na Mealhada, não favorecem a credibilidade da esquerda,.

Espero que o governo se comporte ainda com mais competência do que em 2016, que o PCP e o BE deixem para mais tarde a afirmação das suas diferenças que todos conhecemos e que os ministros não digam muitos disparates ou os assessores deixem de dizer que têm os cursos que não tiraram. A esquerda e o país só têm a ganhar cumprindo o dever de governar durante a legislatura, sem jogos ou golpes e com negociações séria e entre pessoas, mesmo sendo negociações difíceis, dispensam-se as sandes de courato das feiras de gado.


Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
Álvaro Amaro, autarca do PSD

Não seria má ideia se Álvaro Amaro se informasse primeiro e falasse depois. Em qualquer caso, certamente que o tema terá sido motivo de queixas de Passos Coelho no almoço com Marcelo.

«Contra a decisão do Governo de pagar antecipadamente 574 mil euros a quatro autarquias socialistas, para comparticipação de obras, o presidente dos autarcas do PSD, Álvaro Amaro, fala em “política de amiguismo” e considera que a situação “pode tornar-se uma vergonha nacional”.

Ao Expresso, o também presidente da câmara da Guarda foi perentório: “Ou o Governo repondera isto ou peço ao Presidente da República que, em nome da isenção e da imparcialidade, chame a atenção do Governo, em ano de eleições autárquicas, porque isto é um mau caminho”.» [Expresso]


«No total, foram dez os municípios apoiados este ano pelo Governo, através da celebração de contratos programa no âmbito da cooperação técnica e financeira.

O número total de câmaras apoiadas foi comunicado pelo gabinete do ministro-adjunto do primeiro-ministro, esclarecendo que “os contratos-programa são celebrados com base em candidaturas apresentadas pelos municipios às Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional para apoio a intervenções urgentes que não tenham outra forma de apoio, nomeadamente através de fundos comunitários”.

As autarquias apoiadas incluem “Sertã e Vouzela, dois municípios que receberam adiantamentos, nos termos da lei”, acrescentou.

Segundo o gabinete do ministro, “não existe nenhuma candidatura pendente de municípios do PSD”.» [Expresso]

 Reunião da concertação social na FIL


      
 Peço desculpas à desculpa de Santos Silva
   
«Ontem, dizia eu em título: "As desculpas de Santos Silva ofendem-me". Não me ofendem nada. Hoje: "Peço desculpas à desculpa de Santos Silva". Peço nada! É a minha maneira de mandar dar banho ao cão. Mando dar banho ao cão às patrulhas do falar, que elas vão ganir para outra freguesia. Por patrulharem e por patrulharem mal. Falar com elas é vir de ideias feitas e embirrar com o sarcasmo, a ironia, o humor - enfim, o gosto de falar -, tudo que faça a língua saltar das certezinhas da tabuada. A minha crónica de ontem era uma homenagem a um político capaz de comparar as reuniões de concertação social a uma feira de gado. Também para mim, as reuniões de concertação social são, ou deviam ser, feiras de gado. E o gado não é para aqui chamado, porque muge ou relincha, incapaz de metáforas ou paradoxos. Já os negociantes do acordo social, do compra e vende medidas sociais, medindo as forças, praticam uma atividade, negócio, eminentemente humana. Sobre isso Santos Silva praticou um belo falar, que repito: "O Vieira da Silva conseguiu mais um acordo! Ó Zé António, és o maior! Grande negociante... Era como uma feira de gado!" Gritou-se pela demissão. Diz-me um leitor: "Não há mais assunto além da frase do Santos Silva?" Pois, de tamanha importância, não, por isso repito. O falar quadrado está à coca de desvios e de metro de alfaiate lá andam as patrulhas. É típico dos patrulheiros: eles parecem todos duros, o instrumento é enrolado.» [DN]
   
Autor:

Ferreira Fernandes.

      
 Bruno Carvalho é candidato   

«Bruno de Carvalho vai recandidatar-se à presidência do Sporting. O anúncio foi feito esta quinta-feira na página pessoal de Facebook do presidente do clube de futebol, depois de realizar um “exercício de humildade retrospetiva”.» [Observador]
   
Parecer:

Agora espera-se que o presidente Bruno faça como fez com o outro candidato e convoque uma conferência de imprensa na qualidade de presidente Bruno para comentar a candidatura do candidato Bruno.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Médicos muito práticos
   
«Há escolas de condução com “acordos” com clínicos para a obtenção de atestados médicos para quem tirar a carta, conta o “Jornal de Notícias” esta quinta-feira. Os atestados estão assinados, mas em branco. Escolas e alunos preenchem o resto, revela o matutino.

“Como se diz em Braga, fiquei ‘barada’ quando na escola de condução me deram os papéis para preencher para poder tirar a carta e, entre eles, estava um atestado, assinado e com a vinheta do médico, mas em branco”, relatou ao “JN” uma aluna da Universidade do Minho que na semana passada foi-se inscrever numa escola.» [Expresso]
   
Parecer:

MAs ninguémn pode questionar a validade dos certificados.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Outra vez leitão assado?
   
«O eurodeputado Francisco Assis, do PS, volta à carga para dizer que tem “fortes dúvidas” de que o Governo liderado por António Costa e com suporte parlamentar dos três partidos à esquerda do PS chegue ao fim da actual legislatura e que duvida que isso seja “desejável”.

“Tenho fortes dúvidas e, sobretudo, que seja desejável que o Governo chegue ao fim da legislatura”, declarou esta quinta-feira o ex-líder parlamentar do PS, que foi, desde a primeira hora, uma das vozes que contestaram a actual solução governativa.

"Entendo que as nossas divergências de fundo com o PCP e Bloco de Esquerda são de tal ordem em matérias fundamentais que não dão garantias de termos um Governo com uma verdadeira capacidade reformista", declarou o ex-líder parlamentar do PS, em Novembro do ano passado, apontando como exemplos de divergências de fundo as áreas da economia, das finanças, a União Europeia e "o próprio modelo de sociedade".» [Público]
   
Parecer:

Não há paciência para este Assis.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Assis qual percentagem de eleitores do PS que representa agora.»
      
