domingo, maio 08, 2016

Semanada

O túnel do Marão marcou uma semana em que Passos decidiu dar o ar da sua graça, mentindo de uma forma tão descarada que só se entende porque o traste de Massamá continua a achar que os portugueses são uns lorpas. Este pobre diabo que já depois de ter sido derrubado, andou armado em primeiro-ministro no exílio a inaugurar obras com mais de um ano, veio agora dizer que nunca participou em inaugurações.

Não foi nas mentiras do traste de Massamá que o país se viu a regressar ao passado, assistiu-se ao reaparecimento dos empresários dos colégios subsidiodependentes, que depois de terem ajudado a direita a chegar ao poder pensavam que a “mama” era para sempre. Arrebanharam as crianças e os papás que querem colégios particulares com o dinheiro dos outros e lá fizeram uma encenação, numa tentativa de manter a fonte de rendimentos.
  
A direita, sem saber como fazer oposição, aproveitou logo a manifestação dos colégios, mas sem grande preparação do argumentário, ficou-se por baboseiras ideológicas. A Cristas elogiou os colégios particulares e concluiu que eram mais baratos do que os do Estado. Passos Coelho concluiu que o ideal era ter duas redes de escolas, uma pública e outra privada, mas com dinheiro do Estado. Enfim, os grandes defensores da austeridade já não são tão cuidadosos a poupar na hora de financiar os que os apoiam nas eleições.
  
Quem também regressou ao passado foi Marcelo Rebelo de Sousa, foi para Moçambique e por pouco não o víamos a dançar twist. Entre recados a Passos Coelho, a quem explicou porque andava radiante, almoçaradas e discursos, Marcelo matou saudade da sua antiga residência em Moçambique.

Se uns matavam saudades, outros, os trastes desta direita, juntaram-se nas mentiras. Passos mentiu nas inaugurações a propósito do túnel do marão, Durão Barroso mentiu sobre a chazada das Lajes, a propósito do buraco do Iraque. 
  
Para trás ficou o plano da procriação nacional da Assunção cristas, que em vez de nos explicar como é que pode ter muitos filhos, já que quanto à forma como os faz não deve ser muito diferente da dos ateus, optou por um vasto programa onde apenas se esqueceu de um pequeno pormenor, dizer aos portugueses como poderão alimentar os filhos com o modelo de distribuição de rendimentos miserável que o seu partido defende e implementou com o anterior governo.