terça-feira, janeiro 24, 2017

Imbecis

Enquanto Trump se entretém a destruir os alicerces do normativo do comércio mundial, pondo fim a longos processos negociais, destruindo as bases da economia mundial, numa tentativa desesperada de ganhar vantagens competitivas em relação a todos os países que tenham ganho competitividade em relação aos EUA, desde o Canadá ao México, da Alemanha à China, os políticos portugueses vão-se coçando com pouco mais de 1% de TSU.

Até o líder da CGTP, que nunca assinou nem assinará qualquer acordo seja com quem for, j´+a dita regras, falando alto para dizer que quem arranjou o problema que o resolva. Quem o ouve fica com a impressão de que a redução da TSU foi para entregar aos patrões, a sua oposição a um aumento do salário mínimo é bem maior do que a demonstrou face ao golpe da TSU de Vítor Gaspar. Nessa altura o PCP e a CGTP foram os últimos a juntar-se às manifestações de rua, fizeram-no quando perceberam que o movimento já era um sucesso.

Enquanto Trump se prepara para reunir com a primeira-ministra britânica, tendo como agenda a desintegração da EU a pequena Catarina Martins anuncia com orgulho que todos devemos estar preparados para a saída do Euro, como se as consequências daí resultantes fossem agradáveis para os trabalhadores. 

Passos Coelho afirma o seu apego à social-democracia, ainda que na sua boa a social democracia seja algo que ainda ninguém percebeu, tanto quanto se sabe, a sua experiência económica foi mais uma pinochetada económica do que uma política com alguma preocupação social. Mas o seu apego à social-democracia não é afirmado em defesa do país, mas antes para justificar o injustificável, a sua adesão a uma geringonça. Agora temos uma geringonça para o que une o PS ao BE e ao PCP, e uma geringonça para as medidas que juntam o BE e o PCP ao PSD.

Isto é um país de imbecis, arriscam a estabilidade política, fragilizam o país face ao exterior, e criam condições para um segundo resgate num quadro financeiro internacional, por causa de uma treta de 1%. Sejamos honestos, a Catarina Martins, o Jerónimo de Sousa, o Arménio e o Passos Coelho estão-se c… para os trabalhadores que ganham salários miseráveis. Em vez disso, estão usando a pobreza para os seus joguinhos políticos miseráveis e imbecis.

O PCP e o Arménio odeia a concertação porque mais vale um tostão ganho com a gloriosa CGTP do que um euro com um acordo de concertação. Passos Coelho acha que tudo vale para chegar ao poder, já jogou uma vez e ganhou e com a troika governou à margem da lei. A Catarina Martins não tem nada a ver com a concertação, sindicatos ou autarquias é coisa para que os eleitores não escolhem o BE, portando está nisto só pelo espectáculo, para alguma coisa é artista. A Assunção diz que mora noutra freguesia e nada tem a ver com o assunto.