 Um verdadeiro burro de carga
   
«Apesar de reconhecer que este Governo tem dado passos no sentido de combater o centralismo, o autarca Rui Moreira continua a ser um crítico feroz da forma como as políticas públicas são geridas, considerando que Lisboa é preferida em relação a outras zonas do país, como o Norte que, sublinha, contribuiu mais para as exportações.

“Não posso deixar de dizer aquilo que, com muitas dificuldades, a indústria do Norte de Portugal tem sabido fazer nas exportações”, começa por dizer o autarca do Porto, numa entrevista ao Porto Canal que será transmitida na íntegra no sábado às 21h00, no programa Júlio Magalhães. Rui Moreira lamenta que as políticas públicas nem sempre tenham em conta essa realidade: “É pena que as políticas públicas nem sempre se lembrem disso, ainda agora andam a falar no porto do Barreiro, que é um disparate, espero não seja verdade, porque de facto é daqui, é do Norte, é do centro, que saem as exportações. Nós olhamos para a balança comercial do Norte de Portugal, é altamente positiva, mas depois olhamos para o país e nós andamos a carregar o resto do país. E a decisão política muitas vezes não nos compensa, é pena que assim seja”, defende.» [Público]
   
Parecer:

Este populista do Porto tem uma visão muito distorcida da realidade económica, para além de confundir o Porto com o Norte.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»

quinta-feira, dezembro 29, 2016

O melhor e o pior da política portuguesa em 2016

Deputados

+  Há uma nova geração de deputados no parlamento de que pouco se fala, mas que já preenchem uma boa parte da actividade parlamentar. São deputados competentes, tecnicamente bem preparados, que estuda bem os dossiers. O destaque vai para o deputado João Galamba, do PS, aquele que atingiu um patamar mais levado dentro do seu partido e um dos deputados do parlamento que melhor se prepara para as suas intervenções quase diárias.

-  Do passado herda-se a imagem do deputado que fala muito, que é agressivo e que muitas vezes berra. Um exemplo desta abordagem queirosiana do debate parlamentar é proporcionada pelo truculento deputado Carlos Abreu Amorim, um homem que tem vindo a evidencia uma grande vocação de navegador pois desde que apareceu na política que faz a circum-navegação da direita, começou no PND e foi uma personagem de destaque deste PSD quase de extrema-direita, liderado por Passos Coelho. Digamos que é um dos deputados mais viajados do parlamento.

Presidência

+  Marcelo parece o coelhinho da Duracell e chega ao fim de 2017 com as pilhas carregadas e com  paciência para ir almoçar com  um Passos Coelho destroçado.

-  Alguém se lembra de um tal Cavaco Silva?

Ministros

+  Centeno provou que era possível ser um ministro das Finanças competente sem que a competência decorresse das suas aptidões para a canalhice. O meu patrício Mário Centeno acabou com a imagem salazarista do ministro das Finanças que para reduzirem os défices eram modelos de sacanice em matéria de distribuição de rendimentos.
-  Augusto Santos Silva poderia ter sido um dos melhores ministros escolheu os últimos dias de Dezembro para borrar a opa. Como é possível que um político com a experiência do ministro dos Negócios Estrangeiros e número dois do governo, não saiba como se deve comportar em público, pondo em causa a imagem de todo o governo e o sucesso de uma negociação na concertação social? Santos Silva não se deve recordar dos corninhos exibidos pelo seu colega Manuel Pinho, quando este era ministro da Economia. Depois de ter conseguido o melhor, ajudando Guterres a chegar a secretário-geral da ONU, faz esquecer o seu sucesso com uma conversa disparatada.

Primeiro-ministro / Líder da oposição

+  António costa destruiu os mitos da austeridade de Passos Coelho, é possível reduzir o défice sem penalizar grupos sociais ou profissionais, chegando ao fim do ano sem surpresas ou orçamentos rectificativos. Pelo caminho tapou muitos buracos e alçapões deixados pela dupla formada por Passos e Maria Luís. Aos poucos o país regressou à normalidade, com o povo a viver sem a chantagem permanente de um primeiro-ministro extremista, que tinha um especial prazer sádico em impor sacrifícios aos portugueses, em especial aos mais pobres ou aos que odiava, como os funcionários e os reformados.
-  Passos Coelho pensava que nas contas das maiorias parlamentares o CDS contava, mas os deputados do BE e do PCP só contavam para derrubar governos do PS. Enganou, teve de sair do governo empurrado e ainda hoje não sabe o que lhe sucedeu. Não soube sair da liderança do PSD e agora ninguém sabe como o tirar, ainda que todos saibam que está a mais.

Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
Maria Luís Albuquerque

Maria Luís Albuquerque não se conteve e deu a conhecer a tão desejada prenda dos Reis MAgos prometida por Passos Coelho, vai ser uma derrapagem do défice, a dia do fim do ano e quando todos os dados tornados públicos apontam em sentido contrário, parece que Maria Luís sabe de algo mais.

É ridículo que a ex-ministra venham manifestar a sua raiva pelos resultados do perdão fisal, quando ela adoptou a mesma medida, ainda que com o único intuito de obter receita, já que não previu qualquer pagamento escalonado no tempo.

«A vice-presidente social-democrata Maria Luís Albuquerque afirmou esta quarta-feira que o Governo só conseguirá cumprir a meta do défice através de "medidas extraordinárias e irrepetíveis", reclamando que o PSD teve sempre razão.

Considerando que é positivo para o país que seja cumprida a meta do défice, Maria Luís Albuquerque advertiu que "não é algo para alcançar num ano" e que é importante que seja conseguida "com medidas sustentáveis" e não através de medidas que não tem sustentabilidade futura.

Em conferência de imprensa na sede nacional do PSD, Lisboa, Maria Luís Albuquerque referiu-se aos resultados do Plano Especial de Redução do Endividamento ao Estado (PERES), que permitiram uma receita este ano superior a 500 milhões de euros, o que equivale, sublinhou, a três décimas do Produto Interno Bruto.» [Expresso]

 A Geringonça tem de ser perfeita

Ao longo de décadas a direita tem criado uma imagem falsa da esquerda e em especial dos partidos situados à esquerda do PS. Tudo o que está à direita do PSD é direita democrática, mas tudo o que está à esquerda do PS é extrema-esquerda. A direita tem o dom da competência, a esquerda é incompetente e imprevisível. A direita respeita os investidores, a esquerda quer destruí-los. A direita sabe comer à mesa, a esquerda são uns labregos.

Se a um governo de esquerda se exige a mesma competência do que a um governo do direita, a um governo apoiado numa maioria tão difícil que a direita a julgava impossível e por isso mesmo ilegítima, exige-se muito mais do que ser competente. É por isso que a forma de falar em privado de Augusto Santo Silva é inaceitável, da mesma forma que o conceito de conversa privada do professor de Ciência Política Augusto Santos Silva mereceria um chumbo em qualquer escola do ensino básico. Qualquer criança sabe que numa cerimónia política as conversas entre ministros não são privadas, nem versam sobre assuntos privados.

É de lamentar que um governo competente seja prejudicado de vez em quando por baboseiras e descuidos quase ridículos, quando não são os idiotas que dizem serem doutores do que não são, são os ministros professores que nem parecem saber comportar-se como doutores.

 Dúvidas políticas que me atazanam o juízo

Porque será que o Presidente da República terá lamentado a morte de George Michael e nada disse sobre o falecimento de Carrie Fisher? Ainda não percebi se é porque gosta mais de música do que de cinema, se porque o cantor inglês deu um concerto em Coimbra e a actriz nunca cá veio, se Portugal deve mais a um do que a outro ou se porque fez uma sondagem nas redes sociais. Mas lá que deve haver um motivo lá isso há certamente, nem que seja porque o passos Coelho gosta mais de cinema de ficção do que da música do inglês, até porque o ainda líder do PSD, a crer nos castings que fez, prefere a música clássica.

      
 Uma rua sem saída
   
«Na cidade francesa de Beaucaire, há agora uma rua com nome peculiar – "Rua do Brexit". A escolha nasceu da vontade do autarca do município, Julien Sanchez, de homenagear o voto dos britânicos, que decidiram pela saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

Sanchez, membro do partido de extrema-direita Frente Nacional, liderado por Marine Le Pen, decidiu, assim, transformar uma rua sem nome numa homenagem ao "Brexit". Situada na zona industrial da cidade, a "Rua do Brexit" serve “para honrar a escolha soberana do povo britânico”, escreveu o autarca no Twitter.

A peculiar decisão gerou críticas e até algumas piadas. Tudo porque a rua em questão é uma via circular com cerca de 350 metros, que começa e acaba no mesmo local: ironicamente, começa e acaba na rua Robert Schuman, que homenageia o primeiro presidente do Parlamento Europeu e um dos inspiradores da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, que daria depois lugar à Comunidade Económica Europeia.» [Público]
   
Parecer:

A rua escolhida pela extrema-direita francesa para ter o nome de Brexit não podia ser mais perfeita, começa e acaba numa rua com o nome da maior figura da UE, Robert Scuman!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 Professores universitários sem remuneração
   
«Há 176 professores e investigadores que foram contratados para trabalhar sem serem remunerados, diz a edição desta quarta-feira do Jornal de Notícias. Os dados têm por base informação disponibilizada pelo Ministério do Ensino Superior e o sindicato do setor já veio dizer que esta situação é ilegal, apesar de as instituições discordarem.

Só na Universidade do Porto foram contratados, em 2016, 40 docentes que não recebem, incluindo três professores assistentes que foram contratados para lecionar em mestrados da Faculdade de Medicina Dentária. Os restantes pertencem a categorias superiores, disse a instituição ao Jornal de Notícias.

Na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa, são os investigadores (bolseiros de doutoramento ou de pós-doutoramento) que são convidados a dar aulas sem receber. Em 2016, houve 39 unidades curriculares que foram lecionadas por investigadores nesta condição.» [Observador]
   
Parecer:

Apesar da resposta dos reitores a verdade é que 176 professores nestas circunstâncias parece ser um exagero e se existem situações de abuso estamos perante uma situação de escravatura e os seus responsáveis devem ser punidos de forma exemplar, com a expulsão das universidades.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Investigue-se.»

quarta-feira, dezembro 28, 2016

Cavalo de corrida

Em bom português Marcelo vai a todas, representa uma espécie de presidente hiperactivo, nada, nenhum acontecimento, nenhuma homenagem, nenhuma morte em Portugal ou no estrangeiro, nada escapa ao nosso Marcelo. O George morre e o Marcelo manda condolências, o Passos fala e o Marcelo responde, a Maria Luís abre a boca e o Marcelo dá-lhe na cabeça.

Ligamos a RTP e Marcelo está de visita ao Hospital da Cruz Vermelha, passamos pela TVI e Marcelo está nas urgência do São José, fazemos zapping para a SIC e Marcelo está emborcando uma ginjinha e mais meia porque pode ter o azar de ir ao balão, ainda em que ninguém ouviu senão alguém se ofereceria para o levar de balão do Barreiro para Belém.

Vamos ao site da Presidência da República e quase ficamos cansados só de ver o que o Presidente fez, só no dia 27 promulgou um decreto, ofereceu um concerto aos responsáveis pelas misericórdias, visitou os cuidados paliativos do Hospital da Luz, mandou condolência às famílias de José Pracana e de José Silva Marques. Um dia antes tinha ido à festa de Natal do Re-Food.

Em três ou quatro dias Marcelo criou uma página de obituário nacional e internacional, entre visitas privadas e públicas foi a tantos hospitais que até parece que além de um problema hipocondria tem várias doenças graves, esteve em duas cerimónias com o pessoal das Santas Casas, bebeu umas ginjinhas e ainda teve tempo para acender uma vela. Passos Coelho até teve sorte pois numa semana menos natalícia e sem o Rui Rio a rondar, ainda teria tempo para lhe dar meia dúzia de bordoadas.

O problema é que entre unidades de cuidados paliativos, santas casas, hospitais, urgências e almas caridosas o Presidente não vai ter mãos a medir. Ir ver todos os velhinhos, beber todas as aguardentes e ginginhas tugas, visitar todas as misericórdias, manter um obituário nacional e internacional, tomar conta do Passos Coelho e da Maria Luís não é para qualquer um.

Como diria o Augusto Santos Silva vai ser um verdadeiro cavalo de corrida!

Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
Augusto Santos Silva

O ministro dos Negócios Estrangeiros não é propriamente um político inexperiente, sabe muito bem o que um governante não deve dizer pois a partir do momento em que se abre a boca pode ser ouvido. Lamentavelmente não bastou a Augusto Santos Silva pensar como era esperar que não pensasse, foi mais longe e disse baboseiras que põem em causa todo o governo e muitos do que o apoiam.

De nada serve pedir desculpas a nódoa foi feita e ficou. Além disso seria bom que o minsitro soubesse que um governante não tem conversas privadas e muito menos quando está em actos cuja realização decorrem da actividade política e onde estava por ser ministro. Se quer comnversas em privadas como ministro Vieira da Silva vá para a praia das Maçãs. Mesmo assim espero que as suas conversas privadas tenham mais qualidade, elevação e respeito pelos que como ela andam na política.

Segundo a sua própria linguagem diria que neste caso o ministro dos Negócios Estrangeiros comportou-se como uma besta quadrada.

«Foi uma comparação, no mínimo, curiosa. Durante o jantar de Natal do grupo parlamentar socialista, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, foi apanhado pelas câmaras de televisão da TVI a comparar a concertação social a uma “feira de gado”. As imagens foram mostradas na rubrica de indiscretos do jornalista Victor Moura-Pinto e mereceram o destaque do jornal i. O governante pede desculpa aos parceiros sociais e admite que utilizou linguagem excessiva.

Nas imagens captadas pode ver-se um descontraído Santos Silva a elogiar o ministro do Trabalho e da Segurança Social, José António Vieira da Silva, pelo acordo alcançado em sede de concertação social, na quinta-feira, dia 22 dezembro.

Ali o Vieira da Silva conseguiu mais um acordo! Ó Zé António, és o maior! Grande negociante… Era como uma feira de gado! Foram todos menos a CGTP? Parabéns”, gracejou o socialista, a segunda figura do Executivo de António Costa.

Ao Observador, o ministro começa por explicar que as declarações foram recolhidas “numa conversa privada com um colega de Governo, que é meu amigo há muitos e bons anos utilizei uma liberdade de linguagem que se admite em conversas privadas“. No entanto, admite que a linguagem foi “excessiva” num registo público, como acabou por se verificar.» [Observador]

      
 O perdão fiscal compensou
   
«O Governo vai conseguir uma receita fiscal extraordinária de 511 milhões de euros este ano com os contribuintes que pagam as suas dívidas este ano ao abrigo do perdão fiscal criado pelo Executivo este ano, anunciou esta terça-feira o Ministério das Finanças. Receita vai permitir uma redução extra do défice à volta de 0,3 pontos percentuais.

Mais de 90 mil contribuintes decidiram aderir a este programa que, ao longo de onze anos, vai permitir ao Estado encaixar 1.144 milhões de euros. Quase metade deste valor está concentrado este ano, 511 milhões de euros, fazendo com que o impacto no défice nos próximos anos seja residual, mas substancial em 2016.

No total, diz o Ministério das Finanças, isto correspondendo a cerca de 573 mil processos com a dívida média por processo a fixar-se nos 1 997 euros e a dívida média por contribuinte nos 12.323 euros.» [Observador]
   
Parecer:

Se a eficácia fiscal tivesse nos seus melhores níveis o défice teria sido ainda mais pequeno.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Elogie-se.»
  
 Tempos de fartura
   
«Os três partidos à esquerda do PS preparam-se para levar à Assembleia da República uma série de votações que visam o aumento das férias para funcionários públicos e privados, tal como a instituição de um feriado nacional na terça-feira de Carnaval. Os projetos-lei que o Bloco de Esquerda, o PCP e os Verdes irão apresentar foram todos redigidos no primeiro semestre de 2016 mas entretanto passaram para segundo plano. Agora, o assunto das férias e feriados volta à tona.

Da parte do Bloco de Esquerda, será apresentada a 18 de janeiro de 2017 um projeto de lei redigido em abril deste ano, que visa a alteração das férias no setor privado passarem para 25 dias úteis, sendo que atualmente se fixam em 22.

No caso do PCP, há dois projetos-lei, como aponta o Jornal de Negócios. O primeiro, que diz respeito ao privado, pede um aumento das férias naquele setor para os 25 dias úteis anuais. O segundo, que trata da função pública, aponta para a restituição dos 25 dias úteis de férias anuais, aos quais se deverá somar um dia útil por cada 10 anos de serviço. À semelhança do que acontecerá com o projeto-lei do Bloco de Esquerda, os dois diplomas do PCP têm discussão marcada para 18 de janeiro.» [Observador]
   
Parecer:

Portugal ganhou o Euromilhões.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 A rainha quer deixar a Inglaterra como a encontrou
   
«Numa entrevista à BBC Radio 4, a editora de política da BBC, Laura Kuenssberg, contou que uma fonte lhe disse antes do referendo de 23 de junho que a rainha Isabel II era a favor da saída do Reino Unido da União Europeia. De acordo com aquela fonte, a monarca disse num almoço privado: “Não vejo porque é que não possamos sair. Qual é o problema?”.

A informação ter-lhe-á sido passada “numa conversa informal” com um dos seus contactos. “Sabes que mais? A qualquer altura isto vai sair e eu estou a contar-te isto agora sem saber se a BBC lhe vai tocar, mas a rainha disse a algumas pessoas num almoço privado que ela acha que devemos sair da UE”, terá dito essa fonte à editora de política da BBC.

“O meu queixo bateu no chão”, disse Laura Kuenssberg enquanto recordava aquele momento. Na mesma entrevista, que foi para o ar na segunda-feira, Laura Kuenssberg contou como tentou, em vão, confirmar aquela informação junto de outras fontes. “Com muita pena minha, só tinha uma fonte. Passei os dias seguintes a tentar provar aquilo. Não consegui encontrar as provas”, admitiu.» [Observador]
   
Parecer:

É pena que não consiga também recuperar o império.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 consumo natalício recupera valoras de antes da troika
   
«Os  números da SIBS, a gestora da rede de multibancos, só confirmam o que já se admitia: os portugueses estão mais confiantes e gastaram mais este Natal do que no ano anterior. Entre levantamentos e pagamentos através da rede multibanco feitos no mês que antecede o dia 25 de dezembro, os portugueses movimentaram €5,674 mil milhões, um crescimento de 7,3% face a período idêntico de 2015, revelam dados da SIBS, divulgados esta terça-feira.

O facto de ter sido reposta uma parte dos cortes feitos nos salários da Administração Pública na sequência da entrada da troika em Portugal, em 2011, contribuiu para um crescimento dos gastos. Mas o aumento do valor das compras também denota um maior otimismo dos portugueses, que se traduziu em mais cerca de 380 milhões de euros em levantamentos e compras através da rede de multibanco (caixas e terminais de pagamento automático) este ano na quadra natalícia.» [Expresso]
   
Parecer:
Aos poucos o país vaio esquecendo a troika mais a dupla formada por Passos e Portas, isto é, o quinteto.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

terça-feira, dezembro 27, 2016

A peocupação com o salário mínimo

A matriz cristã da nossa esquerda, se não mesmo do marxismo, leva a que a questão do salário mínimo seja abordada como um tabu quase religioso, como se a esquerda só fizesse sentido colocando acima de tudo a preocupação com os mais desfavorecidos. Pouco importa a realidade social do país falseada pela economia paralela ou mesmo que muitos dos “pobrezinhos” que movem os bons sentimentos da esquerda votem na direita, a preocupação com os “mais desfavorecidos” está acima de tudo. 

No caso dos comunistas a questão é ainda mais profunda, da mesma forma que é mais fácil um camelo passar por um buraco de uma agulha do que o rico entrar no Reino dos Céus, para os marxismo-leninismo a classe operária é um símbolo de virgindade, só ela tem os valores livres da conspurcação do dinheiro e é capaz de ter a pureza ideológica para nos conduzir ao paraíso na terra. O problema é que muitos os operários já não são assim tão pobres e por aquilo que se vê por esse mundo fora já não são tão puros quanto isso, na França votam Le Pen, no Reino Unido decidiram o Brexit e nos EUA elegeram o Trump. Por cá já votaram Sá Carneiro, Cavaco Silva, Durão Barros, Paulo Portas, Passos Coelho e Santana Lopes, mas ninguém reparou nisso.

O salário mínimo é uma mentira estatística, a maioria do que os declaram ganham “por fora”, numa solidariedade que  esquerda quer ignorar, centenas de milhares de trabalhadores mal pagos solidarizam-se com os patrões e declaram apenas o ordenado mínimo, recebendo parte da remuneração “fora da folha”. O salário mínimo é, em grande medida, o rendimento do proletariado da economia paralela, é o plâncton de uma cadeia alimentar que mantém a economia paralela.

Sectores inteiros, como a restauração ou construção civil alimentam as estatísticas do salário mínimo, mas na verdade há muito que não pratica esses salários. Em muitas empresas familiares até os patrões e familiares que nela trabalham declaram o salário mínimo. A não ser nalguns grupos profissionais menos qualificados ou nalgumas indústrias muito específicas, são cada vez menos a profissões em que os trabalhadores são remunerados com o salário mínimo.

Há qualquer coisa de errado quando um país que precisa de crescer a ritmos maiores, onde uma das maiores preocupações é impedir a fuga dos quadros qualificados a grande, senão mesma a única preocupação de governantes e parceiros sociais é o salário mínimo. Quando deveriam estar discutindo a forma de serem criadas empresas que recorressem a trabalhadores qualificados e com condições de competitividade que viabilizem salários idênticos aos dos concorrentes europeus, discutimos o salário mínimo.

Compreende-se que essas empresas não sejam a praia nem da CGTP, nem do Saraiva e muito menos do representante da associação do turismo e restaurantes. O problema é que enquanto considerarmos ricos os que ganham 2000 euros e o único debate sério é em torno do salário mínimo dificilmente o país sairá da cepa torta, não é com a economia paralela que alimenta as estatísticas do salário mínimo, com empresas que para serem competitivas têm que ter escravos que o país ficará mais rico.

Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
Joana Marques Vidal, Procuradora-Geral desta República

Ainda não há qualquer acusação consistente ou provas suficientes para acusar os arguidos do processo O-, mas os nossos justiceiros não se contiveram e já começaram a surgir notícias na comunicação social, que a corresponderem a elementos constantes do processo provam o crime de violação dio segredo de justiça.

Isto é, muito antes de se provar o s crimes de que os arguidos são suspeitos já há prova do crime de violação do segredo de justiça. A sofisticação foi tanta que até em pleno Natal se cometeu este crime, talvez para aproveitar de algum vazio noticioso. É óbvio que dentro de dias a Procuradora-geral abrira´o competente processo para investigar a eventual violação do segredo de justiça, processo que terá as consequências e destino de todos os anteriores, depois de se gastarem alguns trocos dos contribuintes, com a necessária burocracia interna, os processos serão arquivados por falta de prova.

 Houve missa em Alepo

Durante meses fomos bombardeados com imagens de Alepo, de um lado estavam democratas, do outro o ditador. Quando a batalha terminou vieram as imagens de destruição e de abandono de Alepo. Mas, afinal, ainda há gente em Alepo, gente que foi esquecida pelo Ocidente, gente cujas crianças mortas, mulheres vendidas, ou homens massaxcrados não tiveram direito a imagens de denúncia. Os cristão de Alepo puderam ir à missa neste Natal.

 Coro do Exército Vermelho

EU sei que não há mal na morte de russos, ninguém se importa que caia um avião no ar negro ou que a bordo dele esteja um dos coros mais famosos, pouco importa porque são russos. Se fossem franceses, ingleses ou americanos já haveriam t-shirts com o "je suis", mas como foram russos a morrer no acidente, mereceram tantas homenagens como os que foram mortos na sequência da colocação de uma bomba num avião russo que voava sobre o Sinai.

Para a história da propaganda ocidental ficará um avião cheio de bárbaros que iam festejar o Natal com os bárbaros da Síria. Muito estranhos estes bárbaros que iam celebrar o Natal com música.



      
 O nosso coro que caiu no mar Negro
   
«Ainda li, embora fossem já velhas edições, dezenas de Reader"s Digest com hosanas aos soldados soviéticos. Foi das minhas lições iniciais de relativismo. Quando comecei a ler as revistas - ah, as lições de português de Buarque de Hollanda, pai do dicionário Aurélio e primo do cantor Chico -, já a Rússia era inimiga e tratada assim. Russo protagonista era espião acabado de ser apanhado pela antena da CIA em Viena. Aconteceu-me, por gripes de infância, misturar o espião russo, mau, com o herói tenente russo combatendo o cerco nazi de Estalinegrado - ambos do mesmo regime mas vistos pelo prisma de dez anos de distância entre duas edições da propaganda americana... Repito, grande lição de que o que é talvez deixe de o ser daqui a pouco. Mas o importante é ter Gogol, Dostoievski, Andrei Rublev e Tchaikovsky para manter marcos comuns e retomar fios condutores. Isto para dizer que fosse eu diretor do jornal faria manchete com a queda do avião russo que levava a bordo o Coro do Exército Vermelho (está bem, chamemos-lhe Ensemble Alexandrov para não espantar ofendidos) que ia cantar para soldados de Aleppo. Olha, Aleppo - outra relatividade, é certo que foi guerra e, como todas, suja, mas, acerca dos fascistas islâmicos, libertou a cidade deles. Então, sobre as vítimas da queda do Tupolev: saudemos os nossos mortos, que ainda por cima cantavam tão bem. E a manchete era para prepararmos alianças, pois vamos precisar delas.» [DN]
   
Autor:

Ferreira Fernandes.

      
 Recomeçou a orgia
   
«A investigação ao património de Luís Cunha Ribeiro, o ex-presidente do INEM e ex-presidente da ARS (Administração Regional de Saúde) de Lisboa que esteve à frente do júri de um concurso público que deu o monopólio à Octapharma no fornecimento de plasma humano ao Serviço Nacional de Saúde, levantou outras suspeitas além da corrupção relacionada com o favorecimento daquela multinacional farmacêutica.

A Polícia Judiciária (PJ) descobriu que um apartamento alegadamente oferecido a Cunha Ribeiro em 2003 por Paulo de Lalanda e Castro, administrador da Octapharma, teve o IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) pago por um empresário do Porto, Paulo Damião e Cunha, dono da Medidata, uma empresa que vende soluções informáticas para câmaras municipais. O facto levou a que a residência e o escritório de Damião e Cunha tenham sido alvo de buscas na sequência da detenção, na semana passada, de Cunha Ribeiro e de Lalanda e Castro.

O Ministério Público (MP) e a PJ suspeitam que o pagamento do IMI está relacionado com ligações indiretas de Damião e Cunha a contratos estabelecidos com o INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) durante o período em que Cunha Ribeiro esteve a chefiar aquele serviço, entre 2000 e 2003. O Expresso confrontou o empresário por e-mail mas Damião e Cunha escusou-se a dar respostas: “Tanto quanto julgo saber, as questões a que se refere estão a ser alvo de investigação judicial. Assim sendo, penso que não posso fazer qualquer tipo de comentário que possa interferir no referida investigação.”

Aberto em 2015, o inquérito-crime batizado com o nome de ‘Operação O Negativo’ poderá alargar assim o espectro da investigação, que tinha desde início as suas atenções concentradas na relação entre Cunha Ribeiro e Lalanda e Castro e a circunstância de ter sido descoberta uma sequência de vantagens patrimoniais dadas pelo administrador da Octapharma àquele médico especialista em imuno-hemoterapia. Cunha Ribeiro foi diretor do serviço de imuno-hemoterapia do Hospital de São João do Porto até 2003 e foi nessa qualidade que foi chamado a presidir ao júri do concurso público para o fornecimento do plasma humano lançado em 2000, quando Manuela Arcanjo ocupava o cargo de ministra da Saúde, no último governo de António Guterres.» [Expresso]
   
Parecer:

Os arguidos, familiares, amigos e conhecidos dos arguidos do processo O- que se cuidem, começou a orgia justicialistas e todos os pormenores da sua vida serão vertidos para a comunicação social apoiante dos magistrados e muito antes de qualquer acusação ou julgamento já terão sido difamados, condenados e condenados de novo na praça pública. É assim a justiça portuguesa, é medieval mas como não pode queimar as pessoas no Terreiro do Paço queima-as na comunicação social.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Ignorem-se os julgamentos na praça pública e  condene-se a PGR por este espectáculo medieval.»

segunda-feira, dezembro 26, 2016

Mensagens natalícias

António Costa decidiu brindar-nos na sua mensagem natalícia com uma preocupação em relação ao ensino, em vez de nos atazanar o juízo com a crise financeira e com a necessidade de andarmos de alpargatas, como gostava de fazer Passos Coelho, o primeiro-ministro optou por pensar nas novas gerações.

Ainda estava a digerir a mensagem de Costa e levei logo com o discurso de Marisa Matias, falando com aquele ar de sabedora que todos lhe conhecemos, que o ensino era também cultura, que na cultura nada estava por fazer, que era necessário apostar nas escolas, investir no SNS, enfim, desisti de ouvir a senhora, pelo que fiquei sem saber se ela tinha considerado que depois do Alqueva o futuro do país dependia da aposta nua praia na Messejana, mas se não o fez fá-lo-á na primeira ocasião.

Também não percebi o que era isso de estar tudo por fazer, mas imagino que é construir um duplicado do Teatro Bolshoi e subsidiar todos os agentes da cultura, desde os artistas do São Carlos aos desenhadores de tatuagens. Como o euromilhões saiu em Lisboa imagino que Marisa Matias achou que já há dinheiro para tudo e arredores.

Voltando à mensagem de António Costa fiquei agradado com a ideia de fixar no país os jovens mais qualificados, até porque se é para que emigrem o melhor será não apostar na educação. Como no ano passado a mensagem foi dedicada à situação financeira e a deste ano centrou na aposta na educação, imagino que na do próximo ano Costa vai dizer-nos o que fará para impedir os jovens de emigrarem.

Tanto quanto sei a chave de ouro com que o ano de 2016 fechou foi o aumento de alguns euros no salário mínimo, isto é, por mais dourada que seja a chave do salário mínimo ela não dará para fixar ninguém em Portugal, a não ser os que declarem residência no Cemitério dos Prazeres, pois com ordenados mínimos as únicas habitações decentes que o cardeal reivindicou para os p+obres são as daquele condomínio fechado.

Se a chave de ouro de 2016 foi o salário mínimo financiado pela TSU e, a acreditar no secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, a prioridade para o ano de 2017 é baixar o IRS para os rendimentos do segundo escalão (a partir de baixo) os nossos jovens podem apostar em Portugal, o seu futuro está garantido com 100 euros mensais.

Enfim, quanto a Natal estamos conversados, a seguir iremos comemorar o Carnaval.


Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
Assunção Cristas, líder do CDS

Quer o CDS, quer o PSD apostam tanto quanto podem no vazio noticioso dos fins de semana e dias feriados, aproveitando a ausência do governo na comunicação social. Mas convenhamos que ler no Expresso em pleno dia de Natal uma notícia sobre a candidatura de Cristas é um exagero.

Enfim, não faria mal se Crista tivesse aulas sobre abstinência noticiosa em dias santos....

 Um cardeal distraído

Quando muitos portugueses perderam o emprego ou viram os seus rendimentos reduzidos a título de teste de política económica, ficando abaixo do nível necessário para cumprir com os compromissos decorrentes do crédito à habitação, o nosso cardeal não apareceu. Aliás, as vezes que o cardeal se assomou na política foi para apoiar as políticas governamentais ou para dar uma ajudinha ao PAF na hora da tentativa de formação de um governo contrário à vontade do parlamento.

Agora o cardeal anda muito preocupado com quem não tem casa ou a tem em condições muito precárias. Enfim, é sempre bom que o cardeal tenha preocupações sociais, ainda que as tenha ignorado quando os pobres mais precisaram da sua palavra. O cardeal é como o comboio espanhol, chegou pontualmente com alguns anos de atraso.

      
 Outro a queixar-se do Super Mário
   
«As contas bancárias de Antero Luís foram passadas a pente fino pela investigação dos vistos gold, avança a imprensa desta manhã. O ex-diretor do Serviço de Informações de Segurança (SIS) queixou-se de que terá sido vigiado e alvo de escutas pontuais depois de magistrados terem ordenado a quebra do sigilo bancário e de terem averiguado o património que detem. O atual juiz-desembargador do Tribunal da Relação de Lisboa apresentou queixa contra os magistrados do processo, ou seja, a participação tem como alvo o juiz Carlos Alexandre. » [Correio da Manhã]
   
Parecer:

parece que não são só os "bandidos" que t~em razões de queixa do Super Mário de Mação.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Crista não descansa
   
«Pedro Passos Coelho deu luz verde para que o PSD negoceie com o CDS uma coligação em Lisboa, com Assunção Cristas como candidata à Câmara Municipal, mas os centristas começam a ter sérias dúvidas de que os sociais-democratas estejam mesmo interessados nesse acordo. No verão, quando Cristas decidiu avançar para a Câmara, falou diretamente com Passos Coelho sobre a hipótese de um acordo, mas nessa altura o líder do PSD punha as fichas todas em Pedro Santana Lopes. Antes de anunciar a candidatura, Cristas voltou a falar com Passos. Já o líder do PSD não teve a mesma atitude em relação à ex-ministra da Agricultura — nem quando Santana comunicou que estava fora da corrida nem em momento nenhum desde esse anúncio.

“Entre dois líderes que já estiveram no mesmo Governo e não fazem cerimónia, quem quer fazer um acordo pega no telefone e resolve as coisas”, diz um alto dirigente do CDS, acrescentando que, “se Passos quisesse, Lisboa já estava resolvida”. Talvez não queira, conclui a mesma fonte. O que não incomoda a direção centrista: outro responsável do partido assegura que foram dadas instruções precisas “para deixar o PSD decidir o que quer fazer, sem sentir qualquer constrangimento da nossa parte”. “É uma questão do PSD, não é do CDS”, avança uma terceira fonte ouvida pelo Expresso, garantindo que, se e quando o PSD quiser conversar, os centristas estão disponíveis. Mas “terão de ser sempre eles a tomar a iniciativa”.» [Expresso]
   
Parecer:

Até no doa de Natal o CDS pressiona o PSD a apoiar a candidatura da sua líder.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a cristas que respeite os seus dias santos.»

 O estado marginal
   
«Israel vai deixar de contribuir para o orçamento das Nações Unidas, em retaliação contra a adopção pelo Conselho de Segurança da ONU de uma resolução que exige o fim da construção de colonatos em Israel. Isso foi possível porque, pela primeira vez, os Estados Unidos abstiveram-se, permitindo que o documento passasse, numa atitude que o primeiro-ministro israelita considera “vergonhosa”.

“Dei instruções ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para completar, no prazo de um mês, uma reavaliação de todos os nossos contactos com as Nações Unidas, incluindo o financiamento das instituições da ONU e a presença de representantes da ONU em Israel”, afirmou Netanyahu, num discurso transmitido em directo. “Já dei ordens para travar a transferência de 30 milhões de shekels (7,5 milhões de euros) de financiamento para cinco agências da ONU que são especialmente hostis a Israel… E esperem por mais”, declarou, sem especificar quais as entidades em causa, diz a Reuters.» [Público]
   
Parecer:

Israel não obedece a regras internacionais.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proteste-se.»

 Contas mal feitas
   
«O Estado pagou um juro excessivo na emissão de dívida sobre a qual deu garantia na resolução do Banif e sua venda ao Santander, em dezembro do ano passado. É uma informação que consta do parecer sobre a Conta Geral do Estado de 2015 divulgado esta semana pelo Tribunal de Contas que revela que as obrigações emitidas no valor de €746 milhões a favor do banco espanhol — que integrou os ativos e passivos do Banif — tiveram uma taxa de cupão um ponto percentual acima do custo de financiamento da República. Esta diferença corresponde a um custo anual em juros na ordem dos €7,46 milhões que, no conjunto dos 10 anos de maturidade dos títulos, representa um total de €74,6 milhões.

O parecer refere que a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) ainda alertou para a taxa de juro excessiva para “o tipo de operação em causa”, mas não foi possível revê-la porque a operação já tinha sido concretizada. No parecer lê-se que “a taxa de cupão corresponde à Euribor a três meses acrescida de uma margem de 2,679%. No parecer que emitiu sobre as condições financeiras da operação, o IGCP considerou a taxa de juro elevada para o tipo de operação em causa, sendo superior em cerca de 1% ao custo de financiamento da República, mas a DGTF [direção-geral do Tesouro e Finanças] fez notar que a emissão não seria suscetível de comportar uma revisão de taxa de juro, por já se encontrar concretizada”.» [Expresso]
   
Parecer:

Não faz mal, o pagode paga.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Apurem-se responsabilidades, porque alguém não sabe fazer contas.»


domingo, dezembro 25, 2016

Prendas de Natal

Não foi só António Costas a demonstrar a sua generosidade natalícia oferecendo uns geringonços aos seus ministros, um pouco por todos os quadrantes políticos foram oferecidas muitas prendas.

A Cristas meteu a sua candidatura a Lisboa no sapatinho de Passos Coelho e desde então que o líder do PSD anda a coxear por causa dessa pedra nesse sapato.

Passos Coelho quis antecipar o Natal e prometeu oferecer um diabo aos portugueses ainda em Setembro, agora adoptou os hábitos espanhóis e parece que quem traz os seus prometidos diabretes serão os reis magos.

Rui Rio achou que devia oferecer qualquer coisinha aos portugueses, não vá um dia destes precisar dos seus votos, prometeu-lhes uma redução de todos os impostos e criar um novo imposto para pagar o calote. Como é contra aumentos sobre rendimento, património e consumo, corremos um dia destes um sério risco de termos portagens para cobrar o imposto sobre o trânsito intestinal.

O governo ofereceu uma redução da TSU dos patrões à Apolinário e esta ficou verde de raiva, mais ou menos a mesma cor com que tem ficado Passos porque Marcelo em vez de lhe oferecer um lugar no condomínio de São Bento só lhe dá bordoada.

O Passos meteu uma candidatura a Lisboa no sapatinho de Pedro Santana Lopes mas este preferiu usar as sandálias do pescador e andar a fazer boas acções na capital com o dinheiro da Santa Casa.

Paulo Macedo levou com um tacho dentro do seu sapatinho, pior sorte teve o seu afilhado Luís Cunha Ribeiro que agora está a limpar tachos no Estabelecimento Prisional de Lisboa.

Marcelo ofereceu uma visita do ministro da Cultura á Cornucópia, o teatro agradeceu e fechou as portas.


Umas no cravo e outras na ferradura




 Russian "Alexandrov Ensemble" - Kalinka (Athens, 2012)



 Jumento do Dia

   
João Miguel Tavares, jornalista militante da direita

O ódio tolda-nos a vista, impede-nos de raciocinar com lucidez, o sentimento de baixo nível depressa se substitui ao bom senso e impede-nos de ver a verdade. Acusar o parlamento de dar dinheiro a António Guterres por uma questão de amizade sabendo que o futuro secretário-geral da ONU não o podia receber é um golpe muito baixo,

Misturar situações diferentes e deixar no ar que Guterres recebeu dinheiro dos contribuintes dados por amigos da política é muito feio. O articulista diz o que lhe vai nos fígados e para pode difamar sem ser acusado de esconder a verdade coloca um link para a notícia em que se dá conta que o prémio monetário foi entregue à presidente do Conselho Português dos Refugiados. Só que este link é visível apenas na edição online, na edição impressa fica-se a pensar que Guterres ficou com o dinheiro. Enfim, honestidade jornalística.

«Inês Pedrosa e António Guterres receberam esta semana duas prendas de Natal antecipadas, que lhe foram oferecidas pelos respectivos amigos. No caso da Inês, os seus amigos do meio cultural ofereceram-lhe uma carta aberta em defesa da sua honra, depois de ela ter sido acusada pelo Ministério Público da prática do crime de abuso de poder enquanto directora da Casa Fernando Pessoa. No caso do António, os seus amigos da Assembleia da República ofereceram-lhe o prémio Direitos Humanos 2016, no valor de 25 mil euros, apesar de ele não o poder ganhar. Sendo véspera de Natal, não queria de modo algum desvalorizar bonitos gestos de amizade. Mas gostaria, modestamente, de recordar que a amizade tem locais próprios para ser exercida. Ajudar os amigos na vida privada é um gesto bonito. Ajudar os amigos na vida pública, com dinheiro dos contribuintes, é um gesto feio. Ou é crime, ou é imoral, ou é as duas coisas em simultâneo. Seja como for, não se faz.» [Público]

 Marcelo foi à ginginha

Agora vai ter de ir aio vinho do Porto, à água pé, ao bagaço, ao medronho, à poncha, ao tinto, ao rosé, ao branco, ao vinho da Madeira, ao vinho do Pico, ai vinho de Lagoa, à Água das pedras, ao Licor Beirão, aos licores Antonino, enfim, vamos ter o roteiro da pinga.

      
 Mau gosto
   
«Pedro Passos Coelho afirmou este sábado na sua mensagem de Natal que o PSD não alinha em encenações, mas salientou que agora é tempo de “trégua” e de “recarregar energias” para depois enfrentar a realidade.

“Não escondemos que temos preocupações e por isso entendemos que um país prevenido se defende melhor perante contingências da situação internacional”, lê-se na mensagem de Natal do presidente do PSD divulgada este sábado, na qual refere ainda que o partido não alinha “em ocultações, opacidade e encenações”.

O ex-primeiro ministro realçou que, sendo este um tempo dedicado à família, “é também um tempo de trégua quanto a preocupações”, pelo que se devem viver estes dias “em espírito de união familiar, com alegria”, com o objetivo de “recarregar energias para quando se tiver de retomar a realidade”.» [Expresso]
   
Parecer:

nem na véspera de Natal este senhor deixa de andar a ver diabos. Agora parece que o governo encenou a ausência do diabo, resta esperar que não faça desaparecer os reis magos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
  
 Jogar sob ameaça
   
«Os desaires do Sporting nas últimas semanas não caíram bem a Bruno de Carvalho. Com a liderança do campeonato a ficar cada vez mais distante e em jeito de puxão de orelhas, o presidente leonino teve uma reunião com o plantel do clube antes do jogo com o Belenenses para deixar alguns avisos, conta o “Correio da Manhã” este sábado.

Durante esse encontro, que decorreu no auditório da Academia do clube em Alcochete, Bruno de Carvalho ameaçou “cortar salários” aos jogadores caso a sucessão de resultados negativos se mantivesse, apurou o matutino. Foram feitas ainda outras ameaças: o presidente do Sporting disse aos jogadores que quem pensa em sair no mercado de janeiro fica, e inversamente, quem pensa estar seguro da sua posição dentro do plantel pode vir a sair.

Este encontro ocorreu no dia seguinte a vários membros da claque Juventude Leonina terem estado em Alcochete a falar com os jogadores, exigindo o título.» [Expresso]
   
Parecer:

Se não ganham levam tau tau,.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»